Monthly Archives: março 2021

Brasil ganha data ativista: O Dia Nacional da Afirmação Gay
   30 de março de 2021   │     9:00  │  0

A data faz homenagem dupla. Vinte e oito de fevereiro se refere ao dia de fundação do Grupo Gay da Bahia (GGB), em 1980

O dia do Orgulho LGBT+ nacional é celebrado em 25 de março, contudo, não há respaldo histórico que embase tal data, nem algum evento emblemático ocorrido neste dia. Mas tudo bem, é sempre importante relembrar direitos bem como a importância de lutar por eles.

Agora, oficialmente, o calendário arco-íris no Brasil tem nova data: 28 de fevereiro, Dia Nacional da Afirmação Gay. A data foi instituída pelo antropólogo e decano do movimento LGBT no País, Luiz Mott, e já conta com apoio de importantes entidades ativistas.

“É a entidade ativista arco-íris mais antiga da América Latina em atuação! Dentre vitórias históricas lideradas pelo GGB estão a despatologização da homossexualidade no Brasil em 1985, cinco anos antes de a Organização Mundial de Saúde fazer o mesmo; e o veto à chamada ‘cura gay’ pelo Conselho Federal de Psicologia, em 1999, o que tornou o Brasil o primeiro do mundo a impedir essa prática“.

Com a novidade, o calendário das principais datas do ativismo LGBT no Brasil fica assim: 29 de Janeiro – Dia Nacional da Visibilidade Trans;
28 de fevereiro – Dia Nacional da Afirmação Gay;
17 de maio – Dia Internacional contra Homofobia;
28 de junho – Dia Internacional do Orgulho LGBT;
29 de agosto – Dia Nacional da Visibilidade Lésbica;
23 de setembro – Dia da Visibilidade Bissexual.

 

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O que fazer ao descobrir que seu marido é gay ?
   28 de março de 2021   │     10:00  │  0

Atualmente, vivemos num mundo em que a diversidade vem ganhando destaque, e as questões de gênero passam a ser cada vez mais discutidas.

Com isso, é normal que tenhamos pessoas assumindo uma orientação sexual diferente daquela que vinha sendo vivenciada. Muitas vezes, até a mudança de gênero ocorre justamente durante o casamento, onde homens principalmente se descobrem pessoas trans.
Segundo a psicóloga Denise Miranda de Figueiredo, do Instituto do Casal, em São Paulo, houve um aumento no número de homens casados assumindo a homossexualidade, assim como de mulheres casadas que acabam preferindo se relacionar com outras mulheres. “O que vemos, hoje, é um novo movimento. Algumas famílias estão se deparando com esta situação: o homem ou a mulher se assume homossexual e decide pelo divórcio para poder viver de acordo com a sua verdadeira orientação sexual”, comenta a especialista.
Entretanto, trata-se de uma situação complexa e que pode não ser resolvida de um dia para o outro. Além disso, as decisões que precisam ser tomadas devem ser pensadas com calma, o que não é fácil quando você descobre que o (a) parceiro (a) tem outra preferência sexual. “Ninguém está preparado para receber esse tipo de notícia”, diz a psicóloga.
Conforme a também psicóloga Marina Simas de Lima, a pessoa que é homossexual, mas mantém uma relação hétero, vive em dois mundos diferentes. “Ele ou ela pode se sentir culpado , precisa inventar desculpas o tempo todo, mentir e, nos momentos íntimos, é possível que o corpo esteja lá, mas a mente não.
O sexo pode se tornar desconfortável e causar ressentimento, ou seja, pode-se colocar ‘culpa’ no outro por não vivenciar a sexualidade da forma como ele gostaria”, afirma.
Por outro lado, a questão de assumir-se ou não está quase sempre ligada à imagem que a pessoa tem na sociedade. “Infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade homofóbica e moralista. Assumir a homossexualidade, depois de anos de casamento, implica em correr o risco de perder o status, de arranhar a imagem perante a família, os filhos, parentes e amigos e de perder a segurança que essa relação oferecia. Por isso, é comum que muitos homens, principalmente, passem anos casados para fazer isso depois dos 40, 50 anos”, comenta Marina.
Traição
Outra questão que merece destaque, conforme as especialistas, é que uma pessoa homossexual, ou mesmo bissexual, quando vive num casamento hétero, acaba tendo mais chance de manter relações sexuais fora da relação. “A traição sempre é um trauma dentro de uma relação, porém, quando é com uma pessoa de outro sexo, pode ser um golpe ainda mais duro e difícil de lidar”, comenta Denise Figueiredo.
A mulher, ou o homem, que descobre que seu/sua parceiro (a) é homossexual passa por momentos complicados, na opinião da psicóloga. “A maioria se culpa, acha que isso aconteceu por alguma falha em si. Tentam de todas as maneiras encontrar onde está o erro, porém não há erros. Trata-se apenas de uma orientação sexual que não está ligada ao cônjuge”, diz.
Como agir
Apesar dessa situação vivenciada pelo casal parecer um problema sem solução, é possível resolver a questão buscando orientação de um profissional, principalmente quando envolve os filhos. “Nem sempre as crianças têm maturidade para entender o que é a homossexualidade e que o pai ou a mãe estão se separando por conta deste motivo. Mas, cada família tem seu próprio funcionamento e isso deve ser respeitado. A terapia pode ajudar o casal e também os parceiros, individualmente”, afirma Marina Lima.
As especialistas esclarecem que contar a verdade é sempre a melhor coisa a fazer. Elas lembram ainda que, normalmente, após o “trauma” inicial, alguns casais conseguem desenvolver uma amizade, que é essencial para as famílias com crianças.

