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Estereótipos que todo (ou quase todo) gay passa
   22 de abril de 2018   │     17:24  │  0

Por : André Sobreiro

 Falou que é gay, os estereótipos aparecem. É inevitável isso acontecer. Ou melhor, não é não. Primeiro que a maior parte dessas questões são preconceituosas. Segundo que, mesmo que sejam verdade, o que as pessoas têm a ver com isso?

Pensando nisso, lancei a questão no Facebook para os meus amigos querendo saber quais são os estereótipos que eles mais ouvem e selecionei aqueles que não me encaixo mesmo.

1. Você dá o cu? Como é? Dói? — Vai me comer? Vai dar para mim? Sério, em que interfere essa pergunta na vida das pessoas? Tem quem adore dar. Tem quem adore comer. Tem quem adore dar e comer. Tem que não adore nem dar e nem comer. E segue todo mundo sendo gay, sabia? A gente é bem mais que enfiar (ou ser enfiado) uma coisa em um buraco.

2. Nossa? Não parece! — E o que é parecer ser gay? Aliás, essa é das que mais odeio. Se dizem que não pareço, trato de fazer parecer. Sou gay sim, diacho.

3. Não é “homem de verdade”/Ele não é gay, é homem. — Cara, sou homem sim. E sou gay também. Ser homem é só gostar de mulher? Que coisa mais limitada.

4. Mulherzinha — No final é a mesma coisa do “homem de verdade”. Não gente. Sou homem mesmo. Se não fosse, diria, pode sossegar.

5. Que desperdício! — Essa costuma vir de mulheres. Moças, nunca mais repitam isso. Mesmo. Desperdício por? A gente não é celibatário, é gay. E mesmo que fosse celibatário, sexo não é tudo na vida não. Vida pode — e deve! — ser aproveitada com tantas outras coisas.

6. Isso por que não ficou com nenhuma mulher/comigo — Olha, longe de mim me gabar, mas fiquei sim, viu? Várias. E foi legal. Bem legal. Só não é a minha mesmo. Gosto de meninos por gostar, não tem nada a ver com você. É comigo mesmo a questão.

7. Pode ser gay, mas não precisa desmunhecar/ser afeminado — Olha, primeiro que nem todo mundo desmunheca. Segundo que: qual a graça da vida se você precisa viver se reprimindo/tentando se adequar a um padrão que não é seu? Quer desmunhecar? Desmunheca muito!

8. Sempre quis ter um amigo gay/ Como você não sabe de moda e maquiagem? — Tem gay cabeleireiro? Tem. E tem engenheiro, jornalista, pedreiro, desempregado. E gay legal, gay chata, gay intragável. Gay não é tudo igual não.

9. Você se veste de mulher/usa calcinha/salto alto? — HAHAHAHAHA Essa eu dou risada. Sério, quem me vê andando sabe a resposta. Eu de salto seria pior que um pato manco. E o resto, não uso não. Nada contra quem usa (eu admiro, inclusive) mas a ideia de ter todo esse trabalho/desconforto já me desanima. Quem sabe se fosse mais fácil e confortável?

10. Tenho um amigo gay, vou te apresentar! — Essa eu vivi na pele. E como não tinha nada a perder, decidi conhecer. Tirando ser gay (e gente boa!), nossas semelhanças acabam aí. Gay não é binário (mas essa eu admito, me rende risadas boas até hoje!).

11. Gay é livre, né? Não tem esse negócio de relacionamento sério e putaria! — Aqui eu poderia escrever um tratado! Relacionamento sério e putaria podem andar juntos sim. E você não é livre no seu relacionamento? Olha, denuncia para polícia que isso é sequestro. Ninguém manda na gente não.

12. Por isso não sobra homem para a gente — Na verdade a culpa é sua. Não vem colocar nas minhas costas seus fracassos não.

13. Você é mais homem que muito homem por ter se assumido — Obrigado. Muito obrigado por reconhecer que sou homem. Mas não é por isso não. Eu me assumir não deveria ser um problema para mim. O errado é quem tem preconceito. Ou você merece estrelinha por se assumir hétero?

14. Estou ficando com um cara que (insira qualquer coisa que foge ao padrão machista. Será que ele pode ser gay? — Poder ele pode. Basta estar vivo para poder. Mas eu sou gay, não vidente. Pergunta para ele. Quem tem relacionamento com ele é você, não eu.

15. Você brincava de boneca quando era criança? — Olha, brincava sim. Com as Barbies da minha prima. E meus G.I. Joe. E ursinhos carinhosos. E He-Man. Mas isso influencia? Então acho que sou bi!

Dito tudo isso, mas vamos deixar uma coisa bem clara: você se encaixa em algum deles? Sem problemas, miga! A diversidade é maravilhosa.

Com a ajuda dos lindos Alexandre Malchik, Bernardo Costa, Bia Poiani, Brunno Fróes, Bruno Frika, Charles Nisz, Dan Artimos, Eduardo Gardini, Erica Chaves, Flávia Bortolini, Graciliano Marques, Gui Lagrotta, Marcio Salles, Mateus Leão, Rony Lins Tolentino, Thiago Oller de Castro, Thiago Pires Manolio, Tiago de Pinho, Victor Gouvêa e Vinícius Grego.

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Nova temporada de Malhação estreia com atriz trans
   21 de abril de 2018   │     16:41  │  0

Gabriela Loran é a 1ª atriz trans a brilhar em “Malhação” em 23 anos de novela.

A atriz, modelo, performer e DJ Gabriela Loran, de 24 anos, acaba de fazer história na TV brasileira. Ela é a primeira atriz trans a estrelar a novela Malhação: Vidas Brasileiras, em 23 anos do folhetim teen da Rede Globo.

