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Pai da psicanálise fala sobre homossexualidade em carta escrita em 1935
   17 de março de 2015   │     0:00  │  0

A carta de Freud chegou até o sexólogo norte americano Alfred Kinsey (1984-1956) e foi publicada em uma edição do Jornal Americano de Psiquiatria em 1951 Leia Mais: Em curiosa carta, Freud fala sobre homossexualidade a mãe de jovem gay | Revista Lado A http://revistaladoa.com.br/2015/03/noticias/em-curiosa-carta-freud-fala-sobre-homossexualidade-mae-jovem-gay#ixzz16v0wFDrm Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização. Lado A Comunicação 2006-2014.

A carta de Freud chegou até o sexólogo norte americano Alfred Kinsey (1984-1956) e foi publicada em uma edição do Jornal Americano de Psiquiatria em 1951

Em 1935, Sigmund Freud respondeu carta de uma mãe preocupada com seu filho gay. A resposta do criador da psicanálise deixa claro que ele não acreditava que a homossexualidade fosse uma doença. Sua crença era de que toda pessoa nasce bissexual e a orientação sexual é definida mais adiante.

Ele faz referências a vários gays célebres, como Platão, Michelangelo e Leonardo Da Vinci, garantindo à mãe: “É uma grande injustiça perseguir a homossexualidade como crime – e uma crueldade, também. Se você não acredita em mim, leia os livros de Havelock Ellis”. Ellis (1859-1939), médico e psicólogo britânico, estudou a sexualidade e foi co-autor do primeiro livro britânico sobre homossexualidade, lançado em 1897.

A carta de Freud acabou chegando às mãos do sexólogo americano Alfred Kinsey (1984-1956), responsável por um estudo até então inédito sobre comportamentos sexuais masculinos (1948) e femininos (1953), e foi publicada em uma edição do Jornal Americano de Psiquiatria em 1951. A partir daí, trechos dela foram citados em diversos estudos sobre sexualidade.

A carta do criador da psicanálise, escrita à mão, está exposta atualmente no Museu da Sexologia, em Londres.

A seguir, a íntegra da carta:

“Cara Sra. [apagado],

Vejo pela sua carta que seu filho é homossexual. Estou muito impressionado com o fato de você não mencionar o termo ao fornecer informações sobre ele. Posso perguntar por que você o evita? A homossexualidade não é certamente nenhuma vantagem, mas não é nada do que se envergonhar, nenhum vício, nenhuma degradação; ela não pode ser classificada como uma doença; consideramos ser uma variação da função sexual, produzida por uma certa interrupção do desenvolvimento sexual.

Muitos indivíduos altamente respeitáveis ??de tempos antigos e modernos eram homossexuais, vários dos maiores homens entre eles. (Platão, Michelangelo, Leonardo da Vinci, etc). É uma grande injustiça perseguir a homossexualidade como crime – e crueldade também. Se você não acredita em mim, leia os livros de Havelock Ellis.

Ao perguntar-me se eu posso ajudar, você quer dizer, suponho, se posso abolir a homossexualidade e instaurar a normalidade da heterossexualidade em seu lugar. A resposta é que de maneira geral não podemos prometer resultado. Em determinados casos conseguimos despertar tendências heterossexuais reprimidas, que estão presentes em todos os homossexuais, mas na maioria dos casos não é mais possível. É uma questão da qualidade e da idade do indivíduo. O resultado do tratamento não pode ser previsto.

O que a análise pode fazer por seu filho é uma questão diferente. Se ele é infeliz, neurótico, dilacerado por conflitos, inibido em sua vida social, a análise pode trazer harmonia, paz de espírito, eficiência, quer ele siga homossexual ou se modifique. Se você se convencer de que ele deve fazer análise comigo – eu não espero que aconteça – ele terá de vir para Viena. Eu não tenho nenhuma intenção de sair daqui. No entanto, não esqueça de me dar a sua resposta.
Atenciosamente seu com os melhores votos,

Freud
P.S. Não achei difícil entender a sua letra. Espero que você não ache entender a minha escrita e o meu inglês uma tarefa mais difícil.”

Gay morto em nome de Alá, e os horrores dos versos do Alcorão
   16 de março de 2015   │     0:00  │  3

Na crença desses extremistas, os homossexuais devem morrer em situações como essa: atirado de grandes prédios para que morra diante de toda a população.

