Tag Archives: Fundador do Grupo Gay da Bahia

Brasil ganha data ativista: O Dia Nacional da Afirmação Gay
   30 de março de 2021   │     9:00  │  0

A data faz homenagem dupla. Vinte e oito de fevereiro se refere ao dia de fundação do Grupo Gay da Bahia (GGB), em 1980

O dia do Orgulho LGBT+ nacional é celebrado em 25 de março, contudo, não há respaldo histórico que embase tal data, nem algum evento emblemático ocorrido neste dia. Mas tudo bem, é sempre importante relembrar direitos bem como a importância de lutar por eles.

Agora, oficialmente, o calendário arco-íris no Brasil tem nova data: 28 de fevereiro, Dia Nacional da Afirmação Gay. A data foi instituída pelo antropólogo e decano do movimento LGBT no País, Luiz Mott, e já conta com apoio de importantes entidades ativistas.

“É a entidade ativista arco-íris mais antiga da América Latina em atuação! Dentre vitórias históricas lideradas pelo GGB estão a despatologização da homossexualidade no Brasil em 1985, cinco anos antes de a Organização Mundial de Saúde fazer o mesmo; e o veto à chamada ‘cura gay’ pelo Conselho Federal de Psicologia, em 1999, o que tornou o Brasil o primeiro do mundo a impedir essa prática“.

Com a novidade, o calendário das principais datas do ativismo LGBT no Brasil fica assim: 29 de Janeiro – Dia Nacional da Visibilidade Trans;
28 de fevereiro – Dia Nacional da Afirmação Gay;
17 de maio – Dia Internacional contra Homofobia;
28 de junho – Dia Internacional do Orgulho LGBT;
29 de agosto – Dia Nacional da Visibilidade Lésbica;
23 de setembro – Dia da Visibilidade Bissexual.

 

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Transexual é vítima de atentado na Bahia e fica tetraplégica
   5 de maio de 2017   │     1:33  │  0

Bárbara Trindade, 22 anos, foi atingida por dois tiros e está internada em estado grave

A Bahia registrou mais um caso de violência contra transexuais. A militante do PSOL, da cidade de Presidente Dutra, no Centro Norte baiano, Bárbara Trindade, 22 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio no dia 3 de abril.

De acordo com Rubi Santos, que integra o movimento LGBTQI, graças a influência do principal suspeito na cidade de ter cometido o crime contra Bárbara, o caso permaneceu oculto por quase um mês. “O crime foi abafado porque a família do suspeito é influente em Presidente Dutra. Quando o coletivo e o PSOL ficaram sabendo, entramos em contato com a vítima para apurar o que houve”, disse Rubi em entrevista ao CORREIO.

O principal suspeito de ter atirado em Bárbara é Domingo Mendes, morador do município com quem a transexual mantinha um relacionamento. Familiares disseram que após os boatos do envolvimento sexual terem repercutido entre os moradores da cidade e nas redes sociais, Mendes convidou Babi, como é conhecida a vítima, para um encontro próximo a Câmara de Vereadores da cidade e atirou duas vezes contra ela. As balas atingiram o maxilar e a coluna vertebral da transexual. Mendes está preso na Delegacia de Presidente Dutra, mas já deu entrada em um pedido de habeas corpus.

Estado grave

Babi está internada na semi UTI do Hospital Regional de Irecê, em estado grave, aguardando a realização de uma cirurgia para retirar a bala que ficou alojada nas costas. Em contato com o CORREIO nesta terça-feira (2), Rubi, que acompanha Bárbara na unidade de saúde, informou que Babi está com uma leve infecção hospitalar e precisou ser traqueostomizada.

No momento, ela está sem nenhuma movimentação do pescoço para baixo, mas após a cirurgia deverá recuperar os movimentos dos braços. O procedimento deverá ser feito em um hospital em Salvador. “Estamos aguardando ela melhorar da infecção e surgir uma vaga para poder fazer a transferência para a capital”, disse Rubi.

A família de Bárbara e o coletivo LGBTQI começou uma campanha de arrecadação de fundos e mantimentos para auxiliar no tratamento da transexual. Segundo Rubi, a família de Bárbara é muito carente e precisa de todo o apoio possível.

“Estamos arrecadando fraldas geriátricas, outros mantimentos e dinheiro para ajudar a família no transporte para Salvador”, disse. As doações em dinheiro podem ser feitas na Agência: 0780; Operação: 013; Conta: 00074700-2; em nome de Renata Silva Ferreira; Banco: Caixa Econômica Federal

Ação no Ministério Público

O PSOL irá entrar com uma ação no Ministério Público e na Procuradoria Geral para solicitar, em caráter de urgência, as medidas jurídicas cabíveis. De acordo com o presidente estadual do partido, Ronaldo Santos, a tentativa de homicídio que ocorreu com Babi representa mais um crime de homofobia.

“Infelizmente, esse não é um caso isolado! Todos os dias centenas de companheiras sofrem ataques físicos, psicolóicos e emocionais. O PSOL vai judicializar o fato para que Domingo Mendes seja punido de acordo com a Legislação em vigor no país!”, garante.

Segundo um levantamento do Grupo Gay da Bahia, em 2016 houve um aumento de 22% no número de mortes de travestis e transexuais no Brasil, em relação ao ano de 2015. Na Bahia, foram registradas nove mortes.

