Monthly Archives: julho 2012

Tragédia da vida real vira filme
   12 de julho de 2012   │     1:00  │  0

Há alguns anos, um relacionamento homessexual se transformou em filme premiado pela crítica de Hollywood: O Segredo de Brokeback Mountain. Agora, a trajetória de outro casal, que começou a fazer sucesso no YouTube, está próximo de chegar às telonas: a emocionante história de Shane Crone e Tom Bridegroom.

O caso dos dois ficou conhecido graças a um vídeo de pouco mais de dez minutos que foi publicado no YouTube. Nele, Crone conta a história do relacionamento com Tom, que acabou falecendo após cair de um telhado em Paris. O “pequeno documentário” mostra momentos felizes do casal e também revela como os dois lutaram contra um enorme preconceito, especialmente da família conservadora de Bridgeroom.

As cenas são um compilado de fotos, algumas com legendas, que revelam detalhes da vida do casal: como um cachorrinho que eles adotaram juntos, a rejeição da família de Tom – que chegou a ser chamado de pecador, internado em um hospital e ameaçado com uma arma – e o apoio dos familiares e amigos de Shane.

O rapaz, emocionado, também aparece chorando e dando declarações durante o vídeo, que revela ainda que ele foi ainda maltratado pela família do ex-companheiro após o seu falecimento. Apesar de ter vivido junto de Tom durante alguns anos – já que a união dos gays não é legal na cidade onde moravam -, ele não pode nem denunciar os pais por impedirem o seu direito, já que para o governo os dois eram apenas “colegas de quarto”.

A gravação foi publicada no último dia 6 de maio. Hoje, pouco mais de dois meses depois, já foi assistida por mais de dois milhões de pessoas. Tanto sucesso chamou a atenção de Linda Bloodworth Thomason, diretora de cinema da Califórnia, onde o casal vivia. Ela se comunicou com Shane e então lançou no Kickstarter um projeto para arrecadar US$ 30 mil (cerca de R$ 60 mil) para a produção de um filme baseado na história dos dois, chamado de “Bridegroom: an american love story”.

Até o momento, faltando ainda mais de uma semana para o fim da arrecadação, o projeto já foi apoiado por cerca de seis mil pessoas e juntou quase dez vezes o valor proposto: US$ 290 mil (R$ 580 mil).

Assista o vídeo watch?feature=player_detailpage&v=pR9gyloyOjM

 

ONU afirma que criminalização da homossexualidade atrapalha no combate da aids
   11 de julho de 2012   │     1:00  │  0

Os principais jornais do País apresentaram informações sobre o relatório “HIV e Direito: riscos, direito e saúde”, elaborado pela Comissão Global sobre HIV e Direito, lançado em, 09 de julho, em Nova York, que traz um panorama dos problemas ligados à aids no mundo.

O Jornal Estado de S. Paulo divulgou ontem, 10 de julho, uma reportagem apresentando a questão do acesso aos antirretrovirais. Segundo o jornal, apesar de um crescimento de 22 vezes no acesso a estas drogas entre 2001 e 2010, metade dos adultos e três quartos das crianças que precisam ainda não têm os remédios necessários.

Um dos enforques dados pelo jornal Folha de S. Paulo foi o do panorama da criminalização de atividades sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Isso ocorre em 78 países do mundo. Segundo o jornal, essas leis e práticas desencorajam as pessoas a divulgarem a sua condição e a procurarem serviços de saúde.

Advogados com atuação na área da saúde disseram à Agência de Notícias da Aids que concordam com os apontamentos do relatório “HIV e Direito: riscos, direito e saúde”, apresentado pela ONU na última segunda-feira, acreditando que a criminalização da transmissão do HIV atrapalham as estratégias de prevenção e excluem diversos grupos da população do acesso a seus direitos.

