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Como acessar o SUS para questões de Transição?
   18 de março de 2021   │     19:33  │  0

Por: Bruna Benevides – Segunda-Sargenta da Marinha do Brasil, e há 21 anos ingressou na carreira militar.  Uma trajetória comum, mas cercada pela transfobia. Militante e defensora dos direitos humanos da população LGBTI, em especial das pessoas trans e travestis, ela também é coordenadora e articuladora do Instituto Brasileiro Trans de Educação e presidenta do Conselho LGBT de Niterói.    Dentre outras atividades, Bruna também é vice-presidente da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBT.

 


Constante são as procuras sobre as dúvidas em relação para acesso ao processo transexualizador do SUS e sobre quais procedimentos temos garantido o direito, além do funcionamento e fluxo de atendimento.

Organizamos algumas informações, mas é imprescindível que todas as pessoas possam ler e acessar a Politica Nacional de Saúde Integral LGBTI do Ministério da Saúde e a própria portaria que instituiu o processo Transexualizador do SUS.

Em 2006, o SUS introduziu, por meio da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, o direito ao uso do nome social, pelo qual travestis e transexuais se identificam e escolhem ser chamados socialmente – e não apenas nos serviços especializados que já os acolhem, mas em qualquer outro da rede pública de saúde. O Processo Transexualizador foi instituído em 2008, passando a permitir o acesso a procedimentos com hormonização, cirurgias de modificação corporal e genital, assim como acompanhamento multiprofissional. O programa foi redefinido e ampliado pela Portaria 2803/2013, passando a incorporar como usuários do processo transexualizador do SUS os homens trans e as travestis, tendo em vista que até então apenas as mulheres trans eram assistidas pelo serviço.

Não utilizamos o termos Afirmação de Gênero, pois partimos de uma ideia onde nenhuma modificação corporal (ou a ausência dela), apesar de serem importantes, definem nossa transgeneridade e que nosso gênero já está muito bem estabelecido quando optamos por qualquer mudança. Portanto, utilizamos o termo cirurgias de modificações corporais quando nos referirmos aos procedimentos cirúrgicos.

A criação do processo transexualizador do SUS sinaliza-se como importante avanço na universalização desta à população trans brasileira e uma grande conquista dos movimentos sociais. Contudo, a efetivação desse programa ainda coloca alguns desafios para gestores e trabalhadores do SUS. Mas especialmente pela população Trans, visto que ainda são poucos serviços e há questões que limitam o acesso a maior parte de nossa população.

O cuidado com a população trans é estruturado por dois componentes: a Atenção Básica e a Atenção Especializada. A Básica refere-se à rede responsável pelo primeiro contato com o sistema de saúde, pelas avaliações médicas e encaminhamentos para tratamentos e áreas médicas mais específicas e individualizadas.

A Especializada é dividida em duas modalidades: a ambulatorial (acompanhamento psicoterápico e hormonização) e a hospitalar (realização de cirurgias de modificação corporal e acompanhamento pré e pós-operatório).

Para todas as pessoas, a idade mínima para procedimentos ambulatoriais é de 18 anos. Para os hospitalares, ela aumenta para 21 anos. Qualquer indivíduo pode procurar o sistema de saúde público e é seu direito receber atendimento humanizado, acolhedor e livre de discriminação.

Até o momento, de acordo com o Ministério da Saúde, os únicos hospitais que podem realizar cirurgias de transgenitalização no Brasil pelo SUS são o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, o HC da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, o HC da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, o HC da Universidade de São Paulo e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Apenas três unidades fazem acompanhamento preventivo, com foco em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Uma das unidades está na capital de São Paulo; outra, em Campinas; e a terceira, em Porto Alegre.

Para ter acesso aos serviços do processo transexualizador do SUS, é preciso solicitar encaminhamento na unidade básica de saúde mais próxima da sua residência. Os procedimentos mais procurados são a hormonização, seguidos de implantes de próteses mamárias e cirurgia genital em travestis e mulheres trans, assim como a mastecomia e histerectomia no caso dos homens trans. A faloplastia ainda é feita em caráter experimental no Brasil.

Importante atentar para as filas de acesso – que hoje variam em mais de 10 anos para a redesignação sexual, e buscar informações sobre os procedimentos necessários para acesso a tratamento fora de domicílio (TFD) pelo SUS, para aquelas pessoas que moram em cidades onde não hajam serviços especializados.

