Category Archives: Cultura

Ressaca da Parada acontece no próximo domingo
   20 de janeiro de 2020   │     17:23  │  0

Organização do evento estima que evento leve ao Parque da Lagoa cerca de 1 mil pessoas.

A Parada de Maceió aconteceu no ultimo dia 15 do ano passado e foi um evento que lotou a orla de Ponta Verde e Pajuçara e deixou em muita gente um gostinho de quero mais.

A organização do evento pensando em por o público para lembrar o fervor que foi a pride 2019, realizará no próximo domingo, dia
26/01, a RESSACA DA PARADA, a partir das 10 horas no Club Aquático Porque da Lagoa no bairro de Bebedouro.

Seus organizadores, que são os mesmos da Parada esperam que cerca de 1 mil pessoas participem do evento, que terá paredão de som animado pelos
Dj’s John Dayvison, Jean Pierre e Júnior Marques, as bandas Érica Medeiros, Geninho Ferreira e Harry o Rei da Quebradeira, além de 2 piscinas, quadras e campos liberados para a galera curtir um dia de sol e balançar muito o bandeirão do arco-íris de 30 metros, além de uma decoração para lá de especial formada por bandeiras LGBT+ e balões, que fará o público sentir-se dentro da pride.

Nem tudo é festa, com isso os organizadores afirmam que aproveitará o evento para divulgar as propostas de leis e decretos que garante direitos a população LGBT+ a nível de Brasil, Alagoas e Maceió, mas isso não de uma forma chata e nem repetitiva, em poucas chamadas e em cartazes espalhados por todo clube .

Gostou da idéia ? Então prepara seu melhor óculos espelhado e transado, shortinho básico, regata, sungão ou sunguinha, biquíni ou canga e vem se jogar. Vem ser o que você, divirti-se e se empoderá que o dia será todo nosso.

E se tiver alguma dúvida sobre o evento ďá um salve no whatsapp do GGAL 82 99644-1004 , teremos o maior prazer em tirar suas dúvidas, pos queremos te ver lá.

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Globo exibe neste sábado o premiado longa ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’
   19 de outubro de 2019   │     17:29  │  0

O drama romântico de Daniel Ribeiro integra a programação da emissora na madrugada do sábado para domingo (20).

O drama brasileiro dirigido, produzido e roteirizado por Daniel Ribeiro, conta com a produção de Lacuna Filmese é estrelado por Ghilherme LoboFábio Audi e Tess Amorim.

O filme foi vencedor do prêmio Fipresci concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema e também o escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil na competição de Oscar de melhor filme estrangeiro da edição de 2015.

Assista ao trailer:

SINOPSE:

Leonardo é um adolescente cego que, como qualquer outro jovem, está buscando o seu lugar no mundo. Desejando uma maior independência, ele precisa lidar com a superproteção da mãe e suas próprias limitações. Com a chegada de Gabriel, um novo aluno da escola, Leo irá descobrir mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

PRÊMIOS:

  • Prêmios de Melhor Filme e Melhor Roteiro – Júri Oficial, Melhor Filme – Júri Popular, Melhor Filme – Prêmio da Crítica no 3º Festival Paulínia de Cinema – 2010;
  • Prêmios Troféu Mix Brasil Coelho de Prata / TOP 10 filmes escolhidos pelo público no 21° Curta Kinoforum – Festival Internacional de curtas-metragens de São Paulo 2010;
  • Prêmio de Melhor Roteiro no Entretodos 3 – Festival de Curtas de Direitos Humanos;
  • Menção Honrosa na 10ª Goiânia Mostra Curtas;
  • Prêmios de Melhor Filme, Melhor Film Juri Popular e Melhor Roteiro no CLOSE – Festival da Diversidade Sexual de Porto Alegre;
  • Prêmios de Melhor Filme Júri Popular e Melhor Direção no 17º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá;
  • Prêmio ET de Prata – Melhor Direção no 9º Festival Nacional de Cinema de Varginha;
  • Prêmios Coelho de Ouro – Melhor Curta Nacional e Coelho de Prata – Melhor Roteiro no 18º Mix Brasil;
  • Prêmio de Melhor Direção no 4º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade;
  • Prêmio de Melhor Roteiro no 4º Festival Internacional de Cinema de Itu;
  • Prêmio de Melhor Filme – Mostra Nacional no Curta Cine Malagueta – 2° Festival Nacional Curtas-Metragens de Rondonópolis;
  • Prêmio de Melhor Roteiro no 17º Vitória Cine Vídeo;
  • Prêmio de Melhor Curta Nacional – Juri Popular no 6º Fest Aruanda;
  • Menção Honrosa no II Curta Carajás.
Globo exibe neste sábado o premiado longa 'Hoje Eu Quero Voltar Sozinho'

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São Paulo vai iluminar pontos turísticos com as cores da bandeira LGBT
   25 de agosto de 2019   │     20:05  │  0

O evento começa na segunda-feira 26 e vai até quarta -feira 28. A Prefeitura informou que os pontos turísticos ficarão iluminados até o final do mês pelo dia da visibilidade lésbica, que acontece no dia 29 de agosto.

