Monthly Archives: abril 2017

SP sediará Fórum de Turismo LGBT do Brasil
   29 de abril de 2017   │     13:42  │  0

O Fórum de Turismo LGBT do Brasil acontecerá na semana da Parada do Orgulho Gay de São Paulo, no dia 13 de junho, das 9 as 18:há, no Hotel Melia Paulista, e se concentrará no Agente e Operador Turístico.

Dividido em dois estágios, o primeiro deles acontecerá com 4 painéis na manhã onde eles discutirão temas como LGBT Destinos e LGBT Casamento / Lua de Mel, sugestões de produtos e programas, como conhecer este novo turista, Incluindo Trans Tourist, como fez Fort Lauderdale, Flórida, entre outros assuntos importantes.

A segunda etapa da tarde terá uma série de oficinas onde agentes e operadores serão treinados para melhor servir este perfil turístico através de apresentações específicas de destinos, companhias aéreas, hotéis, serviços de terra, eventos e muito mais.

Objetivo: O Brasil é o segundo maior mercado de “LGBT” no mundo, atrás dos EUA, e ainda os consumidores LGBT têm dificuldade em comprar um pacote de viagem que atenda às suas necessidades.
Queremos trazer conhecimentos e trocar experiências com aqueles que já têm sucesso nessa atividade.

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Grupo Gay de Alagoas lança consulta pública voltada ao turismo LGBT no Estado
   27 de abril de 2017   │     23:44  │  0

Esta no ar desde a última segunda-feira, 24/04, a consulta pública voltada à melhoria da Plataforma de Implantação do Turismo LGBT no Estado de Alagoas.

A ação tem como objetivo ouvir empresários, estudantes e profissionais da área  de hotelaria e turismo, secretarias municipais de tur entre outros que tenham interesse em conhecer a plataforma, como também trabalhar na melhoria das ações da mesma através de sugestões.

A consulta estará disponível até o próxima sexta, 12/05 , e a partir daí se transformará em um grande e rico mecanismo de dados e sugestões que servirão de início de implantação dessas ações propostas.

Os interessados em conhecer a Plataforma, como também contribuir na melhoria da mesma basta preencher o formulário abaixo e clicar no dispositivo enviar ao término do preenchimento.

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O universo das saunas gay no Brasil, um mercado que gera milhões ao ano no país
   24 de abril de 2017   │     1:46  │  0

Em todo o mundo são milhares, no Brasil acredito que centenas e movimentam um mercado mais que lucrativo que esta concentrado mais nas capitais, independente se são grandes metrópoles ou pequenas cidades principais Brasileira.

É, e muito o mercado de saunas gay é um diamante bruto a ser lapidado, é praticamente uma Jadeite camuflada em uma pedra de sal, que mesmo movimentando milhões de reais em todo o país, o empresariado ainda não acordou para este boto cor de rosa. A rotatividade impressiona, o entra e sai de clientes todos os dias da semana, que comprova o sucesso do negócio e a ausência de um público-alvo, apesar de exclusivamente masculino, de rapazes a idosos, o ambiente não rejeita ninguém, cabeludos, carecas, formais ou despojados, másculos ou afeminados,  todos são bem-vindos, juízes, promotores, procuradores, políticos – alguns bem conhecidos –, policiais, militares e outros anônimos  batem ponto com frequência. Eles se libertam, mas não falam sobre o trabalho ou o cargo importante que ocupam. La não existe carteirada. 

Os valores de acesso vareá de lugar a lugar, mas fica em média entre R$ 20 a 60 reais o acesso–, o cliente tem direito a um armário para guardar as roupas, inclusive as íntimas, ganha toalhas brancas, chinelos, desodorantes e cotonetes , que podem esta incluso ou não no pacote. Pensando em diferenciar e agradar a clientela, algumas das medias e grandes sauna brasileira oferecem até pequenos serviços extras e gratuitos, a exemplo do uso de desodorante, gel fixador de cabelo, secador de cabelo e até chapinha.

Ninguém faz ficha ou tem cadastro na casa. Pelo contrário. O anonimato total é o segredo do negócio. O lucro é consequência do consumo – às vezes exagerado – com o bar e o gasto com serviços de massagem. O cliente é um número. Eles precisam ficar invisíveis. O que faz uma sauna é o boca a boca. Essa é a melhor propaganda!

