Monthly Archives: abril 2015

Quando a homofobia pesa no bolso, Bolsonaro poderá pagar indenização de R$ 150 mil reais
   26 de abril de 2015   │     19:26  │  0

Ele disse que nunca passou pela sua cabeça ter um filho gay porque deu "boa educação" aos seus

Ele disse que nunca passou pela sua cabeça ter um filho gay porque deu “boa educação” aos seus

A Justiça do Rio de Janeiro condenou o deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) a pagar uma indenização de R$ 150 mil por declarações contra os homossexuais feitas em um programa de televisão, em março de 2011. Bolsonaro disse, durante o programa, que nunca passou pela sua cabeça ter um filho gay porque seus filhos tiveram uma “boa educação”, com um pai presente. “Então, não corro esse risco”.

Em outro momento, no qual respondeu a perguntas de espectadores, Bolsonaro disse que não participaria de um desfile gay porque não promoveria “maus costumes” e porque acredita em Deus e na preservação da família.

A juíza Luciana Santos Teixeira, da 6ª Vara Cível do Fórum de Madureira, condenou o parlamentar, com base em uma ação civil pública ajuizada pelos grupos Diversidade Niterói, Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Arco-Íris de Conscientização. O dinheiro será destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, do Ministério da Justiça.

Segundo a magistrada, o deputado não pode deliberadamente “agredir e humilhar”, ignorando os princípios da igualdade e isonomia. A juíza considera que Bolsonaro infringiu o Artigo 187 do Código Civil, ao abusar de seu direito de liberdade de expressão para cometer um ilícito civil.

A Justiça informou ainda que Bolsonaro alegou ter imunidade parlamentar, mas a defesa não foi aceita porque o deputado falou como “cidadão” e não como “parlamentar”. Ainda cabe recurso à decisão.

Fonte: Agência Brasil

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Movimento LGBT entregará ‘Carta’ de reivindicações ao Secretário do Gabinete Civil Dr. Fábio Farias
   22 de abril de 2015   │     12:19  │  0

Movimento LGBT reclama da mora na implantação das políticas públicas por parte do atual Governo.

 

Amanhã, 23/04, ás 10 horas da manhã, lideranças do movimento LGBT de todo o Estado de Alagoas, estarão reunidos com o Secretário do Gabinete Civil Dr. Fábio Farias, para entregar uma Carta de reivindicações. O objetivo desta ação é tentar um dialogo pacífico com o atual Governador de Alagoas Renan Filho, na perspectiva de se ter um avanço na implantação das políticas pública em prol da população LGBT no Estado de Alagoas.

Gygy Lima - Pres. do GGBSAPara Givanildo de Lima – Gygy Presidente do Grupo Gay de Barra de Santo Antônio, este momento se faz mais que necessário, para que o movimento fique ciente de como se encontra a problemática das questões LGBT, pois desde o inicio do novo Governo, a gestão não se pronunciou, e como se não bastasse até a Gerência de Políticas Públicas LGBT, que faz parte da pasta da Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos – SEMCDH, se encontra desativa, e sem perspectiva de quando retomará, frisou o militante.

Maria Santos – Mov. Lésbico de Alagoas

“Precisamos entender ao certo, qual é o compromisso real do então Governador Renan Filho, Para com a causa LGBT em nosso estado, pois não podemos trabalhar em cima de algo não afirmativo, em um estado como Alagoas, onde há mais de uma década emplacamos como um dos estados que mais se matam homossexuais, segundo os dados do relatório de homicídios, produzido pelo Grupo Gay da Bahia – GGB, que tem como coordenador das estatísticas, o antropólogo e historiador Luiz Mott, uma das maiores referência LGBT do mundo”, desabafa Maria Santos – Pres. Do Grupo Gay Dandara.

Laffon Pires - Pres. do GGT

Laffon Pires – Pres. do GGT

“Mesmo com todas as dificuldades vividas neste momento, acredito no compromisso firmado pelo Governador Renan Filho, durante a campanha, onde o mesmo se comprometeu em ter um diálogo amplo e direto com os movimentos sociais, além de priorizar a implantação das políticas públicas emergenciais, em especial, as que fossem voltadas aos seguimentos mais marginalizados e carentes de políticas efetivas e afirmativas. Tenho ao certo Governador, que tudo que foi firmado anteriormente, o Senhor não deixará de Honrar, acredito na sua história pública e na sua capacidade de governar”, afirma Laffon Pires – Presidente do Grupo Gay do Tabuleiro.

