Monthly Archives: julho 2016

Existia homofobia na Grécia Antiga?
   18 de julho de 2016   │     14:26  │  0

Copy of antique marble statue brought to Sweden by Gustav III during his voyage to Italy in 1783-84.

Copy of antique marble statue brought to Sweden by Gustav III during his voyage to Italy in 1783-84.

Não. Em Atenas, o sexo entre homens era algo comum. E eles podiam ser casados e se envolver com mulheres. Aliás, os gregos tinham mais o que fazer, como filosofar, em vez de definir as pessoas como homo ou heterossexuais.

“Contudo, havia no contexto do sexo homossexual (e também no do heterossexual, é bom que se diga) certas condutas que poderiam prejudicar o status do cidadão, como exercer o papel de passivo na relação – algo não bem aceito para homens livres -, ou ainda se prostituir”, diz Renato Pinto, pesquisador da USP.

A homofobia é algo ligado a noções modernas da sexualidade. Muy modernas…

Filme Star Trek: Sem Fronteiras conta com 1º personagem gay da franquia
   15 de julho de 2016   │     0:00  │  0

Na história, Hikaru Sulu, interpretado pelo ator John Cho, aparece casado e com filho.

O longa “Star Trek: Sem Fronteiras” tem tudo para ser sucesso! O filme vai ter a música nova “Sledgehammer”, da diva Rihanna em sua trilha sonora, e promete romper preconceitos trazendo o personagemHikaru Sulu como o primeiro gay assumido da franquia. John Cho, o ator que interpretará Sulu, declarou isso durante a turnê de divulgação do filme: “Eu gosto da abordagem, que é não fazer disso algo grande, é para onde eu espero que nós estejamos evoluindo como espécie, não politizando orientações pessoais”.

A escolha de mostrar uma relação homossexual com o personagem Hikaru Sulu, que será casado e pai de uma menina, foi uma forma de homenagear o ator George Takei, que interpretou Sulu na série clássica “Star Trek”. Em 2015, Takei assumiu ser homossexual. Ele disse que não revelou isso antes, porque tinha medo de não conseguir trabalhos por preconceito.

Mas não é de agora que a franquia trata assuntos polêmicos de uma forma bem natural e moderninha. “Star Trek” foi a primeira série americana a mostrar um beijo interracial entre Kirk e Uhura. No comando desse novo filme está Justin Lin, que foi diretor de “Velozes & Furiosos. A trama está cheia de novidades, mas para conferir mesmo tudo que vai rolar, só nas telonas do cinema! “Star Trek: Sem Fronteiras” chega aqui no Brasil no dia 1º de setembro de 2016.

Todos sabem que Santos Dumont era gay, mas ninguém diz, afirma o escritor Arthur Japin
   14 de julho de 2016   │     0:00  │  0

Autor de “O homem com asas”, romance histórico que tem o aviador como personagem, estará nesta quinta na Feria do Livro de Canoas.

O escritor Arthur Japin: feliz em tornar Santos Dumont mais conhecido do público internacional

O escritor Arthur Japin: feliz em tornar Santos Dumont mais conhecido do público internacional

Se há algo em comum entre os romances históricos do escritor holandês Arthur Japin, segundo o próprio, é o fato de tratarem de pessoas que não se enquadram na sociedade e inventam uma forma criativa de “sobreviver”.

O mais recente desses personagens é Santos Dumont (1873 — 1932), o pioneiro brasileiro da aviação retratado no livro O homem com asas (Planeta, 288 páginas, R$ 41,90), cujo lançamento traz Japin à Feira do Livro de Canoas. Nesta quinta, às 19h30min, no Auditório da Praça da Bandeira, Japin conversa com o público ao lado do companheiro, o escritor americano Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector e ensaísta. Na entrevista a seguir, o autor defende que Santos Dumont é oficialmente o inventor da aviação — antes dos irmãos Wright — e argumenta que o suicídio do brasileiro esteve ligado à sua decepção com o uso militar do avião na Revolução Constitucionalista de 1932.

Como o senhor se interessou pela vida de Santos Dumont?

Já escrevi nove romances e todos são sobre o mesmo tipo de gente: alguém como Santos Dumont,uma pessoa solitária que não se enquadrava direito na sociedade. Ele era diferente sob muitos aspectos e teve que encontrar um jeito de sobreviver. Estou interessado em pessoas que fazem o impossível. Santos Dumont tinha dificuldade em ficar grudado no chão e de estar entre as pessoas. Ele era muito sensível, diferente, e desenvolveu um jeito de ir para cima.

Há uma controvérsia sobre quem foi o pioneiro da aviação: Santos Dumont ou os irmãos Wright. Qual foi sua conclusão?

