Monthly Archives: abril 2014

Governo Federal afasta receios e confirma que apoio às paradas continua
   9 de abril de 2014   │     1:17  │  0

Apoio vindo do Ministério da Saúde é importante para realização de ações em DST/aids nas marchas do orgulho

O clima dentre organizadores de paradas do Orgulho LGBT no Brasil não tem sido dos melhores. Abril chegou e o edital de apoio do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, aos eventos não veio. Entretanto, a fala do governo federal é de destensionamento.

Em resposta exclusiva à Guiya Editora, a assessoria de imprensa do órgão afirmou que o apoio, dado há mais de uma década, será oferecido também em 2014. A respeito de prazos, a fala é que nunca houve compromisso com datas específicas para a publicação do edital. A ordem é que seja no primeiro semestre.

A preocupação também era do presidente da ABGLT, Carlos Magno. “Entramos em abril sem edital, o que já é um atraso. Muitas paradas logo já serão realizadas. O departamento admitiu estar reavaliando o apoio, mas não quero crer no fim. Seria um retrocesso à década de 1990 na luta contra aids. A pressão junto ao governo continua.”, disse.

A campanhas de prevenção e de diagnóstico de DST/Aids nos atos de orgulho LGBT são estratégicas por dois aspectos: gays são o segmento mais afetado pela HIV no país e jovens homossexuais, cuja presença é massiva nas paradas, têm demonstrado crescente patamar de infecção.

Robson vs Paty Maionese, a drag queen queridinha da nata alagoana
   8 de abril de 2014   │     19:10  │  0

Ator Robson Barros / Personagem Paty Maionese

 

Ele saiu do município de São Miguel dos Campos, distante 60 quilômetros de Maceió, na tentativa de realizar um sonho: fazer teatro. Entretanto, Robson Barros deixou a fantasia de lado para traçar o próprio destino. Criou a personagem Paty Maionese e se transformou na maior referência drag queen em Alagoas.

“No princípio, vim do interior para estudar teatro, mas eu tive que adiar essa vontade diante da dificuldade em viver dessa arte em Alagoas. Então, eu fui obrigado a procurar alguma coisa pra me profissionalizar e que me oferecesse algum sustento. Com isso, surgiu uma oportunidade de trabalhar com carteira assinada numa empresa de eventos. Fui. Um belo dia, uma amiga me chamou para animar um chá de bebê. Coloquei uma peruca, um salto, uma roupa. De lá, começaram a surgir vários convites. Percebi, com isso, que havia grande necessidade no mercado e decidi aproveitar minha teatralidade assumindo o personagem profissionalmente. No início, tive que abandonar o emprego formal porque estava muito difícil conciliar a agenda, mas como sou uma pessoa inquieta, voltei a trabalhar em uma empresa com carteira assinada”, conta.

Distante dos cílios, do blush e do batom, Robson Barros revela que o maior preconceito emerge do próprio mundo GLS. Ele disse que sua mãe e seus irmãos, no começo, estranharam muito, mas que hoje dão até palpites nos figurinos e que a Paty Maionese se tornou no maior orgulho da família.

“Quando fazemos algo com amor, com dignidade, ganhamos o respeito das pessoas. Nunca percebi nenhum tipo de preconceito nas festas que frequento, é mais fácil encontrar reações adversas entre os gays”, revela.

Barros, assim como seu amigo Pellegrine, usa o dinheiro que recebe como Paty Maionese para pagar sua aposentadoria. “Procuro sempre dividir o dinheiro. O que ganho como Robson fica comigo, já o que ganho como Paty, parte vai para investimentos para ela. Sem dúvida, ganho mais com minha personagem. Uma das primeiras coisas que fiz quando comecei a ganhar dinheiro foi tirar meu nome do SPC e hoje já vivo tranquilo”, diverte-se.