Além da dificuldade da reativação da Gerência LGBT, que o movimento espera resolver nesta ocasião, através de um bom diálogo com o Secretário Fabio Farias, uma serie de ações, que estarão pontuadas em um plano de ação desenvolvido pelo movimento, durante o ultimo Encontro de Sistematização de Políticas Públicas, organizado pelas instituições LGBT do Estado de Alagoas.

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Espetáculo “Quem tem medo de travesti” estréia no final deste mês em Fortaleza
   21 de abril de 2015   │     14:53  │  0

Com a proposta de imersão no “Universo Trans” o espetáculo delicado e cru traz à luz questões da diversidade das experiências da sexualidade humana

Com a proposta de imersão no “Universo Trans” o espetáculo delicado e cru traz à luz questões da diversidade das experiências da sexualidade humana

Com estréia nacional marcada para o final deste mês, o espetáculo Quem tem medo de Travesti – QTMT apresenta uma nova imersão do Coletivo Artístico As Travestidas (Fortaleza/CE) no seu “Universo Trans”, referencial nas pesquisas cênicas do grupo. Numa abordagem sui generis, delicado e cru, o espetáculo traz à luz questões da diversidade das experiências da sexualidade humana, colocando seu espectador frente àquilo que não se conhece, a seus preconceitos e a seus medos, sentimento que aproxima todas as pessoas.

Um jovem suicida cansado de um mundo rodeado de preconceitos, crianças que brincam sem medo do desejar e uma mãe que perde o filho por causa da intolerância da sociedade são narrativas que se misturam fantasticamente a seres da noite, monstros e centauros urbanos que povoam o imaginário sobre a sexualidade alheia e abjeta de corpos fora da norma.

Referenciado numa pesquisa de longa da data do diretor e ator cearense Silvero Pereira,QTMT está potencializado na utilização da linguagem teatral como instrumento de questionamento e transformação social, um percurso de pesquisa artística que pode ser visto em espetáculos premiados como BR-TRANS (2013), Engenharia Erótica – Fábrica de Travestis (2010) e Uma Flor de Dama (2002).

“Quem tem medo de Travesti” é escrito e dirigido por Silvero Pereira e Jezebel De Carli, professora e diretora gaúcha. O trabalho surge de uma parceria iniciada com a montagem do espetáculo BR-TRANS, em Porto Alegre/RS em 2013, através do Prêmio Interações Estéticas (MINC), em parceria com o Pontão de Cultura da ONG SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade. A parceria de trabalho surgida em BR-TRANS trouxe novos elementos aos processos investigativos de construção de dramaturgia e do ator-transformista no teatro já realizado pelo coletivo ao longo de 10 anos de pesquisa, apresentando a compreensão de uma nova estética de encenação.

Criado a partir de fragmentos de vidas reais coletados através de conversas com travestis, transexuais e artistas transformistas, bem como de pesquisas acadêmicas e documentários em vídeos, o novo espetáculo concentra-se na linguagem de teatro-musical, com o entrosamento de uma equipe diversa composta por atores, cantores e bailarinos. Seu enredo se constrói a partir de uma pesquisa histórica do papel da travesti no Teatro e na sociedade, desde a glamorização dos Teatros de Revista até processos de marginalização da figura “trans” atuais na sociedade. Trata-se de um espetáculo de pesquisa social e antropológica e, sobretudo, artística, elaborado a partir da compreensão da Arte Transformista como gênero legítimo das Artes Cênicas, da valorização do trabalho do ator-transformista e da criação do conceito, em teatro, da “travesti” enquanto alter-ego do ator.

QTMT conta com o apoio cultural do Edital de Incentivo As Artes da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará e sua estréia acontece no dia 27 de abril integrando o Festival Palco Giratório no Teatro SESC Iracema, seguindo em temporada no mesmo teatro durante o mês de maio e, em junho, no Teatro Dragão do Mar. Com informações Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade.

SERVIÇO:

Temporada de estreia

Teatro SESC Iracema
27 de abril às 20h no Festival Palco Giratório
Dias 07, 14, 21 e 28 de maio às 20h | ingressos R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

Teatro Dragão do Mar
01 de maio às 18h no Maloca do Dragão
Dias 09, 16 e 23 de junho às 20h | ingressos R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

FICHA TÉCNICA
Direção e Dramaturgia: Jezebel De Carli e Silvero Pereira
Elenco: Denis Lacerda (Deydianne Piaf), Verónica Valenttino (Jomar Carramanhos), Alicia Pietá, Patrícia Dawson, Italo Lopes (Karolaynne Carton) Diego Salvador (Yasmin Shirran) e Rodrigo Ferreira (Mulher Barbada)
Produção : Silvero Pereira e Lukas Nóbrega
Produção Executiva: Lucas Nóbrega, Lucas Pessoa e Fabio Vieira
Fotos/Divulgação : Leonardo Pequiar
Realização : Coletivo Artístico As Travestidas

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Parada Gay da cidade de Atalaia ocorrerá neste próximo domingo
   17 de abril de 2015   │     12:49  │  0

Organizadores esperam cerca de 5 mil participantes neste próximo domingo.