Depois, é hora de curtir o “spa”, os proprietários fazem questão de desvincular qualquer relação com prostíbulos, mas como qualquer ambiente de entretenimento, não se tem como controlar o que cada pessoa irá fazer lá por sua conta, por isso a existência de cabines de relax, e a presença de garotos de programa – os boys – no local. Chamam de área de entretenimento. Ali acontece de tudo. A casa não se envolve nessa parte. Todos são e pagam como clientes. Se a pessoa vai e vende o carro ou o corpo, isso é problema dela. O espaço é apenas um lugar de relaxamento, onde a pessoa pode se expor da maneira que não pode na rua!

Público exigente

No geral, percebe-se um padrão. As saunas molhadas e a vapor, claro, são as protagonistas. Como não haveria de ser? Mas isso não ofusca a relevância de duchas quentes e frias, bares abastecidos e iluminação atraente. O público, quase sempre, é muito exigente.

A decoração, baseada na temática de filmes antigos, ganha quadros de homens nus e atores consagrados no cinema internacional, como Marilyn Monroe e Johnny Depp. Já as salas de televisão apostam em filmes pornôs – não necessariamente gay –, jornais e jogos de futebol. “Antes de tudo, é um espaço de relaxamento. Curiosamente, o público não gosta de programas de luta, mas adora videoclipes com cantores que remetem ao universo deles. Uma programação mais cultural é a nova aposta, sem acabar com os shows de strip-tease, claro. Afinal, a casa lota para isso.

Geralmente os metros quadrados das sauna são muito bem aproveitados, e em tão poucos se pode acomodar vários ambientes, que acabam se transformando em mais entretenimento na casa. Sauna seca e a vapor ;  sala de vídeo, piscina; hidromassagem, jacuzzi ; sala de jogos, amaricem bar; dar kroom; cabines; suítes; sala de leitura; sala de relax ; banheirão; mini academias e até lojas de variedades e outros formam pequenas, medias e grandes saunas por todo o país.

O fluxo de acesso fica em média de 30 clientes por dia, mas grandes casas a exemplo do hotel sauna Chilli Pepper tem uma rotatividade de 200 a 500 clientes ao dia no minimo. 

O gay não se apega a valores, ele gasta se for bem atendido. Tem cliente que deixa R$ 3 mil, R$ 4 mil sem ficar muito tempo. A sauna precisa ter higiene e gente bonita para cair nas graças dos frequentadores, por isso muitas casas usam promoções para atrair o público jovem para os espaços, pois é uma forma de se manter o padrão da casa, ou seja, tendo gente bonita e interessante, o público vai em massa. Imagine um clube. Se o cliente encontra um amigo, acaba ficando mais tempo, mas se ele encontrar gente bonita e interessante, sem sobra e nem sombra de duvidas ele voltará ao espaço bem mais vezes.

As pequenas saunas no Brasil, faturam aproximadamente uma faixa de R$ 50 á 100 mil reais ao mês, agora imagine, em media o investimento inicial fica em torno de 50 a 70 mil reais no minimo, diferente do maior empreendimento de sauna da America Latina, (Sauna Hotel Chilli Pepper), que de inicio foi investido R$ 8 milhões de reais, segundo  o Empresário Douglas Drumond, Proprietário da maior sauna gay da America Latina.

Mas o Brasil esta engatinhando no segmento, e isso mesmo com todos os motivos diversos negativos, ( Alto custo de manutenção; gastos com contas de luz, água e lavanderia; dificuldade de localização; preço de aluguel elevado; falta de promoção e também de gestão). Só com a reposição de bebida alcoólica gasta-se em media o minimo valor de R$ 5 mil reais. Mas o mercado mesmo assim cresce, pois se for um empreendimento que caia no gosto da clientela, a exemplo da maior sauna do norte e nordeste ( Termas Boa Vista, popularmente conhecida como TBV), localizada no centrão de Recife, seus proprietários vIverão sempre sorrindo para a lua, pois o faturamento é gigantesco.

Discrição

Uma sauna nem sempre carece luxo, demanda bom atendimento ainda é o melhor remédio.  O ambiente, quase sempre “underground”, possui entrada discreta , o público gosta do ar misterioso. Quanto mais escondido melhor, pois muitos clientes são casados, ou não querem se expor.