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As múltiplas discriminações na vida de pessoas homossexuais com deficiência
   27 de março de 2021   │     10:00  │  0

Artigo

Por: Ana Raquel Périco Mangili é brasileira, tem 26 anos e reside em Barra Bonita/SP. Nasceu prematura, aos sete meses de gestação e, como consequência, adquiriu Distonia generalizada, Disfonia e deficiência auditiva. Pós-graduada (Especialista) em Linguagem, Cultura e Mídia na Unesp de Bauru/SP (2019).

Os homossexuais, bissexuais e transexuais com deficiência

Quando se fala em manifestações violentas de intolerâncias e preconceitos no Brasil, rapidamente a homofobia e a transfobia costumam ser citadas. A cada 25 horas, uma pessoa LGBT é assassinada no país, segundo dados de 2016 coletados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). E a média de vida das pessoas transexuais é metade da média de vida dos demais brasileiros: 35 anos, de acordo com o site SenadoNotícias.

Os LGBT também estão longe de serem minorias numéricas. Entre os jovens brasileiros de 24 a 35 anos, 27,9% deles são homossexuais ou bissexuais, segundo pesquisa feita pela PUC-RS em 2015 e divulgada inclusive no programa Fantástico, da Rede Globo. Esta é uma porcentagem ainda maior se comparada com a das pessoas com deficiência, que representam 23,9% dos brasileiros.

Então, quando estas duas categorias se interseccionam em um mesmo indivíduo, como fica a questão da visibilidade de suas vivências? Apesar da grande representatividade numérica dos LGBT e das pessoas com deficiência, a intersecção de tais segmentos sociais ainda segue extremamente invisibilizada e, não raro, também é alvo de discriminações.

Sophia Rodovalho dos Santos Rodrigues, psicóloga clínica e ambulatorial, explica que assumir a homoafetividade, ainda hoje em dia, é motivo de sofrimento, preocupação e de muito julgamento. “Para o indivíduo com deficiência, isto não é diferente. Ao contrário, este, em muitos momentos, pode ser ‘julgado’ como deficiente inclusive em sua orientação sexual, como se, por apresentar uma deficiência, acabasse por sobrar a ele o que a sociedade considera como os piores tipos relacionamentos: os homossexuais. Muita gente ainda tende a considerar como doença a questão da homossexualidade”, diz.

Walleria Suri Zafalon, 41 anos, aposentada e estudante universitária, moradora de Presidente Prudente/SP, possui retinose pigmentar (uma doença degenerativa da visão) e é mulher transexual. Ativista dos direitos da comunidade LGBT, ela conta sobre as múltiplas dificuldades que enfrentou quando iniciou o processo de transição de gênero, aos 35 anos.

“Não aguentava mais fingir ser um homem só para assegurar minha aceitação na sociedade. Demorei 30 anos para tomar essa decisão. Pois desde os cinco anos já tinha consciência de ser uma menina. Mas, quando resolvi me revelar, isso aconteceu de uma forma muito intensa. Fui demitida da empresa onde trabalhava, onde tinha um bom cargo e bom salário. Perdi grandes amigos de longos anos de convivência. Tive que deixar o apartamento onde morei por 10 anos, pois o imóvel era de um tio que também morava comigo e, durante minhas transformações, pediu para que eu procurasse outra moradia. Como eu não era aceita em pensões femininas, tive que ir morar em uma república masculina. Também fui obrigada a interromper, na época, o curso universitário que frequentava, porque sem trabalho não consegui manter os custos das mensalidades. Acho que o fato de eu ser deficiente visual me resguardou de muitos atos mais agressivos. Provavelmente as pessoas sentiam mais pena do que repulsa. Pois a bengala branca que uso me protege da imagem de promiscuidade com a qual sempre somos rotuladas. No entanto, na academia em que eu frequentava, era impedida de utilizar o vestiário feminino e tinha que trocar de roupas no masculino, ficando de lingerie na frente de um monte de homens”.