Leis que criminalizam a transmissão, mesmo involuntária, do vírus HIV, que proíbem a homossexualidade, a prostituição e os programas de redução de danos para usuários de drogas estão dificultando e até mesmo impedindo os avanços no controle da epidemia de aids no mundo.

O relatório da Comissão Global sobre Aids e Leis das Nações Unidas, que foi divulgado segunda-feira (9) em Nova York, mostra que metade do mundo tem leis que ou são direcionadas aos portadores da doença ou podem ser usadas para discriminar, controlar e dificultar o tratamento – até mesmo no Brasil, um dos países citados como exemplares no relatório.

O estudo, coordenado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, levantou dados de 140 nações, ouviu mais de 700 pessoas envolvidas no tratamento e descobriu que, apesar de 123 países terem leis que protegem os portadores de HIV diretamente ou por meio de legislações de direitos humanos, na maioria deles as normas são “ignoradas, frouxamente aplicadas ou agressivamente desrespeitadas”.

Seja por questões culturais ou religiosas, mesmo nos países com leis mais avançadas, os grupos vulneráveis são quase invisíveis e raramente conseguem apelar à Justiça.

Cláudio Pereira, advogado e presidente do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), explica que criminalizar a transmissão do HIV pode afastar as pessoas do teste e da prevenção, o que acarretaria um maior número de infecções e um aumento nos gastos com o tratamento. “Além do fato de dar mais margem ao preconceito, porque se você criminaliza a transmissão, você aumenta o estigma e a discriminação sobre a doença e impõe ao portador a responsabilidade pela epidemia”, diz.

Para Áurea Abbade, advogada e presidente do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (Gapa), na relação sexual a responsabilidade é das duas partes envolvidas. “Se uma pessoa tem relação com um desconhecido, então ela tem que se prevenir. Ela deve ser responsável e exigir a camisinha, ou está correndo um risco, e um risco consciente”, disse. A jurista só faz uma exceção em casos de violência sexual, quando acredita que deve haver penalização “principalmente se houver transmissão, que é um agravante”, diz.

O Código Penal Brasileiro não considera como crime a transmissão do vírus HIV, embora existam casos em que a Justiça tenha entendido como tentativa de homicídio.

Áurea completa dizendo que “na medida em que se criminaliza a transmissão, se faz com que a pessoa omita o fato de ter o vírus. Tanto para outras pessoas quanto para ela mesma, podendo deixar de fazer o tratamento. É necessária uma campanha contínua de informação, para que saibam o que é realmente a doença e que ela não é uma sentença de morte declarada”.

Marcelo Britto Guimarães, advogado e consultor jurídico em HIV/Aids, pontua que as populações excluídas de forma discriminatória – o que inclui aquelas envolvidas nas leis de criminalização – são excluídas do sistema de saúde. “A criminalização acaba excluindo os grupos de seus direitos, especialmente o acesso à saúde. De forma indireta, isso vai na contramão da prevenção e promoção dos direitos dessas pessoas”, finalizou.

Hoje, mais de 60 países penalizam a transmissão do HIV, dentre eles o Canadá, alguns estados dos Estados Unidos, países da África, Ásia, América Latina e Europa. Nestas nações mais de 600 pessoas estão sendo condenadas por este crime, informa o relatório da ONU.

Rede de lojas Ricardo Eletro é condenada em 30 mil reais por homofobia
   10 de julho de 2012   │     1:00  │  1

A rede de lojas Ricardo Eletro, foi condenada a indenizar em R$ 30 mil, um funcionário que trabalhava como vendedor em Vitória (ES), a vítima acusa um gerente por ofensas homofóbicas. A decisão unânime foi da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que confirmou a condenação imposta pela Justiça do Trabalho da 17ª Região (ES).

