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Pessoas trans também devem se prevenir contra o câncer de mama
   11 de novembro de 2022   │     0:33  │  0

Embora a campanha de Outubro Rosa alerte especialmente a mulher cisgênero sobre a prevenção contra o câncer de mama, o risco também existe para pessoas trans, principalmente para as mulheres que fazem uso prolongado de hormônio. De acordo com Débora Balabram, mastologista e professora do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, o hormônio feminino é destaque entre os fatores determinantes para o câncer de mama, inclusive na mulher cis.

“A mulher trans tem um risco maior de câncer de mama em relação ao homem cis. Mas esse risco não é muito grande e só aumenta se tiver fazendo uso prolongado do hormônio”, explica Débora. “Em relação ao homem trans, vai ser parecido com a mulher cis, caso não tenha feito a cirurgia de retirada das mamas, o que faz o risco cair em 90%”, completa. Isso significa que a mastectomia não zera o risco. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) há orientação de consultas periódicas quando há risco genético identificado para esses homens que retiraram as mamas.

“De forma geral, a recomendação é procurar um atendimento ao perceber alguma alteração clínica na mama”, orienta Débora aos homens trans. “Para mulheres trans, se estiverem em uso de hormônio a mais de cinco anos, a recomendação também é procurar atendimento se perceber alguma alteração e fazer mamografia a partir dos 50 anos de idade, a cada um ou dois anos”, continua.

Em relação ao autoexame rotineiro, a professora lembra que não é mais indicado como uma das principais ações de prevenção, como era divulgado pela mídia, já que estudos demonstraram não haver diminuição do risco de morrer por câncer de mama nas mulheres que o fizeram. Além disso, Débora comenta que o fato de fazer autoexame pode dar a sensação de que estão se prevenindo e seguras, mas muitas pessoas não sabem realizar o toque da forma correta.

“O importante é conhecer a própria mama e procurar atendimento se perceber alguma alteração, se tiver algum nódulo, aumento de volume ou mudança da cor, por exemplo”

A professora ressalta que como há legislação e normas para o SUS à respeito do processo transexualizador, todo o sistema de saúde deve estar preparado para atender as pessoas trans. Então, aquelas que desejam orientações, ou se identificarem alteração na mama, devem ir ao centro de saúde próximo de onde residem. “Os centros de saúde são as portas de entrada para que essas pessoas possam ser direcionadas para um atendimento especializado, se necessário, com um mastologista”.

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Inclusão e Diversidade nas empresas: Solar Coca-Cola apoia protagonismo de pessoas trans
   29 de janeiro de 2022   │     13:47  │  0

Na semana em que se celebra o Dia Nacional da Visibilidade das Pessoas Trans e Travestis (29 de janeiro), a Solar Coca-Cola reforça suas políticas de inclusão e diversidade, desenvolvendo ações que têm estimulado e ampliado a diversidade sexual, que aos poucos vai alcançando suas unidades espalhadas por todo Nordeste, Mato Grosso e parte de Goiás e Tocantins. O apoio ganhou sinais concretos em suas fábricas com faixas e escadas da diversidade que hoje estão presentes em 15 unidades no território Solar como simbolismo da aliança da unidade com a jornada de Inclusão e Diversidade.

Quem testemunha esse movimento é o Cleidson Vieira, homem trans que atua como operador de execução e vendas na unidade de Itabaiana, em Sergipe. Na classe gramatical, “ele” é pronome pessoal e substantivo masculino. Na vida do Cleidson, “ele” significa respeito e identidade. Cleidson não se identifica no corpo em que habita e, por este motivo, é um homem trans.

“Desde que cheguei na Solar, todas as pessoas me conhecem como eu verdadeiramente sou e mais do que respeitam, me alicerçam para que eu possa viver com mais felicidade”, conta Cleidson. Ele ingressou na companhia em março de 2021 e, desde a contratação, tem percebido o respeito à sua identidade de gênero por colegas de trabalho e líderes.

O alicerce da Solar Coca-Cola completa uma rede de apoio que é o desejo de muitas pessoas. Cleidson sempre teve o suporte da mãe, que, ao descobrir a identidade de gênero do filho, disse que a única importância que havia no anúncio era a felicidade dele. “Minha mãe disse que me amaria ainda mais para me dar forças, eu já tinha nela uma grande fortaleza”, explicou. Agora, ao trabalhar em uma empresa em que Inclusão e Diversidade faz parte do DNA, ele revela se sentir ainda mais feliz. “A satisfação é não somente por estar na Missão da empresa, mas porque eu vejo nos corredores, com colegas de trabalho, líderes, todas as pessoas respeitam, entendem quem eu sou e como quero ser identificado”, reforça.

“Apenas habito um corpo feminino” – Cleidson se identifica como homem, mas nasceu em um corpo que é classificado como feminino. Para corrigir a chamada disforia de gênero (desconforto por não reconhecer na forma física sua verdadeira manifestação de gênero), irá realizar alterações em sua constituição física.

Outro colaborador que conquistou seu espaço foi o Araújo, que ocupa o cargo de vendedor em Santana do Ipanema, em Alagoas. Segundo o jovem, na Solar ele se sentiu acolhido de forma respeitosa e livre para ser quem ele é. “Já vivenciei situações em entrevistas de emprego em que não fui aprovado por ter tatuagem e cabelo curto. Ainda vejo muitos problemas no mercado quanto a esse tema. Muitas empresas não aceitam a transexualidade”, ressalta Araújo, que revelou ainda que as pessoas precisam pesquisar mais sobre a diversidade sexual, obter mais conhecimentos sobre o assunto e, principalmente, ter respeito.

Já em Simões Filho, na Bahia, Yuri Carvalho é o primeiro homem trans da unidade. Há quase 4 meses na empresa, Yuri atua como auxiliar de entrega na logística. Antes de ingressar na companhia, ele conta que trabalhava de forma informal e, durante a pandemia, iniciou um curso de barbeiro profissional, com perspectiva de trabalhar no ramo e futuramente também dar oportunidades para pessoas trans. “A Solar sempre foi muito cuidadosa comigo. No início tive dificuldades para socializar, mas aos poucos fui me adaptando com a equipe e percebo que as pessoas estão aprendendo sobre o assunto e dando suporte. Só tenho a agradecer pela inclusão e pelo acolhimento. Quero crescer dentro da Solar e sinto orgulho de ser o primeiro homem trans da unidade de Simões Filho”, finaliza Yuri.

Inclusão e Diversidade na Solar Coca-Cola – Para acelerar as transformações, a companhia desenvolveu a campanha #EuIncluo, com foco prioritário nas questões de gênero, pessoas com deficiência, raça, LGBTQIA+ e gerações. Segundo a Pesquisa de Engajamento de abril de 2021, 8% do quadro de pessoas se declara não heterossexual (lésbica, gay, bissexual etc.). Além disso, a Solar Coca-Cola trouxe como pauta o Dia Internacional contra a LGBTfobia e o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ no calendário de engajamento interno, onde foram abordadas temáticas como orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero, sexo biológico, entre outras. Também iniciou o Grupo de Afinidade LGBTQIA+ em outubro de 2021, com encontros mensais como forma de acolhimento e escuta.

Fonte : ASCOM SOLARA

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