Diéfani Favareto Piovezan, que participou da segunda parte desta grande reportagem, além de ser mulher com deficiência física e auditiva causadas pela Síndrome de Brown Vialetto Van Laere, também é lésbica e já vivenciou uma situação de discriminação pela sua orientação sexual quando tinha apenas 14 anos. “Morei por um tempo nos EUA e, um dia, perdi o ônibus para ir pra casa e estava sem dinheiro para pegar táxi. Como meu amigo morava perto da escola, perguntei se podia ficar na casa dele até minha mãe chegar. Ele disse que não, porque o pai dele não me queria lá. Aí perguntei para outra amiga que era vizinha dele, e ela disse que o pai dele tinha contado para a mãe dela que eu era lésbica, e que ela também não me queria lá. Fiquei 40 minutos na neve e no vento por causa disso, até minha mãe chegar para me buscar”, relembra.

Léo Paulino Barbosa, 47 anos, vendedor, estudante de Direito, militante de direitos humanos da causa de pessoas transexuais e travestis, morador de Santo André/SP, surdo de um ouvido e com dificuldades de locomoção devido a um acidente de trânsito, é um homem transexual e relata que, em relação à busca por emprego, passa por preconceitos tanto por ser pessoa com deficiência quanto por ser transexual. “A frase que mais ouvi em quase 20 anos da minha vida foi ‘Nós não contratamos pessoas como você’. Isso foi me quebrando por dentro… Em relação à deficiência, quase sempre eles alegam que as funções para que o cargo seja exercido demandam agilidade e tempo em pé, ou muitas caminhadas longas. Eu sempre tento explicar que algumas coisas podem ser adequadas às minhas necessidades e que podemos desenvolver um trabalho mais efetivo com algumas atribuições nas quais eu posso ser melhor aproveitado. O problema é que eles já tem um perfil de quem vai ocupar aquela vaga e, claro, não é o de uma pessoa com deficiência”.

Já para Ivone Gomes de Oliveira, 49 anos, autora do Blog Gata de Rodas, moradora de São Paulo, cadeirante devido à poliomielite e mulher bissexual, os preconceitos tiveram início dentro de casa. “Quando era mais nova, uma vez pedi dinheiro para o meu pai para comprar um par de sapatos e ele me respondeu: ‘Sapato para quê, se você não anda?’. A minha mãe, ao perceber que fiquei arrasada com isso, dias depois comprou o sapato que eu queria. Mas também teve um paquerinha, nos tempos do antigo ginásio, que quando ele estava com os amigos dele, simplesmente fingia que não me conhecia. Um dia, perguntei porque ele me fazia aquilo, e ele me respondeu friamente: ‘Eu tenho vergonha de você!’. E, para piorar, minha mãe, quando ficou sabendo disso, ainda me disse: ‘Você não dá conta nem de você mesma e ainda vai arranjar namorado!’. Depois desse episódio, eu me fechei para o amor e demorou para eu voltar a acreditar que alguém pudesse realmente gostar de mim”, conta.

Situação semelhante em relação à aceitação familiar, mas agora no que diz respeito à orientação sexual, ocorreu com Lucas de Abreu Maia, 32 anos, jornalista doutorando em Ciência Política na Universidade da Califórnia, morador de La Jolla/EUA, cego de nascença e homem gay. Sua mãe foi a última de seus familiares a aceitar a sua homossexualidade.

“Meus amigos sempre agiram com total naturalidade. Minha mãe, surpreendentemente, demorou uns dois anos para aceitar. Isso foi muito difícil para mim, pois eu esperava que ela fosse me apoiar de cara. De início, ela se recusava a achar que eu fosse gay. Acreditava que era só uma fase. Obviamente não era. Com o tempo, contudo, ela passou a aceitar, tentou se aproximar dos meus namorados e, mais importante, uns dois meses antes de morrer, me disse: ‘Aprendi que meu filho é honesto, inteligente, trabalhador e gay, e eu tenho orgulho de todas essas características nele’. Eu e minha mãe sempre tivemos uma relação visceralmente próxima. Ouvir isso foi muito importante”, relata.

Para Leandra Du Art, 22 anos, fotógrafa, midialivrista, artivista, escritora e colunista na Mídia Ninja, moradora de Passos/MG, que tem uma síndrome rara chamada Artrogripose (que afeta o desenvolvimento dos ossos) e é mulher transexual, é comum se deparar com discursos de ódio. “Lógico que os ataques de ódio ainda existem e são vivos, latentes, porém, não permito me dar por atacada. O autoconhecimento sobre meu corpo, de se entender como um corpo com deficiência, se deu graças ao descobrimento da minha sexualidade. Quando entendi que meu corpo podia ser visto como belo e desejado, dei o start para começar a valorizar o reflexo que via no espelho e enfrentar o preconceito das pessoas”, explica.

Os entrevistados desta matéria também refletiram sobre a questão da pouca representatividade e da dupla exclusão que sua categoria interseccional costuma enfrentar. Walleria detalhou a situação muito bem com suas palavras. “Tanto as pessoas LGBT+ quanto os indivíduos com deficiência são entendidos como seres humanos fora do padrão da normalidade. O deficiente é repreendido e excluído pela sociedade achar que ele não tem capacidade. E o LGBT é repreendido e excluído igualmente por não ter legitimidade”.