Requisitos básicos para acesso ao processo Transexualizador:

  • Maior de 18 anos para iniciar processo terapêutico e realizar hormonização;
  • Maior de 21 anos para cirurgias de redesignação sexual, com indicação médica; e
  • Necessidade de avaliações psicológicas e psiquiátricas durante um período de 2 anos, com acompanhamentos e diagnóstico final que pode encaminhar ou não a paciente para a cirurgia tão aguardada.

IMPORTANTE: A cirurgia plástico-reconstrutiva da genitália externa, interna e caracteres sexuais secundários não constitui crime de mutilação previsto no artigo 129 do código penal brasileiro, haja vista que tem o propósito terapêutico (RESOLUÇÃO CFM nº 1.652/2002)

Desde junho deste 2019, a transexualidade não está mais na lista de doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a entidade, a transexualidade passa a integrar como “incongruência de gênero” a categoria denominada “condições relativas à saúde sexual”.

Principais alterações na Resolução 2265/2019 do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre o cuidado específico à pessoa transgênera:

• A adoção da nomenclatura médica da transexualidade como “incongruência de gênero” nos termos da atualização da CID feita pela OMS em junho de 2018;
• A previsão do Projeto Terapêutica Singular (PTS) que servirá para elaborar o conjunto de propostas terapêuticas articuladas do paciente, que deve ser objeto de discussão coletiva da equipe multiprofissional e interdisciplinar com participação de cada indivíduo e de seus responsáveis legais; .
• Para crianças e adolescentes na pré-puberdade: previsão somente do acolhimento e do acompanhamento por equipe multiprofissional e interdisciplinar; .
• Para crianças e adolescentes em puberdade: previsão da possibilidade de bloqueio hormonal que consiste na interrupção da produção de hormônios sexuais, impedindo o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários do sexo biológico. Prática condicionada à anuência da equipe multiprofissional e do responsável legal do paciente;
• Para adolescentes a partir dos 16 anos: previsão da possibilidade da hormonoterapia cruzada que é a reposição hormonal na qual os hormônios sexuais e outros medicamentos são administrados nas pessoas trans para desenvolverem a feminização ou masculinização de acordo com a sua identidade de gênero. Prática condicionada à anuência da equipe multiprofissional e do responsável legal do paciente; • Previsão de realização de procedimento cirúrgico somente a partir dos 18 anos e com acompanhamento prévio mínimo de 01 ano por equipe multiprofissional e interdisciplinar; e .
• Avanço na cirurgia de metoidoplastia para homens trans que deixa de ter caráter experimental.

Contudo a portaria do SUS ainda não foi atualizada, onde os requisitos permanecem os mesmos da Portaria vigente. 

Lembramos ainda sobre a necessidade de seguir atentas junto ao ministério da saúde, pois é lá que as recomendações precisam de fato ser homologadas para entrar em prática, e o cenário que temos naquele ministério é o pior possível. Visto os desmontes que temos acompanhado desde a Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos, que congelou o investimento nas políticas de saúde, alem dos retrocessos e constantes ataques ao SUS.

Desta forma seguiremos na luta pela despatologização das identidades Trans, e o contra o ato médico sobre nossos corpos. Sempre em busca da garantia do respeito a autonomia do sujeito, sua autodeterminação e o acesso à saúde sem um viés biologizante ou genitalista.

Lista de unidades de saúde no Brasil<img class=”i-amphtml-intrinsic-sizer” style=”max-width: 100%; display: block !important;” src=”data:;base64,” alt=”” />

  • Centros de referência com atendimento ambulatorial e hospitalar (cirúrgico):
Hospital Cidade
UFG – Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás Goiânia/GO
UFRGS – Hospital de Clínicas de Porto Alegre Porto Alegre/RS
UFP – Hospital das Clínicas Recife/PE
UERJ – Hospital Universitário Pedro Ernesto Rio de Janeiro/RJ
FMUSP – Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina São Paulo/SP

 

  • Ambulatórios do SUS:
Ambulatório Cidade
CPATT – Centro de Pesquisa e Apoio a Travestis e Transexuais Curitiba/PR
Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Rio de Janeiro/RJ
Hospital Universitário Professor Edgard Santos Salvador/BA
Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS São Paulo/SP
Ambulatório do Hospital das Clínicas de Uberlândia Uberlândia/MG
Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes Vitória/ES