Teatro  

Entre os mais variados espetáculos que tiveram a criação de Robson Barros, seu maior sucesso no teatro, sem sobra de duvida foi” Encontro de Verão com Paty Maionese”, estreado ano passado, no mês de fevereiro, e tem um  formato Talk show, onde Paty recebeu no palco humoristas alagoanos. A turnê passou por varias cidades polo do estado de Alagoas, além da grande capital maceioense. Uma mega produção, com a participação de vários artistas renomados de nosso estado, e um texto artístico para lá de engraçado e bem escrito. O sucesso do espetáculo foi tão grande, ao ponto de ser preciso fechar os portões do teatro Deodoro, para evitar superlotação de um dos maiores espaços teatrais de Alagoas “Deodoro”.

Mas os Patyfanáticos podem ficar tranquilos, pós a segunda temporada do  ” Encontro de Verão com Paty Maionese”, já esta de volta, e estreará em breve, passando por todas as cidades polo de nosso estado “São Miguel dos Campos, Maragogi, Penedo, Marechal Deodoro e Maceió”.

Robson vs Paty Maionese, a drag queen queridinha da nata alagoana
     │     19:10  │  0

Ator Robson Barros / Personagem Paty Maionese

 

Ele saiu do município de São Miguel dos Campos, distante 60 quilômetros de Maceió, na tentativa de realizar um sonho: fazer teatro. Entretanto, Robson Barros deixou a fantasia de lado para traçar o próprio destino. Criou a personagem Paty Maionese e se transformou na maior referência drag queen em Alagoas.

“No princípio, vim do interior para estudar teatro, mas eu tive que adiar essa vontade diante da dificuldade em viver dessa arte em Alagoas. Então, eu fui obrigado a procurar alguma coisa pra me profissionalizar e que me oferecesse algum sustento. Com isso, surgiu uma oportunidade de trabalhar com carteira assinada numa empresa de eventos. Fui. Um belo dia, uma amiga me chamou para animar um chá de bebê. Coloquei uma peruca, um salto, uma roupa. De lá, começaram a surgir vários convites. Percebi, com isso, que havia grande necessidade no mercado e decidi aproveitar minha teatralidade assumindo o personagem profissionalmente. No início, tive que abandonar o emprego formal porque estava muito difícil conciliar a agenda, mas como sou uma pessoa inquieta, voltei a trabalhar em uma empresa com carteira assinada”, conta.

Distante dos cílios, do blush e do batom, Robson Barros revela que o maior preconceito emerge do próprio mundo GLS. Ele disse que sua mãe e seus irmãos, no começo, estranharam muito, mas que hoje dão até palpites nos figurinos e que a Paty Maionese se tornou no maior orgulho da família.

“Quando fazemos algo com amor, com dignidade, ganhamos o respeito das pessoas. Nunca percebi nenhum tipo de preconceito nas festas que frequento, é mais fácil encontrar reações adversas entre os gays”, revela.

Barros, assim como seu amigo Pellegrine, usa o dinheiro que recebe como Paty Maionese para pagar sua aposentadoria. “Procuro sempre dividir o dinheiro. O que ganho como Robson fica comigo, já o que ganho como Paty, parte vai para investimentos para ela. Sem dúvida, ganho mais com minha personagem. Uma das primeiras coisas que fiz quando comecei a ganhar dinheiro foi tirar meu nome do SPC e hoje já vivo tranquilo”, diverte-se.

Teatro  

Entre os mais variados espetáculos que tiveram a criação de Robson Barros, seu maior sucesso no teatro, sem sobra de duvida foi” Encontro de Verão com Paty Maionese”, estreado ano passado, no mês de fevereiro, e tem um  formato Talk show, onde Paty recebeu no palco humoristas alagoanos. A turnê passou por varias cidades polo do estado de Alagoas, além da grande capital maceioense. Uma mega produção, com a participação de vários artistas renomados de nosso estado, e um texto artístico para lá de engraçado e bem escrito. O sucesso do espetáculo foi tão grande, ao ponto de ser preciso fechar os portões do teatro Deodoro, para evitar superlotação de um dos maiores espaços teatrais de Alagoas “Deodoro”.