Organizadores esperam cerca de 5 mil participantes neste próximo domingo.

Inicia-se hoje, a partir das 20 horas, com um coquetel de cerimonia de abertura das atividades em alusão a Parada Gay da cidade de Atalaia, que ocorrerá no próximo domingo, 19 de abril. Além do coquetel, o presidente do Grupo Gay de Alagoas, Nildo Correia ministrará a palestra “Quem a Homofobia Matou Hoje”, com base nos relatórios do antropólogo Luiz Mott.

Já amanhã, acontece a festa oficial da parada, além do Miss Gay Atalaia, que tem como objetivo massificar e incentivar a cultura LGBT, além de escolher a Miss da parada gay.

Mas os holofotes estarão todos virados para o domingo, dia 19, quando acontece a VII edição da Parada LGBT da cidade de Atalaia. O evento está previsto para ter inicio a partir das 14:h. na praça do Trevo, momento em que ocorrerá um ato publico contra homofobia, além da realização de um momento solene In Memória ao militante LGBT Gilmar, conhecido como “GIL”, que há uma semana atrás faleceu em virtude de um infarte fulminante.

Por volta das 16 horas, o trio elétrico seguirá pelas principais ruas da cidade, ao som do Top Dj John Dayvison. Já ao termino do evento, a festa ficará por conta da banda Deuses do Swing, além do show da Top Drag Melyna Rios e convidadas.

Então você, que estará na cidade ou ciclo vizinhas, se programa e venha conosco se divertir, mas também reivindicar seus direitos, traga seu cartaz ou faixa, expressando o seu desejo de dias melhores, e livre da homolésbotransfobia.

Maiores informações sobre as atividades: 082 8723-3334

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Caso de travesti que mordeu carcereiro é alvo de denúncias de abuso de poder
   15 de abril de 2015   │     12:25  │  0

Apesar da gravidade dos crimes cometidos, NADA justifica seu espancamento (está com o rosto totalmente desfigurado) e exibição de sua nudez em público.

Um caso envolvendo a travesti Veronica Bolina, presa no último domingo (12) acusada de agredir uma senhora depois de uma discussão em seu prédio em São Paulo, pode retratar abuso de poder de policias e transfobia da mídia.

O caso ganhou repercussão quando ela também teria agredido um carcereiro e tirando parte da orelha dele com uma mordida, durante a transferência de cela no 2º Distrito Policial no Bom Retiro.

fotos divulgadas por amigos de Veronica mostram abuso de poder. A travesti aparece com a cabeça rapada, com o rosto desfigurado por agressões e com os seios expostos. Ela e o carcereiro foram encaminhados ao Hospital das Clínicas e ao Hospital do Servidor Público.

“Não estamos defendendo o que ela fez, mas houve abuso de poder e nada disso está sendo falado. Nem mesmo em outros casos, vemos um preso sendo tratado assim. Por que ela é travesti pode ter a cabeça rapada, ser desfigurada e ficar com os seios expostos? Será que se fosse uma mulher o tratamento seria o mesmo?”, questionou uma amiga de Veronica, que preferiu não se identificar.

Na internet, organizou-se a campanha “Somos Todos Verônica”, com a adesão de várias travestis, mulheres transexuais e outras identidades que se sensibilizaram com o caso.

Reviravolta do caso
Verônica gravou o áudio na noite de terça-feira (14) e declarou que estava “possuída” e que apenas foi “contida” pelos policiais. Ela ainda disse que toda “ação tem uma reação” e que os policiais “utilizaram as próprias leis”.

“Todo mundo está achando que eu fui torturada pela polícia, mas eu não fui. Eu simplesmente agi de uma maneira que eu achava que estava possuída, agredi os policiais, eles só agiram com o trabalho deles. Não teve agressão de tortura. Cada ação tem uma reação, eu agredi e fui agredida. Eles tiveram que usar das leis deles para me conter, então não teve de nenhuma forma tortura. Eu só fui contida, não fui torturada”, declarou ela, que está presa no Distrito Policial do Bom Retiro, em São Paulo

Para as entidades LGBT nacional ABGLT e ANTRA, a travestis sofreu sim tortura e que pode esta sendo pressionada a mudar sua versão.

 

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