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Vida é vida, não importa a opção sexual, ou importa?!
   18 de março de 2014   │     0:00  │  0

Artigo

Por: Viviane Vieira de Assis Paes – atua há 20 anos como jornalista, 13 anos exclusivamente no setor elétrico. Já trabalhou em jornal e TV e é formada em Letras- Espanhol pela Unir, especialista em Comunicação Corporativa pela centenária Fecap – Faculdade Álvares Penteado e o Comunique-se e Experto em “Comunicación de Pequenas, Medias y Grandes Corporaciones” pela Universidad La Complutense de Madri. Atualmente trabalha como consultora de Comunicação Empresarial.

 

No último final de semana fiquei penalizada ao saber que pelo menos 312 gays, lésbicas e travestis brasileiros foram assassinados em 2013, média de um homicídio a cada 28 horas, revelou uma pesquisa feita pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), associação fundada em 1980. Tão pior foi saber que o Brasil é líder mundial neste tipo de crime. A cada cinco gays ou transgêneros assassinados no mundo, quatro são brasileiros.

 

Esta mesma entidade estima que 99% dos crimes foram motivados por homofobia – medo de homossexual se traduzir ao pé a letra, mas na verdade é preconceito, aversão mesmo.  Apesar de apontar uma queda de 7,7% em relação a 2012 – quando foram registradas 388 mortes, a pesquisa destaca que o número de assassinatos de homossexuais cresceu 14,7% nos últimos quatro anos. E sabe o que é pior – este índice não deve regredir, porque só agora em janeiro de 2014, 42 homossexuais foram assassinados, ou seja, um a cada 18 horas!

 

Levanta a mão o leitor que não conheça ou tenha um amigo, conhecido ou parente homossexual assumido! Sério, sem vergonha. Vamos admitir que eles existem mesmo, que independente da opção sexual, ou nascimento não deixaram de “ser” seres humanos. Que independente de crença eles devem ser amados e respeitados como todos, sem distinção!!

 

Eu tenho parentes, amigos, irmãos de coração – já que sou filha única, que são homossexuais ou bissexuais. Eles pagam seus impostos como todos nós, trabalham e são excelentes profissionais, pois como acontece sempre com os discriminados são obrigados a se superarem diariamente!

 

O primeiro homossexual que lembro ter conhecido – já fui corrigida por utilizar esta expressão: em 2009 o politicamente correto entre este grupo era a expressão: “entendido”, era o filho de amigos de meus pais. O pai soldado da borracha de Rondônia o tratava do mesmo modo que os demais filhos. E por que seria diferente?! Na época, eu tinha 14 anos e achava incrível o modo elegante como ele sentava, falava e se cuidava. Nunca o vi sendo desrespeitoso com ninguém e sua família tinha um comércio, onde ele atendia todos não era invisível. Poucas vezes vi pessoas jogando piadinhas para ele – felizmente e estamos falando da década de 80, em Porto Velho.

 

Aos 20 anos conheci o primeiro casal do mesmo sexo da minha vida. Um era professor universitário, o outro um vendedor. O amor transbordava na casa deles. Os amigos de opção sexual dita normal eram recebidos com muito carinho. E sabe o que mais: nunca os vi com atitudes que nos causasse constrangimento. Coisa que vi muito em casais ditos normais!

 

Sério eu não sei quanto a vocês, mas sendo negra pra lá de misturada, mãe solteira por um tempo, filha de pedreiro e costureira e neta de cozinheira; moradora de periferia, mesmo sendo periferia de Porto Velho com toda sua falta de infraestrutura eu passei por todos os tipos de preconceitos imagináveis nesta vida, por isso não consigo suportar nada do gênero.