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Dia da Visibilidade Trans será comemorado em Alagoas com encontro de Direitos Humanos
   26 de janeiro de 2017   │     1:23  │  0

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Com o objetivo de debater sobre a realidade social que travestis e transexuais vivem no estado de Alagoas, na próxima segunda-feira, 30 de janeiro, o Governo do Estado de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, em parceria com o Conselho Estadual de Promoção dos Direitos LGBT de Alagoas, estará realizando o I ENCONTRO DE DIREITOS HUMANOS E VISIBILIDADE TRANS DO ESTADO DE ALAGOAS.

O evento ocorrerá na data citada acima, e será realizado no Palácio República dos Palmares, localizado na Rua Cincinato Pinto s/n – Centro – Maceió-Alagoas. O evento será realizado em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro.

A população de transexuais e travestis é reconhecidamente como uma das mais vulneráveis dentre as que compõem os grupos de diversidade sexual e de gênero. É alvo constante de cerceamento de direitos, em especial aqueles ligados à identidade, intimidade, busca da felicidade e vida, explica Laffon Pires – Liderança LGBTI em Alagoas.

A situação alarmante da violência contra as travestis e transexuais no Brasil é preocupante, explica Natasha Wonderfull, Presidente do Grupo de Travestis e Transhow. “O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país, segundo pesquisa da organização não governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênero”.

Já em 2016, segundo o antropólogo Luiz Mott, responsável pelo relatório de crimes contra a população LGBTI no Brasil, dos casos de violência que acontecem contra os LGBTI de acordo com matérias e recortes de jornais e sites do páis, já que não há estatística oficial sobre esse tipo de crime – nunca antes na história do Brasil registraram-se tantas mortes desde 1970, quando o GGB começou fazer as estatísticas”. Dos 343 assassinatos registrados em 2016, 173 das vítimas eram homens gays (50%), 144 (42%) trans (travestis e transexuais), 10 lésbicas (3%), 4 bissexuais (1%), incluindo na lista também 12 heterossexuais, como os amantes de transexuais (“T-lovers”), além de parentes ou conhecidos de LGBT que foram assassinados por algum envolvimento com a vítima como foi o caso do vendedor Luís Carlos Ruas, 54 anos, que foi morto ao defender travestis no metrô de São Paulo, e Alagoas ocupa a 5ª colocação sangrenta desta triste estatística, com 17 homocídios.

“Infelizmente, são pouquíssimas transexuais e travestis que conseguem passar dos 35 anos de idade e envelhecer. Quando não são assassinadas, geralmente acontece alguma outra fatalidade”, conta Cininha de Freitas, Militante LGBT e Coordenadora de Politicas Públicas da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas.

O mais grave problema de uma nação é a violação dos Direitos Humanos. Priorizar nossa agenda é o mais importante ato político e social. Os que pensam contrário, lembrem-se: NADA SE DISTRIBUI SEM DIREITOS, afirma Julio Silva Farias, militante LGBT.

Por Redação: Blog Diversidade

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Fundador do Grupo Gay da Bahia cobra de Temer agenda positiva aos homossexuais
   24 de novembro de 2016   │     12:04  │  0

 Mott pede liberação do kit Anti-Homofobia


Mott pede liberação do kit Anti-Homofobia

O “decano” do Movimento Homossexual Brasileiro, Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) e professor aposentado da Ufba enviou carta ao presidente Michel Temer pedindo que ele libere “imediatamente” o chamado Kit Anti-Homofobia, vetado em 2011 pela ex-presidente Dilma Rousseff e seu ministro da Educação Fernando Haddad. O kit não foi distribuído, conforme o ativista, “por pressão das forças mais intolerantes do nosso parlamento”.

Mott lembrou que se trata de material composto de milhares de livretos, cartazes, vídeos e folders, aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia, Unesco e Ministério da Educação, “destinado a capacitar professores e mais de seis milhões de estudantes de ensino médio de todo Brasil sobre o respeito que todos devemos ter à livre orientação sexual e identidade de gênero da população LGBT”.

Denunciou também que o material “encontra-se mofando nos armazéns do Ministério da Educação simplesmente à espera da autorização da Presidência da República para ser distribuído, afim de cumprir sua missão histórica: retirar o Brasil da triste condição de campeão mundial de crimes homofóbicos”.

O segundo pedido do fundador do GGB é para que Temer mobilize os partidos de sua base aliada – “já que os partidos de oposição manifestaram reiteradamente seu apoio” – para que seja votado em regime de urgência o Projeto de Lei de Criminalização da Homofobia, (PL 7582/2014 em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça) equiparando a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero ao crime de racismo.

Diz Mott que “a cada 28 horas um LGBT é barbaramente assassinado no Brasil, vítima da intolerância heteronormativa: só no presente ano já foram contabilizados 270 homicídios, sendo 129 durante a presidência de Dilma (janeiro a maio) e 141 na presidência de Temer (junho a novembro)”.

Embora não tenha votado na chapa Dilma/Temer, o ativista espera não se decepcionar com o novo governo. “Que Michel Temer fique na história como o presidente que teve a vontade e coragem política de desengavetar e distribuir o Kit Anti-Homofobia e em cujo mandato o Brasil tratou com isonomia mais de 10% de sua população constituída pelo segmento LGBT, ao aprovar lei equiparando a homofobia ao crime de racismo. Caso contrário, Temer estará na lista dos presidentes com as mãos sujas do sangue LGBT”. Além de correr o risco de receber o troféu “Pau de Sebo” dedicado aos inimigos dos homossexuais.

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