Category Archives: Transexualidade

Conheça a história de Malva, a travesti mais velha do mundo 
   23 de maio de 2016   │     14:42  │  0

De origem chilena com 17 anos de idade, cruzou a Cordilheira dos Andes a pé até chegar  a Argentina, enfrentando a perseguição das travestis e transexuais praticada por vários governos.

Malva era chilena e faleceu em julho do ano passadona, aos 99 anos.

Malva era chilena e faleceu em julho do ano passado aos 99 anos.

Pesquisando sobre as políticas das mulheres T no mundo na atualidade sem querer me esbarro com essa vovózinha T, essa lindeza o nome dela é Malva a travesti mais velha do mundo, ela foi colunista no suplemento do jornal Página/12,  que pertence a equipe de O Weave, a primeira revista trans na América Latina. Sem saber usar computador, ela escrevia tudo em um caderno e em seguida em uma maquina de datilografia.

Minhas mãos estão cansadas mais “Minhas idéias, meus pensamentos estão muito coordenados. Coordeno bem”. dizia sempre Malva.
Malva sempre soube de sua identidade de gênero, era algo genético que não haveria como escapar, cruzou a Cordilheira do Andes a pé para encontrar a liberdade sexual, foi presa varias vezes pelos governos peronistas, pois não se encaixava no sistema moral, trabalhou como garçom, chefe de cozinha, nos melhores restaurantes de Buenos Aires, já mais assumida foi costureira e figurinista de grandes estrelas do teatro de revista em Corrientes, e pasmem a linda até viajou para cá no Rio de Janeiro onde trabalhou montando os figurinos de escolas de samba. 
Ela adora conversar, tanto que às vezes preferia ficar em silêncio por dias. Quando saia para comprar pão ou tomar o ônibus, as pessoas a chamavam de avó, relatava com muito orgulho.  
Ela dizia que “hoje é tudo maravilhoso, a presidente Cristina Kirchner, me deu o que eu sempre queria na minha vida , a Liberdade, tive o prazer de entrar na Casa Rosada como uma travesti, e a nossa presidente fez a lei de forma igual, isso nunca havia acontecido desde inicio da história desse país’. disse ela em lágrimas durante uma entrevista. 

Infelizmente Malva faleceu em julho do ano passado (2015), aos 99 anos, Malva, chilena que aos 17 anos cruzou a Cordilheira dos Andes para viver na Argentina em busca de liberdade. Ela manteve-se bem humorada em seus últimos dias de vida.

Enfim chegou ao final a vida de Malva, uma referência a mim, que como um cidadão que luta e defende a cidadania das Travesti, tenho na história dela, algo que gostaria que fosse semelhante na trajetória de vida também travestis e Transexuais, ter o direito de viver por muitos anos, morrer por idade e não em consequência da falta de direitos que a população de Travestis e Transexuais sofrem no Brasil e em muitas partes do mundo, principalmente nos países da America Latina.

A sua saúde se agravou durante a temporada de inverno, na casa de repouso na qual escolheu para viver voluntariamente. Malva estava sentindo muita solidão e a falta de familiares e amigos. “Como é triste relatar essa parte da história de Malva” As dores se tornaram mais fortes pelos sinais do tempo. Malva estava internada, em consequência de uma pneumonia, em um quarto da ala masculina, onde sua identidade de gênero não foi respeitada, o hospital alegou que o motivo foi que Malva não alterou a sua documentação para o gênero feminino, mas essa situação foi revertida a pedido de Carina Sama, que trabalhou com ela no documentário sobre a sua vida e que na época estava em fase de produção.

Malva em vida fez a doação de seu corpo à Faculdade de Medicina da UBA, para ser utilizado para fins científicos.

Sua voz e imagem agora permanecem para o Mundo T como uma testemunha e exemplo para a Luta das Travestis e Transexuais, na inclusão na sociedade e democracia.

Até um dia Malva, exemplo para tod@s Nós!