Mas os Patyfanáticos podem ficar tranquilos, pós a segunda temporada do  ” Encontro de Verão com Paty Maionese”, já esta de volta, e estreará em breve, passando por todas as cidades polo de nosso estado “São Miguel dos Campos, Maragogi, Penedo, Marechal Deodoro e Maceió”.

Rio capacita 7.200 policiais para atender comunidade gay
     │     13:00  │  0

O projeto é realizado pelo Programa Estadual Rio Sem Homofobia

A Segunda Jornada Formativa de Segurança Pública e Cidadania LGBT formou, no período de junho de 2013 a março de 2014, 3.200 mil policiais militares e civis e peritos do Rio de Janeiro. Até o fim do ano, o número deve subir para 7.200 mil profissionais da área de Segurança do Estado capacitados para o atendimento adequado e respeitoso a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros. O projeto é realizado pelo Programa Estadual Rio Sem Homofobia e pela Secretaria de Estado de Segurança.

O coordenador do programa, Cláudio Nascimento, informou que na Primeira Jornada, realizada entre 2009 e 2011, 4.000 policiais militares e civis passaram pela formação. Ele disse que relatos da comunidade LGBT indicam que já é possível notar diferença no comportamento dos profissionais de segurança, mas revelou que os resultados mais expressivos serão notados em poucos anos. A participação nas aulas também mudou.

— Hoje os policiais perguntam mais se colocam mais, trazem exemplos da sua atuação profissional. Questionam aspectos do que a gente apresenta, no sentido da ligação desses conceitos com a abordagem policial. Ou seja, aumentou a participação na sala de aula para interagir com o conteúdo proposto—, disse Nascimento em entrevista à Agência Brasil.

Ele destacou que na Segunda Jornada o projeto evoluiu e ampliou o público com participação de profissionais recém-ingressados nas corporações, enquanto na primeira fase de formação havia apenas policiais que já estavam na ativa. Na quarta-feira (2), começaram as aulas sobre homofobia, cidadania LGBT e práticas policiais cidadãs para 450 novos inspetores e 100 peritos do estado, ministradas por coordenadores dos Centros de Cidadania LGBT do Rio Sem Homofobia. Serão nove encontros na Acadepol (Academia de Polícia), no centro do Rio, que terminarão no dia 17 de maio, Dia Mundial de Combate à Homofobia.

Para o coordenador, a escolha da data foi proposital.

— A gente quer demarcar uma mudança significativa do reconhecimento que existe uma lacuna e que precisa haver uma resposta do Estado. A gente reconhece que o Estado – seja municipal, estadual ou federal, ao longo da história do país foi e continua sendo um dos grandes violadores dos Direitos Humanos. Nosso papel como gestor público é atuar para diminuir esse prejuízo para a população.

Outro avanço apontado por Cláudio Nascimento é que 500 policiais que trabalham nas delegacias e nos núcleos de atendimento à mulher passarão pelo treinamento para atender lésbicas e bissexuais. O número, segundo ele, representa 100% do efetivo nestas delegacias e o treinamento será feito de abril a agosto deste ano.

—É uma abordagem específica sobre as demandas dessas mulheres, completou.

A inclusão de peritos na formação também é avaliada pelo coordenador como um avanço. Para ele, isso é um diferencial, porque estas pessoas trabalham na cena do crime e por isso podem atuar para a preservação do local e facilitar as investigações.

— Para preservar a cena, garantir uma atuação ética na entrada da casa do indivíduo, tentar entender a dinâmica e apurar as infirmações. É fundamental que a gente passe as informações para este profissional para ele compreender também as dimensões ligadas à nossa comunidade, porque às vezes acontece de um crime acabar não tendo uma elucidação, por não ter informações mais amplas, que permitissem ao perito ter uma visão mais apurada.

Além do Rio, a jornada já passou por Niterói, Mesquita, São Gonçalo, Duque de Caxias, Volta Redonda, Queimados, São João de Meriti, Nova Friburgo, Petrópolis e até o fim do ano vai atingir todas as regiões do estado. As próximas etapas da Jornada serão realizadas em Macaé, na terça-feira (8) e Angra dos Reis, no sábado (15).