Lucas e Diéfani acreditam que a representatividade do segmento LGBT já é um pouco maior que a dos indivíduos com deficiência. “Separadamente, vejo muito mais representatividade nos EUA do que aqui. E mesmo aqui no Brasil, quando tem, é mais comum que seja da pessoa LGBT do que da com deficiência”, diz Diéfani. Lucas  reforça esse posicionamento. “Infelizmente, como somos pouquíssimos LGBT’s com deficiência, somos quase invisíveis. A maior parte das pessoas encara o indivíduo com deficiência como um assexuado. Na mídia, a pessoa com deficiência é claramente subrepresentada. Quase toda novela atualmente tem um personagem gay, mas quantas novelas têm um personagem com deficiência?”.

Já Ivone dá exemplos que também se alinham com as falas acima. “Esta luta das pessoas com deficiência, porém, ainda se encontra em estágio embrionário. Basta observar que, enquanto na comunidade LGBTQIA cada categoria luta por sua letra, a pessoa com deficiência ainda luta para ser reconhecida como homem e mulher, por exemplo, ao observar que a grande dos banheiros acessíveis é unissex”.

Leandra ainda lembra que o próprio tema da sexualidade é tabu, principalmente quando se encontra com a categoria deficiência. “Nada se fala em relação à sexualidade da pessoa com deficiência em vista de outras grandes pautas deste público. Falar de sexualidade, no geral, ainda é um tabu muito grande, quem dirá discutir então o direito de gozar de uma pessoa que é colocada em um pedestal de glória e pena, não é mesmo? Hoje em dia, há alguns nomes fortes que levam a pauta da sexualidade de pessoas com deficiência adiante, sem duvida nenhuma, e é só ao se falar mais do assunto é que vamos fazer com que as pessoas com deficiência sejam libertas deste estigma”, pondera.

Mas, comparando a aceitação das pessoas com deficiência dentro e fora das comunidades interseccionais, Léo acredita que o ambiente LGBT é um pouco mais acolhedor. “Ainda estamos longe de um movimento que entenda as necessidades de pessoas com deficiência. Mas isso é reflexo da sociedade em que vivemos. Não tenho certeza quanto a avanços expressivos fora da militância, mas o que eu posso garantir é que dentro do movimento LGBT+ há um respeito e acolhimento maior do que dentro da sociedade cisgênera e heterossexual, onde já me derrubaram duas vezes no metrô, onde já me negaram lugar no trem e ainda me disseram ‘Não vou sair, vem me tirar daqui se tu for homem’”.

Walleria contrapõe esta visão ao afirmar o contrário. “Vejo que as minorias excluídas também podem ser muito capazes de excluir quem lhe são diferentes. Já participei de muitos grupos de pessoas com deficiência visual e participo ainda hoje de grupos de pessoas trans e pessoas LGBT. Os indivíduos com deficiência não me veem como mulher por eu ser trans, da mesma forma que o restante da sociedade. E as pessoas LGBT não me veem com capacidade por eu ser deficiente visual, da mesma forma”, conclui.

Os queer, intersexuais e assexuais com deficiência

Enquanto lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, apesar da árdua luta diária contra o preconceito, já possuem pelo menos um certo reconhecimento de sua existência na sociedade, outras categorias da comunidade LGBTQIA são ainda mais invisibilizadas, até mesmo dentro do próprio segmento. A palavra queer, por exemplo, serve para designar, de forma geral, os indivíduos que não são heterossexuais ou que não seguem o binarismo de gênero (masculino/feminino), podendo se referir a qualquer orientação ou identidade dentro da categoria LGBTQIA.

Já a intersexualidade é um termo utilizado para se referir a um conjunto de variações corporais e/ou genéticas que fazem com que uma pessoa não se encaixe nas definições biológicas padrões de masculino ou feminino. Pessoas intersexuais podem nascer com órgãos e/ou cromossomos sexuais híbridos, e as estatísticas sobre este segmento populacional variam entre 0,018% a 1,7% da população mundial.

Os intersexuais enfrentam discursos de patologização e correções cirúrgicas semelhantes às vivenciadas pelas pessoas com deficiência. Com o diferencial de que, na maioria dos casos, a adequação sexual cirúrgica é meramente estética e compulsória, feita quando a pessoa é recém-nascida e ainda não tem condições de decidir se quer ou não passar por tal procedimento. O resultado então é que, muitas vezes, tais pessoas são forçadas a se adequarem a um gênero com o qual não se identificam.