Homossexual atirado do alto de um prédio.      Na crença desses extremistas, os homossexuais devem morrer em situações como essa: atirado de grandes prédios para que morra diante de toda a população.

Ponto de vista e analise político

Por: Nildo Correia – Blogueiro 

Mais uma atrocidade cometida pelos extremistas do Estado Islâmico contra a população LGBT da Síria. Os terroristas divulgaram imagens de um jovem gay que foi jogado de um prédio no dia 26 de fevereiro. A “punição” é comum no califado que tem um senso de justiça bastante condenável e abominável para aqueles que não seguem na reta as rendias desses criminosos sanguinolentos.

Vendado, o jovem foi atirado do último andar de um prédio após ser julgado pela corte do Estado Islâmico em virtude de sua homossexualidade. Ele foi acusado de cometer “atos de sodomia”. Pessoas reunidas no local ainda aplaudiam e apedrejavam o corpo do homem após sua queda. Também foi divulgada a imagem de um homem tendo a mão decepada pelos terroristas, que segundo informações recebeu esta sentença por ser acusado de ter cometido furto.

Na crença desses extremistas, os homossexuais devem morrer em situações como essa: atirado de grandes prédios para que morra diante de toda a população. E foi isso que aconteceu com este jovem de 20 anos depois de ser acusado de ser homossexual. O site Raqqa foi quem divulgou as imagens chocantes do homem sendo lançado do alto do prédio.

Segundo os terroristas, o jovem poderia ser punido assim como muitos foram em “Sodoma e Gomorra” — passagem da Bíblia e do Alcorão. Essa não é a primeira vez que o grupo executa alguém desta forma. No Iraque, em janeiro, dois rapazes também foram atirados do alto de um prédio por serem homossexuais.

Após os acontecimentos de 11 de setembro, a questão da violência e religião, mais uma vez, entram em intensas discussões e debates. É nossa convicção que, apesar de vários fatores políticos, pontos sócio-econômicos e culturais têm contribuído significativamente para o aumento da violência e do terrorismo no Islã (Islam) contemporâneo fundamentalista, e não podemos ignorar a dimensão religiosa da violência que voltará ao coração e à origem do Estado Islamico entre outros povos, que através de uma visão satânica camuflada em dogmas arcaicos bíblicos pregam o ódio e o genocídio de povos pelo mundo inteiro.

Uma simples leitura de tais passagens do Alcorão deixa claro como é fácil sentir ódio, inimizade contra os Judeus, Cristãos, gays, mulheres que praticam o adultério, cristãos, não-Muçulmanos entre outros.  Por isto não se pode ignorar o peso e o impacto das passagens deste livro tão sangrento, que de forma tão suja e abominável e alienável  faz com que devotos que obedecem a vontade de Deus, cheguem a matar em nome dele.

Amor é um sentimento de carinho e demonstrações de afeto que se desenvolve entre seres que possuem a capacidade de o demonstrar. O amor motiva a necessidade de proteção e pode se manifestar de diferentes formas: amor materno ou paterno, amor entre irmãos (fraterno), amor físico, amor platônico, amor à vida, amor pela Natureza, amor pelos animais, amor altruísta, amor-próprio, etc.

O amor físico ou Eros representa o amor entre casais, sentimento que envolve uma forte ligação afetiva e, em geral, uma ligação de natureza sexual.  É normalmente simbolizado através do desenho de um coração e o cupido é a figura mitológica que personifica o amor.

O amor provoca entusiasmo por algo e interesse em fazer o bem, por exemplo, amor à natureza ou amor aos animais. O amor a Deus demonstra uma ligação de caráter religioso, um sentimento de devoção e adoração. O amor de Deus é conhecido como amor Ágape, que é incondicional, único e impossível de ser descrito com exatidão. O amor a Deus é um mandamento em muitas religiões, não só as cristãs. Desta forma, podemos entender que “Deus, Alá, El, Eloah, Elohim, El Shaddai, Adonai, Yhwh, Yahweh, Jeová, Jeová-Jiré, Jeová-Rafa, Jeová-Nissi, Jeová-Makadesh, Jeová-Shalon, Jeová-Eloim, Jeová-Tsidikenu, Jeová-Rohi, Jeová-Shammah, Jeová-Sabaoth, El Eliom, El Roi, El-Olam, El-Gibor”, independente em que ou em quem você creia acima, saiba que a força superior não prega o alienismo, genocídio e nem a exclusão  de seu próximo. O criador é mais que uma força de energia positiva, ele se resume em uma simples palavra “Amor”.

