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TV Brasil terá programa voltado para público LGBT
   16 de outubro de 2015   │     21:31  │  0

Programa LGBT na TV Brasil. Aliada à manutenção do Comitê LGBT do Minc, são duas boas notícias para as politicas afirmativas em âmbito do governo Dilma.

A Diretoria da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) apresentou ao Conselho Curador, durante a 58ª Reunião Ordinária do colegiado, mudanças que estão sendo realizadas na programação dos veículos da casa,  As novidades passam por novas estratégias de produção de conteúdo para seus veículos web, mas dizem respeito, principalmente, a ajustes da grade da TV Brasil.

Durante a reunião, que aconteceu no último dia 07 de outubro, Asdrúbal Figueiró, novo diretor-geral da EBC, explicou que a mudança, que já foi ao ar desde o dia 05 de outubro, se trata mais de um ajuste de grade. “Ela foi feita com estoque e alguns programas que já estavam chegando. Não tivemos grande impacto no orçamento”, afirmou. Com isso, a faixa infantil aumenta para 41h semanais, boletins de jornalismo foram incluídos durante a programação, o jornal Repórter Brasil Noite fica mais enxuto e os noticiários locais aumentam em 15 minutos sua duração. Além disso, programas consagrados como o Sem Censura ganharam novos horários e inaugurou-se uma faixa de teledramaturgia na emissora. Os programas Fique ligadoRepública do Peru e Guilhermina e Candeláriochegam na casa, enquanto outros como o Para Todos saem da grade. O visual da emissora também foi modificado para cores mais vivas, que conversam com a identidade dos sites da EBC.

“A mudança mais polêmica é a ida da faixa de reflexão para 23h, mas todo esse exercício foi na busca de termos uma grade mais fluida, em que um programa leve audiência para o próximo e as faixas estejam mais bem definidas. Por isso, acho que não vamos perder audiência”, justificou Asdrúbal. Segundo o diretor, há um movimento na televisão, como um todo, que está levando o horário nobre para o final da noite. “Com essa mudança, também teremos mais emissoras da rede conosco na exibição da faixa”, complementou.

Todas essas alterações foram pensadas por um Grupo de Trabalho formado, em sua maioria, por gestores das diretorias Geral, de Conteúdo e Programação, de Jornalismo, de Produção e pela área de Negócios da EBC. O grupo decidiu, ainda, pela volta da novela angolana Windeck para a grade da TV Brasil, dessa vez, mais cedo. “É um novo horário, então acreditamos que vamos conversar com outro público. Queremos fidelizar esse público para depois apresentar conteúdos novos, como mais uma novela angolana e outras da América Latina, que estamos prospectando”, disse Asdrúbal.

Para a faixa das 22h, a empresa programou conteúdos de cultura, direcionados a um público amplo no que se refere à faixa etária e condição social. “Vamos tentar fazer parcerias com a Rede Nacional de Comunicação Pública para manter o Paratodos na grade, porém, feito a partir das emissoras parceiras”, anunciou Asdrúbal. O diretor adiantou, por fim, que a empresa ainda estuda melhorias em outras faixas de programação. “A gente acha que ainda tem uma parte da faixa noturna que precisamos trabalhar melhor – compreendida entre o Sem Censurae o Fique Ligado – e a grade do fim de semana”.

O diretor-presidente da EBC, Américo Martins, informou também que a cantora Adriana Calcanhoto foi contratada para apresentar a faixa infantil da TV Brasil, com interprogramas que permeiam toda a faixa voltada para crianças. Além disso, a emissora estreará nos próximos meses um programa de debates voltado à temáticas LGBT. “No que se refere à dramaturgia, queremos tentar fundos do Ministério da Cultura para fazer novelas brasileiras, porque não temos recursos na casa para isso”, falou.