Para mim, não há dúvida de que ele foi oficialmente o primeiro. Houve um grande prêmio entregue por um americano à primeira pessoa a voar em uma máquina mais pesada que o ar, e ele ganhou. Apenas depois disso os irmãos Wright disseram que foram os primeiros, mas ninguém os havia visto voar, exceto a irmã. Talvez eles tenham sido os primeiros, mas por muito tempo o mundo viu Santos Dumont oficialmente como o pioneiro. Depois, os irmãos Wright ficaram com essa honra, em parte devido ao próprio Santos Dumont. Com a I Guerra Mundial, ele estava tão decepcionado que o avião estava sendo usado para bombardear e matar, que ele não queria ter algo a ver com aquilo. De certa forma, deixou os irmãos Wright ficarem com a culpa pela invenção. Mas para mim ele é o vencedor.

O senhor é especialista em romances históricos. O que mais admira nesse gênero?

Minha inspiração sempre vem de uma pessoa real. De certa forma, é como se apaixonar: você vê alguém e quer saber tudo sobre ele. Você vê uma pessoa que teve uma vida difícil e questiona: o que aconteceu com você, como você sobreviveu? Responder a essa pergunta é o que me faz querer escrever o livro. Então, é a vida real que me inspira, não a vida ficcional. A parte maravilhosa é que você traz essas pessoas de volta à vida. Aqui na Holanda ninguém sabia quem era Santos Dumont, e agora todos sabem. Você faz as pessoas se lembrarem de alguém que havia sido esquecido. Sempre tento ser fiel aos fatos o máximo possível, mas o que me interessa realmente é a camada emocional além dos fatos: como essa pessoa sobreviveu.

Como você lida com a linha tênue entre fato e ficção? Preenche as lacunas com ficção?

Quando você estuda alguém, há uma voz que começa a emergir de alguma forma. Não importa o quanto se pesquisa um projeto, você nunca encontra tudo. Há sempre grandes lacunas. Nesse ponto, a voz responde quase por si mesma. Eu sei que se trata da minha voz, embasada por tudo que sei, mas é algo que faz parte da história. O aspecto maravilhoso é que, muitas vezes em minha vida de escritor, as pessoas continuaram me enviando materiais mesmo depois que os livros foram publicados, e descobri muito mais sobre o que escrevi. Muitas coisas que essa voz me diz ou que eu inventei correspondiam à verdade. Por outro lado, há muitos fatos reais em que as pessoas não acreditam, pois a vida real frequentemente é mais inacreditável do que a ficção. Às vezes, a verdade é algo que inventei e às vezes é algo tive que esquecer porque as pessoas não acreditariam.

Como foi sua pesquisa sobre a homossexualidade de Dumont, assunto ainda tabu no Brasil?

Fora do Brasil, não é um tabu. Ninguém na Holanda se importa se alguém é gay ou não. Isso é uma coisa muito brasileira. É um tabu aí, eu sei. Uma vez que você olha os materiais, as fotos, as entrevistas, as coisas escritas na época, não há dúvida de que ele era gay. É muito fácil de ver. No Brasil, todos sabem, mas ninguém diz. Não deveria importar. É apenas uma pessoa que ama, fica desapontada e ama de novo. Não há grande diferença. Vai ser interessante ver como as pessoas vão reagir. Sei que alguns não acreditarão que ele era gay. A questão que deveria ser feita é por que essas pessoas têm dificuldade em aceitar.

O suicídio de Santos Dumont estava ligado de alguma forma com a frustração dele com o uso do avião para a guerra?

Não há dúvida sobre isso. Ele estava desapontado, pois desejava a paz mundial. Seu sonho era que todos tivéssemos um pequeno avião do lado de fora de nossas casas, como temos um carro hoje. A ideia era que você pudesse pegar esse pequeno avião ou um balão para encontrar seus vizinhos ou ir aos países vizinhos. Você poderia aterrissar lá e mostrar que é igual a eles e que eles são iguais a você. Se todos entendessem isso, não haveria motivo para ter medo dos vizinhos. Ele realmente achava que isso traria a paz mundial. E, claro, aconteceu exatamente o oposto. Ele estava doente no fim da vida também, mas acredito que a frustração sobre o uso militar do avião (na Revolução Constitucionalista de 1932) deve ter sido uma das razões pelas quais ele decidiu que não queria mais viver.