A homenagem é feita para a Conferência Internacional da Diversidade e do Turismo LGBT, que acontece na próxima semana na cidade

A cidade de São Paulo irá sediar, na próxima semana, a Conferência Internacional da Diversidade e do Turismo LGBT. Essa é a terceira edição do maior encontro econômico brasileiro sobre este segmento. Serão 3 dias de palestras, debates e divulgações.

Em homenagem ao evento, a prefeitura de São Paulo, que é uma das apoiadoras do encontro,  irá iluminar pontos turísticos da cidade com as cores do arco-iris, marca da bandeira LGBT. Os locais escolhidos foram: o Edifício Matarazzo – sede da administração municipal – a ponte estaiada e o viaduto do Chá, próximo ao Teatro Municipal.

Além do turismo, um dos assuntos tratados no encontro será a cultura LGBT. Esse debate acontece em um momento crítico para iniciativas culturais que tratam sobre esse tema. Nesta semana, o governo de Jair Bolsonaro censurou séries que seriam transmitidas em canais públicos de televisão por trata do tema LGBT.

Além disso, Boslonaro já falou que o Brasil não é o país do turismo gay. A declaração do presidente foi se referindo a parada LGBT de São Paulo, a maior do mundo, que aconteceu em julho deste ano e  arrecadou mais de R$400 milhões para a cidade.

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TRANSHOW apresenta show Qual é a Música ?
   4 de julho de 2019   │     12:24  │  0

Transformando, resistindo, buscando a arte na vida, assim é o Grupo Cultural Transhow, com seu mais novo show “Qual é a música”? Sobre Direção Geral da Atriz e Produtora Cultural Dinah Ferreira, e Direção Artística Pierre Pellegrine, no dia 06 de julho ás 19h30 no Teatro de Arena– anexo ao Teatro Deodoro. Transhow, vem conquistando o espectador faz cinco anos. Vem agregando diversidade de talentos em seus shows para fazer parte do grupo, fortalecendo o empoderamento e autonomia, através da arte transformista. “Continuamos trabalhando com apresentações no teatro, palestra, roda de conversa. O Acolhimento, e o vínculo é importante no processo da equidade” ressalta Dinah Ferreira (também Co-fundadora do transhow).

Natasha Woonderfull, é Atriz e Co-fundadora do transhow, presidenta da ACTRANS – Associação Cultural das Travestis e Transexuais. Filiada a ANTRA– Associação Nacional de Travestis e Transexuais, e a FONATRANS- Fórum Nacional de Travestis e Transexuais, Negras e Negros. Vem atuando pela garantia de políticas públicas, controle social, através da arte transformista na cidade de Maceió. “O transhow nasceu com o objetivo de apoiar Travestis e Transexuais que vivem em Situação de Rua, e de Vulnerabilidade Social, fortalecendo também a garantia de políticas públicas através da arte transformista, criando espaço no mercado de trabalho através de shows. Cuidamos uma das outras com amor e respeito. Não aceitamos estrelismo no grupo.