Além disso, também pode haver implicações legais apenas pelo fato do individuo ser intersexual. Thais Emilia de Campos, pedagoga habilitada em Educação Especial pela UNESP, psicopedagoga formada pela UNORP, Mestre e Doutoranda em Educação pela UNESP, só conseguiu registrar o seu filho Jacob no cartório dois meses após o nascimento dele, pois os órgãos públicos exigiam que se definisse o sexo do bebê. Sem este registro ao nascer, os indivíduos intersexuais ficam sem direitos básicos, como o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Thais chegou a ouvir dos médicos, ainda quando estava grávida, a sugestão de que abortasse a criança, devido também a outras complicações de saúde que o bebê teria.

“Ativistas intersexuais no Brasil e em todo o mundo buscam, através da visibilidade e do descontentamento com as intervenções cirúrgicas e as adequações com hormonização obrigatória, denunciarem a situação de violação dos Direitos Humanos, da integridade física e do princípio da autonomia, relatando suas histórias de vidas e as mutilações sofridas em seus corpos”, desabafa Thais, que tem uma campanha no Facebook para arrecadar recursos para o tratamento de Jacob, pois o bebê possui cardiopatia congênita grave e Síndrome de Noonan.

Amiel Modesto Vieira, sociólogo Mestre em Ciências Humanas e Sociais, e Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva, em associação com UFRJ, UERJ, UFF e FIOCRUZ, também é uma pessoa intersexual e com deficiência (pé torto congênito e insensibilidade a andrógenos). Ele comenta sobre a exclusão e o preconceito histórico contra os intersexuais.

“No passado, nas feiras de curiosidades, corpos intersexos eram exibidos como monstros. Hoje, somos vistos como ‘monstros corrígiveis’, pois estamos no meio social, mas nossos corpos não são aceitos como são e precisam ser adequados. Esta é a interfobia, que cala nossos corpos com segredo e silêncio durante a vida e não permite à sociedade nos conhecer. Nossa existência é a prova de que a resistência é possível, necessária e eficaz”, defende.

E os assexuais? Ao contrário da visão comum que algumas pessoas têm sobre esta orientação, na verdade a assexualidade é um termo que designa um amplo espectro de orientações sexuais e/ou românticas baseadas na gradual ausência de atração física. Isto é, assexuais não são apenas os indivíduos que nunca fazem sexo ou que não possuem interesses amorosos: há diversas subcategorias na assexualidade, como por exemplo, a demissexualidade, que representa as pessoas que conseguem sentir desejo sexual somente após um vínculo afetivo. E também as pessoas assexuais podem estabelecer relacionamentos românticos com outros indivíduos do sexo oposto ou do mesmo sexo, dependendo de sua orientação romântica.

No Brasil, cerca de 7,7% das mulheres e 2,5% dos homens relataram não sentir interesse sexual, segundo pesquisa do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da USP.  Elisabete Regina de Oliveira, doutora em Sociologia da Educação e considerada a principal pesquisadora sobre assexualidade no país, explica que é muito comum a confusão feita entre assexualidade e transtornos hormonais.

“A assexualidade não é um transtorno, é uma forma de viver e ver o mundo. Muitas pessoas que eu entrevistei na minha pesquisa fizeram exames de dosagem hormonal, mas não foi constatada nenhuma deficiência hormonal. Porém, mesmo que assim fosse, se a pessoa já nasceu e cresceu com alguma deficiência hormonal e por isso não sente atração sexual, nunca vai sentir falta e isso não será um problema para ela. Portanto, cabe somente a tal pessoa a interpretação desse desinteresse por sexo e de que modo isso será parte de sua construção identitária. Se ela interpretar como problema, vai buscar ajuda; se para ela está bem assim, não há por que ser infeliz por causa disso”.

Mas, e quando o indivíduo, além de ser assexual, também tem uma deficiência (de natureza física, sensorial ou intelectual)? As pessoas com deficiência e com outras orientações sexuais lutam justamente pelo direito de manifestação de sua sexualidade e contra o estereótipo da assexualidade compulsória, então há um silenciamento muito grande em relação aos indivíduos com deficiência e que são realmente assexuais.

Vinícius Feres Laud, 20 anos, estudante, morador de Taubaté/SP, que possui escoliose e é demissexual heteroromântico, conta sobre algumas situações de preconceito pelas quais já passou, tanto pelo fato de ter uma deficiência quanto o de ser assexual.

“Tenho uma avó que tem uma superproteção enorme comigo, e várias vezes me trata como um inválido. Demora muito também para eu sentir alguma vontade de ficar com uma mulher, e isso foge da realidade das pessoas à minha volta. Sempre amigos me forçavam a ficar com alguém que eu não tinha nenhuma confiança e afeto, e quando eu recusava, me excluíam de muitas socializações. Diversidade é algo que ainda assusta as pessoas, há um medo de ser mal visto por conviver com alguém diferente. A luta contra a segregação é uma faca de dois gumes, pois temos que dar a ‘cara a tapa’ para mostrar que existimos, mas também aguentar os discursos de ódio como consequência”, reflete, reflete.

* Créditos das fotografias: Tassio Lopes (quinta imagem) e arquivo pessoal dos entrevistados (demais fotografias).