A loja também irá indeniz a vítima arcando com as despesas  durante um ano, em pagamentos mensais de R$ 250 para auxiliar o vendedor na compra de medicamentos para tratamento de depressão. No processo, o vendedor diz que desde o início foi tratado com rigor excessivo pelo gerente de vendas e que era chamado de gay na frente dos colegas de trabalho, além de ser tratado com palavras grosseiras, como “lerdo, incompetente, moleque e sem dignidade”. O gerente também dizia que ele “tinha voz de gay” e fazia brincadeiras de mau gosto, como a de citar seu nome e dizer que, à noite, ele se chamava “Alice no País das Maravilhas”.

Google lança nova campanha em prol do Casamento LGBT
   9 de julho de 2012   │     12:00  │  0

A internet motor de busca Google lançou o “Legalize Love”, uma campanha que mostra o seu apoio o casamento homossexual, relata Dot429. Em uma declaração por escrito do Google descreve “Legalize Love ‘como” uma campanha para promover condições mais seguras para as pessoas gays e lésbicas dentro e fora do escritório em países com leis anti-gays nos livros. ”

Mark Palmer-Edgecumbe, chefe do Google, da diversidade, delineou a iniciativa em uma Cúpula Global Workplace LGBT em Londres no sábado, dizendo: “Queremos que nossos funcionários que são gay ou lésbica ou transgênero para ter a mesma experiência fora do escritório como eles fazem no escritório. é obviamente uma peça muito ambicioso de trabalho.

A campanha lançada oficialmente sábado na Polônia e Cingapura. Google planeja, eventualmente, expandir a iniciativa para todos os países onde a empresa tem um escritório, e incidirá sobre lugares com culturas homofóbicos, onde as leis anti-homossexuais existem.

Palmer-Edgecumbe também falou sobre a decisão de lançar a fase inicial em um país como Cingapura, dizendo: “Cingapura quer ser um centro financeiro global e líder mundial e podemos colocá-los sobre o fato de que ser um centro mundial e líder mundial significa que você tem que tratar todas as pessoas o mesmo, independentemente da sua orientação sexual. ”

Esta não é a primeira vez que o líder internet tem mostrado o seu apoio à igualdade. Em fevereiro Google celebra Dia dos Namorados com um romance de temática animado Google Doodle que oferecia um aceno de cabeça aos usuários LGBT

Democrata Barney Frank é o 1º parlamentar a oficializar união gay
     │     1:00  │  4

O parlamentar democrata Barney Frank se casou neste sábado com seu parceiro James Ready, tornando-se o primeiro parlamentar americano a oficializar uma união gay.

Segundo o democrata Al Green (Texas), que esteve na cerimônia, o governador do Estado americano de Massachusetts, Deval Patrik, discursou no evento e brincou ao dizer que Frank, 72, e Ready, 42, prometeram “amar um ao outro em governos democratas ou republicanos”, e “mesmo após aparições na (rede de TV) Fox News”.

“Barney estava radiante”, contou Green. Segundo ele, Frank — que é defensor dos direitos gays e um dos autores da reforma econômica de Wall Street– chorou durante a cerimônia.

Após trocarem seus votos, Frank e Ready se abraçaram. “Não foi diferente de nenhum outro casamento que eu já fui e que tinham duas pessoas apaixonadas”, disse Green.

Parlamentar por Massachusetts, Frank é abertamente gay desde o final dos anos 1980. Ele e Ready estão juntos desde 2007.

CASAMENTO GAY
Em maio, o presidente americano, Barack Obama, apoiou publicamente o casamento gay, tema que deve estar em evidência nas eleições presidenciais de novembro.

Seu rival republicano, Mitt Romney, é contrário e diz que as uniões devem ser apenas entre um homem e uma mulher.

Oito dos 50 Estados americanos e o distrito de Columbia permitem o casamento gay. De acordo com pesquisas de opinião, a maioria dos americanos é a favor das uniões.

Em 2004, Massachusetts tornou-se o primeiro Estado a permitir os casamentos gays. Desde então, mais de 18 mil casais homossexuais se uniram no Estado, de acordo com a MassEquality, grupo de defesa dos direitos gays.

Fonte: Folha