 

  •  Ambulatórios das redes de saúde estaduais:
Ambulatório Cidade
Ambulatório Transexualizador da Unidade Especializada em Doenças Infectoparasitárias e Especiais Belém/PA
Ambulatório de atenção especializada no Processo Transexualizador do Hospital Eduardo de Menezes Belo Horizonte/MG
Ambulatório Trans do Hospital Dia Brasília/DF
Ambulatório LGBT Darlen Gasparelli Camaragibe/PE
Ambulatório de Saúde de Travestis e Transexuais do Hospital Universitário Maria Pedrossian Campo Grande/MS
Centro de Saúde Campeche Florianópolis/SC
Centro de Saúde Estreito Florianópolis/SC
Centro de Saúde Saco Grande Florianópolis/SC
Ambulatório de Saúde Trans do Hospital de Saúde Mental Frota Pinto Fortaleza/CE
Ambulatório de Transexualidade do Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi Goiânia/GO
Ambulatório para travestis e transexuais do Hospital Clementino Fraga João Pessoa/PB
Ambulatório de Saúde Integral Trans do Hospital Universitário da Federal de Sergipe Lagarto/SE
Ambulatório LGBT Patrícia Gomes, Policlínica Lessa de Andrade Recife/PE
UPE, Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros Recife/PE
Ambulatório LBT do Hospital da Mulher Recife/PE
Ambulatório de Estudos em Sexualidade Humana do HC Ribeirão Preto/SP
Ambulatório do Centro Estadual de Diagnóstico, Assistência e Pesquisa Salvador/BA
Ambulatório trans do Hospital Guilherme Álvaro Santos/SP
Ambulatório Municipal de Saúde Integral de Travestis e Transexuais São José do Rio Preto/SP
Ambulatório AMTIGOS do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas São Paulo/SP
Ambulatório Roberto Farina, UNIFESP São Paulo/SP
UBS Santa Cecília São Paulo/SP
Ambulátorio de Saúde Integral de Travestis e Transexuais João W. Nery Niterói/RJ

Por Bruna Benevides

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Ministério da Saúde lança campanha de prevenção a HIV em aplicativo gay
   2 de agosto de 2016   │     0:00  │  0

Essa não é a primeira iniciativa do tipo feita pela governo. No ano passado, uma ação veiculada no Tinder gerou polêmica ao inserir perfis falsos que anunciavam pessoas interessadas em “sexo sem camisinha e sem frescura".

Essa não é a primeira iniciativa do tipo feita pela governo. No ano passado, uma ação veiculada no Tinder gerou polêmica ao inserir perfis falsos que anunciavam pessoas interessadas em “sexo sem camisinha e sem frescura”.

O Ministério da Saúde lançou ontem “01 de agosto”, uma nova campanha em parceria com um aplicativo de encontros para informar sobre a prevenção contra o HIV. As ações devem ocorrer durante o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O foco da campanha são usuários do Hornet, voltado principalmente para o público gay.

A partir de ontem, segunda-feira, usuários do aplicativo começaram a receber mensagens que informam sobre o projeto e acesso à camisinha e outros meios de prevenção. A campanha, chamada de Close Certo, segue até 18 de setembro.

Essa não é a primeira iniciativa do tipo feita pela governo. No ano passado, uma ação veiculada no Tinder gerou polêmica ao inserir perfis falsos que anunciavam pessoas interessadas em “sexo sem camisinha e sem frescura”. Perfis falsos iniciavam a conversa dizendo: “E aí, curte sexo sem camisinha?” Em seguida, vinha a mensagem: “Olha, é difícil saber quem tem HIV. Se divirta, mas se proteja”.

A campanha, no entanto, irritou o Tinder. Neste ano, para evitar novos problemas, o Ministério da Saúde mudou a abordagem e sinalizou os usuários que devem passar informações sobre a campanha. A iniciativa também foi planejada em parceria com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e a Unesco.

Fonte: Agencia de Noticias Aids

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Governo Federal lança campanha sobre saúde de mulheres lésbicas e bissexuais
   18 de setembro de 2015   │     0:00  │  0

.Ação é mais uma etapa de uma grande campanha de valorização da saúde de populações em situação de vulnerabilidade social.

