Category Archives: Mundo

Casamento gay na Irlanda é um desafio para a Igreja
   26 de maio de 2015   │     11:55  │  1

Apoiadores do casamento gay comemoram resultado de referendo, em Dublin, Irlanda

Apoiadores do casamento gay comemoram resultado de referendo, em Dublin, Irlanda

Cidade do Vaticano – A Igreja não emitiu “anátema” após a vitória esmagadora dos partidários do matrimônio gay na Irlanda, mas reconhece que constitui um “desafio” e uma “derrota”, segundo o jornal do Vaticano, l’Osservatore Romano, no dia seguinte ao referendo.

“Não há anátema, mas um desafio a ser enfrentado por parte de toda a Igreja”, diz o l’Osservatore, enquanto o Vaticano e o papa não reagiram oficialmente à consulta.

“Grande parte dos comentários do mundo eclesiástico analisam com lucidez o resultado, reconhecendo a realidade dos fatos, e inclusive a distância, em certos âmbitos, entre a sociedade e a Igreja”, acrescenta.

“A margem entre o sim e o não é muito ampla para não aceitar a derrota: esta é resultado da grande participação, em particular dos jovens”, indica o jornal do Vaticano.

Vinte e dois anos após a descriminalização da homossexualidade na Irlanda, o matrimônio gay conseguiu alcançar 62% dos votos.

O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, reagiu afirmando que a Igreja deve “abrir os olhos” e “encontrar uma nova linguagem”.

Além disso, disse ter ficado satisfeito com s felicidade “que os gays e lésbicas devem sentir nesse dia”, reconhecendo que a Igreja “nem sempre foi respeitosa” com suas aspirações.

Citado pelo l’Osservatore Romano, o cardeal domínico Georges Cottier, ex-teólogo da Casa pontifícia, julgou que não se pode compreender uma vitória do sim “sem levar consideração o escândalo de pedofilia que sacudiu a igreja irlandesa”. “É a resposta das pessoas ao que ocorreu nos últimos anos”, estimou.

Utilizando uma linguagem tolerante, o papa Francisco pediu aos católicos que “não julguem” os homossexuais “que buscam sinceramente” a Deus, e também se referiu ao catecismo da Igreja católica, que continua descrevendo o ato homossexual como “desordenado”.

Fonte: Revista Exame

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Casamento gay na Irlanda é um desafio para a Igreja
     │     11:55  │  1

Apoiadores do casamento gay comemoram resultado de referendo, em Dublin, Irlanda

Apoiadores do casamento gay comemoram resultado de referendo, em Dublin, Irlanda

Cidade do Vaticano – A Igreja não emitiu “anátema” após a vitória esmagadora dos partidários do matrimônio gay na Irlanda, mas reconhece que constitui um “desafio” e uma “derrota”, segundo o jornal do Vaticano, l’Osservatore Romano, no dia seguinte ao referendo.

“Não há anátema, mas um desafio a ser enfrentado por parte de toda a Igreja”, diz o l’Osservatore, enquanto o Vaticano e o papa não reagiram oficialmente à consulta.

“Grande parte dos comentários do mundo eclesiástico analisam com lucidez o resultado, reconhecendo a realidade dos fatos, e inclusive a distância, em certos âmbitos, entre a sociedade e a Igreja”, acrescenta.

“A margem entre o sim e o não é muito ampla para não aceitar a derrota: esta é resultado da grande participação, em particular dos jovens”, indica o jornal do Vaticano.

Vinte e dois anos após a descriminalização da homossexualidade na Irlanda, o matrimônio gay conseguiu alcançar 62% dos votos.

O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, reagiu afirmando que a Igreja deve “abrir os olhos” e “encontrar uma nova linguagem”.

Além disso, disse ter ficado satisfeito com s felicidade “que os gays e lésbicas devem sentir nesse dia”, reconhecendo que a Igreja “nem sempre foi respeitosa” com suas aspirações.

Citado pelo l’Osservatore Romano, o cardeal domínico Georges Cottier, ex-teólogo da Casa pontifícia, julgou que não se pode compreender uma vitória do sim “sem levar consideração o escândalo de pedofilia que sacudiu a igreja irlandesa”. “É a resposta das pessoas ao que ocorreu nos últimos anos”, estimou.

Utilizando uma linguagem tolerante, o papa Francisco pediu aos católicos que “não julguem” os homossexuais “que buscam sinceramente” a Deus, e também se referiu ao catecismo da Igreja católica, que continua descrevendo o ato homossexual como “desordenado”.

