Um ataque a tiros em uma boate LGBT na madrugada deste sábado (19), no Estado do Colorado, nos Estados Unidos, deixou pelo menos cinco mortos e 18 feridos.
De acordo com agências internacionais, citando fontes oficiais, o autor dos disparos chegou a ser ferido. A polícia americana investiga a motivação do crime.
O clube, localizado em Colorado Springs, divulgou um comunicado nas redes sociais classificando o crime como um “ataque de ódio”.
O governador do Colorado, Jared Polis, que se tornou o primeiro homem abertamente gay a ser eleito governador nos Estados Unidos, se manifestou sobre o crime. “O Colorado está com nossa comunidade LGBT e todos os afetados por esta tragédia”, disse.
O ataque
Os policiais receberam uma primeira chamada de emergência sobre um atirador em ação às 23h57 (19h57 pelo horário de Brasília) de sábado, disseram eles.
O suspeito foi encontrado dentro do clube. Duas armas de fogo foram encontradas no local, e acredita-se que o agressor tenha usado um rifle longo.
A polícia ainda não tem um motivo para o tiroteio, mas disse que vai investigar se foi um crime de ódio e se mais de uma pessoa estava envolvida.
Um porta-voz do Corpo de Bombeiros disse que as vítimas foram transportadas para hospitais muito rapidamente, devido ao treinamento para tais eventos.
O FBI, serviço interno de inteligência norte-americano, nas proximidades de Denver disse que está ajudando a polícia local com relação ao incidente.
O chefe de polícia Adrian Vasquez agradeceu aos dois frequentadores do clube que intervieram para deter o atirador.
‘Heróis’
“Evidências iniciais e entrevistas indicam que o suspeito entrou no Club Q e imediatamente começou a atirar nas pessoas dentro do clube”, disse Vasquez em entrevista coletiva no domingo.
“Enquanto o suspeito estava dentro do clube, pelo menos duas pessoas heroicas confrontaram e lutaram com o suspeito e conseguiram impedir que ele continuasse a matar e ferir outras pessoas. Devemos a eles uma grande dívida de agradecimento.”
Uma declaração na página do Club Q no Facebook agradeceu “as reações rápidas de clientes heróicos que subjugaram o atirador e encerraram esse ataque de ódio”.
O clube estava organizando uma festa e planejava realizar um evento de performance no domingo à noite para celebrar o Dia da Lembrança dos Transgêneros.
Corpos no chão
Joshua Thurman, 34, estava no clube no momento do tiroteio.
A princípio, ele pensou que os tiros faziam parte da música, disse ele ao Colorado Sun, mas depois correu para se abrigar no vestiário do clube.
“Quando saí, havia corpos no chão, vidros quebrados, copos quebrados, pessoas chorando”, disse ele.
“Não havia nada impedindo aquele homem de vir nos matar. Por que isso tinha que acontecer? Por quê? Por que as pessoas tinham que perder suas vidas?”
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