O Ministério da Saúde (MS) lançou dia 02 de setembro, em parceria com as Secretarias de Políticas para as Mulheres (SPM) e de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), a campanha sobre a saúde integral das mulheres lésbicas e bissexuais. O lançamento da campanha esta semana acontecei em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado em 29 de agosto. A ação é mais uma etapa de uma grande campanha de valorização da saúde de populações em situação de vulnerabilidade social intitulada ‘Políticas de equidade. Para tratar bem de todos’.

A solenidade aconteceu no auditório Emílio Ribas, na sede do MS, e contou com as presenças do ministro da saúde, Arthur Chioro; Eleonora Menicucci, ministra da SPM; Pepe Vargas, ministro da SDH; da deputada federal Érika Kokay, membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados ; Verônica Lourenço, conselheira nacional de saúde e representante da Liga Brasileira de Lésbicas e do secretário substituto da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do MS, Rogério Carvalho.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, refletiu que não é possível falar em consolidação de direitos dos usuários, de integralidade e equidade, dentro do SUS, sem respeito às especificidades de saúde de grupos minoritários e marginalizados. “Não podemos falar da concretização da saúde como direito de todos enquanto tivermos pessoas excluídas. Nenhuma mulher lésbica ou bissexual pode deixar de ser incluída ou ser tratada com preconceito ou ter o seu acesso aos cuidados necessários para a sua saúde colocados em segundo plano”, disse.

LESBOFOBIA E MISOGINIA – Segundo dados apresentados pelo secretário da SGEP, secretaria responsável pela condução da Política Nacional de Saúde Integral da População de Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), as mulheres são maioria entre a população brasileira (97 milhões, segundo o IBGE), assim como estão em maior número entre os usuários e trabalhadores do SUS.

“Mais de 68 mil mulheres, entre 10 e 60 anos, sofreram violências no ano de 2014. As mulheres lésbicas e bissexuais, além da violência que as afeta simplesmente por serem mulheres, também são alvo de violência por homofobia, lesbofobia e bifobia. É importante ressaltar que essas políticas de equidade reafirmam e colocam em outro patamar o debate da saúde como um direito”, disse Rogério Carvalho.

EQUÍVOCOS E PRESSUPOSIÇÕES – Uma das queixas mais recorrentes feitas por usuárias lésbicas e bissexuais nos serviços de saúde diz respeito à crença de que, por não manterem relações sexuais com homens, estas mulheres possam estar menos propensas a doenças como cânceres de mama e colo de útero, o que pode fazer com que a prevenção dessas doenças seja negligenciada. “Nossa prática sexual não pode ser alvo de discriminação e de ‘desatendimento’”, disse a conselheira nacional de saúde, Verônica Lourenço.

CONQUISTAS – Desde que foi instituída pelo MS por meio da Portaria 2836, de 2011, a Política Nacional de Saúde Integral LGBT tem como meta estimular e orientar as políticas de saúde para o respeito às especificidades e necessidades da população LGBT dentro do SUS. Em 2004, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher já preconizava, pela primeira vez, ações de saúde mais focadas e que consideram os determinantes sociais que atingem as mulheres.

Ao longo dos últimos anos, um dos avanços de maior destaque foi a inclusão dos campos nome social, orientação sexual e identidade de gênero na Ficha de Notificação de Violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), o que auxilia a gestão com informações para qualificar o planejamento de ações. A partir desses números, é possível melhorar o planejamento das ações de prevenção e promoção da saúde para essa população.

Outros avanços são a inserção do nome social no Cartão SUS; a criação de comitês técnicos consultivos de assessoramento à execução do Plano Operativo da Política Nacional de Saúde Integral LGBT; a inserção de campo para preenchimento da violência motivada por homofobia/lesbofobia/transfobia, também no SINAN.

PROTAGONISMO E RECONHECIMENTO – As ações em prol a reafirmação de direitos, atenção e cuidado à saúde da população LGBT, implementados pelo MS, demonstram o empenho do governo em eliminar preconceitos e discriminações que impliquem em comprometimento na qualidade de vida das populações minoritárias. “Com essa campanha, o MS está ajudando a acabar com a discriminação e o preconceito em nosso país”, refletiu o ministro da SDH, Pepe Vargas. “Em meio a tantos retrocessos, essa é uma campanha que reafirma o nosso compromisso com o processo civilizatório do nosso país”, reiterou o secretário da SGEP, Rogério Carvalho.