Fonte: Revista Exame

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Juiz conta como é ser gay em “esporte de macho” e emociona
   1 de abril de 2015   │     0:00  │  1

Nigel Owens apita jogo de rúgbi... exemplo na luta contra o preconceito Foto: Scott Heavey / Getty Images

Nigel Owens apita jogo de rúgbi… exemplo na luta contra o preconceito
Foto: Scott Heavey / Getty Images

Imaginem o impacto de se assumir gay em um esporte estigmatizado como extremamente masculino? Pois o juiz de rúgbi Nigel Owens não só comprou a luta há oito anos como hoje se tornou uma inspiração de como lidar com a situação e enfrentar eventuais casos de homofobia. Nesta semana, em artigo publicado no jornal The Independent, o galês de 43 anos contou sua experiência e ganhou mais admiradores por sua coragem.

Nigel foi convidado a escrever o texto uma semana depois de mais uma vez ser vítima de homofobia. Enquanto apitava o jogo Inglaterra x França pelo Torneio de Seis Nações, o jovem de 18 anos Edryd Hames postou um tuíte agressivo ao juiz, o que provocou uma investigação da Polícia de Dyfed-Powy. O caso foi solucionado com um pedido de desculpas pessoal – e depois por meio do Twitter – do agressor, que disse ter ficado envergonhado de sua atitude.

No artigo, Nigel Owens conta que “ser um juiz de rúgbi gay tem sido difícil, mas sair do armário o fez renascer”. Ele disse que infelizmente enfrentou casos de homofobia ao longo da carreira, mas que o preconceito vem de uma minoria. “Eu fui aceito por 99 por cento do mundo do rúgbi, mas sempre existe o um por cento”.

O galês conta que, quando jovem, tentou a carreira como jogador. Tudo mudou quando levou a sério a brincadeira de um técnico que sugeriu a ele ser juiz. Na vida pessoal, Nigel conta que teve namoradas, mas a partir dos 18 anos começou a perceber mudanças em si mesmo. Porém, só assumiu a homossexualidade aos 35 anos, nove depois de uma tentativa de suicídio quando já era um juiz conceituado no rúgbi.

“Quando eu me tornei juiz, ficou claro para mim que ninguém no esporte era gay. O mundo do rúgbi é muito heterossexual e masculino, e isso dificultou as coisas. Isso não quer dizer que o esporte é homofóbico. Só não era um ambiente onde eu sentia que podia ser eu mesmo”, explicou no artigo.

Nigel disse que foi difícil tomar a decisão. Ele temia ter de encerrar a carreira, mas se surpreendeu com a repercussão, de uma maneira geral positiva. E contou uma passagem curiosa com o jogador Ryan Jones, que ao vê-lo entrando no vestiário disse: “ei, Nigel. Me deixe colocar a roupa antes”. A resposta fez os dois e todos os presentes caírem na risada. “Mas Isso não importa, você é feio de qualquer jeito”.

“Os jogadores de rúgbi podem aparentar serem muito machos, mas eu não tive problemas com eles. Alguns são curiosos e fazem perguntas sobre eu e meu parceiro e sei que alguns fazem brincadeiras”, conta Nigel, que se diz preparado para estas situações. “Nós não podemos perder nosso senso de humor e nossa capacidade de rir de nós mesmos”.

Nigel Owens pode ser considerado um pioneiro no rúgbi assim como outro galês, o jogador Gareth Thomas, que um ano depois do árbitro também assumiu ser homossexual. Se pudesse dar conselhos a quem vive o mesmo dilema, Nigel é claro no que pensa. “Acreditem, tudo ficará bem. Pode ter um amigo ou membro da família que pode não aceitar, mas as coisas ficarão bem com o tempo se você tiver pessoas ao ser redor que te dão suporte”.

Fonte: Site Terra

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Juiz conta como é ser gay em “esporte de macho” e emociona
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Nigel Owens apita jogo de rúgbi... exemplo na luta contra o preconceito Foto: Scott Heavey / Getty Images

Nigel Owens apita jogo de rúgbi… exemplo na luta contra o preconceito
Foto: Scott Heavey / Getty Images

Imaginem o impacto de se assumir gay em um esporte estigmatizado como extremamente masculino? Pois o juiz de rúgbi Nigel Owens não só comprou a luta há oito anos como hoje se tornou uma inspiração de como lidar com a situação e enfrentar eventuais casos de homofobia. Nesta semana, em artigo publicado no jornal The Independent, o galês de 43 anos contou sua experiência e ganhou mais admiradores por sua coragem.

