A artista é conhecida como a “Beyoncé de Pernambuco”
A cantora Dany Myler está super em alta e será a atração nesta sexta-feira 12/05 no Club Metrópole a partir das 22h na Festa Gera. A artista de brega romântico que completou 20 anos de carreira canta seus sucessos no ritmo forró/piseiro e regravações do brega pernambucano.
Conhecida como a “Beyoncé de Pernambuco” ou “Furacão”, iniciou sua carreira aos 14 anos na Banda Lolyta e desde então não parou mais.
Com banda Cavaleiros do Forró viajou todo o Brasil em turnês que ficaram na história da banda e no coração dos fãs da artista Em sua passagem pelo grupo, dividiu o vocal palco com o cantor Gabriel Diniz – que faleceu em 2019 – Jailson Santos, Ramon Costa e Peruano, e se tornou uma das poucas artistas pernambucanas a ter projeção nacional, sendo a unica artista de Pernambuco a participar por 4 vezes do projeto “Acústico Imaginar”, realizado pela produtora “‘Imaginar Filmes”, famosa por trabalhar com artistas como Wesley Safadão, Gil Mendes, Márcia Felipe, entre outros nomes de destaque nacional.
Participou de programas nacionais de grandes emissoras, como Caldeirão do Hulk (Globo), TV Fama (Rede TV) e Programa Gilberto Barros (Rede Tv). Hoje, Dany Myler segue carreira solo e dá continuidade ao trabalho de excelência e qualidade que já se tornaram marca da artista, com toda sua energia em um show que traz toda a sua personalidade artística e experiência levando o público enorme carisma e voz marcante, interpretando sucessos atuais e antigos.
Agora é aguardar o que Dany prepara para apresentar na Metrópole. O show está afinado pra todo mundo cantar junto com ela”, afirma Victor Hugo Bione, Diretor Artístico da Metrópole. Os ingressos antecipados estão disponíveis na plataforma sympla.com.br/clubmetropole a partir R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada).
A boate fica na Rua das Ninfas, 125, Boa Vista.
Mais informações no tel.: (81) 99828-1640 | WhatsApp (81) 99201-3807.
Desde que fez um post em que revelou ser casado com o cantor Vitor Fadul, o historiador e apresentador de TV Leandro Karnal, 59 anos, virou alvo de incontáveis contestações e deboches por ser gay e se relacionar com um homem 32 anos mais jovem.
Ele tem respondido alguns ataques na web com inteligência e ironia fina, características que o tornaram popular nos programas da CNN Brasil.
Na mensagem em que compartilhou a intimidade, o filósofo pop comentou a decisão de confirmar o que a maioria das pessoas já sabia.
“Nunca achei que vida pessoal fosse muito relevante para terceiros… Porém, parece haver um momento em que não declarar pode parecer concordância com preconceitos. Sou uma pessoa feliz! O amor é parte disso.”
No livro lançado no fim de 2022, o ator e humorista Luiz Fernando Guimarães, 73 anos, abordou a homossexualidade. “Nunca existiu esse negócio que falam: ‘Ah, ele saiu do armário’. Armário, gente, que armário? Sempre fui gay, não escondi isso de ninguém a minha vida inteira.”
O artista, lembrado como o Rui de ‘Os Normais’, falou pela primeira vez a respeito na imprensa apenas em 2015, quando tinha 66 anos.
Assim como Karnal e Guimarães, outros famosos contaram publicamente ser gays somente na maturidade.
Antes, podem até não ter escondido nem forjado uma falsa heterossexualidade, mas preferiram não falar a respeito e deixar a dúvida no ar.
Entre eles, Marco Nanini. Em 2011, em entrevista à revista ‘Bravo’, o inesquecível Lineu de ‘A Grande Família’ abriu o jogo. Tinha 63 anos na época.
“Às vezes, pintam umas namoradas, uns namorados. Namoradas, não. Namorados. Mas, se não pintam, sem problemas. Já vivi o que necessitava viver nessa seara.”
Recentemente, Marcos Caruso, 70 anos, o impagável Leleco de ‘Avenida Brasil’, assumiu numa rede social o relacionamento com o técnico de enfermagem Marcos Paiva.
Para os jovens artistas, as condições para se declarar homossexual são bem mais favoráveis do que antigamente..
Tanto é que tantos vivem abertamente relações homoafetivas, a exemplo de Marco Pigossi, Armando Babaioff, Igor Cosso, Johnny Massaro, Jesuíta Barbosa e Irandhir Santos.
