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Dia da Visibilidade Trans será comemorado em Alagoas com encontro de Direitos Humanos
   26 de janeiro de 2017   │     1:23  │  0

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Com o objetivo de debater sobre a realidade social que travestis e transexuais vivem no estado de Alagoas, na próxima segunda-feira, 30 de janeiro, o Governo do Estado de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, em parceria com o Conselho Estadual de Promoção dos Direitos LGBT de Alagoas, estará realizando o I ENCONTRO DE DIREITOS HUMANOS E VISIBILIDADE TRANS DO ESTADO DE ALAGOAS.

O evento ocorrerá na data citada acima, e será realizado no Palácio República dos Palmares, localizado na Rua Cincinato Pinto s/n – Centro – Maceió-Alagoas. O evento será realizado em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro.

A população de transexuais e travestis é reconhecidamente como uma das mais vulneráveis dentre as que compõem os grupos de diversidade sexual e de gênero. É alvo constante de cerceamento de direitos, em especial aqueles ligados à identidade, intimidade, busca da felicidade e vida, explica Laffon Pires – Liderança LGBTI em Alagoas.

A situação alarmante da violência contra as travestis e transexuais no Brasil é preocupante, explica Natasha Wonderfull, Presidente do Grupo de Travestis e Transhow. “O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país, segundo pesquisa da organização não governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênero”.

Já em 2016, segundo o antropólogo Luiz Mott, responsável pelo relatório de crimes contra a população LGBTI no Brasil, dos casos de violência que acontecem contra os LGBTI de acordo com matérias e recortes de jornais e sites do páis, já que não há estatística oficial sobre esse tipo de crime – nunca antes na história do Brasil registraram-se tantas mortes desde 1970, quando o GGB começou fazer as estatísticas”. Dos 343 assassinatos registrados em 2016, 173 das vítimas eram homens gays (50%), 144 (42%) trans (travestis e transexuais), 10 lésbicas (3%), 4 bissexuais (1%), incluindo na lista também 12 heterossexuais, como os amantes de transexuais (“T-lovers”), além de parentes ou conhecidos de LGBT que foram assassinados por algum envolvimento com a vítima como foi o caso do vendedor Luís Carlos Ruas, 54 anos, que foi morto ao defender travestis no metrô de São Paulo, e Alagoas ocupa a 5ª colocação sangrenta desta triste estatística, com 17 homocídios.

“Infelizmente, são pouquíssimas transexuais e travestis que conseguem passar dos 35 anos de idade e envelhecer. Quando não são assassinadas, geralmente acontece alguma outra fatalidade”, conta Cininha de Freitas, Militante LGBT e Coordenadora de Politicas Públicas da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas.

O mais grave problema de uma nação é a violação dos Direitos Humanos. Priorizar nossa agenda é o mais importante ato político e social. Os que pensam contrário, lembrem-se: NADA SE DISTRIBUI SEM DIREITOS, afirma Julio Silva Farias, militante LGBT.

Por Redação: Blog Diversidade

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Evento marcará e celebrará dia nacional da Visibilidade Trans em Alagoas
   28 de janeiro de 2015   │     0:00  │  0

TRANSAmanhã, dia 29 de janeiro de 2015, a Secretária de Estado da Educação SEE/AL realizará o IV Encontro da Visibilidade Trans na Educação que ocorrerá no Centro de Formação – CENFOR- Localizada no CEPA.

O objetivo da ação é manter o diálogo com gestores da CEE, instituições parceiras e com movimento social organizado para estudo e aprofundamento das identidades Trans no Espaço Escolar.

O encontro ocorrerá das 09 ás 12h e no segundo horário após o almoço haverá uma reunião da SEE e o segmento LGBT para organizações conjuntas.

O dia da Visibilidade Trans, comemorado em 29 de janeiro, para mim militante LGBT e blogueiro é poder agradecer a todas as Travestis, primeiramente que deram a cara e lutaram nesta história. Pois foram as Travestis as precursoras deste movimento no Brasil. Mas não poderia, também esquecer das transexuais, que se deram a coragem de se expor criando este movimento no Brasil ,como: Maite Schneider e Barbara Grener e demais meninas que no decorre e suas necessidades apagaram o seu passado depois da cirurgia,mas fizeram história acontecer e se realizar com seus sonhos de ativistas que eram.

Mas voltando para as Travestis , gostaria de relembrar in memoria alguns nomes que foram as rainhas do movimento, como a Deusa: Brenda Lee(SP),Charla Novi(RJ),Janaína Dutra(Fortaleza),Hanna Zuzart(RJ),Claudia Wonder (SP),Chacrete (RJ) ,Marcela Prado (Curitiba) , Michele Marry(Salvador) entre tantas que já partiram deixando lembranças.  

Na prostituição tiveram seus esplendores na época da ditadura Madame Santã(RJ),Sandra Dragão (ES),Tomba Homem (MG) entre outras.

No teatro que continua brilhando e viveu a ditadura Jane Di Castro , Ronald Monteiro “Rogéria” ,(in memoria Thelma Lipe), e demais divas que sobrevivem até hoje, e não esquecendo da nossa cantora Angela Leclery e a transexual Maite Schneider.

Não temos como esquecer a saudosa atriz Mulher Sandra Brea, a primeira mulher a assumir a sua sorologia e abraçar a luta das Travestis no Brasil e levar toda ousadia para a TV Brasileira se espelhando na travestilidade nos anos 70 e 80.

De todos esses nomes citados acima, ovaciono e congratulo a nossa querida e eterna Dama de Ferro, Janaína Dutra. Dutra foi a mulher trans mais guerreira que conheci neste movimento Janaína Dutra, nascida Jaime César Dutra Sampaio, natural de Canindé/CE,  em 1961, se mudou para fortaleza em 8 de fevereiro de 2004, foi uma ativista social e reconhecida líder travesti do Movimento Homossexual Brasileiro.

Formada em direito no estado do Ceará, Janaína Dutra foi a primeira trans-mulher portadora de carteira profissional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde ela aparecia caracterizada como mulher apesar de seu nome de nascimento ser masculino.

Janaína Dutra exerceu trabalho pioneiro junto ao Ministério da Saúde na elaboração da primeira campanha de prevenção das DST/AIDS destinada especificamente às travestis. Ela também cumpriu cargos de liderança como membro da presidência da Associação das Travestis do Ceará (Atrac) e da Articulação Nacional das Travestis (Antra). Além disso foi co-fundadora (1989), assessora jurídica, e vice-presidente (nos mandatos 1995, 1997, 1999 e 2001) do Grupo de Apoio Asa Branca (GRAB), entidade fundadora do movimento LGBT no Ceara.

O filme Janaína Dutra – uma Dama de Ferro (2010) do produtor e roteirista internacional Wagner de Almeida celebra a remarcável e intrépida vida da ativista. Como advogada, Janaína freqüentemente demonstrava estar ciente de que ser transexual, lésbica, gay ou bissexual não é ilegal no Brasil desde 1830, apesar da histórica e atual transfobia, lésbofobia e homofobia disseminada por todo o país. Janaína Dutra morreu vítima de câncer pulmonar aos 43 anos de idade.

Com este breve relato do movimento trans no Brasil, o blog Diversidade parabeniza todas (os) trans  por este dia.

Feliz Dia Nacional da Visibilidade Trans.

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