Os conselheiros parabenizaram a Direção pelas mudanças realizadas e ponderaram algumas questões. “Me incomoda muito essas séries importadas. Esse país tem uma história maravilhosa e as pessoas querem conhecê-la. Não é possível que a EBC não possa produzir séries, mesmo pequenas, do ponto de vista da história e da cultura desse país. Por que temos que contratar algo da Angola?”, disse Heloisa Starling. A conselheira explicou que não é contra a compra de produtos estrangeiros, ainda mais se tratando daqueles que valorizam a África, uma das matrizes da formação cultural do Brasil, porém, acredita que toda programação deva ser trabalhada dentro de uma linguagem e estética brasileira de qualidade.

Joel Zito, também conselheiro, saudou o que ele considera uma dinamização necessária na TV Brasil. “Gosto da tendência do que se aponta, no sentido de se tornar uma TV mais moderna, encontrando o público e sinto uma intencionalidade de encontrar a audiência negra, especificamente”. Ele sugeriu que fosse inaugurada uma faixa exclusiva voltada para questões raciais, uma vez por semana, durante os programas de reflexão. “Uma das noites tinha que ser uma faixa para discussão da questão racial no Brasil e para o fortalecimento da identidade negra”. Além disso, aconselhou que a faixa da manhã e da tarde, hoje destinada integralmente ao público infantil, buscasse alcançar também pessoas que ficam em casa nesse horário, como donas de casa. “Acho, ainda, que deveríamos tentar fazer o lançamento de filmes nacionais na TV Brasil. Por meio de parcerias com a Ancine, poderíamos negociar para que a primeira janela de exibição depois dos cinemas seja a TV Brasil, comprando essa primeira exibição”.

A conselheira Rosane Bertotti questionou a Direção sobre a participação dos funcionários da casa nas definições da nova programação. “Quando você falou sobre o GT para mudanças na grade, a impressão que eu tive é que ele foi formado só de chefias. Houve mais participação dos trabalhadores? Existe uma dificuldade de diálogo na casa, e é preciso construir espaços para dirimir essa dificuldade”, recomendou.

Eliane Gonçalves, também conselheira, reforçou a importância da participação dos empregados na produção da EBC. “Vejo que existe um trabalho de acabar com os castelos, as divisões dentro da empresa, integrando veículos de uma mesma plataforma, além de conteúdos e linguagens, a partir de um trabalho mais conjunto. Se estamos conseguindo derrubar castelos, espero que consigamos construir pontes. O sentimento que eu trago dos trabalhadores é que não estamos sabendo das mudanças e que é muito ruim não ter participação”, disse.

Seu colega no colegiado, Endeson Araújo, chamou a atenção para a, ainda, pouca presença de pessoas negras na tela da TV Brasil. “Sobre Guilhermina e Candelário: precisamos fazer mais crossmídia. Levar esse desenho para exibição em escolas, fazer parcerias com secretarias de educação, coletivos e comunidades. Me pergunto, ainda, onde é que está a juventude dentro da programação da EBC? Onde está a cultura de periferia, o funk, o rap… Sinto que terei que falar isso toda reunião do Conselho”, cobrou.

Letícia Yawanawá, conselheira, lembrou que, assim como a juventude negra, vários jovens indígenas têm produzido comunicação e incentivado suas comunidades a expressarem sua cultura por meio de iniciativas que ainda não ganharam visibilidade. “A diversidade que a EBC tem trazido, faz com que a gente já se sinta um pouco contemplado. E isso é tão bonito: saber que não é só um slogan de ‘viver sem preconceito’, não está só no papel, mas poder ver isso sendo representado na TV”.

Rita Freire, vice-presidenta do Conselho, diante das mudanças oferecidas, destacou a importância de se definir uma estratégia clara para compra de produtos externos e de oferecer conteúdo complementar dentro do sistema de comunicação brasileiro. “Considero muito interessante a iniciativa de colocar nosso jornal no horário da novela e a nossa novela no horário de um jornal – é ousado, mas para isso é preciso que nosso conteúdo traga diferencial em relação ao que é oferecido pelas emissoras comerciais”.