Clientes importantes e amizades

Sofisticação é o que define outra sauna , estilo clean das paredes brancas contrasta com o colorido de quadros que trazem monumentos famosos em todo o mundo. Imagens da Torre Eiffel (Paris), do Big Ben (Londres), da Estátua da Liberdade (Nova York) e do Cristo Redentor (Rio de Janeiro) proporcionam ao cliente uma viagem, pelo menos para longe da realidade fora daquele ambiente.

Grandes empresários e políticos encontram nesses espaços uma oportunidade para relaxar à vontade. O meio gay se mistura muito, assim essas casas recebem pessoas mais simples, de classe média baixa, e muitos homens casados. Lá todos eles se preservam, não se expõem, sabem que é um local destinado para esse tipo de público. Como lá fora eles não podem se mostrar, lá ficam à vontade, mas não mudam de postura ou deixam de ser quem são.

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Domingão tem festão na piscina em MCZ
   20 de abril de 2017   │     12:07  │  0

🌞Day and Night🌜 Ao raiar do sol.  Alegre se, pois algo especial esta para acontecer. As horas vão passando o calor aumentando e o clima de Pool Party vem surgindo, não há dia sem noite, Eles completam-se com alegria e satisfação.

E é com essa energia que o grupo O Príncipe e o Plebeu, o grupo LGBT no whatsaap mais bombado de MCZ os convida para participar de mais uma surpreendente festa , a Day and Night, aquela  que começa pelo dia,(sol) , e vai ao encontro da noite, (lua).

Será imperdível e ocorrerá no dia 23/04 , próximo domingo, a partir do meio dia e irá até as 23 horas, na piscina do Guedes, no Trapiche da Barra, na rua do EMOAL, 391.

O comando da pista ficará por conta dos the best Deejay’s Chris Mendonça e Woshigton.

ah, e se liga ai! Entrada free das 12 às 13horas, já os atrasadinhos  pagarão R$ 15 manjares de reais, ou R$ 60 aqué de Consumação.

Se joga ocós e amapós magia, vem jogar seu glitter na piscina.

Informações fone e whatsaap: 98828-0787

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Em plena ditadura, a torcida Coligay mostrava a cara contra o preconceito
   19 de abril de 2017   │     13:25  │  0

17035332Pioneiro no futebol, o grupo gaúcho nascido há 40 anos reuniu torcedores do Grêmio e treinava até caratê para se defender de agressores homofóbicos.

O ano de 1977 marcou o Brasil em várias frentes. A lei do divórcio foi instituída, a escritora Raquel de Queiroz foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, e o país ganhou mais um Estado, o Mato Grosso do Sul. No mundo do futebol, outros dois fatos marcantes. Enquanto Pelé marcava seu último gol pelo Cosmos sobre o Santos, nascia também a primeira torcida brasileira exclusivamente gay. Incomodado com a falta de agitação nas arquibancadas, o cantor e empresário Volmar Santos resolveu fundar uma falange que chamasse a atenção não só por seus trajes, faixas, bandeiras e instrumentos, mas também pela ousadia de reunir torcedores homossexuais do Grêmio em plena ditadura militar. Assim, no dia 10 de abril daquele ano, surgia a Coligay.

Páscoa foi o novo e barulhento grupo de adeptos tricolores. Gaúcho de Passo Fundo, Volmar era dono de uma boate em Porto Alegre, a Coliseu. Ela motivou o nome da torcida e servia como ponto de encontro para seus integrantes, antes e depois dos jogos. Além do espanto, o circuito da bola reagiu com repulsa ao movimento liderado por Volmar. Dirigentes, jogadores e membros de outras torcidas organizadas do Grêmio rechaçaram a Coligay, que, inicialmente, tinha cerca de 60 integrantes. Ciente dos riscos de declarar a homossexualidade, sobretudo em um terreno machista como o futebol, ainda no contexto da ditadura, o mentor da torcida bancava aulas de caratê para que seus seguidores pudessem se defender de eventuais ataques homofóbicos de rivais e das próprias facções gremistas. “A única vez que tivemos problema foi quando um cara atirou pedras em nossa direção. Mas rapidinho botamos o sujeito pra correr do estádio”, conta Volmar, hoje com 68 anos, que compôs até um hino exaltando sua legião.

Volmar Santos canta o hino da Coligay.

