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Um pouco sobre a história da maior instituição LGBT da América Latina
   12 de setembro de 2015   │     14:27  │  0

Caro leitor. Hoje trago aqui, um pouco da história da maior instituição LGBT da América Latina, que mesmo com todas as dificuldades vividas neste país, trabalha na articulação de politicas públicas em prol da comunidade LGBT brasileira, e fortalece o trabalho de suas filiadas, que hoje já são mais de 300.

Eu me orgulho em dizer que faço parte, e dei uma minuscula contribuição na construção da história dela, mas que somando aos demais companheiros, hoje somos o maior tubarão LGBT da América Latina.

#ABGLTdoTamanhodoBrasil

A atual missão da ABGLT é: “Promover ações que garantam a cidadania e os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, contribuindo para a construção de uma sociedade democrática, na qual nenhuma pessoa seja submetida a quaisquer formas de discriminação, coerção e violência, em razão de suas orientações sexuais e identidades de gênero”. Neste sentido, a associação desempenha um papel de representação destes segmentos e articulação junto ao Executivo, ao Legislativo e ao Judiciário, visando cumprir sua missão.

 Em relação à criação da ABGLT, a Plenária Final do VII Encontro Brasileiro de Lésbicas e Homossexuais, realizado no Instituto Cajamar (São Paulo) entre 4 e 7 de setembro de 1993, decidiu pela “constituição de uma Comissão (Rede/Associação) Brasileira de Direitos Humanos para Gays e Lésbicas”.

 No decorrer do ano de 1994 foram realizadas tarefas, como a elaboração do estatuto e da carta de princípios (www.abglt.org.br/port/cartaprinc.php), e houve uma reunião presencial preparatória com participação expressiva em Curitiba nos dias 30 e 31 de julho daquele ano.

 A fundação da organização, que foi batizada com o nome “Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis – ABGLT”, ocorreu em 31 de janeiro de 1995, durante o VIII Encontro Brasileiro de Gays e Lésbicas, na cidade de Curitiba. A associação teve 31 grupos fundadores, sendo a maioria das organizações LGBT existentes na época.

 A formação de ABGLT representou um marco importante na história do movimento LGBT brasileiro porque possibilitou a criação de uma instância de abrangência nacional de representação com capacidade e legitimidade para levar as reivindicações do segmento até o Governo Federal, o que até então havia sido impossível. Foi uma estratégia que, ao mesmo tempo, ajudou o movimento LGBT a se organizar no país e também deu uma voz a um segmento da sociedade tradicionalmente marginalizado, contribuindo assim para a promoção de seus direitos humanos.

 A ABGLT tem cumprido o papel de representação nacional e de organização do movimento. Quando de sua fundação em 1995 havia menos de 40 grupos LGBT em todo o Brasil. Hoje tem mais de 300. Não havia nenhuma parada LGBT, hoje tem mais de 250, muitas em cidades do interior. Hoje há políticas públicas para LGBT, com uma Coordenação LGBT dentro da estrutura da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e o Conselho Nacional LGBT com representação paritária do governo e da sociedade civil. A ABGLT não conseguiu tudo isso sozinha, mas sempre esteve à frente desse processo.

 Além dos direitos humanos, a ABGLT também tem tido atuação na área do enfrentamento da epidemia do HIV e Aids. Juntos a ABGLT e o Programa Nacional, após um desafio lançado pelo então coordenador Dr. Pedro Chequer no IX EBGLT em 1997 em São Paulo, construíram o Projeto Somos no final dos anos 1990. Começando como um projeto piloto com 4 grupos gays capacitando outros grupos incipientes nos temas de desenvolvimento organizacional, prevenção e advocacy, no seu auge por volta de 2005/2006, o projeto chegou a abranger 270 grupos em 220 municípios em todas as regiões do país.

 A ABGLT participou ativamente na construção conjunta (com o Governo Federal) do Programa Brasil Sem Homofobia, lançado em 2004 com 53 ações voltadas para a promoção da cidadania da população LGBT. Depois do lançamento do Programa, a ABGLT atuou com presença marcada durante os dois mandatos do presidente Lula, realizando ações de advocacy no Congresso Nacional e junto aos Ministérios.  Essa atuação contribuiu para vários avanços com as políticas públicas afirmativas para LGBT e a ABGLT foi entre as organizações da sociedade civil que participou da organização da 1ª Conferência Nacional LGBT em 2008. Um marco na história mundial.

