Monthly Archives: março 2023

Mynd traz websérie sobre visibilidade para crianças trans
   30 de março de 2023   │     16:20  │  0

A Mynd, maior agência de marketing de influência e entretenimento do país, lançará no dia 31 de março a websérie “Um Olhar Para Crianças Trans”, que abordaos desafios das crianças transgênero durante a infância e adolescência. Ao todo, serão três episódios, com os temas: Um aprendizado para as escolas brasileiras,O desafio de crescer trans e Apoio constrói autoestima, veiculados no Instagram e YouTube da Mynd.

O projeto foi idealizado e dirigido pela jornalista KíriaMeurer, Diretora de Projetos Especiais da empresa ediscute um dado alarmante: 98% dos pais, mães ou responsáveis pelas crianças trans não consideram o ambiente escolar seguro, de acordo com pesquisa da  ONG Grupo Dignidade em parceria com a UNESCO. Os episódios contam com a participação de personalidades importantes da comunidade, que trazem as suas vivências, como: a cantora, apresentadora, influenciadora e mulher trans, Pepita; a ativista, escritora, influenciadora e mãe de uma criança trans, Thamirys Nunes; a fotógrafa e mulher trans, Violeta Rodrigues Rivas; e a publicitária e mulher trans, Olga da Silva Barbosa.

Para Kíria, é de extrema importância discutir o assunto, principalmente no âmbito escolar: “Vivemos no país que mais mata adultos trans, por isso esse convite de olhar para as crianças trans faz muito sentido. A gente precisa começar a discutir essa questão nas escolas, ainda na infância e com todes. É chocante imaginar que a escola, esse espaço que deveria ser acolhedor, ainda é palco de tanto preconceito e violência”.

Segundo um estudo da OAB do Brasil, agressões verbais, físicas e todo tipo de violência fazem com que 82% dos trans sejam passíveis de evasão escolar.Thamirys Nunes viveu esse preconceito: “Tive muita dificuldade de achar uma escola para a minha criança trans. Ouvi, muitas vezes, que ali não era lugar para minhafilha e família ou que não pertencíamos àquele espaço. Em alguns momentos, inventavam que as vagas tinhamacabado, por exemplo, mas nós sabíamos que não éramos bem-vindos”. Já Pepita fala sobre como a discriminaçãoimpactou sua infância e adolescência: “A escola tinha que ser um lugar para me amparar. Mas a minha experiência foi marcante, dolorosa e triste”.

Aliada à luta pela inclusão e diversidade desde a sua criação em 2017, a Mynd está constantemente criando ações para dar voz a causas importantes. Se, atualmente, existe uma busca das organizações por uma cultura mais inclusiva, essa, desde sempre, foi uma luta e um dos principais pilares da empresa. “A Mynd já nasceu plural. Temos colaboradores trans e acreditamos que é essencial desenvolver ações que representem aqueles que são excluídos pela sociedade, como mulheres, pessoas pretas e LGBTQIAPN+. A criação da websérie reafirma o nossocompromisso de seguir batalhando por uma sociedade mais justa e igualitária”, comenta Fátima Pissarra, CEO da Mynd.

Ficha técnica:

CEO – Fátima Pissarra

COO – Carlos Scappini

Direção – Kiria Meurer

Câmera e Fotografia – Pedro Machado

Pós- produção – João Victor Ramos

Produção – Laura Candelária. Klaryssa Keize Francisco

Apoio – Igor Lessa, Thiago Sousa

Edição – Klaryssa Keize Francisco

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Sobre a Mynd:

Dos sócios Fátima Pissarra, Preta Gil e Carlos Scappini, a Mynd é a maior agência de marketing de influência e entretenimento da América Latina. Ela auxilia empresas e agências na identificação de oportunidades, planejamento de estratégias e execução de projetos publicitários, unindo música, entretenimento, artistas e influenciadores. Também conta com um casting exclusivo, composto por mais de 400 grandes nomes do cenário nacional e internacional, e atua com gestão de imagem e desenvolvimento de estratégias individuais dos artistas, identificando oportunidades no mercado publicitário com marcas que tenham fit com os perfis. Neste ano, ela completa seis anos no mercado

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Os héteros passivos: como entender a identidade sexual e orientação sexual de alguns
   13 de março de 2023   │     0:17  │  0