Eles encontraram uma sociedade mais tolerante e maior apoio na família, no grupo de amigos, no ambiente de trabalho e por organizações de luta contra a homofobia.
Já os veteranos em sua época de juventude viveram em um Brasil inflexível em relação aos LGBT+. Para o famoso pertencente à comunidade, verbalizar a orientação sexual representava o fim da carreira.
O público e os anunciantes não aceitavam galãs gays nas novelas. Ainda que desconfiassem ou soubessem da homossexualidade, preferiam que eles se mantivessem trancados no armário. Explícita hipocrisia.
A pressão para abafar a verdade foi ainda maior na década de 1980, quando a aids esteve diretamente associada ao comportamento sexual de gays. Vários artistas homossexuais e bi morreram da doença, como o cantor Cazuza e o ator Lauro Corona.
A guerra contra o preconceito e pelos direitos dos LGBT+ se fortaleceu ao longo dos anos e possibilitou que artistas jovens e velhos se libertem do ‘segredo’ sobre a própria essência.
Hoje há maior conscientização e respeito, ainda que o Brasil continue a ser o País onde mais se mata essa população não-heterossexual.
Em 2022, Ney Latorraca decidiu ser a hora de manifestar a todos seu sentimento pelo companheiro de duas décadas, o produtor Edi Botelho.
O artista ficou quase dois meses internado por conta da covid-19 e teve o parceiro ao seu lado o tempo todo. Assumi-lo publicamente foi visto como um gesto de gratidão e amor.
Ator e comediante, Luís Miranda se declarou gay na imprensa às vésperas dos 50 anos. Em uma conversa no canal de YouTube ‘Universo da Cris’, ele falou a respeito.
“Toda vez que uma pessoa sai do armário, ela automaticamente ajuda outra a sair de lá também. Alguém que estava maltratado, alguém que estava humilhado, alguém que estava se machucando, alguém que estava ferido”, disse.
“Porque se julga que a posição sexual de alguém pode interferir no crescimento, no rendimento, no trabalho e na sua vida social. Isso não existe. Uma pessoa declaradamente homossexual pode fazer uma cena de beijo heterossexual, pode também fazer uma cena feminina, pode fazer qualquer coisa. Ele é um artista. Isso não tem nada a ver com suas preferências.”
Em tempo: os homossexuais mais velhos estão entre os mais discriminados no universo gay, onde se cultua quase patologicamente a eterna juventude. Nos aplicativos de paquera, o homem de 35, 40 anos já é rotulado de ‘coroa’ e descartado por parte relevante dos mais jovens. Os ‘novinhos’, como se diz no meio, ignoram o que as ‘bichas velhas’ precisaram passar para que atualmente um homossexual viva livremente.
É com profundo pesar que o Grupo Gay de Alagoas- GGAL informa o falecimento nesta sexta-feira, 16/12, do empresário WILSON RUAS, vítima de um AVC.
Wilson Ruas, mineiro de nascimento e alagoano de coração, era funcionário aposentado da Caixa Econômica Federal, foi diretor do Sindicato dos Bancários de Alagoas , um dos fundador do Grupo Gay de Alagoas, proprietário da primeira sauna gay alagoana Eros Thermas, e Clube Oceano
Neste momento de consternação e grande tristeza, manifestamos toda nossa solidariedade e nossas condolências ao seu companheiro Diego e todos seus familiares, amigos e colegas.
A intersexualidade é uma condição clínica que atinge, em média, 1,7% dos recém-nascidos no mundo, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas.
O assunto é pouco discutido e, por esse motivo, o último dia 26 foi pauta em vários espaços.
OHospital das Clínicas Elaine Frade Costa, responsável por esses indivíduos, explicou que essas pessoas nascem com a genitália indefinida.
“As pessoas portadoras nascem com genitais internos e/ou externos subdesenvolvidos, decorrentes sempre de alteração hormonal”, disse.
Essa alteração é de deficiência ou excesso de ação dos hormônios sexuais, seja ele o estrógeno ou testosterona.
Desde 2006, ela destaca, o termo mais utilizado é de “diferenças no desenvolvimento sexual” e a nomenclatura intersexo voltou recentemente.
Antes, hermafrodita também era usado.
O serviço oferecido no Hospital das Clínicas, segundo Elaine, é referência e, por isso, ele possui em torno de 500 pacientes em acompanhamento.
“A principal demanda deles é uma alteração dos genitais”, afirmou.
Ela lembra que, quando uma criança nasce, a primeira pergunta é sempre se “é menino ou menina.”
“Para essas pessoas, esses genitais são indefinidos, ficam no meio do caminho.”