 Na área da educação, um desdobramento do Programa Brasil Sem Homofobia foi a aprovação de uma emenda parlamentar articulada pela ABGLT no final de 2007, que permitiu o desenvolvimento do Projeto Escola Sem Homofobia, em parceria com várias organizações de renome, bem com o próprio Ministério da Educação. O Projeto teve vários produtos, incluindo: a realização um seminário em cada região do país a fim de obter um perfil da situação da homofobia na escola a partir da realidade cotidiana dos envolvidos; a realização de uma pesquisa qualitativa sobre homofobia na comunidade escolar em 11 capitais das 5 regiões do país; e a criação de um conjunto de materiais educativos com conteúdos teóricos e sugestões de atividades que ajudam a identificar e erradicar a homo-lesbo-transfobia do ambiente escolar, direcionado para gestores(as) e educadores(as). Como resultado de pressão de parlamentares fundamentalistas religiosos, os materiais educativos foram suspensos pela presidenta da república em maio de 2011. Apesar de não ter sido aplicado pelo Governo Federal, foi mobilizada uma grande discussão sobre a educação no país e o material foi divulgado pela Nova Escola com milhares de downloads, o que superou em muito a quantidade que o governo iria imprimir.

 Em 27 de julho de 2009 a ABGLT ganhou status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social (ECOSOC) das Nações Unidas. A ABGLT foi a primeira organização LGBT nas Américas a receber o status consultivo.  Esse status garante as organizações da sociedade civil a participação nos eventos das Nações Unidas, bem como poder falar em seu próprio nome durante as atividades que participa.  A participação efetiva das organizações LGBT, como a ABGLT tem feito, tem contribuído  de forma decisiva para a ampliação da atenção dada pela ONU à violação de direitos humanos e à discriminação por orientação sexual e identidade de gênero que ocorre pelo mundo.A ABGLT tem participado de vários encontros junto ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas; a Organização Mundial de Saúde; a Organização Pan-Americana de Saúde; a UNESCO; a UNICEF, a UNAIDS, etc. contribuindo na elaboração de documentos e consultas sobre a relação da população LGBT e os temas discutidos por cada uma das agencias (saúde, educação, trabalho, direitos humanos, entre outras).

 A ABGLT foi amicus curiae no Supremo Tribunal Federal em relação da Arguição de Descumprimento de Preceito Constitucional nº 132, promovida pelo governo do estado do Rio de Janeiro; e a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4277,  interposta pela Procuradoria-Geral da República, ambas sobre o reconhecimento da união estável homoafetiva. Por diversas vezes a ABGLT teve audiências com ministros(as) do STF, prestando esclarecimentos. Em 5 de maio de 2011, o STF reconheceu unanimemente o direito à equiparação da união homoafetiva à união estável entre casais do mesmo sexo.

 A ABGLT tem como prioridade a criminalização da discriminação e da violência motivadas por orientação sexual e identidade de gênero e vem apoiando constantemente proposições no legislativo e no judiciário voltadas para esta finalidade.

 Periodicamente desde 2005, a ABGLT realiza Congressos onde aprova teses a defina suas prioridades de atuação para o próximo período. O 5º Congresso da ABGLT foi realizado em Niterói em 2014.

 No decorrer de sua história, a ABGLT tem tido representação em instâncias nacionais de controle e participação social. Atualmente tem representação no Conselho Nacional de Saúde, Conselho Nacional de Segurança Pública, Conselho Nacional LGBT, Conselho Nacional de Direitos Humanos, Conselho Nacional de Juventude, no Fórum Nacional de Educação e na Comissão de Articulação com os Movimentos Sociais do Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites do Ministério da Saúde.

 A ABGLT já foi reconhecida por sua atuação, tendo recebido, entre outros, o Prêmio de Direitos Humanos do Governo Federal em 2007, a Ordem do Mérito Cultural em 2008, o Prêmio Aliados e o Prêmio Arco-Íris.

 Hoje a ABGLT hoje a ABGLT é uma rede consolidada com 308 entidades LGBT e congêneres afiliadas.

 ABGLT – 20 anos contribuindo para um Brasil sem discriminação e com liberdade de orientações sexuais e identidades de gênero.

Por: Toni Reis – Secretário de Educação da ABGLT

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O Papa da inclusão
   1 de setembro de 2015   │     0:33  │  0

Carta do Papa à escritora de livro gay abre polêmica

Uma carta-resposta do Papa Francisco a uma autora de livros de temática gay abriu nova polêmica no Vaticano. A mensagem à escritora italiana Francesca Pardi foi interpretada por alguns setores como uma “bênção” às famílias homossexuais. O Vaticano negou.

No texto, o Papa desejava à autora “profícua atividade a serviço das jovens gerações e da divulgação dos autênticos valores humanos e cristãos”, além de enviar bênção apostólica à família da escritora. Francesca tem livros infantis que incluem famílias compostas por pais gays e que tinham sido retirados das bibliotecas de Veneza.