Para começarmos a falar sobre os héteros passivos, precisamos analisar como o prazer anal é visto em nossa sociedade. Por si só, o ânus já é um tabu. No sexo anal entre os gays, o ativo é visto como o homem, macho, considerado até menos gay, já o passivo é a mulher, o afeminado. Em uma relação heterossexual, a penetração anal dos homens nas parceiras é uma conquista para vangloriar-se, enquanto as mulheres não podem admitir seu prazer para não serem taxadas como vagabundas. Dessa maneira, toda prática sexual que envolve o cu possui um certo preconceito associado.
A verdade é que a região do ânus possui diversas terminações nervosas, as quais são responsáveis pelo prazer anal e transformam o cu (tão mal visto socialmente) em uma zona erógena. Nos homens a situação piora, ou no caso, melhora! Através da penetração anal é possível alcançar a próstata, o suposto ponto G masculino. Essa área, quando estimulada corretamente, pode causar orgasmos mais intensos do que na estimulação genital. Ainda, alguns especialistas afirmam que o orgasmo pela estimulação da próstata pode prevenir e reduzir os sintomas da prostatite, um tipo de infecção na próstata.
Se o ânus é tudo isso, se mulheres sentem prazer no sexo anal, se homens gays sentem prazer no sexo anal, porque então homens héteros não sentiriam prazer no sexo anal? Na realidade muitos sentem e até praticam, mas aí voltamos para os tabus de nossa sociedade. Como o prazer anal está relacionado a feminilidade e principalmente, com a homoafetivade, muitos homens se negam a assumir o tesão que sentem, afinal eles não querem ser vistos como menos homens, como mais fracos. Por isso deixam de aproveitar, ou o fazem sozinhos ou não contam para as outras pessoas que de alguma forma a parceira os estimula analmente.
O que precisa ser esclarecido e transformado em nossa sociedade quanto ao prazer anal está justamente nos seus preconceitos. Um homem que curte que sua parceira enfie o dedo em seu ânus não é gay! A orientação sexual do indivíduo em nada tem a ver com o prazer anal. Como já vimos, é natural do corpo humano, em especial do masculino, o tesão na região do ânus. Agora se esse homem sente prazer, independentemente de ser anal ou não, por outro homem, aí sim estamos falando de um homem gay. Ainda, para provar que o prazer anal não é obrigação dos gays, existem gays que praticam o gouinage, uma forma de sexo sem penetração, como a Lado A já publicou nessa semana. Mesmo sem penetração, eles continuam sendo gays, porque o prazer está direcionado para o mesmo sexo!
“Mas um conhecido meu era casado com uma mulher, gostava de levar fio terra, hoje tá namorando um homem”. Ok, nossa sociedade é muito complexa. Infelizmente nosso preconceito não é somente com o prazer anal. Provavelmente seu conhecido sempre gostou de homens, mas por medo ou qualquer outra razão não teve coragem de se assumir antes. Ou talvez não, talvez seu conhecido seja bi. A questão novamente é que o prazer anal não é regra pra um homem gostar de outro homem.
Todos nós já escutamos uma história de um homem casado com filhos que chegou no pronto-socorro com algum objeto preso no ânus. “Eu tava andando pelado em casa, escorreguei e cai em cima da cenoura”. Sempre um acidente, é claro! Isso acontece justamente pelo tabu do prazer anal. Se nossa sociedade aceitasse a estimulação anal masculina (hétero), provavelmente a mulher dele usaria algum brinquedinho seguro durante o ato sexual.
Podemos citar também os exemplos dos homens casados que procuram travestis. Alguns são gays enrustidos? Talvez. Mas talvez alguns simplesmente curtam serem penetrados e não tem coragem de dizer isso para suas mulheres, afinal eles não querem ser vistos como menos machos. A saída que eles encontram é serem penetrados por uma figura feminina. Então temos uma mulher (travesti) penetrando um homem, e isso não faz ele gay. Vamos pensar que não sabemos que a mulher é travesti e que não sabemos quais as práticas sexuais dos dois. Assim, temos uma mulher e um homem. Mulher e homem formam um casal heterossexual! O prazer anal que ele sente quando ela (travesti) penetra ele não interfere novamente na sexualidade dele.
E vai ter homem que não vai sentir prazer anal nenhum? Pode ser que sim. As vezes nossos preconceitos estão tão arraigados em nós que não conseguimos largá-los facilmente. Pode ser que esse homem até tente, mas não podemos esquecer que nossa cabeça tem grande parte no nosso tesão. Então não adianta a mulher colocar o dedinho com todo carinho e amor se ele não estiver relaxado e tranquilo com aquilo. Se na cabeça dele ele estiver com medo porque vai virar gay, porque a mulher vai vê-lo de outra forma, porque os amigos dele vão descobrir e vão tirar sarro dele, pode ter certeza que ele não vai ter prazer com essa experiência.
O grande problema da nossa sociedade é querer colocar todo mundo em caixinhas diferentes de acordo com o que cada um é ou com o que cada um faz e a partir daí julgar cada caixinha. “Se gosta de fio terra então é gay”, “se é passivo então é gay” “se é gay e só é passivo então é afeminado”. Não. É gay porque é um homem que gosta de outro homem. É passivo porque é penetrado (e pode ser penetrado por homem – aí é gay! – ou por uma mulher – aí é hétero!). É afeminado porque tem trejeitos femininos (aliás, tem muito afeminado por aí mais ativo que gays “machinhos”).
Para resumirmos o que é mais importante: orientação sexual não tem relação com qual parte do seu corpo você sente prazer (boca, pinto, ânus ou qualquer outra), mas para qual gênero (masculino ou feminino) seu tesão está direcionado. Não perca tempo com preconceito bobo. Aproveite, experimente! Explore o seu corpo e se conheça.