Há uma discussão intensa na comunidade médica sobre em que momento a definição de um dos sexos deve acontecer.
“Esse indivíduo tem gênero, mas a maior parte dessas pessoas necessita adequar o seu corpo e genitais ao seu gênero, para ter uma vida plena, do ponto de vista social, sexual e emocional, então essa correção tem sido muito discutida.”
A especialista destaca que, dentre os pacientes atendidos, 100% “responderam que preferiam ter sido tratados na infância e não ter passado pela adolescência com discriminação; na nossa experiência, o melhor caminho é adequar esse indivíduo na infância.”
A médica destaca que o tratamento persiste durante toda a vida, com reposição hormonal, e é necessário acompanhamento multidisciplinar, com endocrinologistas, cirurgiões e psicólogos.
Não os chame de gays, e sim de heterossexuais flexíveis. Estão seguros de sua identidade.
Sim, você leu certo: homens que fazem sexo com outros homens e não são homossexuais. É mais habitual do que se pode imaginar. E é bem simples: um homem heterossexual conhece outro (num bar, numa rede social, tanto faz) e eles decidem fazer alguma brincadeira sexual. E, como se não bastasse, gostam. Depois, cada um segue com sua vida perfeitamente hétero, sem que o encontro os faça duvidar da sua orientação. O que leva alguns homens a essas práticas? E por que é incorreto catalogá-los como gays?
Hoje em dia, a aceitação da diversidade sexual é muito maior do que no passado. “À medida que há uma maior tolerância, todos saímos um pouquinho dos nossos armários”, argumenta o psicólogo, psicoterapeuta e sexólogo espanhol Joan Vílchez. “Homens que não chegam a se sentir muito satisfeitos sexualmente podem ter a chance de manter relações com outras mulheres, com um homem, ou de experimentar certas práticas que em outros tempos eram mais censuradas.” Para Juan Macías, psicólogo especializado em terapias sexuais e de casal, “conceitos como heteroflexível ou heterocurioso estão permitindo aos homens explorar sua sexualidade sem a necessidade de questionar sua identidade como heterossexuais”. Por outro lado, a Internet facilita o contato, que pode ser virtual ou físico.
A orientação sexual é construída socialmente, são categorias rígidas e excludentes, com implicações que afetam a identidade individual e social”
Os especialistas acham isso a coisa mais natural do mundo, pois partem da premissa de que uma coisa é a orientação sexual de um indivíduo, e outra as práticas que ele realiza. “A orientação sexual”, explica Macías, “é construída socialmente, são categorias rígidas e excludentes, com implicações que afetam a identidade individual e social”. Forçosamente, alguém precisa se encaixar em alguma destas três classificações: heterossexual, homossexual ou bissexual. Por outro lado, “a prática sexual é mais flexível e mais livre, é um conceito descritivo. Um espaço tremendamente saudável na exploração do desejo se abre quando a pessoa se liberta da identificação com uma orientação sexual”, diz Macías.
Isso é tão natural que vem de longe. Na Roma antiga, não era raro que um homem comprometido com uma mulher mantivesse um amante. Por não falar do que acontecia nos bacanais. E jovens de todas as épocas recorreram a passatempos com uma conotação sexual difusa. “Na adolescência é bastante comum que haja jogos de certa forma associados aos genitais: ver quem urina mais longe, ver quem tem o maior, existem toques…”, diz Vílchez. “Não deixam de ser incursões homossexuais, mas ainda prepondera o modelo heterossexual, e acontecem a partir da transgressão própria da juventude”, observa o psicólogo.
Um novo modelo: SMSM
Em 2006, um estudo sobre a discordância entre comportamento sexual e identidade sexual realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York revelou que 131 homens, de um total de 2.898 entrevistados, admitiram ter relações com homens apesar de se definirem como heterossexuais. Pelos cálculos dos especialistas, esse grupo representa 3,5% da população. Há anos, os médicos empregam a sigla HSH para se referir ao conjunto dos homens (héteros ou gays) que fazem sexo com outros homens. Mas, recentemente, aflorou outro acrônimo mais preciso para definir esse grupo: SMSM (“straight men who have sex with other men”, ou homens heterossexuais que fazem sexo com outros homens). Sites como o Straightguise.com se dedicam ao tema.