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Pioneira em estudos de gênero, cientista social brasileira Carmen Barroso vence prêmio da ONU
   6 de maio de 2016   │     12:38  │  0

Cientista social com longo histórico de envolvimento em causas populacionais, Carmen Barroso venceu, junto com a ONG polonesa Fundação Dignidade no Parto, o Prêmio de População das Nações Unidas de 2016.

A cientista social brasileira Carmen Barroso recebeu o Prêmio de População das Nações Unidas de 2016. Foto: EBC
A cientista social brasileira Carmen Barroso recebeu o Prêmio de População das Nações Unidas de 2016. Foto: EBC

Carmen Barroso, cientista social brasileira com longo histórico de envolvimento em causas populacionais, e a Fundação Dignidade no Parto, organização dedicada à promoção da melhoria da qualidade nos cuidados para mães e recém-nascidos na Polônia, foram os vencedores do Prêmio de População das Nações Unidas de 2016.

Criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1981, o prêmio reconhece conquistas notáveis nas áreas de população e saúde.

As contribuições de Carmem Barroso para questões populacionais e suas soluções geraram um grande impacto através de sua liderança em grandes organizações, segundo os documentos apresentados ao Comitê do Prêmio de População.

No Brasil, ela foi pioneira em estudos de gênero, na época em que trabalhava na Fundação Carlos Chagas e era professora da Universidade de São Paulo. Ela é autora de vários trabalhos publicados na mídia e em meios acadêmicos, tendo também atuado em conselhos e comissões internacionais.

Depois de dirigir o Programa de População e Saúde Reprodutiva da Fundação MacArthur, ela se tornou diretora da International Planned Parenthood Federation para o Hemisfério Ocidental, em Nova York.

Carmen foi membro da Comissão de Saúde Reprodutiva do governo brasileiro, um esforço pioneiro para envolver múltiplas instituições na prestação de contas para políticas de saúde da mulher. Atualmente, é membro do Grupo Independente de Especialistas da Estratégia Global da ONU de Saúde da Mulher e da Criança, lançado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas em fevereiro de 2016.

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Mulheres trans e maridos vão estrelar campanha da parada LGBT da BA
   5 de maio de 2016   │     15:03  │  0

Ariane e Anderson estão juntos há sete anos    Foto: Sérgio Figueiredo

Ariane e Anderson estão juntos há sete anos Foto: Sérgio Figueiredo

Com o tema “Uma vida sem violência é direito de travestis, mulheres e homens transexuais”, a edição 2016 da Parada do Orgulho LBGT da Bahia terá duas mulheres transexuais, junto com seus companheiros, como estrlas da campanha de divulgação. Um dos casais é formado pela transexual Ariane Senna, estudante de psicologia e ativista social e Anderson Barbosa, professor de educação física que já estão juntos há sete anos. O outro casal é formado por Bruna Menezes, cabeleireira transexual, e Edson Ventura, profissional autônomo e de serviços gerais. As fotos foram feitas essa semana no estúdio do fotógrafo Sérgio Figueiredo, em Brotas.

As fotos vão ilustrar as peças publicitárias da campanha que vai repercutir a V Semana da Diversidade e 15ª Parada LGBT da Bahia de 4 a 11 de setembro “Importante falar e mostrar família trans, isso, especialmente foi motivo das agressões sofridas pelas duas”, disse Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB). As fotos serão divulgadas em busdoors, outdoors, folhetos, cartazes, filipetas, peças e vídeo para internet. A maquiagem e os cabelos das modelos foram de Yan Braga.                                                                                                                  Fonte: Correio 24 Horas

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Mulheres transexuais já se candidatam ao experimento de transplante de útero
   20 de março de 2016   │     13:25  │  3

“Eu espero que isso se torne uma realidade e eu absolutamente estou disposta a passar pela experiência”, declarou Chatisty Bowick.