A seguir estão apenas alguns dos versos do Alcorão que podem e têm sido usados ​​na história do Islã em apoio à violência em nome de Deus e as glórias do martírio em uma guerra santa.

2:190-193 “Combatei, pela causa de Deus, aqueles que vos combatem… Matai-os onde quer se os encontreis… combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus…”

2:216 “Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial; todavia, Deus sabe todo o bem que fizerdes, Deus dele tomará consciência”.

2:244 “Combatei pela causa de Deus e sabei que Ele é Oniouvinte, Sapientíssimo”.

3:157-158 “Mas, se morrerdes ou fordes assassinados pela causa de Deus, sabei que a Sua indulgência e a Sua clemência são preferíveis a tudo quando possam acumular. E sabei que, tanto se morrerdes, como ser fordes assassinados, sereis congregados ante Deus”.

3:169 “E não creiais que aqueles que sucumbiram pela causa de Deus estejam mortos; ao contrário, vivem, agraciados, ao lado do seu Senhor”.

3:195 “… quanto àqueles que… sofreram pela Minha causa, combateram e foram mortos, absorvê-los-ei dos seus pecados e os introduzirei em jardins, abaixo dos quais corres os rios, como recompensa de Deus”.

4:101 “… os incrédulos; em verdade, eles são vossos inimigos declarados”.

4:74,76 “Que combatam pela causa de Deus aqueles dispostos a sacrificar a vida terrena pela futura, porque a quem combater pela causa de Deus, quer sucumba, quer vença, concederemos magnífica recompensa. Os fiéis combatem pela causa de Deus; os incrédulos, ao contrário, combatem pela do sedutor. Combatei, pois, os aliados de Satanás, porque a angústia de Satanás é débil”.

4:89 “Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham migrado pela causa de Deus. Porém, se se rebelarem, capturai-os então, matai-os, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente nem por socorredor”.

4:95 “Os fiéis, que, sem razão fundada, permanecem em suas casas, jamais se equiparam àqueles que sacrificam os seus bens e suas vidas pela causa de Deus; Ele concede maior dignidade àqueles que sacrificam os seus bens e suas vidas do que aos que permanecem (em suas casas)”.

5:36 “O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo”.

5:54 “Ó fiéis, não tomeis por confidentes os judeus nem os cristãos; que sejam confidentes entre si. Porém, quem dentre vós os tomar por confidentes, certamente será um deles; e Deus não encaminha os iníquos”.

8:12-17 “E de quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois, aos fiéis! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos! Isso, porque contrariaram Deus e o Seu Mensageiro; saiba, quem contrariar Deus e o Seu Mensageiro, que Deus é Severíssimo no castigo… Ó fiéis, quando enfrentardes (em batalha) os incrédulos, não lhes volteis as costas. Aquele que, nesse dia, lhes voltar as costas – a menos que seja por estratégia… Vós que não os aniquilastes, (ó muçulmanos)! Foi Deus quem os aniquilou”.

8:59-60 “E não pensem os incrédulos que poderão obter coisas melhores (do que os fiéis). Jamais o conseguirão. Mobilizai tudo quando dispuserdes, em armas e cavalaria, para intimidar, com isso, o inimigo de Deus e vosso, e se intimidarem ainda outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece”.

8:65 “Ó Profeta, estimula os fiéis ao combate. Se entre vós houvesse vinte perseverantes, venceriam duzentos, e se houvessem cem, venceriam mil do incrédulos, porque estes são insensatos”.

9:5 “… matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam…”.

9:14 “Combatei-os! Deus os castigará, por intermédio das vossas mãos”.

9:29 “Combatei aqueles que não crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que, submissos, paguem o Jizya [imposto para poder morar entre os Muçulmanos]”.