Apresentação TV Ines

Durante a 58ª Reunião Ordinária a TV Ines, primeira webTV em Língua Brasileira de Sinais (Libras), com legendas e locução, apresentou ao Conselho Curador da EBC seu trabalho na produção de programação voltada a pessoas com deficiência. Após uma visita de representantes do Conselho na sede da emissora, a EBC está em busca de estabelecer parcerias para compra de produtos e capacitação para produção de conteúdo acessível.

Joana Peregrino, gerente da TV Ines, contou que a emissora é um projeto concebido por ouvintes e surdos. “Nisso vemos um resultado efetivo, porque os surdos contribuíram desde o início com opiniões para que os conteúdos fossem acessíveis. Nossa programação foi feita de forma que os ouvintes e os surdos possam acompanhar tudo, juntos. Nosso fluxo de produção é complicado porque somos uma televisão bilíngue, mas no final, temos a qualidade de uma programação totalmente acessível”.

A emissora é veiculada pela internet e via parabólica, disponibiliza 11 programas, de temáticas diversificadas, todos apresentados por pessoas surdas. A estética, cores e marcas foram pensadas em conjunto com a comunidade surda e apresentam uma linguagem sem muita distração visual.

Clarissa Guerretta, apresentadora e repórter do canal, explicou ao pleno, em Libras e com a ajuda de uma intérprete, o histórico da comunidade surda com a tecnologia no Brasil. “As tecnologias de comunicação ajudam muito o desenvolvimento dos surdos. Eu já fui em outros países e vi como eles são mais acessíveis, todos os programas de TV têm legendas, a janela com libras é maior… Por isso, tenho orgulho de trabalhar na TV Ines, pois quando comecei lá, vi que estava se abrindo um campo de informações para os surdos no Brasil”, compartilhou.

A conselheira Ana Veloso ressaltou a necessidade de que toda comunicação pública se espelhe no modelo de comunicação acessível da emissora e realize laboratórios para explorar essa linguagem. “Isso é algo que a EBC tem a potencialidade de fazer, em diálogo com o projeto de pesquisa com as universidades, pela Escola Nacional de Comunicação Pública. A discussão da acessibilidade faz parte do futuro do jornalismo. A lei de acessibilidade diz que os serviços de radiodifusão devem oferecer conteúdo para toda sociedade e devemos fazer com que essa lei seja realidade”, cobrou.

Após a apresentação, Ana Fleck, presidenta do Conselho Curador, se comprometeu com a inclusão de um(a) intérprete de libras na transmissão ao vivo das atividades do colegiado, a partir do próximo mês. Américo Martins, por sua vez, informou que conversaria com a Direção da TV Ines, ainda no dia 07 de outubro, para viabilizar parcerias com a emissora. “Informo também que vamos transmitir os jogos paraolímpicos no próximo ano e isso vai acontecer da forma mais acessível possível”, comprometeu-se.

Aprovações

O pleno aprovou, ainda durante a última reunião, encaminhamentos relativos às discussões realizadas durante o Seminário Modelo Institucional da EBC, realizado durante os dias 11 e 12 de agosto, na sede da empresa, em Brasília. As resoluções aprovadas determinam que a EBC crie mecanismos para favorecer as diferenças estruturais entre o que se produz para os seus veículos e para prestação de serviços, como mudanças de logotipos unificados; e que a Diretoria da empresa encaminhe para o Conselho Curador um projeto que defina estratégias, objetivos e diretrizes para cobertura colaborativa de jornalismo e demais produtos.

Além disso, recomendações, resoluções internas e pedidos de informação foram aprovados e contemplam questões como cargos comissionados, estratégia de marketing e articulação política da EBC, criação de laboratórios de inovação e atribuições das Câmaras Temáticas e de todo o Conselho. Um Regimento Eleitoral para eleição da presidência e vice-presidência do colegiado também foi aprovado pelo pleno. Após alterações nas minutas, o Regimento e os documentos decorrentes do Seminário serão publicados no site do Conselho Curador.

O órgão deferiu, ainda, a publicação de moções de apoio à campanha “Inclui Comunicação Pública” e pelo fortalecimento e permanência do programa A Voz do Brasil.

