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Garoto de 9 anos comete suicídio após assumir homossexualidade e sofrer bullying
   28 de agosto de 2018   │     16:41  │  0

DENVER — A americana Leia Pierce está tentando transformar o luto pelo suicídio do filho em um alerta contra o bullying e a homofobia nas escolas. Jamel Myles, de 9 anos, tirou a própria vida na última quinta-feira, dia 23. Segundo a mãe, a atitude desesperada foi resultado de abusos e intimidações que ele sofreu de colegas da Escola Fundamental Joe Shoemaker, em Denver, nos EUA, após Jamel se declarar gay.

Em entrevista ao jornal “Denver Post”, a mãe relatou que, durante as férias de verão, o menino disse a ela pela primeira vez que era homossexual.

— Ele parecia tão assustado quando me contou. Ele disse: “mamãe, eu sou gay”. Eu pensei que ele estava brincando, então olhei para trás, porque estava dirigindo, e ele estava tão assustado. E eu disse: “e eu continuo amando você” — contou Leia, acrescentando que o filho queria muito contar para seus colegas da escola. — Ele foi para a escola e disse que iria contar para as pessoas que era gay porque estava muito orgulhoso.

As aulas começaram na segunda-feira. Quatro dias depois, Jamel foi encontrado morto em casa.

— Quatro dias foi tudo o que durou na escola. Eu nem consigo imaginar o que disseram para ele — lamentou Leia. — Meu filho contou para a minha filha mais velha que as crianças da escola disseram a ele para se matar. É tão triste que ele não tenha me procurado.

Escola cria espaço para discutir situação

O Distrito Escolar do Condado de Denver instalou uma comissão de conselheiros para os estudantes da escola de Jamel. Cartas foram enviadas aos pais na sexta-feira, lamentando a morte de Jamel, “uma perda inesperada para a nossa comunidade escolar”, e aconselhando as famílias a ficarem atentas a sinais de estresse nas crianças.

“Nosso objetivo é ajudar vocês a contarem a notícia aos seus filhos da forma mais apropriada possível, com todo o apoio necessário. Então, sintam-se à vontade para nos procurar para saberem como lidar com a situação”, diz a carta.

Em entrevista à BBC, Will Jones, porta-voz do distrito, afirmou que os professores da Escola Fundamental Joe Shoemaker “estão criando um espaço para os estudantes compartilharem como estão se sentindo e processarem suas emoções”. Professores do 4º e do 5º ano se reunirão com as famílias individualmente:

— Nossa prioridade é cobrir todas as questões envolvidas neste caso, para manter todos os estudantes seguros e revisar de forma justa e completa os fatos envolvidos nesta trágica perda.

Apesar da dor, a mãe do menino tenta alertar as famílias sobre as consequências do bullying. Ela também cobra responsabilização dos pais daquelas crianças que praticam bullying contra outras.

— Nós, pais, devemos ter responsabilidade pelo bullying — afirmou Leia. — Eu acho que os pais devem ser punidos porque, obviamente, eles estão ensinando as crianças a agirem assim ou estão tratando-as dessa forma.

Especialista pede que pais não deixem assunto ‘só em casa’

Para a psicóloga Sally Carvalho, especialista em clínica infantil pela PUC-Rio, não basta que uma criança homossexual tenha aceitação e apoio dentro da própria família. Ela precisa, também, se sentir aceita pelos grupos sociais nos quais está inserida — e a escola é, em geral, o principal deles. Por isso, além de dar suporte, é importante que qualquer família nessa situação informe a escola e discuta esse assunto com diretores, professores e psicólogos.

— No caso de Jamel, quando ele disse “mãe, eu sou gay”, ele estava dizendo ” mãe, eu sou gay, o que eu faço?”. Era um pedido de orientação, de ajuda. Ele teve como resposta que é amado pela família, o que é muito importante, mas não costuma bastar. Ele também tinha a necessidade de ser aceito pelo grupo, ainda mais em se tratando de uma criança. A mãe, por não ser orientada sobre como lidar com o assunto, não falou sobre essa questão com a escola e com os responsáveis por outros ambientes que o filho pudesse frequentar. Ela pode ter subestimado a situação. A família deveria, ao tomar conhecimento, ir à escola e, junto à coordenadora e ao psicólogo, falar para a turma. Isso contribuiria para que o menino fosse mais protegido contra o bullying — afirma Sally.

