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Ser gay e latino em Orlando é mais do que uma luta
   15 de junho de 2016   │     0:17  │  0

Orlando é uma cidade localizada no estado norte-americano da Flórida, no condado de Orange, do qual é sede. Foi fundada em 1873 e incorporada em 1875. A cidade está localizada na região central do estado, possuíndo um clima subtropical.

A Florida possui hoje uma população totalizada em 255.483.00 habitantes

A Florida possui hoje uma população totalizada em 255.483.00 habitantes

O massacre em uma boate LGBTT no domingo em Orlando desatou uma onda de solidariedade sem precedentes para com a comunidade gay, e também recordou que ainda restam muitos obstáculos a superar para este grupo, principalmente para os hispânicos.

A ajuda não para de chegar. O pessoal do Center, o maior centro de acolhida da comunidade LGBTT (lésbicas, homossexuais, transsexuais e trangêneros) está distribuindo a todo vapor a comida e a bebida que chegam, mas não está dando conta.

O McDonald’s enviou um novo carregamento, afirma, emocionada, Dee Richter, mãe de Rob Domenico, um dos administradores do centro.

No domingo, respondendo ao chamado do centro, 200 psiquiatras e psicólogos se apresentaram para atender aos familiares das vítimas ou a qualquer pessoa que precisasse de apoio.

O massacre na discoteca gay Pulse deixou 49 mortos – além do agressor – e mais de 50 feridos.

 Uma coleta para arrecadar fundos foi lançada pelos familiares e os feridos através do site gofundme. Já foram arrecadados 257.000 dólares, segundo uma medicação feita até a noite de segunda-feira.

“É incrível ver o número de ligações que recebemos de pessoas que nos perguntam como podem ajudar”, explica, entusiasmado, Rob Domenico.

“Para mim, é uma das razões pelas quais fomos um alvo. Mostramos como as duas comunidades (LGBT e heterossexuais) podem funcionar bem juntas”, observa.

Justo uma semana antes do atentado, Orlando recepcionou os “Gay Days”, um evento festivo pouco conhecido fora da comunidade, mas que atrai cerca de 150.000 pessoas de todas as partes.

O gerente do estabelecimento gay Parliament House, Tim Evanicki, disse ter notado este ano um número significativo de casais heterossexuais durante um show do “Gay Days”.

– O peso da religião –

Essa mistura e a onda de solidariedade a favor da comunidade LGBTT depois do ataque mostram um avanço. Mas o atentado assinala também que inúmeros obstáculos persistem.

“Se você está nas redes sociais, é repugnante ver como os evangélicos (protestantes radicais) postam mensagens de ódio, dizendo que merecemos o que aconteceu”, observa Domenico.

“Tenho a esperança de que tudo isso vá ajudar as pessoas a se dar conta dos danos que causa esse discurso de ódio”, explica o pastor Kathy Schmitz, da First Unitarian Church, igreja conhecida por sua abertura para os LGBTT.

Islã ou cristianismo, o peso da religião continua presente entre os gays, principalmente na comunidade hispânica, da qual faz parte a maioria das vítimas do atentado.

“Em nossos países hispânicos, as pessoas são geralmente mais fechadas em relação aos gays”, explica Angel Garmendi, gay de origem porto-riquenha que trabalha em um hospital no qual foram atendidos os feridos depois do atentado.

Geralmente entre os hispânicos, “o homem heterossexual é muito machista e o homossexual se sente ainda mais intimidado”, explica.

Garmendi perdeu onze amigos no ataque. Em três casos, as famílias souberam ao mesmo tempo da morte e da homossexualidade de seus entes queridos.

“Foi um duplo choque para eles. Eles não aceitam”, conta. “Mas esse é o problema: por que não sabiam? Sem dúvida, é a discriminação que existe em nossa famílias”.

Para Mark Krueger, militante gay do estado da Geórgia, a religião está em franca oposição aos homossexuais, principalmente no sul dos Estados Unidos.