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Sexo anal: Dicas de como sentir (muito) mais prazer
   26 de março de 2021   │     10:00  │  0

Estamos em 2021, mas, infelizmente, sexo anal ainda é um tabu para as pessoas, principalmente nas relações heterossexuais.   Ainda há dificuldade de entender essa prática prazerosa como parte de uma relação normal. E isso se deve ao desconhecimento.

“Muitos homens acreditam que, se a mulher topar o sexo anal ela não é para casar”, explica a sexóloga Paula Napolitano.

Para desmistificar de vez, batemos um papo franco com ela e descolamos 7 dicas para aumentar o prazer sexual de homens gays e mulheres, e não passar nenhum apuro na hora do sexo anal.

Esqueça o pornô
Se você já assistiu a algum filme erótico, sabe que existe toda uma fetichização em relação ao anal. E eles fazem parecer que o sexo anal é coisa banal na hora da transa, né? Só se você estiver tranquila e já acostumada.  “De fato, como o ânus é mais apertado, os homens sentem mais prazer mesmo. Mas muitos deles interpretam que, se a mulher ou o gay topou a prática, ela ou ele está se entregando totalmente a ele. É uma conquista”, esclarece Paula.

Prepare-se
Muito se fala sobre as ducha higiênica e a preparação antes de fazer anal, mas a sexóloga pede equilíbrio nessa questão. “Uma lavagem no ânus pode, inclusive, afastar a pessoa interessada nisso. Se você sabe que você vai ter uma relação anal, vá ao banheiro antes, evacue, tome um banho e faça a higiene adequada. Não precisa ser muito mais do que isso. Esse é o ponto fundamental”.

Muito prazer
O ânus é uma das áreas erógenas do nosso corpo e tem muitas terminações nervosas, então é possível ter prazer anal, sim. Um bom jeito de estimular a área é usando a masturbação – colocar o dedo no ânus, passar em volta, começar a ter contato com ele, vendo como é a sensação, sempre associando ao duplo prazer. Quando estiver à vontade, você também pode usar um vibrador para estimular a região. “Entender que pode ser, sim, prazeroso, é um passo importante para depois ter uma relação sexual com penetração anal”, explica Paula.

 

Camisinha nele!
A recomendação da sexóloga é: preservativo 110% das vezes! “É uma das práticas com mais chances de pegar alguma DST (doença sexualmente transmissível), por ser uma região bastante vascularizada”. Além disso, é extremamente importante não penetrar a vagina, no caso de mulheres , com a mesma camisinha que foi usada no ânus e vice-versa. “As bactérias de cada lugar são diferentes, então quando você troca, pode contaminar um com bactérias do outro, causando infecções e até lesões”.

Respeite seu tempo
Cada um tem seu timing e vai ter uma forma diferente de se inciar no processo, dependendo até dos preconceitos e dos medos. Quem tem muito receio e ainda está incomodado com a ideia ou não sabe como vai se sentir deve ir aos poucos. “O ideal é que, nas primeiras vezes que for tentar, você já esteja extremamente excitada ou excitado, para já começar associando o sexo anal com prazer”, recomenda Paula. Então, durante as preliminares, com masturbação e sexo oral rolando, o parceiro pode começar a passar o dedo no ânus enquanto estimula o clitóris, e no caso de homens gay se masturbar enquanto se prepara analmente: duplo estímulo ajuda a associar o prazer do ânus ao prazer da relação. “Às vezes, a pessoa está curtindo tanto que nem percebe – o que faz doer é a tensão, a preocupação. Pressionar o ânus sem estar relaxada, ainda mais na hora da penetração, causa mais dor.

Sem atrito
Ao contrário da vagina, o ânus não tem um sistema de lubrificação, então é importante usar lubrificante sempre que for penetrá-lo – seja com um brinquedinho, um vibrador, o dedo ou o pênis. “Pode usar e abusar, sem medo. Explique para seu parceiro a importância de estar atento ao seu feedback, porque quem está recebendo o sexo anal deve se sentir respeitada e no controle, sabendo que pode parar se quiser e quando quiser”. Ou seja: a melhor dica é respeitar o ritmo para obter o máximo de prazer com a relação.

Precisamos falar sobre sexo anal!
De modo geral, o mais importante é o casal conversar sobre esse assunto. “Tem gente que não tem essa trava. Muitas vezes, o homem pode tentar durante a relação, testando, ainda que não tenham conversado antes. Se a mulher não quiser na hora, ou o gay é iniciante, aí o assunto pode ser retomado depois”. Se os dois estiverem sempre na mesma página, o casal já estará um passo mais perto de sentir prazer juntos.

Fora essas dicas, relaxe e goze, e assim tenha uma cama mais prazerosa e renovada. 