Pelo fato de lutarmos pela mesma causa”. Natasha Woonderfull. O Transhow conta com apoio de Andréa Valois de Recife, e de Alana Vargas da cidade de Aracajú. Pois, contribuem com o grupo com suas performances no show. Sendo exemplo de incentivo da arte na vida das trans. Em Maceió, Bárbara Nagman, é a apresentadora oficial do grupo, onde encanta o expectador com sua brilhante apresentação em respeito ao ofício que exerce. “A cada dia que venho participar de um espetáculo realizado pelo grupo TRANSHOW, saio sempre feliz e realizada em ver o quanto o grupo vem desenvolvendo, e ver que o objetivo está sendo alcançando.  Ajudar a população trans através da arte. Pra mim é gratificante falar disso porque participo do grupo desde a sua fundação, desde seu primeiro espetáculo, e me alegro ver o desenvolvimento. O que mais me entristece é a falta de apoio por parte dos gestores para com a cultura LGBT, principalmente a população Trans”      Afirma Helena Vargas- Artista Performática. Filiada a ANTRA– Associação Nacional de Travestis e Transexuais, e a FONATRANS- Fórum Nacional de Travestis e Transexuais, Negras e Negros. TTH –Rede de Travestis, mulheres e Homens Transexuais Vivendo e Convivendo. Transhow, surgiu no dia 29 de janeiro de 2014, no dia Nacional da Visibilidade Trans. Vem abrindo espaço para artistas mostrarem seu trabalho, buscando lutar contra o preconceito que ainda assola o Brasil. Para este show, contamos com a presença de Andréia Valois, Alana Vargas, Airton Sabino, Bárbara Nagman, Brigida Castelary, Jadson Andrade, Kleonnysse Santos, Dalmo Ameida, Igor Morães, Klécio Fernandes, Lorena Vortex, Natasha Woonderful, Neilson Lima, Melyna Eyshila Ryos, Suzy Lacierra,Victória Pinheiro.

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Índia, dos tempos passados, a criminalização e reconhecimento da homossexualidade
   21 de dezembro de 2018   │     11:58  │  0

Em setembro desse ano, a Suprema Corte da Índia determinou que relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo não é mais uma ofensa criminal e que a discriminação baseada na orientação sexual é uma violação fundamental dos direitos humanos. Essas notícias foram celebradas ao redor do mundo e marcaram um marco na história do país, e para os direitos LGBT em geral – a maior e mais populosa democracia do mundo está permitindo que os seus cidadãos amem quem eles quiserem.

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Participants get ready as they attend a gay pride parade promoting gay, lesbian, bisexual and transgender rights in Mumbai

Enquanto o mundo estava celebrando, eu tive alguns amigos britânicos me enviando mensagens dizendo “Finalmente! A Índia alcançou os dias de hoje! Isso é incrível! Parabéns!”. Essas mensagens foram genuinamente enviadas como uma celebração da decisão indiana em retirar a proibição, e como essas mensagens foram enviadas por amigos próximos eu não fiquei ofendido. Porém, eu tive que lembrar eles de que a relação que a Índia tem com as identidades de gênero, fluidez e sexualidade tem sido, historicamente, muito mais avançada que a do ocidente. Na realidade, eu lembrei aos meus amigos, que foi somente quando a Índia foi colonizada pelos britânicos que regras de identidade de gênero foram introduzidas e a homossexualidade foi banida, fazendo com que o país se alinhasse com os valores da Inglaterra vitoriana.

Os ingleses viam a abordagem relaxada da Índia sobre a sexualidade e o gênero como anormais, imorais e não-cristãos, e assim que conseguiram tomar o poder das políticas do país, eles forçaram as suas crenças de que somente existem dois gêneros e que as relações sexuais e o casamento deveriam somente existir entre um homem e uma mulher.

Esse então é um lembrete para muitos que a Índia teve uma abordagem aberta e liberal da sexualidade e gênero, e de alguma maneira “alcançava os tempos de hoje”, antes mesmo do ocidente. Retirar a proibição sobre relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo se tornou um passo no processo de descolonização da Índia, e a rejeição do legado homofóbico do império britânico. Isso é realmente o que nós deveríamos estar celebrando e lembrando as pessoas.

Antes do Raj britânico, a intimidade homoafetiva na Índia era simplesmente parte da vida, e as linhas entre homem e mulher e heterossexual e homossexual nos tempos antigos indianos eram borrados.

Abaixo alguns exemplos:

REI BHANGASVANA

indra_dikpalaBhīṣma narra a história do Rei Bhangasvana, que, depois de ter cem filhos foi transformado em uma mulher pelo deus Indra durante uma caça. Agora como mulher, ela retorna para o seu reino, relata a história, entrega o seu reino para o seu filho e se aposenta na floresta para ser a esposa de um eremita, dando a luz para outros cem filhos, agora como a mãe. Depois de um tempo, Indra oferece transformar ele de volta em um homem, mas ela se recusa. O sexo deu muito mais prazer para ela como mulher do que como homem, e ela se sentia mais confortável como uma mulher, e por isso ela resolveu permanecer com esse novo gênero.

AGNI

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Agni, o deus do fogo, riqueza energia criativa, teve relações sexuais com outros homens envolvendo receber o sêmen de outros deuses. Apesar de ser casado com a deusa Svaha, Agni também é representado como par romântico de Soma, o deus da lua. Agni toma um papel interessante nesse relacionamento, aceitando o sêmen de Soma com a sua boca, criando paralelos do papel de Agni em aceitar sacrifícios da Terra pelos Céus.

