Category Archives: intersexualidade

Bandeira LGBT é renovada e inclui trans, intersexo e luta antirracista
   7 de dezembro de 2022   │     13:18  │  0

No Brasil, o novo emblema foi lançado oficialmente na Parada do Orgulho em Copacabana

A bandeira LGBTQIA+ recebeu novidades que incluem o símbolo da comunidade intersexo – pessoas que não se enquadram na definição biológica de masculino e feminino -, as cores do orgulho trans e as listras que representam a luta antirracista.

No dia 27 de novembro, o redesenho da bandeira que representa a comunidade foi lançado oficialmente no Brasil durante a 27ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Copacabana, no Rio de Janeiro.

A atualização da bandeira vem após quatro anos de discussão. Em 2018, Daniel Quasar, designer não-binário, incluiu as cores que representam a comunidade e os símbolos do movimento que luta contra o racismo. O desenho incluiu as adições em setas, simbolizando o progresso.

Em 2021, a designer ítalo-britânica Valentino Vecchietti atualizou a versão de Quasar com a inclusão do símbolo do orgulho intersexo.

A tradicional bandeira do arco-íris foi lançada pelo designer Gilbert Baker em 1978, para o Dia da Liberdade Gay de São Francisco, na Califórnia, com objetivo de promover a diversidade.

Originalmente, a bandeira contava com oito cores que representavam aspectos diferentes: rosa – sexualidade, vermelho – vida, laranja – cura, amarelo – luz do sol, verde – natureza, turquesa – magia/arte, anil – harmonia/serenidade, violeta – espírito humano.

Posteriormente, as cores foram reduzidas para seis, sem o rosa e anil.

Recentemente, a bandeira foi bastante mencionada após o uso do símbolo ser proibido no Catar, sede da Copa do Mundo deste ano, onde a homossexualidade é ilegal.

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Lista aponta 72 países do mundo perigosos para ser gay; veja quais
   13 de março de 2021   │     17:55  │  0

No Brasil, a LGBTfobia, criminalizada recentemente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda é responsável por muita violência ,  assassinatos e  constrangimentos de pessoas da comunidade LGBTQIA+ . A situação é muito ruim, mas em outros 71 países do mundo é ainda pior: a homossexualidade é considerada crime. A gravidade de tal infração é tão alta que, em 13 países, pode condenar gays e lésbicas à pena de morte, em muitos dos outros pode levar à prisão.

A informação é de um relatório da Associação Internacional de Gays e Lésbicas, atualizado até 2016.

Somente na África é possível ser preso em 31 nações por ser lésbica ou gay. São elas: Argélia, Botsuana, Burundi, Camarões, Comores, Eritreia, Etiópia, Gâmbia, Gana, Guiné, Quênia, Libéria, Líbia, Malauí, Mauritânia, Maurício, Marrocos, Namíbia, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue. Recentemente, a Angola descriminalizou a homossexualidade .

Na Ásia há outros 23 países em que a detenção pode ocorrer apenas por parecer ser homossexual: Afeganistão, Bangladesh, Butão, Brunei, Gaza (no território palestino ocupado), Índia, Sumatra Meridional e Achém (na Indonésia), Iraque, Irã, Kuwait, Líbano, Malásia, Maldivas, Mianmar, Omã, Paquistão, Catar, Arábia Saudita, Singapura, Sri Lanka, Síria, Turcomenistão, Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão e Iêmen.

Nas três Américas o relatório totaliza 11 nações: Antígua e Barbuda, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadina e Trinidad e Tobago. Já na Oceania, mais seis países: Ilhas Cook (associadas à Nova Zelândia), Kiribati, Papua Nova Guiné, Samoa, Ilhas Salomão, Tonga e Tuvalu.

Entre os 72 países, 13 localizados na África e na Ásia, com destaque para a região do Oriente Médio, se destacam por permitirem a aplicação de pena de morte para o crime de ser homossexual. São os países mais perigosos do mundo para ser gay:

1) Sudão
2) Irã
3) Arábia Saudita
4) Iêmen
5) Mauritânia
6) Afeganistão
7) Paquistão
8) Catar
9) Emirados Árabes Unidos
12) Iraque
11) Síria (em algumas partes)
12) Nigéria (em algumas partes)
13) Somália (em algumas partes)

 

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Homem menstruando e aceitação: como é ser intersexual em um mundo que os desconhece
   2 de janeiro de 2021   │     12:22  │  0

 

São pessoas que lutam todos os dias por reconhecimento em uma sociedade que mal as percebe. Ou que, quando as percebe, as estigmatiza e oprime. 

 

Minhas história começou na maternidade, os médicos disseram à minha mãe que eu tinha a genitália subdesenvolvida, não parecia masculina nem feminina”, conta Lia (nome alterado), em entrevista à “BBC”. Naquela época, os médicos perguntaram à sua mãe qual sexo ela achava que tinha dado à luz. A mãe decidiu registrá-la como menina e assim Lia cresceu. Até quando foi levada a um médico pouco antes de começar a frequentar a escola. 

 

Você está sã? Você tem um menino”, disse o médico. Outros profissionais da área atestaram o mesmo e, assim, a mãe de Lia alterou toda sua documentação para que ela se tornasse um menino, outro erro. Quando retornou à escola, Lia, que já era conhecida por alguns colegas como menina, passou a ser apresentada como menino. Imagine uma situação dessas na escola?

A garota teve que trocar de colégio, mas o bullying a perseguiu pelo resto da vida. 

Quando ela tinha 16 anos, acordou com a cama suja de sangue. Sem entender nada, foi levada ao médico e examinada por um ultrassom. “Tem um útero aqui”, gritou o médico. 

Foi assim que descobri que tinha genitália feminina — que era um menino que começou a menstruar. Naquela época, queria que eles removessem o que estava dentro do meu corpo, o que eu não podia ver. No entanto, os médicos nos convenceram de que era melhor deixar os órgãos internos, porque eles estavam funcionando perfeitamente e poderiam ser úteis no futuro.

Então, passei por quatro cirurgias ao longo de alguns anos e me tornei uma menina. Agora, tenho dois filhos — um menino e uma menina.

Lia já se casou quatro vezes ao longo da vida e se prepara para o quinto casamento. Ao longo de sua trajetória, conheceu homens e mulheres, mas se sentia atraída por mulheres. 

Agora, ela está com um homem transgênero.

Quem sabe minha vida teria sido completamente diferente, se os médicos não tivessem nos convencido a fazer o que não deveríamos. Talvez eu não tivesse tido essa longa busca pela minha identidade, quatro casamentos, problemas com filhos”, diz. 

Se não houver risco à vida, decisão sobre redesignação deve ser feita somente na fase adulta

Ativistas da luta dos intersexuais não são a favor de que uma cirurgia de redesignação sexual seja feita ainda na infância. Isso porque a decisão sobre o gênero, nesse caso, caberia aos responsáveis legais da criança e não a ela mesma. Eles alertam sobre a necessidade dessa decisão acontecer somente na fase adulto, quando o intersexual já pode falar por si e por seu corpo. 

Julia Sydorova, uma pediatra ouvida pela “BBC”, explica que a decisão para levar a criança a uma mesa de cirurgia deve ser tomada pelos pais apenas se o adiamento da operação implique em risco de vida para ela. 

É necessário distinguir a cirurgia quando a vida da criança está ameaçada, e a chamada cirurgia estética. Esta última é realizada na maioria das vezes em bebês: sua genitália externa tem uma aparência típica.

por: Redação Hypeness

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