Lina Pereira dos Santos, mais conhecida como Linn da Quebrada (São Paulo, 18 de julho de 1990), é uma atriz, cantora, ativista social e compositora brasileira.
Pela segunda vez em 22 edições, o reality volta a ter uma participante transsexual! Linn da Quebrada é o 18º nome a ser confirmado no elenco do “BBB 22” como parte do “Camarote”. Cantora e atriz, ela tem 31 anos e ganhou prestígio mundial graças ao documentário “Bixa Travesty”. Na TV Globo, participou da série “Segunda Chamada”. O nome da artista já fazia parte das listas com os supostos participantes.
Para conquistar a amizade da estrela na casa, basta ser sincero, honesto e saber jogar. Linn admite que, quando era anônima, já quis participar da atração e acredita que esta será “a experiência mais icônica da vida”. A cantora promete entregar entretenimento e garante que aproveitará bastante as festas e se destacará nas provas de resistência.
Certo dia, uma amiga me abordou com o pretexto de me apresentar a um de seus amigos como um possível pretendente para mim, vulgo crush. No entanto, havia uma questão: eu sou uma mulher trans e o amigo dela é gay. Onde está o erro de minha amiga?
Na realidade, a resposta para a questão do título deste texto e para o erro de minha amiga é a mesma resposta, e é muito simples. Me parece que coisas óbvias, muitas vezes, são atravessadas e encobertas por construções de ideias conservadoras, as quais nos impedem de acessar com naturalidade o que chamamos de óbvio, tornando o movimento do entendimento algo complexo. Então vamos descomplicar, partindo de um pré-requisito básico para compreender essa questão?
O primeiro passo é entender a diferença entre sexualidade e identidade de gênero. Na sigla LGBT, por exemplo, as três primeiras letras referem-se à sexualidade. No caso de L ou G, diz respeito às pessoas que se interessam sexo-afetivamente por outras pessoas do mesmo gênero que o delas, e B para pessoas que se atraem tanto pelo gênero masculino quanto pelo feminino, ao mesmo tempo.
Apenas a letra T da sigla, trata-se de identidade de gênero, que é quando uma pessoa não se identifica com o gênero compulsório, designado à ela ao nascer e baseado na genitália – a isso chamamos de gênero cisnormativo – e faz o movimento de transição para o outro gênero com o qual ela se compreende; por exemplo: uma pessoa designada socialmente homem ao nascer, pode se identificar ao longo da vida com o universo de performance do feminino, reconhecendo-se mais tarde como uma mulher-trans e vice-versa.
A maioria das pessoas possui uma sexualidade e um gênero com o qual se identifica, portanto, todas as lésbicas tem um gênero e são necessariamente mulheres, assim como toda mulher trans tem pelo menos uma das sexualidades possíveis. Eu sou uma mulher trans heterossexual, por exemplo, e tenho amigas trans que são lésbicas, o fato delas terem se entendido no mundo como mulheres trans não alteraram sua sexualidade, por isso é comum ver mulheres trans com esposas, naturalmente.
Uma vez esclarecido o que chamei de pré-requisito básico, vamos à questão: um homem que se relaciona com uma mulher-trans ou travesti é hétero ou gay? Ele é hétero ou, no mínimo, está tendo um comportamento heterossexual. Ora, a performance de gênero pela qual um homem hétero se interessa é a performance do feminino e essa qualidade é própria de mulheres trans, travestis e de mulheres cis normativas.
Uma questão interessante disso tudo é que alguns homens heterossexuais casados sentem muito prazer em ser penetrados por suas esposas, seja com um dedo, seja com o pênis ou com artigos de sex shop. Esses homens desejam ser penetrados, mas não se interessam e não buscam a performance do masculino para realizá-lo, a imagem e performance que os satisfazem é a do feminino. Portanto se um homem hétero é penetrado por uma mulher trans, travesti, ou por uma mulher cisgênero, ele naturalmente é hétero ou está tendo um comportamento heterossexual. Não haveria problema algum se eles fossem gays, mas não o são. O cerne do problema é sempre o mesmo: o machismo que desemboca na homofobia e na transfobia e que impedem pessoas que se interessam mutuamente de se relacionarem livremente, sem ser alvo de chacota e violência psicológica ou física.
E aí chegamos no erro de minha amiga: querida amiga, mulheres trans podem até se interessar por gays, mas gays não se interessam por mulheres.