 

KRITTIVASI RAMAYANA

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Algumas versões do texto Bengali Krittivasi Ramayana contêm a estória de duas rainhas que tiveram uma criança juntas. Quando o famoso rei da dinastia Sun, Maharaja Dilipa, morreu, os semi-deuses ficaram preocupados que ele não teria ninguém para suceder o trono. Shiva apareceu para as duas rainhas viúvas e disse, “Vocês duas devem fazer amor e através da minha benção vocês irão conceber um belo filho”. As duas rainhas executaram a ordem de Shiva e uma delas deu a luz a uma criança.

 

KAMA SUTRA

O Kama Sutra é o mais antigo e notável texto clássico Hindu sobre o comportamento sexual humano da literatura sânscrita. Ele se apresenta como um guia para uma vida virtuosa e graciosa que discute a natureza do amor, vida familiar, e outros aspectos para as características orientadas pelo prazer da vida humana. Esse é outro exemplo da abertura que a Índia tinha ao abordar o comportamento e preferências sexuais, oferecendo conselhos sobre posições sexuais tanto para casais heterossexuais como homossexuais.

O MAHABHARATA

Na estória do Mahabharata (o poema época mais longo da Índia), Arjuna (o filho de Indra) é enviado para o exílio, onde ele decide viver a sua vida como uma pessoa trans nomeada Brihannala. Ela até performa a tradicional dança indiana de kathak e abraça as suas características femininas em seu máximo.

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SOMVAT E SUMEDHA

Outro épico hindu é o Somvat e Sumedha, dois amigos de infância que decidem se casar apesar de serem homens.

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OUTROS EXEMPLOS

Outros exemplos da antiga abordagem indiana sobre sexualidade e gênero a de incluem Awadh, hoje conhecido como o município de Lucknow, que tinha um governador que vivia como o gênero oposto em algumas situações, e mudava de parceiros sexuais nessas situações. Novelas bengali do final do século XIX, como os de Indira, descrevem relações lésbicas, e textos de muçulmanos sufistas do leste indiano explicitamente mencionam o romance homossexual entre homens sem nenhum tipo de vergonha ou culpa. Essas novelas e textos surgem das crenças metafísicas indianas de que existe mais do que o binarismo homem/mulher, mas também um homem com o coração de uma mulher e uma mulher com o coração de um homem. Indianos aplicam masculinidade e feminilidade para os corpos físicos e para as almas. O Bhagavad Gita nos ensina que não existe nada inatural na natureza e todas as maneiras de ser são manifestações do divino.

AS IMPOSIÇÕES DO IMPÉRIO BRITÂNICO

Essa abordagem aberta e fluida de gênero e sexualidade colidiam com as ideias da coroa britânica de como a sociedade deveria ser. Na época, a Inglaterra era ditada pela religião cristã e crenças sociais vitorianas conhecidos por serem pudicos e puritanos, e qualquer forma de intimidade que não tinha como objetivo a procriação era considerável inaceitável. Atos homossexuais eram vistos como os piores de todos.

O Império Britânico implementou a seção 377 do Código Penal Indiano em 1861, o que tornou uma ofensa criminal qualquer tipo de relacionamento que demonstre um “desejo carnal inaceitável”, a punição para tal era a cadeia, multas pesadas, ou ambos. A lei também foi implementada na Austrália, e nas colônias britânicas do Sudeste Asiático e da África.

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O Raj britânico também fez um esforço consciente para alienar e marginalizar comunidades não-binárias, tais como as Hijras – uma identidade de gênero de pessoas intersexo ou designadas homens ao nascer que se apresentam como mulheres. Hoje, Hijras são reconhecidas e protegidas pelas leis da Índia, Paquistão e Bangladesh.

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O QUE LEMBRAR

Então, o que estamos celebrando? Esse movimento louvável da Suprema Corte, embora um pouco atrasado, não é uma questão da Índia estar entrando de acordo com o mundo moderno ou tentando “chegar nos dias de hoje”. Enquanto a Inglaterra foi mais rápida em jogar fora os preconceitos e a discriminação de seu passado, é importante lembrar que foi a Inglaterra que jogou esse peso nos ombros da Índia. E por isso a Índia não precisa “alcançar” o resto do mundo; ela está na realidade celebrando a fluidez de gênero e as relações homoafetivas que existiam há séculos. A Índia está se livrando dos quadros legais do seu passado imperial e abraçando parte da sua cultura e história que tinham sido enterrados pelo peso do colonialismo.