Tag Archives: Jean Wyllys

Vou estuprar toda sua família e arrancar a cabeça! Veja as ameaças que levaram Jean Wyllys a sair do Brasil
   25 de janeiro de 2019   │     18:08  │  0

“Vou te matar com explosivos”, “já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”, “vou quebrar seu pescoço”, “aquelas câmeras de segurança que você colocou não fazem diferença”. Nos últimos dois anos, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) viveu uma rotina semanal de ameaças de morte . Disparadas pelas redes sociais, no e-mail e telefone do gabinete em Brasília, ou no e-mail pessoal do próprio deputado, os textos levaram a Polícia Federal a abrir cinco investigações sobre as ameaças e obrigaram o deputado a andar com escolta policial desde março do ano passado.

O GLOBO teve acesso nesta sexta-feira ao conteúdo de dezenas de ameaças contra Wyllys. Marcadas por declarações de ódio e de preconceito, elas se avolumaram ao ponto de fazer o parlamentar desistir de assumir o terceiro mandato como deputado federal, para o qual havia sido eleito em outubro passado com pouco mais de 24 mil votos.

 

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Jean Wyllys desiste do mandato e deixará o país após ameaças de morte
   24 de janeiro de 2019   │     16:16  │  0

Primeiro parlamentar gay a assumir a bandeira LGBT no Congresso, o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) anunciou nesta quinta-feira (24) que vai abrir mão do novo mandato para o qual foi reeleito em outubro e deixar o Brasil. As duas decisões, segundo ele, foram motivadas por ameaças de morte e perseguições que tem sofrido.

“Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé! ✊”, publicou o deputado em suas redes sociais.

Jean Wyllys reproduziu, na publicação, a entrevista exclusiva que deu à Folha de S.Paulo em que explica os motivos de desistir da vida política e deixar o país para se dedicar à carreira acadêmica. Ele afirma que não pretende voltar a morar no Brasil. O deputado conta que vive sob escola policial desde o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, também do Psol.

“Nunca achei que as ameaças de morte contra mim pudessem acontecer de fato. Então, nunca solicitei escolta. Mas, quando rolou a execução da Marielle, tive noção da gravidade. Além dessas ameaças de morte que vêm desses grupos de sicários, de assassinos de aluguel ligados a milícias, havia uma outra possibilidade: o atentado praticado por pessoas fanáticas religiosas que acreditavam na difamação sistemática que foi feita contra mim”.

Ele ressaltou que, mesmo sob escolta, foi xingado e empurrado várias vezes publicamente. Segundo Jean, também pesou em sua decisão a informação de que familiares de um ex-PM acusado de liderar o Escritório do Crime, uma falange de milicianos, trabalharam no gabinete do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

“Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário”, disse. “O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim”, acrescentou.

O parlamentar baiano afirmou que se sente “quebrado por dentro” devido a notícias falsas disseminadas contra ele no período eleitoral pelo deputado eleito Alexandre Frota (PSL-SP) e outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que o associavam à pedofilia. Frota foi condenado, em primeira instância, a indenizá-lo em R$ 295 mil, além de prestar serviço comunitário, por dano moral.

“A pena imposta, por exemplo, ao Alexandre Frota não repara o dano que ele produziu ao atribuir a mim um elogio da pedofilia. Eu vi minha reputação ser destruída por mentiras e eu, impotente, sem poder fazer nada. Isso se estendendo à minha família. As pessoas não têm ideia do que é ser alvo disso”, declarou.

Na entrevista à Folha, Jean disse que se ressente da falta de liberdade no Brasil e que sofreu muito para tomar a decisão. “Como é que eu vou viver quatro anos da minha vida dentro de um carro blindado e sob escolta? Quatro anos da minha vida não podendo frequentar os lugares que eu frequento?”, questiona.

“Essa não foi uma decisão fácil e implicou em muita dor, pois estou com isso também abrindo mão da proximidade da minha família, dos meus amigos queridos e das pessoas que gostam de mim e me queriam por perto”, explicou. Jean Wyllys disse que nunca quis virar mártir. “O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis’. E é isso: eu não quero me sacrificar”, declarou.

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Primeira Sessão da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos e Minorias é realizada em São Paulo
   25 de abril de 2013   │     22:44  │  0

São Paulo deu à luz nesta quinta-feira, dia 25 de abril, às 19 horas , na Praça Roosevelt, a Primeira Sessão da Comissão EXTRAORDINÁRIA! de Direitos Humanos e Minorias .

A sessão suprapartidária contou com a presença do cartunista Laerte e do deputado federal Jean Wyllys (Psol), além de outros deputados, artistas, ativistas e acadêmicos, que a cada dia confirmam sua presença e engrossam a lista dos que se opõem ao atual estado da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, desde que ela passou a ser presidida pelo deputado Marco Feliciano (PSC).