Para ele, o problema não é o grupo Estado Islâmico. “São os cristãos daqui, que dizem que os gays são pessoas ruins”.

Ele conta que um grupo de jovens o agrediu violentamente na saída de um bar de sua cidade, Savannah, sul do estado de Geórgia, em 2000.

Seu carro é regularmente alvo de danos durante a noite e foi salpicado com tinta rosa.

“A única razão pela qual continuo lá é peo clima”, afirma, algo decepcionado.

Até mesmo a cidade de Orlando, que parece tão aberta, tem seus problemas.

“Se você pega na mão de outro homem, se mostra afeto na rua, melhor ter cuidado”, alerta.

“As coisas evoluíram um pouco, mas apenas um pouco”, conclui.

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Polícia investiga ataque com taco de beisebol e pontapés a gays no DF
   9 de julho de 2015   │     0:00  │  0

Imagem mostra vítima caindo no chão após levar socos e chutes no rosto. Um dos rapazes agredidos diz que chegou a pensar que ataque era assalto.

Quando eu identifiquei que um deles estava com um taco de beisebol, aí eu já imaginei que aquilo não era um assalto. E por se tratar de um grupo com quatro homossexuais, eu imaginei que poderia ser um ataque homofóbico. E a primeira reação da gente foi tentar se defender", afirma a vítima.

Quando eu identifiquei que um deles estava com um taco de beisebol, aí eu já imaginei que aquilo não era um assalto. E por se tratar de um grupo com quatro homossexuais, eu imaginei que poderia ser um ataque homofóbico. E a primeira reação da gente foi tentar se defender”, afirma a vítima.

A Polícia Civil do Distrito Federal procura quatro homens que atacaram com socos, pontapés e um taco de beisebol jovens que voltavam de uma boate na madrugada do último sábado (4). Imagens do circuito de segurança do bloco B da 216 Norte, em Brasília, flagraram parte da agressão. Ninguém foi preso até a publicação desta reportagem. As vítimas são gays e dizem acreditar que houve motivação homofóbica.

O vídeo mostra dois garotos tentando se esconder no prédio. Os quatro agressores os alcançam em seguida, com a ajuda de uma menina que aponta a localização deles, e começam a atacá-los. Uma das vítimas encurva o corpo enquanto tenta proteger a cabeça dos socos. A outra cai no chão após levar golpes e chutes no rosto.

Em seguida, um dos agressores dá joelhadas na cabeça do rapaz que dobrou o corpo e depois parte para o outro menino. Ele é interrompido por um dos jovens que o acompanhava. No canto, uma das vítimas passa a mão no rosto e depois diz algo ao homem, que ameaça voltar a atacá-la.

Preferindo não se identificar, um dos garotos atacados conta que inicialmente suspeitou de assalto. “A gente estacionou o carro, a gente desceu, e um grupo de quatro homens e uma mulher começou a gritar, como se fosse um assalto. E, a princípio, achei mesmo que seria um assalto”, lembra.

“Quando eu identifiquei que um deles estava com um taco de beisebol, aí eu já imaginei que aquilo não era um assalto. E por se tratar de um grupo com quatro homossexuais, eu imaginei que poderia ser um ataque homofóbico. E a primeira reação da gente foi tentar se defender”, explica o rapaz.

Segundo ele, o grupo se dividiu na tentativa de fuga, mas ele e o colega foram alcançados dentro do prédio. As agressões duraram cerca de três minutos. O garoto afirma que pedia para que o grupo parasse, sem sucesso.

Uma das vítimas teve ferimentos na cabeça, no braço e nas costas. A outra também reclama de dores na cabeça.

O crime aconteceu por volta das 4h. Os rapazes afirmam que não conheciam os agressores, que aparentam ter entre 23 e 29 anos. O grupo fugiu de carro. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia.

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