47:4 “E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros… E se Deus quisesse, Ele mesmo ter-Se-ia livrado deles; porém, (facultou-vos a guerra) para que vos provásseis mutuamente. Quanto àqueles que foram mortos pela causa de Deus, Ele jamais desmerecerá as suas obras”.

61:4 “Em verdade, Deus aprecia aqueles que combatem, em fileiras, por Sua causa, como se fossem uma sólida muralha”.

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Erastes, Jimi Hendrix, Bruce Banner: 48 curiosidades da história LGBT
   12 de março de 2015   │     0:00  │  0

por:  Marcio Caparica

A homossexualidade e a transexualidade existem desde que o mundo é mundo. Conheça fatos inusitados envolvendo LGBTs do Egito Antigo até os dias de hoje. 

  1. A peça pornográfica mais antiga do mundo, criada há mais de 3 mil anos, tem casais de dois homens, duas mulheres, e de homem com mulher.
  2. A cantada mais antiga já registrada aparentemente foi dita entre dois homens. Uma história mitológica da vigésima dinastia do Egito Antigo narra uma discussão entre Horus e Seth sobre quem governaria que durou 80 anos. Seth tentou persuadir Horus a ir para a cama com ele, dizendo “Como suas nádegas são bonitas! E como suas coxas são musculosas!”. Eles, então, fazem sexo.
  3. No Egito, dois manicures reais chamados Niankhkhnum e Khnumhotepforam encontrados enterrados juntos numa tumba compartilhada, similar à maneira como pares casados costumavam ser enterrados. Sua epígrafe diz: “Unidos na vida e unidos na morte”. Eles viveram por volta de 2400 a.C., e acredita-se que são o casal gay mais antigo de que se tem registro.
  4. Algumas figuras históricas homossexuais e bissexuais transformaram seus amantes em deuses. Alexandre, o Grande, queria transformar seu amante de infância Heféstion em um deus quando ele morreu, mas só conseguiu declará-lo um Herói Divino. O imperador romano Hadrian, que construiu uma muralha no norte do Reino Unido, conseguiu fazer de seu amante,Antínoo, um deus depois que este se afogou no rio Nilo.
  5. A igreja abençoava casamentos homoafetivos no século IX, entre eles o do imperador bizantino Basil I (nascido em 830/835, reinando entre 867 e 886) e seu parceiro, João.
  6. O mito de criação narrado em O Banquete, de Platão, conta que havia três sexos: aqueles com duas cabeças masculinas (que descendiam do Sol), aqueles com duas cabeças femininas (que descendiam da Terra) e aqueles com uma cabeça masculina e uma feminina (que descendiam da Lua). Quando se enfureceu com eles, Zeus aleijou a todos cortando-os ao meio. Desde esse dia, de acordo com a história, nós buscamos nossa outra metade para nos completarmos. Isso é conhecido como a Origem do Amor.
  7. Mercúrio representa a harmonia dos princípios masculinos e femininos. Na mitologia, Mercúrio era pai de Hermafroditus, que tinha órgãos sexuais masculinos e femininos.
  8. Os antigos gregos não acreditavam na heterossexualidade nem na homossexualidade. Mas eles acreditavam em passivo e ativo. A forma mais comum de relacionamentos homoafetivos acontecia quando um homem mais velho, o erastes, atuava como mentor e amante de um garoto mais jovem, o eromenos. Eles acreditavam que o esperma era a fonte do conhecimento e que por meio dele era possível “transmiti-lo”.
  9. Um bando de 150 casais gays de Tebas derrotou um exército de Esparta, e seguiu invicto por 30 anos.
  10. Na China antiga, referia-se à homossexualidade como “a manga cortada” e “prazeres do pêssego mordido“.
  11. Até o final do século XV, em inglês, a palavra “girl” significava apenas uma criança de qualquer gênero. Se era necessário diferenciar entre elas, crianças do sexo masculino eram tratadas por “knave girls” e as do sexo feminino, “gay girls”.
  12. Acredita-se que a palavra drag vem de um acrônimo de uma instrução de palco criada por Shakespeare e seus contemporâneos: “Dressed Resembling A Girl” (“vestido como uma garota”, em tradução livre).
  13. A corte da colônia de Virgínia registrou a primeira ambiguidade de gênero entre os colonizadores norte-americanos em 1629. Um servo de nomeThomas(ine) Hall foi declarado oficialmente pelo governador como sendo ao mesmo tempo “um homem e uma mulher”. Para evitar que todos ficassem confusos, Hall recebeu ordens de vestir artigos de roupa de ambos os sexos todos os dias.
  14. No início do século XVII, em Londres, existiu um bordel gay no local onde hoje está o palácio de Buckingham.