Ouvidoria

Joseti Marques, ouvidora-geral da EBC, informou ao Conselho a volta dos programas da Ouvidoria para as grades de programação das Rádios EBC e TV Brasil, a partir do dia 26 de outubro. “Serão cinco programetes de 3 minutos, que serão exibidos em horários específicos, e servirão como informação pedagógica para o público, além de colaborar na missão da EBC e divulgar o trabalho da Ouvidoria. Os programas foram produzidos na linguagem do público que estará acompanhando o veículo no momento da exibição”, explicou Joseti.

A ouvidora participou o Conselho sobre a volta da publicação da Coluna da Ouvidoria, prevista em Lei, na Agência Brasil, após ajustes no site. O órgão criou também um perfil do Twitter e um e-mail direto para contato com o público.

Joseti apresentou, ainda, o Relatório bimestral da Ouvidoria. “Pontuamos que o jornalismo da EBC continua pendular, tímido. Não entendemos que há uma orientação para uma cobertura à esquerda ou à direita, mas há uma indefinição de linha editorial, o que leva a uma insegurança de como cobrir as questões. O oficialismo segue a mesma lógica de indefinição de linha editorial. Estamos inaugurando nosso jornalismo efetivamente público, que ainda não se encontrou”, afirmou.

Eliane Gonçalves comentou o relatório pontuando dúvidas. “Sobre futebol: quanto de nossa grade está sendo ocupada por esse esporte? Como vamos dar conta dos problemas na cobertura já relatados várias vezes, com tanto futebol na tela agora? Ressalto também o oficialismo relatado no Caminhos da Reportagem: ver isso num programa como esse me deixa assustada. Oficialismo não serve a ninguém, pois perdemos credibilidade com isso”. A conselheira questionou, por fim, a estratégia da EBC detransição para o sistema digital de rádio, os critérios para apuração de erros jornalísticos da casa e a execução de uma entrevista jornalística com um ‘justiceiro’ do Rio de Janeiro. “O critério para colocar a fonte foi jornalístico, mas o resultado foi preocupante e vi a opinião de uma telespectadora no relatório da Ouvidoria que falou o mesmo”.

Informes

Américo Martins deu informe ao Conselho sobre uma reunião realizada com representantes dos programas católicos que estão no ar na TV Brasil e que estão em fase de negociação para composição da segunda etapa da Faixa da Diversidade Religiosa da emissora. “Fomos muito bem recebidos em reunião com entidades religiosas – já acordamos o fim do financiamento dos programas pela EBC”.

A Direção informou, ainda, que está negociando com a prefeitura do Rio de Janeiro a destinação do edifício A Noite, antiga sede da Rádio Nacional e, parcialmente, patrimônio da empresa. “A prefeitura está em articulação com um investidor externo, que compraria o edifício e daria contrapartida para EBC. Estamos a favor de qualquer solução que contemple um centro de memória da EBC naquele lugar. A negociação ainda não se iniciou, mas o principal é o restauro do edifício e existe a intenção de recuperação do acervo presente ali”, esclareceu Sylvio Andrade, vice-presidente da EBC.

 

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“O clero é amplamente homossexual e homofóbico”, declara padre expulso
   7 de outubro de 2015   │     0:00  │  0

Krysztof Olaf Charamsa, da Polônia, é gay e admitiu ter um companheiro

"O clero é amplamente homossexual", declara padre expulso

“O clero é amplamente homossexual”, declara padre expulso

Às vésperas do início do Sínodo da Família, o Vaticano afastou o padre polonês Krysztof Olaf Charamsa, 43 anos. Ele revelou a dois jornais que é homossexual e tem um companheiro.   Para a Igreja, isso contradiz os votos que ele fez no momento de sua ordenação ao sacerdócio.

O Vaticano emitiu um comunicado oficial, considerando “muito grave” que um padre viva nessa situação e o suspendeu de suas funções.