Nigel foi convidado a escrever o texto uma semana depois de mais uma vez ser vítima de homofobia. Enquanto apitava o jogo Inglaterra x França pelo Torneio de Seis Nações, o jovem de 18 anos Edryd Hames postou um tuíte agressivo ao juiz, o que provocou uma investigação da Polícia de Dyfed-Powy. O caso foi solucionado com um pedido de desculpas pessoal – e depois por meio do Twitter – do agressor, que disse ter ficado envergonhado de sua atitude.

No artigo, Nigel Owens conta que “ser um juiz de rúgbi gay tem sido difícil, mas sair do armário o fez renascer”. Ele disse que infelizmente enfrentou casos de homofobia ao longo da carreira, mas que o preconceito vem de uma minoria. “Eu fui aceito por 99 por cento do mundo do rúgbi, mas sempre existe o um por cento”.

O galês conta que, quando jovem, tentou a carreira como jogador. Tudo mudou quando levou a sério a brincadeira de um técnico que sugeriu a ele ser juiz. Na vida pessoal, Nigel conta que teve namoradas, mas a partir dos 18 anos começou a perceber mudanças em si mesmo. Porém, só assumiu a homossexualidade aos 35 anos, nove depois de uma tentativa de suicídio quando já era um juiz conceituado no rúgbi.

“Quando eu me tornei juiz, ficou claro para mim que ninguém no esporte era gay. O mundo do rúgbi é muito heterossexual e masculino, e isso dificultou as coisas. Isso não quer dizer que o esporte é homofóbico. Só não era um ambiente onde eu sentia que podia ser eu mesmo”, explicou no artigo.

Nigel disse que foi difícil tomar a decisão. Ele temia ter de encerrar a carreira, mas se surpreendeu com a repercussão, de uma maneira geral positiva. E contou uma passagem curiosa com o jogador Ryan Jones, que ao vê-lo entrando no vestiário disse: “ei, Nigel. Me deixe colocar a roupa antes”. A resposta fez os dois e todos os presentes caírem na risada. “Mas Isso não importa, você é feio de qualquer jeito”.

“Os jogadores de rúgbi podem aparentar serem muito machos, mas eu não tive problemas com eles. Alguns são curiosos e fazem perguntas sobre eu e meu parceiro e sei que alguns fazem brincadeiras”, conta Nigel, que se diz preparado para estas situações. “Nós não podemos perder nosso senso de humor e nossa capacidade de rir de nós mesmos”.

Nigel Owens pode ser considerado um pioneiro no rúgbi assim como outro galês, o jogador Gareth Thomas, que um ano depois do árbitro também assumiu ser homossexual. Se pudesse dar conselhos a quem vive o mesmo dilema, Nigel é claro no que pensa. “Acreditem, tudo ficará bem. Pode ter um amigo ou membro da família que pode não aceitar, mas as coisas ficarão bem com o tempo se você tiver pessoas ao ser redor que te dão suporte”.

Fonte: Site Terra

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Assassinos de homossexuais casam se na prisão  
   31 de março de 2015   │     12:21  │  0

Os dois cumprem prisão perpétua por crimes diferentes e se conheceram na cadeia 

Dupla não poderá dividir cela, disse porta-voz do sistema prisional

Dupla não poderá dividir cela, disse porta-voz do sistema prisional

Seja por ironia do destino, ou não, o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo em uma cadeia na Grã-Bretanha tem como protagonistas dois homens condenados por assassinar gays. Os dois cumprem prisão perpétua por crimes diferentes e se conheceram na cadeia.

Marc Goodwin, de 31 anos, foi condenado por espancar até a morte Malcolm Benfold, de 57 anos, em Blackpool, no ano de 2007. O marido dele, Mikhail Gallatinov, de 40 anos, foi preso em 1997 pelo assassinato de Adrian Kaminsky, de 28 anos, em Manchester. Os dois crimes foram motivados por homofobia, conforme ficou provado nos tribunais.

A cerimônia, ocorrida na última sexta-feira (27), durou cerca de 15 minutos e teve a participação de quatro parentes deles. A mãe de Gallatinov se disse “orgulhosa” do filho.

Por outro lado, o irmão de Benfold, que tem 68 anos, irritou-se com a notícia.

— Como você pode sair e matar um homem por ser gay e, em seguida, ter um casamento gay na prisão? Eu não consigo ver qualquer lógica nisso.

Um porta-voz do sistema prisional ressaltou que o casamento não gerou custos aos cofres públicos e que os dois não poderão dividir cela.

Fonte: The Telegraph

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