  15. Frederico II, conhecido como Frederico, o Grande, reinou sobre a Prússia entre 1740 e 1786. Quando jovem, tentou fugir com seu namorado, Hans Hermann von Katte, mas os dois foram capturados na fronteira. Frederico foi perdoado, mas foi obrigado por seu pai a assistir à decapitação de Hans. Ele é considerado um dos maiores governantes que o país, hoje parte da Alemanha, já teve, e entre outras coisas é o responsável pela introdução da batata no cardápio prussiano. Ele morreu sem deixar herdeiros.
  16. Colégios e internatos eram vistos, no Brasil Império (1822-1889), como um reduto onde “proliferaria a perversão sexual, tanto de meninos quanto de meninas, cabendo aos professores, inclusive, o papel de corruptor”.
  17. Nicholas Biddle, um dos primeiros exploradores da América do Norte, descobriu que entre a tribo dos Minitarees “se um garoto demonstra qualquer sintoma de efeminação ou inclinações de menina, ele é colocado entre as garotas, vestido como elas, criado como elas e às vezes casado com outros homens”.
  18. Registros de hospitais, como o Sanatório Pinel de São Paulo, revelam que os médicos brasileiros tratavam a homossexualidade como uma doença. Havia um certo desespero em compreender os gays e fornecer uma explicação científica para o comportamento. Em 1872, foi desenvolvido na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro o primeiro trabalho científico no país em que dedicava um capítulo exclusivo para a “sodomia ou prostituição masculina”. Realizado pelo médico Francisco Ferraz de Macedo, a pesquisa tinha o objetivo de auxiliar no tratamento da sífilis. “Não é raro encontrarmos pelas ruas da cidade, especialmente nas portas dos teatros, quando há espetáculos, rapazes de 12 e 20 anos, trajando fina bota de verniz, calça do mais fino tecido unida ao corpo, feita assim expressamente para desenhar-lhe as formas”, descrevia o médico, com especial atenção ao vestuário de sua objeto de pesquisa.
  19. Já houve um rei gay em Uganda. Há inúmeros registros de que o rei Mwanga II, que governou entre 1884 e 1888, teve casos com seus servos homens.
  20. No século XIX a palavra gay era usada em inglês para se referir a uma mulher que se prostituía, e um homem gay era um homem que ia para a cama com muitas mulheres.
  21. Os homossexuais do século XIX em Londres criaram um dialeto próprio de gírias para poderem se comunicar em público sem receios de serem presos, chamado Polari.
  22. O livro Carmilla, sobre uma vampira lésbica que caçava jovens donzelas, foi escrito 25 anos antes de Drácula, de Bram Stoker.
  23. Ao que tudo indica os EUA já tiveram um presidente gay: James Buchanan. Ele morou 10 anos junto com seu futuro vice-presidente, William Rufus King. Outro presidente norte-americano, Andrew Jackson, chamava Buchanan de “senhorita Nancy” e “tia Fancy”.
  24. O uso moderno da palavra “gay” vem de gaycat, uma gíria utilizada entre moradores de rua para designar um garoto que acompanhava um mendigo mais velho e mais experiente, deixando subentendido que havia uma troca de sexo por proteção.
  25. No Rio, no começo do século XX, “gouveia” era gíria para homem velho que deseja garotos jovens. A pretensa primeira história pornográfica homoerótica brasileira chamava-se “O Menino do Gouveia” e foi publicada pela revista Rio Nu, em 1914, que trazia a ilustração de dois homens durante o ato sexual.
  26. O monóculo deixou de ser usado hoje em dia, mas era altamente popular entre “os círculos requintados de lésbicas no início do século XX”.
  27. O livro Homossexualismo, de 1906, era categórico ao afirmar que “pederastas ativos e passivos” existiam em todas as classes sociais do Rio de Janeiro, inclusive na Igreja, no Exército e nas Forças Navais, entre funcionários públicos, diplomatas e juízes. Pires de Almeida, seu autor, relacionava a capacidade de se assobiar às práticas sexuais: “Os que não sabem assobiar são unicamente os pederastas passivos; uns, pelo abalo incômodo que produz, no reto, não só esse, como outros movimentos mais ou menos violentos; a tosse, o espirro”.
  28. Um jurista propôs que se condenasse a até um ano de cadeia “atos libidinosos entre indivíduos do sexo masculino que causarem escândalo público”, durante a redação do Código Penal Brasileiro no final dos anos 30. “Felizmente, o artigo 258, bem como a cláusula, foram cortados da última lista de propostas para o Código Penal de 1940″, completa o livro Frescos Trópicos.
  29. A organização LGBT mais antiga ainda em funcionamento é o Centro para a Cultura e Lazer, fundado em 1946. Esse nome tão genérico tinha a intenção de mascarar seu propósito, tabu na época.