 

O que existe em comum no preconceito seja ele de opção sexual, classe social, cor e religião?! A falta de amor e respeito ao próximo. Sem isto tudo fica fácil demais, intolerável ao extremo…

 

Desconheço casos de violência sexual que tenham sido cometidos por homossexuais, sejam homens ou mulheres. Nem esta tentativa de culpa-los funcionou. Todos sabem que são “homens” ditos muito homens que violentam crianças, mulheres e muitos utilizando o escudo da religião; muitos doentes ou não tão doentes assim…

 

E, quando tentaram culpar o homossexualismo pelo surgimento da AIDS, durou também muito pouco, logo ficou provado que os maiores índices de contaminação da doença estavam vindos dos heterossexuais e continua assim até hoje.

 

Então, porque mesmo assim passado tanto tempo esta violência não diminui só tem crescido?! Pior ainda constatar que no Nordeste do Brasil ela reina de forma vergonhosa. A mesma pesquisa mostra que em Pernambuco (34 vítimas) e São Paulo são os estados onde mais LGBTs foram assassinados em 2013.

Proporcionalmente, os estados mais perigosos foram Roraima e Mato Grosso. Já Manaus (com 12 crimes) e Cuiabá foram as capitais com o maior número de crimes homofóbicos. O Nordeste segue como região mais violenta para esse segmento, com 43% dos assassinatos, seguido pelo Sudeste e pelo Sul, com 35%. Os estados menos violentos para gays e transgêneros foram o Acre, que não registrou crime contra homossexuais nos últimos três anos, Amapá, com uma ocorrência, e Espírito Santo, com duas.

 

E em Goiânia?! Em Goiânia a entidade não cita nenhum registro, mas isto não quer dizer que não houve nenhum. Certo! O que é mais certo que ocorreu foi a falta de registro policial, especificando o motivo da morte e a consolidação das informações entre autoridades e associações GGB. Gostaria mesmo que aí na minha terrinha de nascença não tivesse havido nenhuma violência deste tipo contra  homossexuais e transgêneros, na verdade queria mesmo que o Brasil não “ganhasse” mais este título vergonhoso.

 

Estão esquecendo que vida é vida, não importa a opção sexual, raça, religião de cada um. Quando se esquece disto ou utilizam como justificativa para tirar a vida de outrem, algo está muito errado na sociedade. Agora a punição deste tipo de crime deve ser a mesma para todos. Certo!? Desconheço que nossa legislação diferencie criminosos e vítimas pela opção sexual. Felizmente.

Entretanto ela não pune com o devido rigor, como tem feito agora nos casos de racismo. Homossexuais e transgêneros são diariamente constrangidos e humilhados sem ter amparo legal. Mudança imediata. A do racismo demorou mas chegou!

Distrito em San Francisco pintará faixas de pedestres em apoio ao orgulho gay
   17 de março de 2014   │     12:00  │  0

O projeto de faixas de pedestres de San Francisco é semelhante ao de Vancouve – BC.

SAN FRANCISCO – famoso distrito de Castro-friendly LGBT de São Francisco estará mostrando mais uma de seu orgulho gay , a cidade pintará quatro faixas de pedestres nas cores da bandeira do orgulho gay.

As faixas de pedestres multicoloridas na intersecção das ruas Castro e 18, será adicionado como parte de um projeto de melhoria de vizinhança maior para o Castro, de acordo com o mercado comunitário Castro / Alta Benefícios District.

“O projeto Castro Streetscape vai fazer um dos nossos bairros mais populares, famosos, habitáveis e acolhedores para os moradores e visitantes”, disse o Prefeito de São Francisco Ed Lee . “O novo projeto também vai melhorar a segurança dos pedestres.”

O projeto está previsto para ser concluído até outubro.  Faixas de pedestres semelhantes foram instalados em West Hollywood em 2012.

 

Matt Bomer e Mark Ruffalo no drama gay The Normal Heart
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A aguardada produção narra a saga de um ativista gay contra o preconceito sofrido pelos soropositivos na década de 1980

Mark Ruffalo e Matt Bomer, gay assumido, são um casal em The Normal Heart, aguardado novo telefilme da HBO. O trailer da produção liberado no domingo (10), mostra cenas de cumplicidade e intimidade dos dois.