No município do Rio, as palestras foram realizadas em batalhões e delegacias de Botafogo, do Méier, de São Cristóvão, da Tijuca, do Leblon, de Copacabana, da Ilha do Governador, de Jacarepaguá, de Bonsucesso e Santa Cruz.

Sou gay e quero adotar: Veja como funciona o processo de adoção no Brasil
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A regulamentação do casamento homoafetivo pelo CNJ possibilita que os casais do mesmo sexo possam adotar em conjunto da mesma forma que os heterossexuais.

Os casais gays que desejam adotar filhos tiveram a vida facilitadano ano passado com a regulamentação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“A regulamentação do casamento homoafetivo pelo CNJ possibilita que os casais do mesmo sexo possam adotar em conjunto da mesma forma que os heterossexuais, desde que comprovem os requisitos da lei. Eles têm os mesmos direitos e deveres dos heterossexuais, inclusive o processo de adoção”, explica Adriana Galvão, presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Homofobia da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O processo adoção segue um trâmite que envolve apresentação de documentos, entrevistas com psicólogos e assistentes sociais, visitas a abrigos e aprovação final de um juiz.

Especialista em direito homoafetivo, a advogada Sylvia Amaral explica que o primeiro passo para um casal gay ou alguém solteiro se habilitar a uma adoção é uma visita a Vara de Família, Infância e Juventude mais próxima do local de residência dos candidatos a pai e mãe. “No fórum, eles vão receber uma lista dos documentos necessários para a habilitação, que poderá ser concedida ou não”, lembra a jurista.

Entre as exigências para conseguir uma habilitação, o (s) candidato (s) à adoção tem que apresentar atestado de antecedentes criminais, relatório de saúde física e mental e até fotos da residência onde a criança adotada moraria. Quando um casal faz o pedido, é preciso que os dois parceiros (as) comprovem o vínculo afetivo.

O pedido de habilitação será analisado pelos profissionais da Vara de Família. É nesse momento que psicólogos e assistentes sociais entrevistam os candidatos, para saber qual o perfil de criança eles pretendem adotar.

Nos fóruns brasileiros, o perfil mais procurado é de criança branca, entre zero e dois anos de idade, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem. O sexo feminino é mais buscado que o masculino. Quem não faz essas exigências, tem mais chances de encontrar um filho (a). O pretende que aceita adotar irmãos tem prioridade.

Quem é habilitado, entra na fila dos candidatos a paternidade e à maternidade, numa lista por ordem de chegada. O fórum informa quando uma criança ou adolescente no perfil escolhido pelo casal ou pessoa solteira é identificada. Geralmente, o primeiro contato se dá no abrigo onde ela (e) vive. É lá, que todos passam um período se conhecendo.

Se houver compatibilidade entre quem está pleiteando a adoção e o possível adotado, a criança ou adolescente é levado para casa dos candidatos a pai e mãe, provisoriamente, num período de avaliação. O juiz então inicia um processo de análise que culmina numa decisão definitiva.

“Na adoção, o que se busca é o bem-estar da criança e não o do casal”, ressalta Sylvia. A duração de todo o processo não é padronizada, variando de caso a caso. Geralmente, a adoção definitiva sai em menos de um ano.

ONGs e grupos de apoio dedicados à adoção podem ajudar em todo o processo. “O nosso maior papel é orientação”, diz Lívia Curi, assistente social de uma dessa instituições, a Associação Civil Quintal de Ana , em Niterói, Rio de Janeiro.

Ela revela que muitas pessoas chegam à instituição com o desejo de adotar uma criança, mas, às vezes, nem sabem por onde começar. O grupo oferece orientação social, psicológica e jurídica diariamente por telefone ou e-mail, além de reuniões mensais.

“É uma gestação. A gente prepara emocionalmente o homem, a mulher, o casal hétero ou homoafetivo para a chegada desta criança”, conclui a assistente social