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A Constituição, a Bíblia e a homossexualidade
   6 de março de 2023   │     0:00  │  0

Artigo

Por: Jairo Vasconcelos Rodrigues Carmo – Magistrado aposentado, professor.  Bacharel em Direito – UFPA – AGO/1977; Mestrado em Direito das Relações Sociais* – UGF – 1986; Mestrado em Direito Civil* – UERJ – 2001. Cursou as disciplinas de qualificação, recebendo o Título de Especialista da UGF.

Convém falar dos direitos civis dos homossexuais. Assusta um religioso mais realista que Deus. Jesus foi radical em dois flagrantes: ao censurar a hipocrisia e o comércio no templo de Jerusalém. Nas questões sexuais, Ele sugere princípios de conduta moral, como fez ante o adultério, enfatizando que o mero olhar pode consumá-lo (Mateus 5:27-28). Sobre o divórcio, Moisés cedeu à dureza dos corações. Acolhe a mulher samaritana com a dignidade de mulher casada, embora não o fosse e vivesse uma sexta união, a quem oferece águas espirituais para a vida eterna (João 4:14).

O afeto homossexual não perturbava as civilizações antigas. A cultura judaica é que proibia todas as formas de sexo fora do casamento. A Torá pune a sua prática (Levítico 18:22; 20:13). Josefo, historiador judeu do primeiro século, declara que “nossas leis não admitem nenhuma outra mistura de sexos senão aquela que a natureza indicou, entre um homem e sua esposa […], e abomina o encontro de um homem com outro homem”. No Novo Testamento, Paulo aborda o tema na Primeira Carta aos Coríntios e na Carta aos Romanos.

As posições são convergentes: condenar a homosse­xualidade. O que muda é a motivação. Para o apóstolo, todo pecado sexual ofende o corpo que é templo do Espírito Santo. Então prega a monogamia (I Coríntios 7:2). Vista a repetida passagem de Romanos 1:24-27, os exegetas se dividem em três núcleos interpretativos: (i) alude à prostituição homossexual; (ii) recrimina o sexo homossexual entre heterossexuais; (iii) o texto é lição idiossincrática de Paulo, análogo a outras, como a que proíbe a mulher de falar nas igrejas ou de usar véu.

Outro argumento forte é o silêncio de Jesus. A própria Bíblica é escassa, reduzindo a homossexualidade a dez referências no Antigo Testamento (Gênesis 13:13; Levítico 18:22 e 20:13; Deuteronômio 22:5; Juízes e 2 Reis 23:7; 1 Reis 14:24, 15:12 e 22:46; Livro da Sabedoria 14:26), três em Paulo (1 Coríntios 6:9-10; Romanos 1:24-27; 1 Timóteo 1:9-10) e uma em Judas (1:7). No contexto bíblico, é acertado dizer-se que a sexualidade é amor íntimo do par andrógino, em um relacionamento moralmente legítimo, fiel e vitalício.

A grande questão é o embate religioso e as lutas por direitos na pós-modernidade que pede tudo. Segundo Perlingieri, não existe um número fechado de condutas tuteladas: “tutelado é o valor da pessoa sem limites” (Perfis, p. 156). Se o divórcio foi legalizado, por que não as uniões homossexuais? Muitos rabinos, hoje, comungam desse ponto de vista, sendo favoráveis à regulamentação da convivência entre pessoas do mesmo sexo, inclusive com a realização das cerimônias de compromisso. O ideal jurídico é oferecer respostas adequadas aos conflitos oriundos das relações humanas, tanto mais no variadíssimo espectro dos arranjos familiares, formados ao premir das circunstâncias, com amor e até desamor.