* Estou falando em primeira pessoa, portanto no lugar de uma mulher trans, quando digo o termo “homem” no texto, me refiro a homens trans ou cisnormativos, seja ele hetero, bi, assexuado ou gay.
O Grupo Gay de Alagoas – GGAL, entidade fundadora do movimento LGBTQIA+, vem por meio desta nota repudiar veementemente as ameaças proferidas contra a pastora batista e teóloga Odja Barros, que realizou o primeiro casamento entre duas mulheres, celebrado por uma autoridade religiosa em Alagoas.
Ao mesmo tempo nos solidarizarmos com a pastora e familiares, que diretamente ou indiretamente sofrem, pelas ameaças proferidas por algum criminoso covarde, que através de sua rede social ou um fake, ameaçou a pastora de atirar por várias vezes em sua cabeça.
Ainda e especialmente na sociedade atual, com a velocidade de notícias disseminadas pelas redes sociais, tem-se a compreensão da dimensão do gesto público, sendo certamente uma decisão difícil e corajosa de uma figura pública ir contra dogmas que até hoje só serviram para proliferar o ódio entre pessoas.
Numa sociedade ainda permeada pela chagada do preconceito, faz-se imprescindível que entidades defensoras dos direitos humanos tenham à mesma postura do do GGAL, de denunciar e defender à liberdade de expressão religiosa da pastora.
Mesmo a luta do movimento LGBTQIA+ ser por direitos civis, aqueles conquistados e garantidos através de decretos, portarias, resoluções e em especial os em leis, não podemos deixar de ovacionar a pastora e teóloga Odja Barros, de abrir as portas de sua igreja para acolher as minorias.
Aqui ressalto mais uma vez que cobraremos incansavelmente uma celeridade e rigor por parte do
delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas – Carlos Alberto Rocha Fernandes Reis, que o mais rápido possível esse criminoso seja preso, ao mesmo tempo também cobraremos da justiça, que o direito fundamental de liberdade de expressão religiosa não seja tirado por criminosos como esse.
Se preparem, pois o humor está de volta! No próximo dia 29 de outubro, o tradicional “Encontro com Humor” volta aos palcos do Teatro Deodoro com muito alegria e animação. Reunindo grandes nomes do humor alagoano, o evento marca a celebração dos 19 anos de carreira da Drag Queen Paty Maionese e também seu retorno aos palcos após quase dois anos de afastamento devido às medidas sanitárias impostas pela pandemia da Covid-19.
O espetáculo, comandado pela Drag Queen Paty Maionese, traz para o público uma sátira de programas da televisão brasileira. No elenco, grandes nomes do humor, já conhecidos do público, como Zezilda, Velho Juca, Lalacra Nox, Gestrudes, Poderosa e Mágico Anthony vão garantir muitas risadas do público.
Paty Maionese fala sobre o grande prazer que é estar de volta aos palcos com esse espetáculo. “É um prazer imenso estar de volta após quase dois anos distante dos palcos e do público. Vou comemorar meus 19 anos de carreira da melhor forma, com um espetáculo cheio de amor e humor e com um elenco incrível, escolhido a dedo, ainda mais no meu lugar, no meu altar particular, que é o Teatro Deodoro”, comemora.
“Lembrando que nosso evento está trabalhando com 75% da capacidade do Teatro Deodoro e seguirá todos os protocolos sanitários, com aferição de temperatura, álcool em gel, uso de máscaras, para garantir a segurança de nossa equipe e do nosso público”, completa Paty Maionese.
Corre que os ingressos são limitados! O primeiro lote, que corresponde a 25% da capacidade do teatro e foi totalmente de cunho social, já está esgotado. O segundo lote já está disponível no Stand do Viva Alagoas, Maceió Shopping e Sympla.
*Serviço*
O quê: Espetáculo Encontro com Humor
Data: 29 de outubro de 2021
Hora: 20h
Local: Teatro Deodoro
Ingressos: R$ 40,00 inteira e R$20,00 meia.
Stand do Viva Alagoas, Maceió Shopping e Sympla.
Embora já soubesse aos 6 anos que não era como os outros meninos, Sarah começou a transição um pouco mais tarde do que gostaria. Hoje mais focada em outra carreira, ela ganhou notoriedade no mercado adulto nacional por filmes gravados na produtora MeninosOnline. A empresa, inclusive, lançou no começo do mês uma das cenas deixadas por Ella Sarah antes de parar de gravar.