Chatisty Bowick Os avanços da técnica inovadora de transplante de útero da clínica Clevelande, nos EUA, continuam sendo aperfeiçoados. E, de acordo com o site internacional Stat, indica cada vez mais que mulheres transexuais também poderão engravidar no futuro. Há até mesmo candidatas ao experimento.

Chatisty Bowick (foto), de 30 anos, é uma delas. “Eu espero que isso se torne uma realidade e eu absolutamente estou disposta a passar pela experiência”, declarou ela, que revelou ser mulher transexual aos 19 anos e que tem o sonho de ser mãe desde criança.

“Antes mesmo de ser madura o suficiente para entender esse conceito, eu queria ser mãe. Eu não sabia como isso iria acontecer, mas era o que eu mais queria. A gravidez é uma experiência muito bonita ”, disse.

A técnica consiste em transplantar o útero de uma doadora e deixa-lo sem as ligações com os ovários. Os cirurgiões da Cleveland já fizeram um procedimento de transplante de útero em uma mulher cis e esperam realizar outras seis cirurgias como parte do ensaio clínico.

Sobre as cirurgias realizadas em mulheres transexuais, a médica Karine Chung da University of Southem California Keck School of Medicine, declarou que será possível futuramente. O prazo é entre 10 anos ou menos. Ela adiantou que o corpo precisará passar por preparações.

A CIRURGIA

Primeiro, a mulher transexual precisaria passar pela redesignação sexual e também criar um espaço para o útero. Isso exigiria, por exemplo, alargar a entrada pélvica, que é substancialmente mais estreita em corpos considerados masculinos. O paciente precisaria esperar cerca de um ano para se submeter então ao transplante de útero, que chega a levar 9h.

Será necessário anexar uma ramificação de grande artéria ao útero para que supra a ausência de veias e artérias uterinas para nutrir o ventre. A hormonização também sofrerá algumas alterações orientadas pelo médico – bem como mulheres cis na menopausa – para que haja suporte para as mudanças da gestação.

O útero implantado não teria ligações com as trompas do Falópio e, por esse motivo, a fertilização seria in vitro, com posterior implante do embrião em quem recebeu o órgão. Os médicos dizem que a mulher transexual pode atuar mais que uma “barriga de aluguel”, mas também participar geneticamente da gestação. Para isso, ela precisaria armazenar o seu esperma antes da transição.

Depois, terá que tomar muitos medicamentos para que o organismo não rejeite o órgão. A clínica ressalta que o útero poderá ser utilizado em uma gravidez ou duas no máximo, tendo que ser retirado logo após o parto. Apesar de nada disso ter sido testado com sucesso anteriormente, a expectativa é positiva. “As anatomias feminina e masculina não são tão diferentes”, diz Chung. “Em breve vamos descobrir como fazer tudo isso”.

TER UM FILHO

A psicóloga Deborah Simmons diz que a questão da gestação por uma mulher trans não a surpreende. “Se você é uma mulher trans, esta é uma das possibilidades de completar um sonho. Olhando como mulher, sentindo-se como mulher e também ser capaz de ter um filho como uma mulher. A oportunidade para isso está soprando a mente das pessoas, é um bom caminho”.

Apesar de se candidatar. Chatisty declara que ter um filho não vai contribuir para ser uma mulher mais completa. “Há mulheres biológicas que não podem ter filhos e elas não são menos mulheres por causa disso”, pondera.

Angelica Ross, presidente-executiva da TransTech Sociais, declarou que a iniciativa pode não funcionar para mulheres trans. “Muitas mulheres transexuais enfrentam discriminação no passado e, por isso, não têm os recursos financeiros para pagar pelas várias cirurgias. A maioria das pessoas trans mal são capazes de cuidarem de si mesmas, muito menos de uma criança”.

Ela afirma, contudo, que a ideia de poder engravidar após a redesignação sexual é excitante. “Adoro viver em um lugar onde alguém como eu pode ter a chance de ter filhos”.

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