CAMPANHA – A campanha oferece informações para que os trabalhadores e profissionais de saúde possam prestar atendimento qualificado e que considere as necessidades específicas desta população, de modo que ela se sinta acolhida nos serviços de saúde. Além de ações nas mídias sociais, serão distribuídos 100 mil cartazes para secretarias de saúde e 20 mil folders destinados aos movimentos sociais, Comitês Estaduais e Municipais de Saúde das Populações de Gays Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). Todas as informações estão disponíveis no site www.saude.gov.br/saudelgbt.

Fonte: Assessoria de comunicação do Ministério da Saúde

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SUS notificará ocorrencias de punho homofobico nos registros dos hospitais publicos
   10 de fevereiro de 2015   │     0:00  │  0

Com esta nova determinação, casos como o ocorrido em Porto Alegre, ano passado, onde o jovem Willian dos Santos, de 20 anos, foi vítima de agressão homofobia, a partir de agora serão notificados, assim contribuindo em um levantamento mais amplo da homofobia em nosso país. 

O estudante Willian dos Santos, de 20 anos, foi agredido por dois homens com golpes de socos e pontapés na cidade de Porto Alegre.

O estudante Willian dos Santos, de 20 anos, foi agredido por dois homens com golpes de socos e pontapés na cidade de Porto Alegre ano passado.

Os ministros da Saúde, da Secretaria de Direitos Humanos e da Secretaria-Geral da Presidência assinaram na semana passada, uma portaria que tem pretende monitorar as ocorrências de casos de homofobia e transfobia no Brasil.

A ideia de criar o mapa da violência contra LGBT, além de reforçar a importância da lei de criminalização, é criar uma mudança no sistema de notificação de casos de violência e deixar visível qual é a orientação sexual e a identidade de gênero do paciente, além da motivação da agressão.

Até então, documentos para registro traziam apenas os dados gerais da vítima e o tipo de violência, que ficavam sob sigilo. “A violência já era notificação obrigatória no SUS desde 2005. Entretanto, não tínhamos anda que captasse o registro dessa informação em relação à orientação sexual e identidade de gênero. São informações decisivas”, afirma o ministro da saúde Arthur Chioro.

Ideli Salvatti, Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, afirma que a medida vai permitir acompanhar desde a notificação, a abertura do inquérito e a ação judicial para que a punição aconteça. “Enquanto o Congresso não aprova (a lei contra a homofobia e transfobia), temos que tomar as providências”.

É importante lembrar que, entre 2011 e 2014, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos recebeu 7.694 denúncias de violência contra a população LGBT.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Ministério da Saúde

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Ministério da Saúde lança campanha de prevenção às DST e aids para carnaval 2015
   5 de fevereiro de 2015   │     13:53  │  0

Ministério da Saúde está distribuindo aos Estados de todo o País 70 milhões de preservativos.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, acompanhado do governador Rui Costa e do secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas Boas, lança nesta sexta-feira (6), às 15h, no Museu do Ritmo, no bairro do Comércio, em Salvador, a campanha de prevenção ao vírus HIV, causador da Aids para o Carnaval 2015.
A ação do Ministério da Saúde (MS) este ano tem como principal objetivo informar o jovem para se prevenir contra o vírus da Aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito “camisinha + teste + medicamento” de prevenção combinada. Atualmente, são cerca de 400 mil pessoas em tratamento, com 22 medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo SUS.

Cenário
Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de Aids no Brasil. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de Aids novos ao ano. O coeficiente de mortalidade por Aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes em 2003, para 5,7 casos em 2013.
Camisinhas
Nos aeroportos de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Salvador e Recife estão instalados 34 displays para a retirada de camisinhas nos banheiros femininos e masculinos. Inicialmente, serão abastecidos com 195 mil preservativos. Neste ano, além do Carnaval, a campanha será estendida, com adaptações, para festas populares – como São João e outros eventos – durante todo o resto do ano.
Apenas para o período do Carnaval, o Ministério da Saúde está distribuindo aos Estados de todo o País 70 milhões de preservativos. Ao todo, os Estados já contam com estoque de 50 milhões de unidades para as ações cotidianas de prevenção, o que inclui o Carnaval. O quantitativo de camisinhas é definido com base no consumo médio mensal, além da capacidade de armazenamento e o estoque presente no almoxarifado. Nos últimos cinco anos, o Ministério da Saúde passou aos Estados 2,2 bilhões de preservativos.

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