Além das aulas de arte marcial, Volmar também financiava caravanas para os torcedores conhecidos como “coliboys” acompanharem as partidas pelo interior do Rio Grande do Sul. Vestindo túnicas, calças bem justas ou apetrechos espalhafatosos, os seguidores da Coligay chegavam fazendo barulho e atraíam olhares encabulados enquanto tomavam as arquibancadas. “Como frequentador assíduo de estádios, eu achava a torcida do Grêmio muito parada”, lembra Volmar. “O objetivo da Coligay era levar mais alegria e animação para os jogos, apoiando os atletas da equipe em todos os momentos.” Entusiasmo realmente não faltava à torcida, que ficou marcada por cantar o tempo inteiro durante as partidas, algo que só seria retomado no início dos anos 2000, com a aparição da Geral do Grêmio – uma organizada inspirada nas barras argentinas.

Com o tempo, a Coligay passou a ganhar mais membros – alguns deles dissidentes de outras organizadas – e simpatizantes. “Tinha muito jogador do Grêmio que frequentava a boate escondido”, diz o fundador, referindo-se à Coliseu. Telê Santana, técnico do tricolor gaúcho entre 1976 e 1978, costumava ir à boate de madrugada na tentativa de flagrar jogadores que escapavam da concentração. Mas, assim que tomava conhecimento da presença do treinador, Volmar escondia os fujões e agilizava a debandada pela porta dos fundos.

Como praxe do regime militar, Porto Alegre contava com uma Delegacia de Costumes, que monitorava as ações da Coligay através do setor de “meretrício e vadiagem”. Porém, a torcida nunca teve um membro preso por manifestar publicamente sua orientação sexual. A onda de repressão à homossexualidade, que incluía batidas policiais em locais frequentados por pessoas LGBT e detinha quem “atentasse contra a moral e os costumes vigentes”, como revelado pela Comissão Nacional da Verdade, não impediu os coliboys de demonstrarem toda sua irreverência nem mesmo quando o então presidente João Baptista Figueiredo, que era torcedor do Grêmio, fez uma visita ao Olímpico. Um integrante que vestia roupas cor de rosa conseguiu furar o bloqueio dos seguranças na tribuna de honra e se aproximou do general aos gritos de “João Baptista”, imitando a personagem Salomé, que ficou famosa no programa semanal da Rede Globo do humorista Chico Anysio.

Coligay
Grêmio e Coligay quebravam tabus quatro décadas atrás.REPRODUÇÃO/ACERVO PLACAR

Em várias ocasiões, a trupe da Coligay virava a noite na boate e emendava a farra no cortejo rumo ao estádio. O ritual e os cânticos de apoio incondicional se consolidaram ao longo do período mais glorioso da história do Grêmio. Menos de seis meses após o surgimento da torcida, o clube rompeu um jejum de oito anos sem títulos no Gauchão.

A fama de pé-quente da Coligay acabou chegando a São Paulo, e Vicente Matheus, folclórico presidente do Corinthians, convidou os coliboys para assistirem à final do Campeonato Paulista quando o Timão jogaria contra a Ponte Preta, no estádio do Morumbi. O time alvinegro também acabou quebrando um tabu depois de mais de 22 anos sem levantar taças, com um gol salvador de Basílio sobre o time pontepretano. De volta aos seus domínios no sul, a Coligay ainda presenciaria as conquistas gremistas de outros dois Campeonatos Gaúchos, um Brasileiro, uma Libertadores e um Mundial de Clubes, em 1983, ano em que a torcida encerrou suas atividades devido ao retorno de Volmar Santos à sua cidade natal.

Um dos poucos registros históricos sobre os seis anos de existência da torcida gremista é o livro “Coligay, tricolor e de todas as cores”, escrito pelo jornalista Léo Gerchmann e publicado pela editora Libretos, em 2014. Apesar da vida curta, a Coligay inspirou outras associações entre torcedores homossexuais, como a Flagay, do Flamengo, que foi criada em 1979 pelo carnavalesco Clóvis Bornay. Em 2013, grupos encabeçados pela Galo Queer, do Atlético Mineiro, tentaram articular movimentos semelhantes nas redes sociais. Entretanto, por medo de ameaças de torcedores organizados, nenhum deles marcou presença nos estádios como a Coligay. “É preciso mostrar o rosto para vencer o preconceito que ainda existe no futebol”, diz Volmar. “Mas, nos dias de hoje, parece ser ainda mais difícil que naquela época. A Coligay fez história. Espero que um dia os torcedores homossexuais sejam vistos com naturalidade no estádio.”

Fonte: EL PAÍS

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