A poucos dias do início da campanha Setembro Amarelo, dedicado à prevenção ao suicídio, a psicóloga ressalta que é importante falar sobre o assunto. Só assim é possível, segundo ela, evitar que mais pessoas — inclusive crianças — cheguem ao extremo. Sally defende o fim do tabu em torno do suicídio.

— A sociedade tem que ficar mais aberta a discutir isso. Tratar como tabu ou como vergonha é ruim — pontua ela.

Sexualidade pode ser percebida ainda na fase infantil

Quanto à descoberta da sexualidade ainda na infância, Sally também explica que esse entendimento ocorre em fases diferentes da vida para cada indivíduo. Alguns compreendem sua própria sexualidade ainda bem crianças, enquanto outros só vão articular isso mais tarde. Isso vale, claro, para hétero ou homossexuais.

— Pode ser que uma criança com 7 anos já perceba como é a própria sexualidade. Isso nada tem de anormal. Já outras pessoas podem racionalizar isso só uma década depois. Só que, se essa sexualidade não for o que a sociedade como um todo espera da pessoa, o que é o caso dos homossexuais, pode haver um conflito interno. Isso é gerado por um sentimento de exclusão do grupo — destaca ela.

Acesse aqui o site do Centro de Valorização da Vida (CVV) para buscar apoio emocional. O telefone do CVV é 188.

 

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Prefiro um filho morto do que vivo e pecador, diz mãe de jovem encontrado morto
   27 de março de 2018   │     21:18  │  0

O jovem Yago Oliveira foi mais uma vitima da homofobia, porém, dentro da própria casa. Fã de David Bowie, Yago sofria preconceito da própria família já que tem uma mãe extremamente religiosa.

Neste desabafo ele relatou diversos acontecimentos envolvendo a família, que não condiz com a ideologia Mórmon que a mesma pregava. Na postagem o jovem tentava entender se realmente era errado o LGBT.

Morador de João Pessoa (PB), Yago sofria preconceito de todos, especialmente de sua mãe extremamente religiosa. Dois meses antes de cometer suicídio, ele fez um longo desabafo no Facebook:

No dia 14 de Março, Yago foi encontrado morto dentro do seu próprio quarto enforcado. A policia registrou o caso como suicídio. Enquanto o Mixturando produzia e apurava os fatos desta reportagem, registramos diversos depoimentos de amigos do jovem.

Porém o que pegou de surpresa, foi a declaração da Mãe do Yago, conhecida como Ivanilda. Perguntada sobre a morte do filho ela respondeu ao Mixturando:

”O homem de lá atendeu meu pedido, prefiro um filho morto do que vivo e pecador, seria uma eterna vergonha e uma desonra sem tamanho.” , disse a mãe do jovem.

Os amigos de Yago relataram que ele sofria de depressão justamente por conta do preconceito que sofria dentro da própria casa.

Fonte: Expressopb

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Matem seus filhos ou nós o mataremos, avisa governo da Chechênia a pais de LGBTs
   2 de maio de 2017   │     23:54  │  0

Mais sobreviventes dos campos de concentração, onde as pessoas LGBT são torturadas, humilhadas, interrogadas e mortas, estão falando sobre as atrocidades que estão acontecendo na Chechênia.

Enquanto as autoridades chechenas continuam negando os gastos, está mais que comprovado que a vida de uma pessoa LGBT na região controlada pela Rússia corre perigo. Embora isso aconteça há muito tempo, a situação piorou, atigindo número sem precedentes de homossexuais e bissexuais homens sendo presos e assassinados.

De acordo com o governo britânico, o presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, planeja eliminar a comunidade LGBTQ no início do Ramadã, a menos de um mês de distância.

Como já foi noticiado aqui no Viajay, os sobreviventes descrevem torturas, incluindo choques elétricos e espancamentos, e compartilham que quando são trazidos de volta para casa, suas famílias são informadas de que devem matá-los, como um ato de honra.