O Sínodo foi inaugurado pelo Papa Francisco no domingo. O Vaticano deixou para que os superiores hierárquicos de sua diocese decidiam o futuro do padre. O mais provável é que ele seja desligado definitivamente de suas funções sacerdotais. Por sua vez, Charamsa disse “ Sei que terei de renunciar a meu ministério, apesar de ser a minha a vida”.

Krysztof tem o título de monsenhor e pertence a Congregação para a Doutrina da Fé. Curiosamente, na Idade Média era esse segmento da Igreja Católica o responsável pelos julgamentos da Inquisição.

Suas declarações geraram ampla reação entre lideranças católicas. Especialmente por serem tão incisivas. “A Igreja está muito atrasada em relação aos conhecimentos que a humanidade alcançou”, insiste. Disse ainda que não se pode esperar.

“É hora da Igreja abrir os olhos ante os homossexuais crentes e entender que a solução que propõe, isto é, a abstinência total e uma vida sem amor, não é humana”, asseverou.

Possivelmente a declaração mais polêmica foi para a revista Newsweek “O clero é amplamente homossexual e também, infelizmente, homofóbico até a paranoia, porque está paralisado pela falta de aceitação de sua própria orientação sexual”.

O monsenhor revelou que lutou anos contra sua homossexualidade, mas tudo mudou quando conheceu o companheiro. Isso causou nele “a sensação de se converter num padre melhor, de realizar melhores sermões, de ajudar melhor as pessoas, e de ser cada vez mais feliz”.

Finalizou fazendo um apelo “Desperta, Igreja, deixe de perseguir os inocentes. Não quero destruir a Igreja, quero ajudá-la e, principalmente, quero ajudar os perseguidos. Minha saída do armário tem de ser um chamado para o sínodo, para que a Igreja pare com suas paranoias em relação às minorias sexuais”.

Dentro os tópicos a serem debatidos ao longo do Sínodo sobre a família está a questão da homossexualidade. Analistas dizem que a cúpula da Igreja católica está dividida. A maioria defende que esse é um transtorno que precisa ser combatido. Entretanto, outros acreditam que é uma realidade que deve ser levada em conta. Com informações de Zero Hora

Por: Jarbas Aragão – Com informações de Zero Hora

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Ativista pelos direitos LGBT de Uganda é uma das vencedoras de ‘Prêmio Nobel alternativo’
   6 de outubro de 2015   │     12:34  │  0

Kasha Jacqueline Nabagesera dividiu o prêmio de quase R$ 1,5 milhão com outros dois ativistas: a canadense Sheila Watt-Cloutier e o italiano Gino Strada.

Ugandense é conhecida militante no país africano que, desde fevereiro de 2014, pune homossexualidade com prisão perpétua

Ugandense é conhecida militante no país africano que, desde fevereiro de 2014, pune homossexualidade com prisão perpétua

Kasha Jacqueline Nabagesera, militante dos direitos LGBT da Uganda, foi uma das três vencedoras do Prêmio Right Livelihood , também conhecido como “Prêmio Nobel alternativo”. Os outros dois vencedores, anunciados na quinta-feira (01/10), dividirão um gratificação de 3 milhões de coroas suecas (equivalente a R$ 1,5 milhão).

Nabagesera, que é lésbica e abandonou sua carreira como contadora para militar pela causa, recebeu o prêmio por sua “coragem e persistência, apesar da violência e intimidação, em trabalhar para o direito de que a comunidade LGBT viva livre do preconceito e da perseguição”, afirmou a organização em nota.

“O prêmio é uma tremenda honra e reconhecimento de todo o trabalho que eu e mais um punhado de ativistas iniciamos mais de 10 anos atrás. O prêmio irá apoiar nosso trabalho, proteger nossa comunidade e abrirá portas para o diálogo com aqueles que não entendem que os direitos humanos pertencem a todos”, declarou Nabagesera.