Na pauta, estarão alguns dos “temas proibidos” pelo pastor, como união civil homoafetiva, regulação das profissionais do sexo e aborto, além do próprio impasse em que se encontra a CDHM. A sessão funcionará como um espelho avesso da CDHM – refletindo as pautas, mas produzindo debates de outra qualidade. Enquanto a sessão em Brasília, na quarta-feira, será provavelmente fechada aos cidadãos, por ordem de Feliciano, a de São Paulo, no dia seguinte, será aberta à participação de todos os interessados.

Mais que um ato de negação a Feliciano, a Comissão EXTRAORDINÁRIA! é uma afirmação de valores ameaçados hoje, como a tolerância, a diversidade, a convivência, o diálogo, a inclusão e a construção de políticas públicas que se assentem sobre os princípio de um Estado laico, como determina a Constituição.

Como nas comissões formais, em Brasília, esta também estará composta por uma mesa, na qual estarão sentados parlamentares, ativistas e artistas. O público também terá direito à palavra por meio de inscrição prévia no momento.

Laerte e Jean Wyllys se beijam ao final da primeira sessão da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos. Depois do êxito na Praça Rosa o projeto irá rodar o Brasil.

A Sessão da Comissão EXTRAORDINÁRIA! é organizada por um coletivo de indivíduos e organizações que há meses já se articulam em torno do movimento Existe Amor em SP, entre elas a Conectas – organização internacional de direitos humanos fundada em São Paulo em setembro de 2001, com status consultivo no Conselho de Direitos Humanos da ONU e status de observadora na Comissão Africana de Direitos Humanos e dos Povos.

“Com essa situação na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, voltamos a um tempo onde nossa nação se encontra ‘subtraída em tenebrosas transações’, como cantou Chico Buarque pra se referir a manobras nos tempos da ditadura. Nós, parlamentares, estamos levando nossa luta pela dignidade de minorias para outros espaços na Câmara dos Deputados como, por exemplo, a subcomissão especial que acaba de ser criada Comissão de Cultura para tratar de assuntos relacionados à Cultura, Direitos Humanos e Minorias. A sociedade também precisa participar desse movimento. Precisamos ocupar todos os espaços que pudermos no sentido de nos pronunciarmos sobre acontecimentos que contestam a laicidade do estado e a justiça social. Esse evento da Conectas Direitos Humanos e do coletivo Existe Amor em SP é muito significativo por esse motivo”, disse o deputado Jean Wyllys (Psol).

“A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados está há quase 50 dias nas mãos de um dos políticos mais retrógrados, burlescos e caricatos do Brasil, apesar da quase unânime oposição dos brasileiros. Mas, no fundo, o deputado Feliciano só ficou com a sala da Comissão, o título de presidente e os holofotes da mídia. O coração está nas ruas. As minorias estão ativas. Os direitos humanos estão na Praça agora. Aqui, queremos fazer com que as conquistas históricas da área de direitos humanos não retrocedam um milímetro, queremos mostrar que o povo é capaz de pensar, debater, divergir e construir pontes entre as diferenças, avançando na direção de um País cada vez mais inclusivo, tolerante, diverso e solidário”, disse João Paulo Charleaux, coordenador de Comunicação da Conectas.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Dep. Federal Jean Wyllys

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10º Seminário Nacional LGBT tratará de “Religião e Diversidades”
   13 de abril de 2013   │     13:25  │  0

O evento contará com presença de líderes religiosos

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou que a Comissão de Cultura (CC) da Câmara dos Deputados aprovou requerimento que autoriza a realização do 10º Seminário LGBT do Congresso Nacional.

O evento terá como tema “Religião e Diversidades”, e será realizado dia 14 de maio. Deverão ser convidados para o seminário representantes de diversos setores, inclusive líderes religiosos.

A nota no site de Jean Wyllys diz que “o objetivo é debater e dialogar” para compreender como “um direito constitucional – de liberdade de crença – se relaciona com outras garantias constitucionais, partindo da compreensão da própria forma como essas instituições religiosas encaram questões concernentes à orientação sexual e/ou identidade de gênero dos indivíduos”.

A página do deputado e ativista gay cita ainda um artigo de Luciano Sampaio Gomes Rolim, que afirma não haver “hierarquia entre as diversas normas constitucionais” e que “no plano fático, a incidência delas sobre uma dada situação pode gerar uma colisão real entre os mencionados direitos constitucionais”.

O texto divulgado por Jean Wyllys em seu site afirma ainda que “por sermos uma sociedade formada por diferentes modos de vida, por diferentes religiões, por agnósticos e ateístas, o estado deve assegurar a cada cidadão a liberdade de crença, de não crença, e o direito de livre expressão da sua orientação sexual e/ou da sua identidade de gênero”.

Não foram revelados os nomes dos líderes religiosos que serão convidados para o Seminário LGBT do Congresso Nacional.

Por Tiago Chagas – Jornalista 

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