Um sobrevivente dessas prisões relatou que algumas pessoas são convidadas para os locais da prisão e instruídas para matar seus parentes, ou então as autoridades dizem que eles mesmo irão fazê-lo.

“Eles dizem aos pais para matar seu filho”, disse o homem, cuja identidade foi protegida por questões de segurança. “Eles dizem, ‘Ou você faz ou nós vamos fazer.’ As autoridades dizem aos parentes para “limpar sua honra com sangue”.

“Eles torturaram um homem por duas semanas”, continuou o sobrevivente. “Então convocaram seus pais e seus irmãos para que viesse visita-lo e disseram: ‘Seu filho é homossexual’ a família então retrucou: ‘É a nossa família, então nós faremos’. A família o levou para a floresta, mataram e enterraram ele lá mesmo, sem sequer lhe dar um funeral.”

“Nós sempre fomos perseguidos, mas nunca foi assim. Agora eles prendem todo mundo, matam pessoas, fazem o que quiserem pois sabem que não serão repreendidos por nada já que a ordem de ‘limpar a nação’ dos gays veio de cima.”

 

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A origem da utilização da palavra “veado” para designar homossexuais no Brasil
   14 de abril de 2017   │     22:45  │  0

Sabemos que o Brasil é um país muito ignorante, mas às vezes ele nos oferece coisas surpreendentes ligadas à cultura. Por exemplo, só aqui existe o adjetivo “balzaquiana” (sempre no feminino) para qualificar as mulheres que passam dos trinta anos. Sei que a expressão baseia-se apenas no título de um dos piores romances de Balzac, A Mulher de Trinta Anos, porém, o simples fato de qualquer brasileiro utilizar uma expressão tão literária para designar a idade de certas mulheres, deveria denotar uma intimidade com as letras que somos obrigados a não reconhecer… Imagine se esta qualificação fosse cunhada na Inglaterra – todos nós imaginaríamos ser isto mais uma prova de que os ingleses são cultíssimos!

Por isto, assombra-nos ainda mais que nosso povo chame de veados a nossos homossexuais. Primeiramente, é mister derrubar a hipótese errônea de que a palavra seria escrita como “viado”, tendo sua origem numa simples corruptela de “desviado”. O estigma de ser um desviado, além de uma agressão aos homossexuais, é ridículo, ainda mais se considerarmos as opções vernaculares disponíveis.

Tudo deriva de um inesperado conhecimento de nosso povo sobre a vida e a reprodução dos veados. Explicarei como isso se dá. A veada (ou veado fêmea) entra no cio e passa, com suas emanações, a atrair os machos. Obviamente, muitos machos se candidatam, mas ela é uma natureza fiel, e manterá relações com apenas um dos animais. Como muitas vezes acontece na natureza, não será ela quem escolherá seu parceiro. Serão eles que travarão uma série de lutas para decidir quem a merecerá. Durante essas refregas, a produção de esperma dos machos intensifica-se e eles ficam inteiramente voltados para disputa, sendo que muitos deles, neste ínterim, perdem 15% de seu peso.

Ultrassonografia de um testículo de veado lotado de esperma antes de ser “aliviado”

Depois disso, o veado vencedor aproxima-se da veada e eles mantêm um longo coito em que ele deposita enorme quantidade de sêmen na fêmea e que é assistido pelos perdedores. Ora, eles não se retiram do local porque ainda tem algo a fazer. Quando o macho vencedor desprende-se da veada, eles, um a um, formando uma fileira desorganizada, denominada nos círculos científicos de “Fila de desopilação”, curam seu ressentimento montando-se uns às costas dos outros — todos machos — penetrando-os, com a finalidade de se aliviarem. Depois fazem a troca, pois todos devem se livrar do esperma. Claro, a natureza é sábia: eles, após produzirem por volta de 300 ml de esperma em cada testículo, mal podem caminhar — então como poderiam ir de árvore em árvore para alimentar-se ou fugir de algum animal maior? Nos homens, este fenômeno é chamado por muitos — e aqui meus leitores mais sensíveis e as crianças hão de me perdoar — de “dor nas bolas” e ocorre quando uma grande excitação sexual acaba em malogro.