Em entrevista exclusiva para o Dentro Do Meio, Ella revelou que não se sente desconfortável em ver fotos de antes da transição. O assunto é delicado para boa parte da população trans, que muitas vezes prefere excluir e não divulgar determinado período da vida, mas para a cabeleireira faz parte de todo processo e por isso ela mantem todas as fotos nas redes sociais.
Confira agora as respostas de Ella sobre a nova fase da vida, como a transição foi recepcionada por quem acompanhava a carreira no pornô e o que mudou agora que ela é uma mulher.
Dentro Do Meio: Como e quando começou sua carreira no mercado adulto? Sarah: Comecei aos 19 anos através de uma casa prive que abrigava meninos e meninas trans. Meu último trabalho foi antes da pandemia e eu havia começado meu tratamento hormonal.
Dentro Do Meio: Quando você se entendeu como uma pessoa trans? Sarah: Aos 6 anos de idade, no pré-escolar, eu já sabia que não me parecia com um menino. Aos 18 quase virei travesti, pois na época não se falava mulher trans. As faltas de oportunidade na época e as mudanças radicais no corpo me assustaram [e acabei desistindo]. Outubro de 2018 entendi que sou trans, mas segurei até carnaval de 2019 para me assumir para todos.
Dentro Do Meio: Recebeu convites para continuar gravando? Sarah: Não. Até hoje não recebi nenhum convite para gravar depois da transição e acho que não me encaixo mais no perfil. Desde que me entendi trans tudo mudou. Sou uma pessoa totalmente diferente agora, não só fisicamente mas também a forma como lido com a sexualidade. A forma como lido com meu corpo não é mais a mesma. Estou me redescobrindo sexualmente e me incomoda o fato de nós, trans e travestis, sermos tachadas como um objeto de fetiche. Sou muito mais que um órgão genial. Órgão esse que não faz parte do corpo que idealizo como mulher. [Se fosse convidada] jamais aceitaria. Não faz mais parte da personalidade que tenho hoje. Meus valores e objetivos são outros.
Dentro Do Meio: Mas ainda têm contato com os antigos colegas? Foi apoiada na transição? Sarah: Sim, ainda tenho contato com algumas pessoas, mas acabei fazendo outros amigos fora do pornô.
Dentro Do Meio: Como foi a recepção de quem te acompanhava seus filmes? Sarah: Houve uma certe estranheza. Hoje mesmo um internauta me disse que estava confuso, pois tinha acabado de ver o lançamento de um filme meu de menino e com o cabelo raspado. Mas discriminação direta ainda não rolou. Alguns lamentaram, outros aplaudiram minha coragem e me incentivam.
Dentro Do Meio: Você sente que era mais discriminada no pornô ou como mulher trans? Sarah: Sinceramente, na nossa comunidade, me senti discriminada nos dois.
Dentro Do Meio: Hoje, embora use a #blogger, seu perfil no Instagram é privado. Pq escolheu bloqueá-lo para quem não te segue? Sarah: Comecei a usar a #blogger porque queria falar da transição e autoestima, mas depois fui aconselhada a bloquear por medo de alguma retaliação ou que alguém pudesse me expor de forma negativa.
Dentro Do Meio: Infelizmente, o Brasil é o país que mais mata trans no mundo. Você mudou sua rotina ou se sente mais insegura agora que se entende como mulher? Sarah: Sinceramente, não mudei em nada. Sei que moramos em um país violento, mas não alimento esse medo pois seria como continuar a viver em uma prisão. Já vivi assim antes de me assumir. Mantenho minha cabeça erguida e confiante em Deus. Sou feliz com quem sou hoje. Isso me dá força para andar livre e sem medo.
Dentro Do Meio: Você trabalha com beleza há bastante tempo. Quais são suas ambições profissionais nessa nova fase da sua vida? Sarah: Na verdade foi isso que mudou. Sou cabeleireira desde meus 20 anos, mas hoje formada em colorometria e estou em sociedade em um salão pequeno. Meus objetivos são ampliar o salão, me especializar em outras áreas da beleza como podologia, designer de sobrancelhas e crescer ainda mais na profissão que me encontrei.