  30. Os gays vítimas do Holocausto, marcados com o triângulo cor-de-rosa invertido, ainda eram considerados criminosos depois de libertados dos campos de concentração. Muitas vezes eles eram enviados de volta para prisões para cumprirem penas por serem homossexuais.
  31. Durante a década de 1950 houve uma tentativa de se trocar o termo “homossexual” por “homófilo”. A intenção era enfatizar o amor entre pessoas do mesmo sexo, não o sexo.
  32. Há várias décadas os heterossexuais amam a revista Playboy, mas ela também já deu sua ajuda para os homossexuais. Hugh Hefner, seu editor, foi o único que topou publicar um conto de ficção científica sobre um mundo em que os heterossexuais eram uma minoria num mundo dominado por homossexuais, em 1955. Quando recebeu uma enxurrada de cartas reclamando, ele respondeu: “se é errado oprimir os heterossexuais numa sociedade homossexual, então o reverso também é errado.”
  33. “As Bodas do diabo”. Foi assim que a revista Fatos & Fotos noticiou o primeiro casamento entre dois homens no Brasil, em dezembro de 1962, em Copacabana, no Rio. A reportagem refletia o preconceito com descrições do tipo a “solenidade mais espantosa do século”, uma “afronta às leis do país”, uma “caricatura grotesca”.
  34. Muitos conhecem o código dos lenços, mas poucos sabem que as lésbicas usavam estrelas azuis nos pulsos entre as décadas de 1950 e 1970 para identificarem-se em clubes.
  35. Jimi Hendrix fingiu ser gay para fugir do alistamento militar em 1962.
  36. Um romance de ficção científica publicado em 1969 previu a aceitação da comunidade LGBT pela maioria da população. Ele também previa que a China se tornaria uma potência econômica, a criação da União Europeia, a TV via satélite, impressoras a laser e a popularização da maconha.
  37. Durante a década de 1960 o termo AC/DC, emprestado dos termos para as correntes elétricas, era usado como uma gíria para bissexuais nos EUA.
  38. Um serial killer conhecido como Doodler (“rabiscador”, em tradução livre) tinha como alvo os gays de San Francisco na década de 1970. Ele desenhava suas futuras vítimas nuas antes de assassiná-las. Três alvos conseguiram sobreviver, o suspeito foi identificado, mas ninguém estava disposto a prestar depoimento para condená-lo por medo de sairem do armário.
  39. Quando a HQ do Hulk foi adaptada para a televisão na década de 1970, o nome do protagonista Bruce Banner foi alterado para David Banner, porque considerava-se que “Bruce” era um nome típico de gays.
  40. O primeiro boneco abertamente gay, Gay Bob, chegou às prateleiras em 1977. Ele tinha um brinco na orelha e vinha numa caixa em forma de armário.
  41. Leonard Matlovich foi o primeiro soldado dos Estados Unidos a se declarar homossexual. Quando morreu, foi enterrado numa lápide sem nome e ficou conhecido apenas como o Veterano Gay do Vietnam. Em seu epitáfio pode-se ler: “Quando eu estava no exército, deram-me uma medalha por matar dois homens, e uma dispensa por amar um.”
  42. O filme De Volta Para O Futuro, de 1985, tem uma cena excluída em que Marty confessa ao Doutor que está preocupado com a possibilidade de virar gay se ele der em cima da própria mãe.
  43. O governo dos Estados Unidos considerou criar uma “bomba gay”. Em 1994 os cientistas ponderavam que despejar feromônios sexuais sobre as tropas inimigas faria com que os soldados ficassem com tesão um pelos outros.
  44. O ator John Barrowman quase conseguiu o papel de Will no seriado Will & Grace, em 1998. Ele foi preterido pelos produtores do programa, no entanto, por se considerado “hétero demais”. Barrowman é gay. Eric McCormack, que conseguiu o papel, é hétero.
  45. Ativistas LGBT da Austrália fundaram em 2004 um micropaís chamado“Reino Gay e Lésbico das Ilhas do Mar de Coral”. A bandeira nacional é uma bandeira do arco-íris, a moeda oficial é o euro, e ele existe até hoje.
  46. Em 2007, um grupo proveniente da ilha grega de Lesbos entrou com uma ordem judicial para impedir que grupos gays utilizassem a palavra “lésbica” em seus nomes porque era “ofensivo”. Não funcionou.
  47. A agência de notícias chinesa Xinhua publicou em 2009 uma nota sobre a suposta existência de uma cidade sueca em que 25 mil lésbicas viviam sob a proibição de conversarem com homens. Vários sites turísticos da Suécia saíram do ar nos dias seguintes devido à enorme quantidade de internautas chineses que os visitavam em busca de mais informações.
  48. Um bilionário de Hong Kong ofereceu 65 milhões de dólares para o homem que conseguisse seduzir e se casar com sua filha lésbica. Não funcionou.