Flagrante de uma “Fila de Desopilação”

Após este ritual, é comum que alguns destes veados perdedores passem a demonstrar certa afeição entre si. Há também aqueles que passam a acompanhar o casal vencedor até o nascimento do veadinho, mas nossos cientistas garantem: eles sempre demonstram acentuado interesse pelo macho. Alguns passam a fazer parte da família e, quando da ocorrência de outro embate por uma fêmea, escolhem perder, brigando apenas até obterem maior produção de esperma. Dir-se-ia que cumprem carnê.

Dois veados machos ligados pelo afeto

Ora, estes seres cujas escolhas parecem inadequadas à preservação da espécie não devem ser escamoteados ou considerados de menor importância, pois são eles que se atiram em sacrifício quando da presença de algum animal mais forte e ameaçador à família, muitas vezes rasgando-se todos.

Por que o “Animal`s Planet” e os programas sobre a vida animal não divulgam tais verdades? A resposta é clara. Primeiro, temos de considerar que, de cada dez palavras que circulam pelas agências internacionais de notícias e de cada dez minutos de transmissão televisionada no mundo, temos, respectivamente, nove palavras e 8 minutos e 23 segundos de responsabilidade ou norteamericana ou de entidades religiosas, sejam estas católicas, protestantes ou muçulmanas. Sabendo-se que tais sociedades caracterizam-se por uma forte deturpação de evidências, é normal que fatos de indiscutível veracidade venham a ser omitidos ou mesmo falseados.

Não vejo motivo para que continuemos a turvar a realidade desta maneira, não vejo que prejuízo nossas crianças teriam de soubessem da fila de desopilação dos veados e sempre fui de opinião de que A los niños hay que decirles siempre la verdad, no hay que asustarlos con cucos, brujas, ogros, temibles personajes imaginários pero con cosas más reales, como nos ensina a melhor pedagogia argentina.

Não sei como, quando e nem quem passou a chamar nossos homossexuais de veados, mas esta pessoa — talvez um veterinário — certamente tinha informações privilegiadas sobre a vida animal e fez uma analogia com a vida humana que,  se está longe de constituir-se num exato paralelo, é demonstradora de grande cultura. Acredito que nosso leitor Charlles Campos poderá confirmar todas as verdades aqui externadas e que juntos criaremos importante e esclarecedor verbete na Wikipedia.

Fonte: Milton Ribeiro

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De quem é a culpa pelo assassinato movido a ódio dentro da estação do metrô?
   28 de dezembro de 2016   │     14:33  │  0

Todos ficaram horrorizados com a brutalidade do crime que matou Luis Carlos Ruas no Domingo de Natal, na estação Pedro II do Metro-SP.

Um crime movido a ódio contra os homossexuais e uma moradora de rua transsexual, justamente a quem Luis foi defender com extrema coragem e com certeza será sempre lembrado por todos lgts.

De quem é a culpa?

Nas redes sociais muitas publicações se apressaram em responsabilizar os funcionários do Metro, da Estação e segurança, dizendo que não havia ninguém para impedir o que aconteceu. Colocando a culpa do ocorrido nos trabalhadores metroviários.

Em primeiro lugar, a culpa é do ódio que existe no país onde a homofobia não é crime. O ódio disseminado por políticos como Malafaia e Bolsonaro, que vivem de privilégios de cotidianamente incentivam a criminalização dos LGBTs, utilizando -se de um falso discurso religioso para ganhar dinheiro com suas igrejas e manipular a população.

Depois, o fato de não ter ninguém na estação, não tem outro motivo, do que já muito denunciado pelos metroviários , que é a política de privatização de Alckmin que está acabando com o quadro de funcionários do Metro. Não é somente em Pedro II que há apenas 3 ou 4 funcionários trabalhando para dar conta de uma estação inteira, mas em todos os lugares.

Nós metroviários somos totalmente solidários aos familiares de Luis e repudiamos esse crime de ódio que aconteceu no Metro, assim como repudiamos a política de privatização de Alckmin que deixa em risco os funcionários e a população!

Fonte: Sindicato dos Metroviários SP

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