O problema do casamento é especialmente complexo porque demanda ajustes na legislação civil, formulada, historicamente, com base na família heterossexual. Rede­finição, para incluir casais homossexuais, deve buscar o debate dialógico, conferindo, no final, eficácia às situações que digam respeito a direitos fundamentais. Não mais cabe pensar o Direito como um sistema normativo fechado às transformações sociais e às ressignificações axiológicas, respeitando-se, sempre, as ordens religiosas que não podem ser obrigadas contra suas cartilhas estatutárias ou doutrinais.

É certo que a ordem do casamento tradicional não resultará abalada. Mudam os tempos e com eles virão casos novos de vida em comum. Recentemente, os jornais noticiaram a outorga de escritura pública de união poliafetiva. Em termos políticos, a Constituição consagra a dignidade da pessoa humana, vedando discriminações em razão de fé, gênero, sexo, cor e raça. Esse é o fundamento que levou o Supremo Tribunal Federal a incluir as uniões estáveis no rol das entidades familiares, evoluindo dali, nas instâncias inferiores, à equiparação ao casamento civil. 

Minha visão é que, na sociedade contemporânea, livre e pluralista, marcada por singularidades, os direitos civis fluirão expansivos, tal como defendem os intérpretes da Constituição aberta, cabe aos cristãos aprofundar o diálogo e a tolerância, a exemplo de Jesus. Importa compreender, na outra ponta, os crentes fervorosos, sobretudo os que exercem a liberdade de defender suas viscerais convicções. Para todos, digo: viva e deixe viver. “A minha graça te basta”: que essa resposta dada a Paulo (2 Coríntios 12:9) sirva-nos de parâmetro e última certeza, “pois se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (Gálatas 2:21).

Os limites da lei, como um espelho, mostram nossos defeitos e as fragilidades do ser que é barro humano. Jesus é a Luz do unigênito que ilumina; Ele, sim, cheio de Graça e Verdade, diz o Evangelho de João. Quanto a nós, a ninguém julgueis, somos todos pecadores.

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Kiko Pissolato vive policial gay em nova série: ‘Fugir dos estereótipos’
   4 de março de 2023   │     19:09  │  0

Kiko Pissolato encarou um novo desafio nas telinhas. O ator interpretará um policial civil homossexual na série “Chuva Negra”, que estreia no dia 24 de março no Canal Brasil e no Globoplay.

Em entrevista ao gshow, o artista comenta sobre a importância de explorar a diversidade na teledramaturgia.

“É um tema fundamental. Sempre foi, mas hoje em dia a gente tem consciência da importância de representar toda a sociedade na tela. É muito importante que as pessoas assistam e se sintam representadas de alguma forma”, declara.

Kiko dará vida ao agente Rocha, casado com Orlando, papel de Dudu de Oliveira, na série de Rafael Primot, que também tem no elenco João Simões, Marcos Pitombo, Denise Del Vecchio, Vanessa Giácomo e Julia Lemmertz.

“A minha preocupação é sempre fugir dos estereótipos, clichês e humanizar o máximo possível todo e qualquer personagem que eu faça, até porque todos nós temos vários lados”, completa.

Quem acompanha as surperproduções da TV e do cinema deve se lembrar de Pissolato. O ator passou por novelas do horário nobre da Globo, como “Insensato Coração” (2011), “Avenida Brasil” (2012), “Amor à Vida” (2014) e “O Outro Lado do Paraíso” (2017) – essa última em participação especial.

Agora ele está de volta à emissora para compor o elenco de “Vai na Fé”, como o personagem Julião, em participação especial de oito capítulos.

“O Julião é primo do personagem do Lobianco, o Vitinho, e entra para solucionar uma questão relacionada ao Lui Lorenzo (José Loreto), porque ele vem passando por algumas questões”, adianta o ator.

Kiko Pissolato se destacou por interpretar um super-herói brasileiro no cinema, que queria fazer justiça com as próprias mãos no filme “O Doutrinador”. Em 2021, inclusive, ele chegou a dizer que desejava ser o próximo Wolverine.

Porém, passado parte do período de pandemia e crise na cultura brasileira, o ator quer mesmo é retomar a rotina na teledramaturgia no Brasil.

“Carreira internacional é complexo agora, porque a gente vem de um momento conturbado de pandemia e de um governo que pouco investiu em cultura. Então, acho que primeiro devo retomar o trabalho que já vinha sendo feito, retomar a parceria com a Globo, seguir fazendo séries, cinema, teatro. Mas estou sempre aberto a oportunidades”, diz.

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