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Revista “Nova Escola” tras na capa menino transgênero vestido de princesa
   20 de fevereiro de 2015   │     0:00  │  0

Imagem do menino Romeo com roupa de princesa, que ilustra a edição de fevereiro da revista, já foi vista por mais de 3 milhões de usuários do Facebook e recebeu mais de 2 mil comentários.

A edição de fevereiro da revista Nova Escola, da editora Abril, chamou a atenção dos leitores ao trazer na capa um menino vestido com roupas femininas para levantar um debate sobre gênero na educação básica.

A edição de fevereiro da revista Nova Escola, da editora Abril, chamou a atenção dos leitores ao trazer na capa um menino vestido com roupas femininas para levantar um debate sobre gênero na educação básica.

Lançada na quarta-feira (11), a edição de fevereiro de NOVA ESCOLA convida os educadores ao debate sobre as questões de gênero e sexualidade. Para isso, a revista estampou na capa uma foto do britânico Romeo Clarke, 5 anos, vestido com uma fantasia de princesa e uma provocação: “Vamos falar sobre ele?”. A reportagem traz, com exclusividade, o download do Escola sem Homofobia, material didático que ficou conhecido como “kit gay” e teve sua distribuição suspensa pelo governo federal em 2011.

Até a manhã da sexta-feira do dia 13 do mês em curso, o texto, hospedado no site de NOVA ESCOLA, recebeu mais de 89 mil visitas. A nota com link para download foi vista mais de 13 mil vezes. Já a capa, divulgada no Facebook, chegou a 3,3 milhões de visualizações, 23 mil curtidas, 11 mil compartilhamentos e quase 2 mil comentários. O alcance já é 31 vezes maior que o do lançamento da capa anterior, da edição dezembro 2014/janeiro 2015, que atingiu mais de 107 mil pessoas na rede social.

Beto de Jesus, secretário para América Latina e Caribe da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, pessoas Trans e Intersex, comemorou o sucesso da reportagem e a divulgação do kit Escola sem Homofobia: “Nós não poderíamos deixar de disponibilizar esse material para a população, para que os professores discutam e reproduzam. Nossa intenção é combater toda forma de violência e discriminação. Foi no momento certo, acompanhando uma capa importante da revista, e nós ficamos felizes com a repercussão”.