A escritora, que junto com sua companheira é mãe de quatro filhos, enviou ao Papa 30 de seus livros e pediu que os lesse e comprovasse que não debatiam ideologia do gênero e pretendem ser um meio para evitar a discriminação das crianças, entre eles os filhos de casais homossexuais.

Seis livros de Francesca, junto com outros 43 de outros autores, tinham sido retirados das bibliotecas das escolas de Veneza por divulgar a ideologia de gênero, que sustenta a não existência de diferenças biológicas entre homens e mulheres, várias vezes criticada pelo Papa.

Após a divulgação da carta, assinada pelo membro da Secretaria de Estado do Vaticano Peter B.Wells, o porta-voz, Ciro Benedettini, emitiu um comunicado explicando que a resposta era “privada e não destinada à publicação” e lamentou que isto “infelizmente tenha acontecido”.

Além disso, segundo o comunicado, “em nenhum momento a carta aprova comportamentos e doutrinas que não estão conformes com o Evangelho”. “A bênção do Papa é à pessoa, e não às doutrinas que não estão conformes com a doutrina da Igreja, como a ideologia de gênero, e não cabe qualquer instrumentalização do conteúdo desta carta”.

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Sai o mais novo set do Dj Oficial da Parada Gay de Maceió
   5 de agosto de 2015   │     0:00  │  0

O queridinho da população LGBT alagoana , ele que arrasta a grande massa nas maiores Paradas Gay  de Alagoas, e que tem cadeira cativa como Dj Oficial da Pride de Maceió.

O queridinho da população LGBT alagoana , ele que arrasta a grande massa, das maiores Paradas Gay de Alagoas, e que tem cadeira cativa como Dj Oficial da Pride de Maceió.

Ouça em primeira mão o que esta agitando as maiores pista pelo mundo, e o que rolará de eletrizante na 15ª Parada do Orgulho LGBT de Maceió, que este ano ocorrerá dia 29 de novembro. 

O mais novo Set(Cd) de um dos maiores Dj´s da Atualidade musical em maceió acaba de ser publicado, trata se do mais novo trabalho do Deejay John, set Premium 2015, que reúne diversos sucessos que estão agitando as maiores casas noturnas e partys por todo o mundo.  Grandes versões de grandes nomes da atualidade, a exemplo de David Guetta, Rihanna, Britney, Offer Nissim, Major Lazer, Snake feat MØ – Lean On, entre outros grandes artista mundiais estão incluso neste novo set do Dj John, em versões exclusivas de autoria do mesmo, que te deixarão alucinado.

Então não perde tempo, baixe agora mesmo o set  Premium 2015.

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Hotel Gay Brasileiro é a primeira empresa Freedom do mundo a receber o ISO 9001‏
   4 de agosto de 2015   │     16:07  │  0

Empresa é a primeira do segmento LGBT a ser certificada

A equipe do Chilli Pepper Single Hotel , no centro de São Paulo, está em festa. A empresa é a primeira do mundo no segmento LGBT a obter o certificado IS0 9001, que atesta a qualidade dos serviços ou produtos oferecidos por uma empresa aos seus clientes. O certificado padroniza e auxilia os processos internos, tendo como resultado mais qualidade nos produtos e serviços oferecidos por uma empresa ou organização.

A certificação veio através de uma auditoria de quatro dias feita pela empresa australiana Quality Management System, em maio. Para Douglas Drumond, empresário dono do maior hotel só para homens da América Latina, a certificação é resultado do trabalho em equipe liderado pelo gerente geral Nando Dias. “É um orgulho para mim receber esse presente dos meus 72 funcionários que trabalham no meu hotel de São Paulo. Estamos buscando cada dia mais melhorar e fornecer um serviço de qualidade para os nossos exigentes hóspedes”.

 Em 2014, O Chilli foi indicado pelo Guia de Luxo da Louis Vuitton, onde a marca francesa listou os melhores hotéis, bares e lojas da cidade de São Paulo. Agora, com a certificação em mãos, Drumond conta os próximos passos do Chilli Pepper. “Vamos inaugurar em breve um bar, que terá um novo layout e novidades no cardápio e também, em breve, começaremos a construir novas acomodações no imóvel ao lado que acabamos de adquirir” comemora.

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Gênero nas escolas: Falsa ameaça
   30 de julho de 2015   │     0:00  │  0

Artigo

Por: Regina Facchini – Possui graduação em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1995), mestrado em Antropologia Social (2002) e doutorado em Ciências Sociais (2008) pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu e professora do Programa de Doutorado em Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, todos na UNICAMP.