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Câmara LGBT lança Programa Fornecedores Diversos: primeiro programa no País a dar destaque para fornecedores LGBTI+
   25 de março de 2021   │     10:27  │  0

A Câmara LGBT que acaba de lançar o Programa Fornecedores Diversos, como a única entidade qualificada para promover esse tipo de projeto no Brasil.  Esse projeto é um cadastro gratuito que tem como missão promover a diversidade na cadeia de suprimentos através de uma política afirmativa de fomento para micros, pequenas e médias empresas com capital societário LGBT+ acima de 51%, uma vez que em tempos de pandemia o empreendedorismo tem sido uma solução pra muita gente.

Além de ser inédito, é um projeto social que visa apoiar a comunidade LGBT que tem muita dificuldade de empregabilidade e acaba indo pro empreendedorismo como alternativa para vencer na vida.. então, a Câmara quer facilitar a vida desse empreendedor ao colocá-lo nesse banco de dados, uma vez que ele vai estar em contato com grandes corporações! E com a pandemia então.. aumentou mais ainda o n° de pessoas indo pro empreendedorismo.

Abaixo, o release completo contém todas as informações adicionais sobre o Programa Fornecedores Diversos. Será que rende uma matéria pra você?

Qualquer dúvida, estou à disposição!

Bjs!

Câmara LGBT lança Programa Fornecedores Diversos: primeiro programa no País a dar destaque para fornecedores LGBTI+

Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil lança, nesta quinta (25/03), o Programa Fornecedores Diversos, como a única entidade qualificada para promover esse tipo de projeto no Brasil, embasada em programas internacionais já implantados há anos por Câmaras LGBTs de outros países com as quais a entidade tem acordo de cooperação.  Com inscrições gratuitas, o Programa Fornecedores Diversos tem como missão promover a diversidade na cadeia de suprimentos através de uma política afirmativa de fomento para micros, pequenas e médias empresas com capital societário LGBT+ acima de 51%.

Com este programa, que já existe de forma consolidada no âmbito internacional para empresas majoritariamente em nome de LGBTI+ e nacionalmente para empresas comandadas na sua maioria por mulheres, negros, indígenas, quilombolas e portadores de deficiência, a entidade visa construir um banco de dados de empreendedores com capital societário formado, em sua maioria, por pessoas LGBT+ (acima de 51%) para que acessem aos programas de diversidade e inclusão na cadeia de valor de grandes empresas.

A National LGBT Chamber of Commerce (NGLCC) dos Estados Unidos, a pioneira no assunto, atesta o impacto e as vantagens para as empresas em nomes de LGBTI+ que se registram e também para as grandes corporações que atuam como compradores. A NGLCC já cadastrou quase 2.000 empresas de propriedade de LGBTI+ nos Estados Unidos que são acessadas por mais de 300 companhias, além de governos estaduais e locais que reconhecem o documento emitido pela entidade e que legitima a empresa como eminentemente comandada por empresários LGBTI+.

Programa Fornecedores Diversos da Câmara LGBT segue o modelo de sucesso da entidade americana que conta com a divisão internacional, NGLCC Global, responsável por capacitar e incentivar as afiliadas globais a desenvolverem seus próprios programas de registro e certificação de negócios LGBT, com base no modelo comprovado e seguindo padrões e procedimentos já estabelecidos e aprovados.

Para Justin Nelson, presidente e co-fundador da NGLCC, é de suma importância apoiar o trabalho das afiliadas globais no desenvolvimento de seus próprios programas de negócios LGBTI+, que na maioria das vezes, inicia seus programas com autoregistro, como o Programa de Provedores Diversos da Câmara LGBT do Brasil.

“Estamos muito entusiasmados com o programa que certamente vai criar oportunidades de negócios e receita em potencial para empresas LGBT sediadas no Brasil. Estamos neste processo e trabalharemos juntos nesta iniciativa e em seu crescimento futuro para um completo programa de certificação a ser desenvolvido. Há muito tempo, esperávamos este lançamento porque a Câmara LGBT do Brasil é uma das principais afiliadas do NGLCC na região da América Latina e uma forte defensora do avanço econômico da comunidade empresarial LGBT residente no Brasil.”

No Programa Fornecedores Diversos, as empresas credenciadas com capital societário LGBTI+ vão ter acesso a contatos com representantes corporativos e profissionais para começar a construir relacionamentos estratégicos, além de terem acesso a novos negócios, mercados e oportunidades de parceria.