Em julho, saiu os EUA o livro Not Gay: Sex Between White Straight Men (“Não gay: sexo entre homens brancos heterossexuais”), em que a professora Jane Ward, da Universidade da Califórnia, fazia a seguinte colocação: uma garota hétero pode beijar outra garota, pode gostar disso, e mesmo assim continua sendo considerada hétero; seu namorado pode inclusive estimulá-la a isso. Mas e os rapazes? Eles podem experimentar essa fluidez sexual? Ou beijar outro garoto significa que são gays? A autora acredita que estamos diante de um novo modelo de heterossexualidade que não se define como o oposto ou a ausência da homossexualidade. “A educação dos homens tem sido bastante homofóbica. Fizeram-nos acreditar que é antinatural ter esses impulsos por outros homens”, explica Vílchez.
Experimentando, experimentando
O perfil mais estendido é o do explorador sexual: aquele a quem gosta de provar coisas novas
As motivações, logicamente, são múltiplas. O perfil mais difundido é o do explorador sexual, que gosta de provar coisas novas. “Experimentar uma relação homossexual é uma novidade para ele e, mesmo que ele goste, não podemos dizer que seja homossexual, e sim que goste dessa prática”, diz o médico de família e sexólogo Pedro Villegas. Vílchez compartilha dessa ideia. “A bissexualidade está muito na moda, e na verdade somos todos bissexuais: se você fechar os olhos, dificilmente conseguiria identificar quem está lhe acariciando, se é um homem ou uma mulher. Não há um homem que seja 100% homossexual, nem 100% heterossexual”, sentencia.
Outra das causas é um desencanto com as mulheres, frequente depois de alguns rompimentos conjugais. Vílchez explica: “Quando um casal heterossexual está em crise, é habitual que alguns homens sintam que não se entendem com as mulheres, que são incapazes de se dar bem com elas, e é como se olhassem para o outro lado. Acontece uma espécie de regressão, volta-se a um estágio anterior no qual os homens se sentiam bem juntos, como na adolescência. Em muitos casos é uma necessidade mais afetiva do que realmente sexual”.
De fato, para esse especialista, essas relações eróticas às vezes escondem uma necessidade de afeto que o homem não está acostumado a expressar. “Nos homens há muita tendência à genitalização. Entre a cabeça e os genitais há o coração, que representa os sentimentos, e os intestinos, que simbolizam os comportamentos mais viscerais e as emoções mais intensas, e é como se os homens tivessem aprendido a fazer um desvio: passamos da cabeça diretamente para os genitais, sem viver plenamente as emoções. No caso das mulheres, por tanta repressão da sua sexualidade e por medo da gravidez, acontece o contrário: elas têm muita dificuldade de genitalizar. Para um homem às vezes é mais fácil fazer isso do que expressar emoções mais sutis ou dizer a outro homem: ‘É que me sinto inseguro, tenho medo, sinto-me frágil, não sei o que quero’.”
O impulso narcisista
Entre os homens héteros que vão para a cama com outros homens também há muitos narcisistas. “É aquele sujeito que gosta que prestem atenção nele. Acontece muito nas academias de ginástica: ele gosta de despertar admiração, e não se importa se isso provém de homens ou mulheres”, aponta Eugenio López, também psicólogo e sexólogo. Outros simplesmente têm vontade de transar e recorrem a inferninhos gays, porque acham que lá será mais fácil.
Há homens heterossexuais que se envolvem com homens porque gostam; outros, por falta de alternativas – pensemos nos que são privados do contato com mulheres por períodos prolongados (será que eram mesmo gays os caubóis de O Segredo deBrokeback Mountain?). “O ser humano se rege por seus pensamentos”, argumenta López. “E, se ele acreditar que está perdendo sua sexualidade pela falta de uma mulher, pode reafirmá-la com outro homem. Costuma começar com um simples roçar.”
Se não houver conflito, não há problema
Alguns desses neo-heterossexuais podem ter sentido impulsos desse tipo no passado, mas sem se atreverem a dar o passo. “Aí vêm as circunstâncias da vida que colocam isso de bandeja e eles decidem viver a experiência, mas isso gera um conflito para eles, porque por um lado lhes proporciona prazer, mas por outro ameaça um pouco seu status e sua imagem: ‘Sou ou não sou?’, perguntam-se”, comenta Vílchez. Também podem ficar confusos aqueles que chegam ao SMSM pela carência de uma figura paterna positiva na sua infância: “Às vezes, para reforçar sua masculinidade, integram-se a atividades ‘de homens’ (futebol, musculação) ou têm contatos sexuais com outros homens, mas o que procuram é sobretudo compreensão e carinho”, acrescenta. Os psicólogos são unânimes em dizer que sua intervenção é dispensável quando essas experiências não provocam um conflito no indivíduo. “Se não estão incomodados, não há nada para tratar”, conclui Villegas.