Na história, Ned Weeks (Ruffalo), dono de uma firma de advocacia, ao descobrir que seu namorado, Félix Turner (Bomer), está infectado pelo vírus da AIDS, passa a lutar contra o preconceito sofrido pelos soropositivos.

O filme, que se passa entre os anos de 1981 e 1984, auge da disseminação da doença, é uma adaptação da peça de Larry Kramer, que também assina o roteiro e mistura ficção com trechos autobiográficos.

O elenco – de peso – ainda conta com Julia Roberts, no papel de Emma Brooker, uma médica paraplégica que é uma das poucas pessoas a levar o HIV a sério na época, e Jim Parsons (TheBig Bang Theory), interpretando Tommy Boatwright, um ativista gay.

O telefilme tem data de estreia prevista para 25 de maio nos Estados Unidos. A direção é deRyan Murphy, criador dos sucessos Glee e American Horror Story.

 

Daniela Mercury é indicada a prêmio gay internacional
   16 de março de 2014   │     0:00  │  0

Cantora está concorrendo a prêmio que homenageia os principais ativistas da causa gay na mídia

A cantora Daniela Mercury está concorrendo ao prêmio GLAAD Media Awards, que homenageia anualmente os principais ativistas da causa gay na mídia. A brasileira está entre os 12 indicados na categoria International Advocate for Change Award, que irá escolher o artista que mais contribuiu para a comunidade LGBT fora dos Estados Unidos.

Daniela irá concorrer com o ator filipino Boy Abunda, o ator britânico Charlie Condou, a organizadora de um festival de cinema russo Manny de Guerre, a jornalista da BBC Jane Hill, o ator indiano Imran Khan, o jornalista russo Anton Krasovsky, a cineasta britânica Pratibha Parmar, o padre ugandês Christopher Senyonjo, a atriz transexual argentina Florencia Trinidad, a atriz britânica Sophie Ward e a atriz transexual chinesa Jin Xing.

GLAAD Media Awards completa 25 anos em 2014 e entrega do prêmio será dividida em duas etapas: a primeira acontece no dia 12 de abril, em Los Angeles, e a segunda no dia 3 de maio, em Nova York.

Daniela Mercury se assumiu homossexual em 2013, quando anunciou que estava namorando a jornalista Malu Verçosa, com quem hoje é casada.

Fabricantes de cerveja retiram apoio a eventos de St. Patrick’s que proíbem gays
   15 de março de 2014   │     16:11  │  0

paradas do St. Patrick’s Day

NOVA YORK, 15 Mar (Reuters) – Duas grandes fabricantes de cervejas retiraram na sexta-feira o patrocínio a paradas do St. Patrick’s Day em Nova York e Boston, nos Estados Unidos, em um protesto contra a proibição de participantes que sejam assumidamente gays.

A Sam Adams se retirou do desfile de Boston, que acontece no domingo, e a Heineken retirou seu apoio ao desfile de Nova York, previsto para segunda-feira. Ambos os eventos permitem a participação de grupos gays, mas proíbem sinalização sobre a orientação sexual.

A Sam Adams fez o anúncio depois de ficar sob pressão do Club Cafe, um bar de Boston patrocinado pela comunidade gay. O bar ameaçou em um post no Facebook na quinta-feira parar de oferecer a Sam Adams, a menos que a empresa retirasse o patrocínio.

“Nós estávamos esperançosos de que ambos os lados desta questão seriam capazes de chegar a um acordo que permitiria a todos, independentemente da sua orientação, a participarem do desfile”, disse Jessica Paar, porta-voz da Boston Beer Company, que fabrica a Sam Adams, em um comunicado.

Ativistas de direitos gays elogiaram a decisão da Heineken.

Um representante da fabricante disse à CNBC na sexta-feira: “Acreditamos na igualdade para todos. Não somos mais um patrocinador do desfile de segunda-feira.”

Em fevereiro, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou que não iria participar do desfile deste ano em apoio a comunidade gay. O prefeito de Boston, Martin Walsh, prometeu não ir ao desfile a não ser que a comunidade gay pudesse participar abertamente.

(Por Barbara Goldberg e Mohammad Zargham)