A Uganda é um dos países que mais reprime a comunidade LGBT: no ano passado, criou-se uma lei que pune a homossexualidade com prisão perpétua, que gerou críticas da comunidade internacional e de ONGs de direitos humanos ao redor do mundo. Além disso, segundo a legislação, assinada em 24 de fevereiro de 2014, a “promoção e o reconhecimento” de atos homossexuais são passíveis de 14 anos de cárcere.

Os outros dois vencedores do prêmio foram a canadense Sheila Watt-Cloutier, ativista dos direitos das comunidades inuits, chamadas popularmente de esquimós, no Ártico; e o cirurgião italiano Gino Strada, fundador da organização Emergency, que disponibiliza clínicas, postos de saúde e pessoal médico em zonas de guerra.
O chefe de diplomacia, Tony de Brum, e o povo das Ilhas Marshall receberam o Prêmio Honorário Livelihood, por sua defesa do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares.
Promovido anualmente pelo Parlamento da Suécia, o “Prêmio Nobel alternativo” tem o objetivo de “honrar e apoiar os que oferecem respostas práticas e exemplares aos desafios mais urgentes” enfrentados pela humanidade atualmente. Neste ano, 128 pessoas disputaram o prêmio.
Da esquerda para a direita: Sheila Watt-Cloutier, Tony de Brum, Kasha Jacqueline Nabagesera e Gino Strada

Da esquerda para a direita: Sheila Watt-Cloutier, Tony de Brum, Kasha Jacqueline Nabagesera e Gino Strada

Reprodução: Facebook

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Ativista pelos direitos LGBT de Uganda é uma das vencedoras de ‘Prêmio Nobel alternativo’
     │     12:34  │  0

Kasha Jacqueline Nabagesera dividiu o prêmio de quase R$ 1,5 milhão com outros dois ativistas: a canadense Sheila Watt-Cloutier e o italiano Gino Strada.

Ugandense é conhecida militante no país africano que, desde fevereiro de 2014, pune homossexualidade com prisão perpétua

Ugandense é conhecida militante no país africano que, desde fevereiro de 2014, pune homossexualidade com prisão perpétua

Kasha Jacqueline Nabagesera, militante dos direitos LGBT da Uganda, foi uma das três vencedoras do Prêmio Right Livelihood , também conhecido como “Prêmio Nobel alternativo”. Os outros dois vencedores, anunciados na quinta-feira (01/10), dividirão um gratificação de 3 milhões de coroas suecas (equivalente a R$ 1,5 milhão).

Nabagesera, que é lésbica e abandonou sua carreira como contadora para militar pela causa, recebeu o prêmio por sua “coragem e persistência, apesar da violência e intimidação, em trabalhar para o direito de que a comunidade LGBT viva livre do preconceito e da perseguição”, afirmou a organização em nota.

“O prêmio é uma tremenda honra e reconhecimento de todo o trabalho que eu e mais um punhado de ativistas iniciamos mais de 10 anos atrás. O prêmio irá apoiar nosso trabalho, proteger nossa comunidade e abrirá portas para o diálogo com aqueles que não entendem que os direitos humanos pertencem a todos”, declarou Nabagesera.

A Uganda é um dos países que mais reprime a comunidade LGBT: no ano passado, criou-se uma lei que pune a homossexualidade com prisão perpétua, que gerou críticas da comunidade internacional e de ONGs de direitos humanos ao redor do mundo. Além disso, segundo a legislação, assinada em 24 de fevereiro de 2014, a “promoção e o reconhecimento” de atos homossexuais são passíveis de 14 anos de cárcere.

