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Dono do maior hotel gay da América Latina fecha parceria com o Bulls
   11 de maio de 2022   │     10:34  │  0

Empresário Douglas Drumond

Empresário hoteleiro e fundador da Associação Casarão Brasil, Douglas Drumond, é integrante da mais conhecida família do ramo hoteleiro em Minas Gerais, o
grupo Ouro Minas. Com sua vasta experiência hoteleira, decidiu investir em um segmento pouco explorado o qual ele se tornou precursor no Brasil, que é
hotelaria para o público LGBTQIA+.

No ano de 2012 fundou o 269 Chilli Pepper Single Hotel, cujo investimento inicial foi de cerca de 12 milhões de reais. Com o objetivo de promover encontros, entreter e proporcionar bons momentos para seus hóspedes, o hotel no qual a construção se situa numa área de 2850
metros em São Paulo, foi reconhecido pelo Guia Louis Vuitton pelo sexto ano como um dos melhores hotéis da cidade, sendo hoje considerado o maior e melhor hotel só para homens de toda América Latina.

De acordo com a associação internacional de empresas, a Out Leadership, o Pink Money como é chamado o dinheiro investido por pessoas LGBT, movimenta cerca
de R$420 bilhões por ano no Brasil, além disso são responsáveis por gerar 7% do PIB nacional.

Pensando nesse mercado, o empresário mineiro Douglas Drumond acaba de fechar uma grande parceria com o Bulls, e seu hotel será um dos grandes patrocinadores do time que pertencente à Associação da Diversidade Esportiva LGBTQIA+, dispondo de modalidades esportivas como o futebol, handebol e vôlei.

Sendo muito ativos dentro dessas modalidades, ao longo do ano os times participam de diversos eventos de campeonatos por todo o país. “Nossa ideia é sempre buscar novas parcerias nesse mercado. Gostamos de patrocinar e apoiar projetos esportivos e culturais com assuntos voltados à nossa comunidade” completa Douglas.

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Morre filho de casal gay agredido em escola pública de São Paulo
   10 de março de 2015   │     0:00  │  2

Peterson Ricardo de Oliveira, de 14 anos, foi agredido por rapazes pelo simples fato de ter como pais adotivos um casal gay

Peterson Ricardo de Oliveira, de 14 anos, foi agredido por rapazes pelo simples fato de ter como pais adotivos um casal gay

Os sinais começam aparecer aqui e ali, mas é cada vez mais nítido que o discurso de ódio fundamentalista está colhendo frutos e sendo usado como desculpa para discriminar, excluir, massacrar e agredir não só homossexuais mas sim a todos que não se adequem aos padrões tradicionais impostos por este satanismos desacelerado, camuflado em liberdade religiosa. Outros fatores como a cultura machista, racista, heterossexista e a ausência de políticas publicas, ainda vista como socialmente normal em nosso cotidiano, ainda majoritariamente contribui e muito com o aumento da homofóbica.

O adolescente Peterson Ricardo de Oliveira, de 14 anos, agredido no dia 5 deste mês simplesmente por ter como pais adotivos um casal de homossexuais, em São Paulo, é um exemplo escancaradamente comprovável e fundamentado, de como essas ações homofóbicas vistas ainda normal podem massacrar vidas.

Peterson não resistiu aos inúmeros golpes que recebeu na cabeça, e infelizmente veio a óbito na tarde de ontem, segunda-feira (9). Ele estava em coma desde a semana passada após se envolver em uma confusão em uma escola pública na Vila Jamil, em Ferraz de Vasconcelos, Grande São Paulo, no dia 5 deste mês.

“Eu não sabia que meu filho sofria preconceito por ser filho de um casal homossexual. O delegado que nos informou. Estamos tristes e decidimos divulgar o que aconteceu para que isso não se repita com outras crianças”, disse  aos prantos Márcio Nogueira, um dos pais do garoto.

Peterson estudava na mesma escola desde os seis anos. Um irmão de 15 anos, que frequenta o mesmo colégio, presenciou a agressão e confirmou que ele e o irmão sempre foram alvo de insultos em virtude de não se adequarem aos padrões familiar imposto pela sociedade.

Segundo o delegado Eduardo Boiguez Queiroz, da delegacia de Itaquaquecetuba, o adolescente brigou com alguns garotos na entrada da escola e passou mal quatro horas depois. Ele brincou, assistiu aula e depois passou mal. Ele já tinha um aneurisma.

A Secretaria Estadual de Educação e a Secretaria Estadual de Saúde negam a versão da família. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que não há nenhum registro de agressão no interior da unidade onde o adolescente estudava.

Infelizmente Peterson Ricardo de Oliveira é mais um pobre jovem que entra para a triste e sangrenta estatística de homofobia deste pais,   pesquisas recentes, como o estudo Discriminação em razão da Orientação Sexual e da Identidade de Gênero na Europa, do Conselho da Europa, identificaram que como resultado do estigma e da discriminação na escola, jovens submetidos ao assédio homofóbico são mais propensos a abandonar os estudos. Também são mais predispostos a contemplar a automutilação, cometer suicídio e se engajar em atividades ou comportamentos que apresentam risco à saúde, também foi constatado que jovens gays, são as maiores vitimas do bullying nas escolas.

Ações afetivas, positivas e afirmativas poderiam mudar essa triste realidade,  a exemplo do kit de combate à homofobia nas escolas “KIT ESCOLA SEM HOMOFÓBIA”  que foi desenvolvido por diversas entidades não governamentais, com a supervisão do Ministério da Educação, para ser distribuído a alunos do ensino médio de 6 mil escolas públicas, infelizmente após pressão da bancada religiosa no Congresso Nacional, a presidente vetou o material – composto por vídeos, cartilhas e manuais de orientação aos professores – em maio de 2011. Segundo Dilma, o kit era inadequado e fazia propaganda de orientações sexuais.

Vale também salientar, que o kit foi aprovado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que fez um alerta para a necessidade de combater o preconceito contra homossexuais nas escolas. Em entrevista a imprensa na época, a educação preventiva da Unesco no Brasil, Rebeca Ontero, disse esperar que as orientações da entidade sobre o tema fosse levado em conta pelo governo brasileiro, já que a homofobia é um problema crescente nas instituições de ensino do País. Infelizmente mais uma vez o governo brasileiro não deu ouvidos e ignorou o anseio das vitimas e o apelo da ONU.

E ai, quem responderá juridicamente pelo aceitamento de cada pessoa vitima de homofobia neste país,  e  pagará pelas vidas ceifadas ?  Com a palavra a bancada fundamentalista e a presidente Dilma Rousseff !

 

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