Category Archives: Visibilidade LGBTQ+

Kiko Pissolato vive policial gay em nova série: ‘Fugir dos estereótipos’
   4 de março de 2023   │     19:09  │  0

Kiko Pissolato encarou um novo desafio nas telinhas. O ator interpretará um policial civil homossexual na série “Chuva Negra”, que estreia no dia 24 de março no Canal Brasil e no Globoplay.

Em entrevista ao gshow, o artista comenta sobre a importância de explorar a diversidade na teledramaturgia.

“É um tema fundamental. Sempre foi, mas hoje em dia a gente tem consciência da importância de representar toda a sociedade na tela. É muito importante que as pessoas assistam e se sintam representadas de alguma forma”, declara.

Kiko dará vida ao agente Rocha, casado com Orlando, papel de Dudu de Oliveira, na série de Rafael Primot, que também tem no elenco João Simões, Marcos Pitombo, Denise Del Vecchio, Vanessa Giácomo e Julia Lemmertz.

“A minha preocupação é sempre fugir dos estereótipos, clichês e humanizar o máximo possível todo e qualquer personagem que eu faça, até porque todos nós temos vários lados”, completa.

Quem acompanha as surperproduções da TV e do cinema deve se lembrar de Pissolato. O ator passou por novelas do horário nobre da Globo, como “Insensato Coração” (2011), “Avenida Brasil” (2012), “Amor à Vida” (2014) e “O Outro Lado do Paraíso” (2017) – essa última em participação especial.

Agora ele está de volta à emissora para compor o elenco de “Vai na Fé”, como o personagem Julião, em participação especial de oito capítulos.

“O Julião é primo do personagem do Lobianco, o Vitinho, e entra para solucionar uma questão relacionada ao Lui Lorenzo (José Loreto), porque ele vem passando por algumas questões”, adianta o ator.

Kiko Pissolato se destacou por interpretar um super-herói brasileiro no cinema, que queria fazer justiça com as próprias mãos no filme “O Doutrinador”. Em 2021, inclusive, ele chegou a dizer que desejava ser o próximo Wolverine.

Porém, passado parte do período de pandemia e crise na cultura brasileira, o ator quer mesmo é retomar a rotina na teledramaturgia no Brasil.

“Carreira internacional é complexo agora, porque a gente vem de um momento conturbado de pandemia e de um governo que pouco investiu em cultura. Então, acho que primeiro devo retomar o trabalho que já vinha sendo feito, retomar a parceria com a Globo, seguir fazendo séries, cinema, teatro. Mas estou sempre aberto a oportunidades”, diz.

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Tóquio 2020 é edição com mais atletas abertamente LGBTQ+
   26 de julho de 2021   │     0:00  │  0

Os Jogos de Tóquio são a edição olímpica com o maior número de atletas que se declararam publicamente LGBTQs, segundo um levantamento do site Outsports.

O portal, especializado em notícias esportivas voltadas ao público LGBTQ, listou neste domingo (25/07) ao menos 166 atletas abertamente gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, transgêneros e/ou não binários competindo na capital japonesa.

O número, segundo o site, é quase o triplo do registrado nos Jogos do Rio em 2016 e faz de Tóquio 2020 a edição olímpica com mais representatividade da história. Há quatro anos, o Outsports contou 56 atletas que haviam se declarado publicamente LGBTQs à época do torneio, enquanto nos Jogos de Londres, em 2012, eram 23.

“O grande aumento no número de atletas ‘fora do armário’ reflete a crescente aceitação das pessoas LGBTQ nos esportes e na sociedade. O surgimento das mídias sociais, especialmente o Instagram, deu aos atletas um fórum onde eles podem viver suas vidas abertamente e se identificar diretamente com seus seguidores”, afirma o portal.

Ao menos 27 países estão representados por pelo menos um competidor abertamente LGBTQ em Tóquio, que é também a primeira edição olímpica a contar com atletas transgêneros. Ao todo, os 166 atletas competem por 30 diferentes modalidades.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de atletas abertamente homossexuais, bissexuais, transexuais, transgêneros e/ou não binários da lista, com 30 competidores. Em seguida vêm Canadá (17), Reino Unido (16), Holanda (16), Brasil (14), Austrália (12) e Nova Zelândia (10).

Entre os brasileiros aparecem a estrela de futebol Marta, cuja foto estampa o artigo do Outsports, e suas colegas de time Andressa Alves, Bárbara Barbosa, Formiga, Letícia Izidoro e Aline Reis. Marta vem dedicando seus gols em Tóquio à sua noiva, a também jogadora de futebol Toni Deion Pressley, e falou abertamente sobre a homenagem em entrevistas na televisão.

Formiga, por sua vez, em entrevista coletiva na última sexta-feira, falou sobre a importância de se trazer a homossexualidade a público. “A gente representa milhões de pessoas, e é importante sair do armário e quebrar barreiras”, afirmou a jogadora. “Fico feliz que minha esposa [Erica Jesus] fale na TV, que a Marta se posicione e que a Cristiane [Rozeira], com seu filhão, faça o mesmo. Dessa forma a gente vai conquistando respeito. Respeito é tudo, não só como atleta, mas como ser humano.”

O único homem na lista brasileira é o jogador de vôlei Douglas Souza, que se tornou sensação nas redes sociais ao mostrar com bom humor os bastidores dos Jogos e o cotidiano da equipe olímpica.

O Outsports lista ainda as brasileiras Ana Carolina (vôlei), Babi Arenhart (handebol), Silvana Lima (surfe), Ana Marcela Cunha (natação), Izabela da Silva (atletismo) e Isadora Cerullo (rugby). Nos Jogos do Rio em 2016, Cerullo foi pedida em casamento durante a cerimônia de entrega de medalhas por Marjorie Enya, que trabalhava no comitê organizador do torneio. Elas estão casadas há quatro anos.

A nível mundial, as mulheres também superam os homens na lista de atletas abertamente LGBTQ, por uma proporção de oito para um. Somente o futebol feminino soma mais de 40 jogadoras.

O site inclui em sua contagem os atletas que já se manifestaram sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero à imprensa, ou fizeram postagens públicas nas redes sociais.

O Outsports frisa, contudo, que o número de atletas LGBTQ nos Jogos Olímpicos deve ser ainda maior, especialmente entre os não americanos, uma vez que o site é baseado nos EUA. A contagem também não inclui atletas paralímpicos, que serão contabilizados separadamente, e demais membros das delegações, como técnicos e treinadores.

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