De acordo com Claudia Cristina Carvalho, coordenadora do Centro de Referência de Direitos Humanos, mesmo que a homossexualidade não tenha sido considerada uma doença nesse caso, alegar que há uma “reversão” para esse “estado” é um eufemismo para considerá-la um tipo de enfermidade.
Segundo ela, a criação de um órgão para auxílio da “recuperação” homossexual, como é o caso da Associação Brasileira de ex-Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABexLGBTTs), é apenas uma forma institucionalizada de se promover a homofobia. “É uma pobreza cultural muito grande, nosso país está em retrocesso com questões desse tipo”, diz.
Carvalho explica que a sexualidade de uma pessoa não é predeterminada, mas sim construída. Da mesma forma que o caráter se forma ao longo da vida e das experiências. Mas o processo de construção não é algo que possa ser “desconstruído” ou “revertido”.
“O que acontece é que a sociedade tende a implicar com conceitos de certo e errado. O referencial adotado é sempre o da heterossexualidade. Os homossexuais que buscam ‘ajuda’ por serem solitários e infelizes, só são assim porque sofrem muito preconceito social e são excluídos”, explica a coordenadora.
Já Maria Aparecida, presidente do Conselho Regional de Psicologia, diz que a discussão deve se basear no conhecimento científico, e não no religioso.
De acordo com ela, a sexualidade é uma escolha pessoal de cada um, mas é proibido oferecer tratamento para a homossexualidade, já que não se trata de uma doença, e, portanto não precisa de cura.
“A posição do conselho está na resolução. Qualquer polêmica que se baseie no discurso religioso não vai ser levada em consideração, pois nós trabalhamos com base na ciência”. (SM)
Monthly Archives: agosto 2012
“Tratamento” é uma forma sim de se praticar homofobia, diz especialista
Fundador da Playboy, Hugh M. Hefner assinou editorial defendendo o casamento gay
25 de agosto de 2012
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Pesquisa aponta jovens gay como principais vítimas de homofobia
24 de agosto de 2012
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Após apresentar os dados, o relatório aponta uma série de recomendações a respeito do assunto, dentre as quais se destacam a criminalização da homofobia nos mesmos termos em que o racismo foi criminalizado, além da obrigatoriedade de notificação das violências homofóbicas à SDH; espaço para informação sobre identidade de gênero e orientação sexual no Ligue 180.
O relatório apresenta ainda outras sugestões como realização de atividades de empoderamento de jovens LGBTs para que denunciem as violências sofridas em casa e divulgação anual de dados de homofobia no Brasil.
Segundo os dados oficiais, o ano de 2011 registrou 6.809 denúncias de violações aos direitos humanos da população LGBT. Ao todo, foram 1.713 vítimas e 2.275 suspeitos. Os números mostram que uma mesma pessoa sofre várias violências e por mais de um/a agressor/a. Os dados referem-se a violências contra Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) denunciadas ao Poder Público (Disque Direitos Humanos, Central de Atendimento à Mulher, Ouvidora do Sistema Único de Saúde (SUS), e órgãos LGBT da SDH).
Desejo de destruição
“Os dados revelam uma média de 3,97 violações sofridas por cada uma das vítimas, o que parece indicar como a homofobia se faz presente no desejo de destruição (física, moral ou psicológica) não apenas da pessoa específica das vítimas, mas também do que elas representam – ou seja, da existência de pessoas LGBT em geral”, avalia o documento.
A quantidade de vítimas e de violações apresentadas no documento refere-se somente às denunciadas ao Poder Público no ano passado, sem considerar a subnotificação. As violações também são várias: vão desde agressões físicas a ameaças, humilhações, discriminações, negligências, abusos sexuais, negação de direitos, entre outras.
“Entendemos que o maior número de jovens vítimas da violência homofóbica pode estar associada ao fato de esses jovens negarem-se às restrições impostas pelos guetos LGBT. Aqueles espaços restritos a população LGBT já não atendem aos anseios dos jovens LGBT, eles já ocupam as ruas de diversas capitais brasileiras e não têm receio de demonstrar afeto publicamente.
Nesse sentido, essa população deve ser a prioridade de uma política que queira fazer frente a violência homofóbica”, destaca ainda o relatório.