Tirar as palavras gênero, orientação sexual e diversidade dos planos de ensino não excluirá esses assuntos das salas de aula

A polêmica envolvendo a presença de termos como gênero, diversidade e orientação sexual nos planos municipais e estaduais de educação tem mobilizado uma multiplicidade de atores sociais nas últimas semanas em todo o Brasil. Organizações religiosas, associações científicas, conselhos profissionais, parlamentares, ministros, movimentos sociais voltados para a educação e para o combate a desigualdades sociais têm se manifestado publicamente. Embora haja grande quantidade de envolvidos no debate, o grau de exaltação e a mobilização de pânicos sociais têm prejudicado a possibilidade de reflexão informada.

Os que defendem a supressão desses termos argumentam que tais expressões estariam vinculadas a uma “ideologia de gênero”, que deturparia conceitos de homem e mulher, constituindo ameaça à família e às crianças. Desse modo, um conceito cunhado num campo científico interdisciplinar e que, há décadas, tem orientado políticas nacionais e internacionais de combate a desigualdades sociais é alçado ao lugar de ameaça latente a ser combatida.

Uma das definições de gênero mais populares no meio acadêmico brasileiro, em especial no campo da educação, foi cunhada pela historiadora Joan Scott na segunda metade dos anos 1980. Segundo essa definição, gênero é “um elemento constitutivo das relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos” e também “um modo primordial de dar significado às relações de poder”. Vale frisar: gênero remete a relações sociais de poder, especialmente ao modo como diferenças corporais entre homens e mulheres são percebidas socialmente e a como podem ser convertidas em desigualdades. Trata-se de um conceito cunhado a partir de uma perspectiva que entende que diferença não é, e não deveria ser, sinônimo de desigualdade e que tem sido historicamente utilizado no campo da educação para identificar mecanismos de reprodução de desigualdades no contexto escolar.

Um dos principais argumentos contra a presença do termo gênero nos planos de educação é o de que, na perspectiva da suposta “ideologia de gênero”, o sujeito ao nascer não teria sexo definido, dado que se trataria de uma construção social. Essa afirmação, além de alarmista, parte de uma falsa oposição entre natureza e sociedade. Seres humanos percebem e se relacionam com tudo que os cerca a partir de convenções sociais. O fato de que algo seja percebido a partir do olhar humano, constituído socialmente, não nega sua materialidade ou sua realidade, mas interfere de modo fundamental no modo como lidamos com ela. Construções sociais não são algo frágil, irreal, passível de mudança rápida ou por intencionalidade individual. Basta lembrarmos do modo como a cor da pele, textura dos cabelos ou outros traços fenotípicos vêm sendo historicamente entendidos e mobilizados para classificar e hierarquizar seres humanos e das dificuldades que envolvem o combate ao racismo. Falar em uma educação que promova a igualdade de gênero não significa anular as diferenças percebidas entre as pessoas, mas garantir um espaço democrático onde tais diferenças não se desdobrem em desigualdades.

Outro ponto importante do debate diz respeito ao que de fato mudaria com a retirada dos termos gênero, diversidade, orientação sexual dos planos de educação. Suprimir essas palavras de planos que preveem metas e ações para políticas de educação não suprime esses assuntos do universo escolar ou das salas de aula. Os casos que chegam à escola e demandam atenção, como violência física, psíquica ou sexual no âmbito doméstico, gravidez não planejada e indesejada, discriminação e violência no âmbito da própria escola, não desaparecerão. O que pode desaparecer são os recursos e as ações governamentais na direção de preparar e oferecer orientações a profissionais que trabalham na educação para enfrentar essa realidade. Educadores e estudantes passam a contar com menos amparo para enfrentar problemas que, infelizmente, não desaparecem com a exclusão de palavras dos planos para políticas públicas.

No que diz respeito a proteger as crianças e as famílias, que são diversas, é importante lembrar que o aprendizado de questões que envolvem gênero ou sexualidade não está restrito a espaços controlados, como a casa ou a escola. Políticas públicas de educação são instrumentos importantes para intervir na reprodução de desigualdades sociais e para promover direitos fundamentais, como a vida, a saúde, a integridade física e mental e a dignidade. Vivemos numa sociedade com altos índices de desigualdade e de violência contra mulheres, homossexuais, travestis e transexuais.

Nesse contexto, reivindicar que políticas públicas de educação pautem a “igualdade de gênero” é, como argumentou um documento assinado por 188 grupos de pesquisas, instituições científicas e de promoção de direitos civis, “demandar um sistema escolar inclusivo, que crie ações específicas de combate às discriminações e que não contribua para a reprodução das desigualdades que persistem em nossa sociedade”.