Com a pandemia, inúmeras pessoas ficaram desempregadas e viram a necessidade de empreender. Além disso, temos, historicamente, um grande número de LGBTI+ egressos do mercado formal de trabalho que se tornaram empreendedores. A iniciativa da Câmara LGBT vai ao encontro da necessidade de contribuir para que o empresário LGBTI+ tenha acesso às oportunidades de negócios que sozinho dificilmente teria. Essa credenciação no Programa Fornecedores Diversos serve para o fomento e investimento de empresas, entidades e fundos governamentais que estão dispostos a trabalharem especificamente com esse segmento e com o objetivo de implementar políticas afirmativas. É uma responsabilidade social”, declara Pedro Melo, Diretor de Qualificação e Certificação da Câmara LGBT

Ao entrar no site do Programa Fornecedores Diversos, a empresa que possuir a maioria de suas quotas societárias com pessoas LGBTI+ vai preencher gratuitamente um cadastro para a emissão do documento de credenciação. Após a análise de documentos, o empreendimento estará legitimado a participar de projetos e programas destinados a fornecedores LGBTI+ e estará disponível no banco de dados para que grandes corporações tenham acesso a este fornecedor. Esse documento emitido pela Câmara LGBT é que legitima as empresas para que sejam aceitas pelas grandes corporações como empresas LGBT.

Na atualidade brasileira, a política afirmativa contempla empresas formadas por mulheres, índios, negros, quilombolas e PCDs (pessoas com deficiência) na maioria de capital societário. No entanto, faltava no país o cadastro de empresas que tivesse maioria dos sócios LGBTI+. Sendo assim, por ser um cadastro rápido e gratuito, esse banco de dados estará disponível a grandes corporações que são associadas e/ou que se associarem e que queiram trabalhar com esses fornecedores. O Programa Fornecedores Diversos visa estimular  relacionamentos estratégicos e a construção de negócios.

Existe um trabalho sendo desenvolvido por empresas dos mais variados segmentos que já trabalham com a diversidade na cadeia de suprimentos e tem programas de mentoria, capacitação e até de suporte financeiro para contribuir com o crescimento de empresas comandadas por grupos que se enquadram nestes projetos. É a diversidade e inclusão chegando na cadeia de valor com o propósito de impulsionar e dar oportunidades para pequenos negócios através da prestação de serviço e venda de produtos para grandes empresas.

“Na Corteva, estamos comprometidos com a aceleração e o desenvolvimento do setor agropecuário e a diversidade, inclusão e equidade que são pilares para o crescimento sólido e contínuo de qualquer área de negócio. Trabalhamos em ações afirmativas para promover mudanças dentro e fora da organização, com definição de metas para orientar nossas atividades. Na cadeia de suprimentos mobilizamos nossas equipes para estimular a inclusão de fornecedores da diversidade. No Brasil, trabalhamos com o Integrare e a WEConnect International, entidades que atuam para aproximar grandes organizações de micro e pequenas empresas pertencentes a grupos de diversidade, como Afrodescendentes, PCDs, povos indígenas e mulheres. A Câmara LGBT Brasil agora entra para este time e nos ajudará com a inclusão das empresas do grupo LGBTI+. Com iniciativas como esta, esperamos avançar em nossa meta global de destinar, até 2030, 25% dos nossos gastos com fornecedores pertencentes a grupos da diversidade”, afirma Gisele Trovello – Líder de Diversidade de Fornecedores para América Latina da Corteva AgriscienceTM.

Programa Fornecedores Diversos sempre esteve no hall de projetos da entidade e era aguardado pelas grandes corporações, pequenos empresários, Câmaras LGBT de outros países e de entidades do Brasil e do mundo. O momento é oportuno para este lançamento porque o existe uma demanda e um desejo por este programa. Outro fator importante é o acordo de cooperação que a Câmara LGBT tem com o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ que congrega mais de 100 grandes corporações signatárias das quais muitas trabalham com diversidade na caceia de suprimentos. Há um ano as entidades trabalham juntas para fomentar este programa e ações para que a diversidade e a inclusão estejam também na cadeia de valor das empresas.

Para Ricardo Gomes, Presidente da Câmara LGBT o Programa Fornecedores Diversos deve mudar a vida de muitas empresas LGBTI+ credenciadas pela entidade à luz do que acontece em outros países. “Temos uma demanda de dezenas de grandes empresas brasileiras ou aqui instaladas que esperavam por este programa e que estão prontas e dispostas a inserir estes empresários LGBTI+ no seu hall de fornecedores. Estas empresas estão se filiando à Câmara LGBT e, em meados de abril, já vão acessar o cadastro das empresas que podem se credenciar, a partir de hoje. Por isso, convidamos os empresários LGBTI+ de todo o Brasil e de todos os segmentos de negócios que se credenciem para que possam ser alcançados pelos departamentos de compras das grandes corporações”.

As empresas com participação societária com mais de 51% em nome de sócios LGBTI+ podem se cadastrar gratuitamente através do link: http://191.209.66.91/camaralgbt . As grandes corporações que desejam acessar o cadastro devem entrar em contato através do site www.camaralgbt.com.br

A necessidade surge uma vez que a Câmara é procurada por seus parceiros e associados que buscam aumentar seus investimentos com a comunidade empresarial LGBTI+.

Serviço – Programa Fornecedores Diversos

Cadastro: http://191.209.66.91/camaralgbt

Gratuito

Requerimento: A empresa precisa ter pelo menos 51% das ações em nome de LGBTI+.

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