O documento ainda revela que a maioria dos casos de violência homofóbica é praticada por pessoas conhecidas da vítima (61,9%), como familiares e vizinhos, e a maior parte das violências (42%) ocorre dentro de casa: 21,1% dos casos, dentro da casa da própria vítima, 7,5% na casa do/a suspeito/a. Violências ocorridas nas ruas somam 30,8%.
Veja alguns dos casos:
Diogo Parra de 20anos, foi agredido na madrugada do dia 10/07/2011 ao sair de um bar LGBT em Mauá/SP, ele foi agredido por 3 rapazes que não levaram nada dele, mas deixaram as marcas da covardia, a vitíma teve que fazer uma cirurgia plástica na boca, e ter muita força para superar esse trauma.
As marcas das agressões sofridas na madrugada do dia 99/09/11, em Campo Grande, ainda estão no corpo do repositor Vitor Regis Amaral Saraiva, 20 anos. Quatro dias depois do fato, ele diz que está com medo de ser novamente vítima.
Eleonora teve seu filho espancado por oito rapazes – A última imagem vista foi a marca da sola de um tênis cravada no rosto desfigurado do caçula. Não deu tempo de se despedir. Ele, aos 24 anos, estava internado em um hospital de Recife, após apanhar de oito rapazes. O jovem morreu minutos depois do último contato com a mãe. Ela
Pâmela, que fora eleita Rainha da Diversidade na última edição da Parada Gay do Agreste, era jovem, pessoa de bem com a vida e querida por todos na comunidade. O crime, ainda sem explicação, ocorreu quando Pâmela conversava com dois homens na porta de uma casa noturna e os três foram surpreendidos por um outro homem que apareceu e passou a efetuar disparos de arma de fogo atingindo mortalmente Pâmela e ferindo os outros dois homens. Após o crime o assassino evadiu-se, a pé, do local e a polícia não tem informações sobre a sua identidade.
O estudante Alexandre Rajão foi encontrado morto ao lado de um valão na Rua Leopoldo Marins, no bairro Califórnia, em São Gonçalo, na madrugada do dia 21 de junho. De acordo com as investigações, ele saía de um churrasco na casa de uma amiga, quando foi sequestrado, torturado e estrangulado até a morte por um grupo de skinheads, que prega a ideologia neonazista de intolerância.
Acesse aqui a íntegra do relatório http:// www.sdh.gov.br/clientes/sedh/sedh/brasilsem/relatorio-sobre-violencia-homofobica-no-brasil-o-ano-de-2011/rel%20%2011%20jul%20capa%20com%20capa%20SEM%20APRESENTACaO.pdf
Casal gay de Curitiba consegue registrar criança como filho após sete anos de luta na justiça
22 de agosto de 2012
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Eles são tão fofos que eu quero comê-los “quando o amor ultrapassa as regras do que é certo ou errado para a sociedade”
20 de agosto de 2012
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Laura Cavin e Sheri Verde, é um casal de lésbicas que sonhavam em ter filhos gerados pelas duas, determinadas e sem se importava qual fosse o custo. Depois de consultar um endocrinologista, e os especialistas decidiram fecundar ovos de Sheri em Laura. Na primeira tentativa os ovulos foram devastados quando o primeiro conjunto de gêmeos (que, dolorosamente, as mães já tinham chamado de Aidan e Brendan) foram perdidos após 24 semanas devido a uma doença sanguínea rara.
Em sua segunda tentativa, eles decidiram transferir dois embriões ambos em Laura e Sheri, na esperança de que um iria trabalhar para fora, embora mais de um era altamente improvável. De acordo com o endocrinologista, “A chance de que todos os quatro embriões transferidos seria implantar e crescer foi inferior a 2%, de modo que todos se admiraram quando o improvável aconteceu.” Mas aconteceu – em 09 maio de 2011, Laura deu a luz á Brianna e Derek, e em 23 de maio, Sheri deu a luz á Anthony e Cason.
O casal usou o mesmo doador de esperma anônimo, embora realizado por mulheres separadas e entregues em momentos diferentes, são tecnicamente quadrigêmeos.
Ciência! Mãe diz Sheri, “Tornamos melhores mães, porque sabemos o que é perder as crianças. Nós teriamos dado qualquer coisa para ouvir a voz de Aidan e Brendan , de modo a ouvir a quatro bebês chorando ao mesmo tempo não nos incomoda. Mas nossa jornada também levou a gentes aos nossos quatro lindos bebês. medicina reprodutiva fez nossos sonhos possíveis. ”
Fotos: Naples News