Os comentários nas redes sociais demonstraram que as questões de gênero rendem debates acalorados. “É um tema muito delicado e complicado de lidar em sala de aula. Carece sim de muitas leituras e estudos, pois qualquer atitude dos profissionais da escola e famílias sem o devido embasamento pode ser extremamente danoso para a criança”, opinou Júlio Costa no Facebook. Já Bia Melo falou da necessidade de debate: “Os comentários que a gente lê aqui reforçam a importância da discussão do assunto, de uma capa como essa. Há tanta desinformação e tanto preconceito que chega a ser preocupante”. Gilvania Ferreira comentou: “O olhar humano é malicioso e sempre deturpa as coisas. Se ele se sente bem com roupas ditas femininas, quem é que pode dizer para não usá-las? Assim como as roupas, os brinquedos também são criados com a intenção de diferenciação entre os sexos. Portanto, se estamos educando crianças livres em suas escolhas, não podemos determinar com que tipo de brinquedo podem brincar”.

Muitos leitores discordaram da abordagem da revista. Juan Tutiya comentou no Facebook: “Não ao kit gay nas escolas, não à feminilização dos que nascem com o sexo masculino e não à masculinização das que nascem com o sexo feminino, cada um com seu papel”. Já a internauta Patrícia Nunes defendeu que isso não é assunto da escola: “Professor não é pai e mãe, professor ensina, os pais são responsáveis por valores éticos, morais, religiosos, enquanto os filhos são menores de idade (…) com um aluno assim, o professor deve simplesmente contatar os pais e relatar o ocorrido para que os mesmos, como responsáveis legais, decidam o que fazer”.

A capa também gerou comentários no Instagram. Sylvia Assis escreveu: “Vamos falar sobre ele? Vamos ser maduros pra isso? Não vamos permitir que essas crianças sejam expulsas da escola, da família e da sociedade?”.

Tenha acesso ao verdadeiro material em PDF do projeto “ESCOLA SEM HOMOFÓBIA”, infelizmente sabotado e deturpado pela bancada cristã, e vetado pelo conservadorismo da Presidente Dilma, clicando AQUIMaterial de reprodução livre.

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A importância de Nova York na história gay mundial
   18 de fevereiro de 2015   │     0:00  │  0

A área gay mais popular de Nova York é o Chelsea, entre 23rd Street e 30th Street, no lado oeste de Manhattan. Aqui, você vai encontrar muitas baladas gays e outros estabelecimentos para aqueles com um gosto mais fino: bom jantar, butiques e galerias de arte incríveis.

A área gay mais popular de Nova York é o Chelsea, entre 23rd Street e 30th Street, no lado oeste de Manhattan. Lá, você vai encontrar muitas baladas gays e outros estabelecimentos para aqueles com um gosto mais fino: bom jantar, butiques e galerias de arte incríveis.

Como uma cidade com oportunidades ilimitadas, New York há muito tempo tem apelo especial para a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Estima-se que há meio milhão de moradores LGBT em Nova York, o que resultou em um grande número de locais e clubes desenvolvidos só para eles.

Nova York há muito tem sido considerada o lugar que deu início ao movimento pelos direitos dos homossexuais. Logo após a Segunda Guerra Mundial, muitos homens gays, lésbicas, travestis e transexuais encontraram refúgio nos bairros de Greenwich Village, no Upper West Side, e Harlem. Naquela época, não havia direitos para essas pessoas e as práticas homossexuais eram considerados puníveis por lei. As leis anti-gays (muitos estabelecimentos públicos não eram acolhedores para a comunidade LGBT e haviam leis que proibiam servir bebidas alcoólicas para gays), assim como batidas policiais de bares gays em 1969 levou a uma série de revoltas violentas contra a polícia pela comunidade LGBT: Stonewall Riots.

Stonewall Inn, onde a revolta começou, foi reaberto (53 Christopher Street). Seguindo essa revolta pelos direitos dos homossexuais, revoltas espalhadas por todo o mundo de direitos iguais para a comunidade LGBT. O mais recente sucesso para os nova-iorquinos é a recente introdução do casamento gay em junho de 2011.

A área gay mais popular de Nova York é o Chelsea, entre 23rd Street e 30th Street, no lado oeste de Manhattan. Lá você vai encontrar muitas baladas gays e outros estabelecimentos para aqueles com um gosto mais fino: bom jantar, butiques e galerias de arte incríveis. No entanto, esta não é a única parte da cidade para a vida noturna gay: em toda Nova York, há bares gays, clubes e festas.

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