Os outros dois vencedores do prêmio foram a canadense Sheila Watt-Cloutier, ativista dos direitos das comunidades inuits, chamadas popularmente de esquimós, no Ártico; e o cirurgião italiano Gino Strada, fundador da organização Emergency, que disponibiliza clínicas, postos de saúde e pessoal médico em zonas de guerra.
O chefe de diplomacia, Tony de Brum, e o povo das Ilhas Marshall receberam o Prêmio Honorário Livelihood, por sua defesa do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares.
Promovido anualmente pelo Parlamento da Suécia, o “Prêmio Nobel alternativo” tem o objetivo de “honrar e apoiar os que oferecem respostas práticas e exemplares aos desafios mais urgentes” enfrentados pela humanidade atualmente. Neste ano, 128 pessoas disputaram o prêmio.
Da esquerda para a direita: Sheila Watt-Cloutier, Tony de Brum, Kasha Jacqueline Nabagesera e Gino Strada

Da esquerda para a direita: Sheila Watt-Cloutier, Tony de Brum, Kasha Jacqueline Nabagesera e Gino Strada

Reprodução: Facebook

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Pedido em vagão de metrô esquenta debate sobre casamento gay na China
   1 de outubro de 2015   │     0:00  │  0

No interior do trem, um homem se ajoelha e pede para que passageiros sirvam de testemunhas

No interior do trem, um homem se ajoelha e pede para que passageiros sirvam de testemunhas

Um pedido de casamento provocou intenso debate nas mídias sociais na China. Isso porque foi feito de um homem para outro.

O local não parecia ser o mais romântico do mundo para se fazer “a” pergunta, mas quando um homem se ajoelhou diante de seu namorado no interior de um vagão do metrô de Pequim, passageiros sacaram seus smartphones para gravar o evento.

Milhares de usuários do Weibo, a principal ferramenta de mídia social chinesa, vêm mencionando o episódio. Um vídeo foi postado pelo usuário Bai Yiyan Vina.

“Estava, como de hábito, pegando o trem para casa, mas encontrei de forma inesperada um casal apaixonado. Foi incrível!”

Os dois homens não poderão se casar na China. A legislação do país não prevê uniões do mesmo sexo, mas casais chineses já viajaram para se casar nos EUA, incluindo sete deles que ganharam um concurso promovido pelo gigante do varejo online Alibaba.

E, embora alguns passageiros no metrô tenham gritado palavras de ordem contra o casal, a maioria dos comentários no Weibo mostrava apoio ao romântico pedido.

  Diferenças culturais

“Aos que chamaram (o episódio) de nojento: vocês não são qualificados para julgar os outros”, foi um comentário curtido mais de 600 vezes. Outro post popular elogiou o casal pela coragem de expressar seus sentimentos. Uma proporção menor de usuários discordou e algumas mulheres aproveitaram para lamentar sua falta de sorte na procura de um parceiro.

Em julho, a decisão da Corte Suprema dos Estados Unidos de legalizar o casamento gay teve grande repercussão na China. Mas os dois países têm dinâmicas bem diferentes na abordagem política na questão dos direitos das minorias sexuais, de acordo com Timothy Hildebrandt, professor do departamento de Ciências Sociais da London School of Economics e estudioso do movimento LGBT na China.

“Nos EUA, as divisões sobre o assunto têm caráter religioso. Na China, se as pessoas são homofóbicas, isso não faz parte de uma doutrina”, explica Hildebrandt.

O professor explica que as atitudes dos chineses em relação à homossexualidade variam imensamente. Há desde os que jamais encontraram uma pessoa abertamente gay ou transexual e sequer saibam o que é a homossexualidade aos que acreditam que ela não existe na China. Ao mesmo tempo, porém, há o crescimento da aceitação de gays, transexuais e transgêneros em áreas urbanas.

Em 2001, a homossexualidade foi removida da lista de doenças mentais da Associação Chinesa de Psiquiatria. Campanhas de prevenção ao HIV ofereceram aos grupos gay chances de falar sobre seus problemas. Mas Hildebrandt ressalta que os efeitos da “política do filho único” chinesa – que durante décadas multou casais que tivessem mais de uma criança – aumentaram a pressão sobre filhos únicos.

Segundo Hildebrandt, muitos pais veem o fato de seu filho único ser gay como o fim do sonho de terem netos. “É uma pressão desproporcional sobre gays. Mas as atitudes estão mudando, assim como no resto do mundo. Por meio de mídia sociais, as pessoas na China estão aprendendo sobre direitos LGBT”, completa.

Fonte:

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