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Amanda Nunes exalta orgulho em ser a primeira campeã gay do UFC
   13 de julho de 2016   │     0:00  │  0

Baiana homenageou a namorada Nina Ansaroff em coletiva de imprensa pós-UFC200

Baiana homenageou a namorada Nina Ansaroff em coletiva de imprensa pós-UFC200

A brasileira Amanda Nunes deu show no UFC 200. Após herdar a vaga de main event da noite, a peso-galo (61 kg) atropelou a então campeã Miesha Tate (61 kg) e garantiu alguns feitos. Além de impor uma derrota relâmpago na resistente adversária, a atleta da ATT se tornou a primeira mulher a ser dona de um cinturão no UFC no País e, como marca histórica, cravou seu nome na história como primeira campeã gay da história do evento.

Por sinal, sua namorada Nina Ansaroff também é uma lutadora do UFC. Além de morarem e treinarem juntas, as atletas dividem a rotina de dieta e horários confusos que apenas atletas de alto rendimento conhecem. E isso é o ponto chave não apenas para o sucesso da nova campeã dentro mas também fora do cage.

“Nina é a melhor parceira de treinos que eu já tive. Essa garota será a próxima campeã do UFC. Ela tem muitos talentos e vai mostrar que será campeã. Ela é tudo para mim. Me ajuda todo dia… Eu vou chorar [risos]. Eu amo ela. Isso é demais. O mais importante é que eu sou feliz com a minha vida”, narrou ainda na coletiva de imprensa logo após o combate, para aplausos dos lutadores presentes.

Curiosamente, sua conquista com um fato interessante. Semanas atrás, um ataque à uma casa noturna voltada para o público LGBT em Orlando (EUA) causou comoção no país. E como forma de demonstrar apoio, o UFC lançou nesta semana uma camiseta especial à causa.

“Gostaria que esse tipo de coisa não acontecesse mais. Paz no mundo é importante. Não acho que os EUA vão deixar isso acontecer de novo. Acho que isso vai parar”, profetizou a campeã, com um sinal de otimismo estampado no rosto.

 

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Peça Os Homens do Triângulo Rosa fará curta temporada em Maceió
   12 de julho de 2016   │     10:27  │  0

Com direção de Margarida Peixoto e patrocínio da Petrobras, novo espetáculo da companhia de Porto Alegre será apresentado em Maceió nos dias 16 e 17 de julho  

IMG_9800A Cia Teatro ao Quadrado, de Porto Alegre (RS) estará em Maceió para apresentar o espetáculo teatral Os Homens do Triângulo Rosa – a mais recente montagem do grupo, dirigida por Margarida Peixoto – e ainda oferecer gratuitamente uma oficina teatral destinada a grupos e artistas locais. Em curtíssima temporada, serão apenas duas sessões em Maceió, nos dias 16 e 17 de julho, às 20h no Teatro Deodoro, com ingressos a preços populares (R$ 20,00 e R$ 10,00), tradução para LIBRAS e debate após as apresentações sobre homofobia, intolerância e o processo de pesquisa que deu origem ao espetáculo. Já a oficina ocorrerá no dia 18 de julho, das 14h às 18h, também nas instalações do Complexo Cultural Teatro Deodoro, ministrada pela diretora do espetáculo Margarida Peixoto e pelo ator e dramaturgo Marcelo Ádams.

A peça integra o projeto “Os Homens do Triângulo Rosa – Circulação”, financiado pela Lei Rouanet/Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras, que além de passar por Maceió também realizará a circulação por João Pessoa, na Paraíba.

A montagem traz uma das histórias mais impactantes, mas pouco conhecidas da Segunda Guerra Mundial: a perseguição aos homossexuais pelo regime nazista, na Alemanha das décadas de 1930 e 1940. Triângulo rosa era a forma como eram chamados os prisioneiros homossexuais dos campos de concentração, porque levavam em seus uniformes a insígnia que os discriminava, considerados inferiores a todos os outros prisioneiros, como judeus, ciganos e criminosos comuns. A peça conta a história de homens que sofreram com a brutalidade daqueles tempos, mas que encontraram, mesmo em condições terríveis, um lugar para o amor. Um espetáculo de grande força e contundência dramática, mas que abre espaço para a poesia e a esperança.

A Cia Teatro ao Quadrado, em atividade desde 2002, tem como principais características de suas encenações a investigação dramatúrgica e a ênfase no trabalho do ator. Mantém uma produção ininterrupta em artes cênicas na cidade de Porto Alegre, tendo em seu histórico mais de dez montagens e treze prêmios. Os Homens do Triângulo Rosa conquistou o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz para sua montagem, o Prêmio Braskem em Cena de melhor ator para Marcelo Ádams, o Prêmio Açorianos de melhor ator coadjuvante para Frederico Vasques e o Prêmio Cena Inesquecível, oferecido pela Escola de Espectadores de Porto Alegre.

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