Na trama, ela interpreta Priscila, professora nova na escola que dá aulas de stiletto (dança com salto alto). Ela será amiga de Leandro, personagem deDhonata Augusto, que é fera no street dance e eles e aproximam pela arte.

Priscila é alegre, positiva e incentiva Leandro a investir nos seus sonhos. Na primeira conversa, ela reforça que ele deve se inscrever num festival de dança e diz que, independentemente do resultado, há muitos olheiros por lá.

Juntamente com a questão da arte, a personagem também deve conquistar o público ao trazer o debate da identidade de gênero. “Ela entra na trama trazendo essa questão de gênero muito forte e luta contra o preconceito de forma muito sutil”, declara a atriz ao site da novela.

Gabriela Loran afirma que o convite da produtora de elenco Gabriela Medeirospara fazer um teste para a novela foi inesperado. Mas que depois sabia que o papel seria dela. “Às vezes a gente não acredita, mas fiz o teste já sabendo que a personagem seria minha”, frisou.

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Segundo a atriz, é importante e empoderador abrir portas para outras pessoas trans. “Quando você é uma pessoa trans, você precisa de referências. Não tive isso, mas acho que, depois de tudo que passei, posso ser uma. É importante a questão da representatividade. Ligar a TV e ver uma mulher trans em Malhação”.

Ela frisa que abordar a temática trans é importante para a sociedade como um todo. “É importante não só para a gente, mas para essa juventude de agora, que está antenada, pesquisando e tem sede de conhecimento. Quando a gente fala de ‘Vidas Brasileiras’, a gente fala de pessoas e temais reais, como esse”.

 

Por NLUCON

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Um Casamento Feliz entra em cartaz em Maceió
   20 de abril de 2018   │     23:31  │  0

A versão brasileira de “Um casamento feliz” estreou no fim do ano passado em São Paulo. Mas o texto tem vida longa lá fora. Em Madri, a peça ficou em cartaz por três anos ininterruptos.

 

— Os franceses têm uma mão fantástica para o vaudeville. O texto é maravilhoso — diz Eri, que também dirige o espetáculo.

 

Nas primeiras leituras da peça, o ator e diretor não pensava em interpretar Henrique, mas sim Dodô, dono das piadas mais evidentes. A “convocação” para fazer Henrique veio de Flavio Marinho, que fez a tradução e a adaptação do texto.

 

— Pensei comigo “ué, mas o Dodô é o mais engraçado!”. E o Flavio me disse: “Justamente por isso é você que tem de fazer o Henrique, você vai dar esta graça para ele”. Agora adoro o personagem e não me vejo fazendo outro na peça. Sempre fiz comédias, mas o Henrique me traz uma noção de humanismo cênico inédita. O personagem sofre de verdade no meio desta loucura toda. E é muito engraçado — conclui Eri

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Maior parte dos suicídios é de adolescentes que ficam no armário, diz estudo
   19 de abril de 2018   │     22:35  │  0

Suicídio já representa a terceira principal causa de morte entre adolescentes.

Quem assiste ao clipe Indestrutível, recentemente lançado por Pabllo Vittar, se depara com cenas fortes e reais de bullying com jovens LGBT. Infelizmente, o preconceito que esses adolescentes sofrem diariamente é capaz de levá-los à depressão e até ao suicídio.

Poucas semanas antes do clipe ser lançado, um estudo norte-americano revelou que os jovens LGBT que escondem a orientação sexual são mais propensos a apresentar comportamento suicida.

Orisco é ainda maior entre adolescentes que sofreram bullying ou foram forçados a fazer sexo.

Publicado no American Journal of Preventive Medicine, o estudo foi centrado em adolescentes que se identificaram como gays ou lésbicas, mas tiveram contato sexual com o sexo oposto ou ambos os sexos, ou os que se identificaram como heterossexuais, mas tiveram contato sexual com o mesmo sexo ou ambos os sexos. Aproximadamente 7 mil alunos do Ensino Médio dos Estados Unidos responderam cerca de 100 perguntas sobresaúde, orientação sexual e comportamentos de risco.

 

De acordo com o resultado da pesquisa, 4% dos entrevistados tiveram a chamada “discordância da orientação sexual“. Entre eles, 32% eram gays e lésbicas. O estudo também reuniu dados sobre tentativas de suicídios entre os adolescentes e mostrou que quase metade dos jovens com orientação sexual discordante respondeu que possuem pensamentos ou comportamentos suicidas.

 

Em entrevista a Reuters Health, o Dr. John Blosnich, da West Virginia University, afirmou que as novas descobertas são importantes para o estudo da violência interpessoal e auto-dirigida entre grupos LGBT. “O suicídio tem sido a décima principal causa de morte na população geral dos Estados Unidos por pelo menos uma década e a terceira principal causa de morte entre adolescentes“, disse. Segundo ele, uma das maiores preocupações para o adolescente que sofre conflitos com a identidade sexual é se ele será rejeitado pela família e amigos.

 

No último dia 14 de março, o adolescente Yago Oliveira acabou entrando para essa triste estatística brasileira. Após se assumir gay, ele teve que lidar com a pressão da família extremamente religiosa e preconceituosa. Em um desabafo no Facebook, Yago chegou a escrever um texto listando todas as hipocrisias da família que se dizia cristã, mas não exercia o amor ao próximo. “A vergonha da família sou eu, pelo simples fato de ser gay. Ser gay é pecado, mas ser racista, corrupto, assassino, estuprador, pedófilo e não criar os filhos tá de boa, o importante é você não ser gay“, dizia um trecho do relato. Dois meses depois, Yago se suicidou.

 

Em entrevista ao MixturandoWeb, a mãe de Yago declarou: “prefiro um filho morto do que vivo e pecador”.

 (Facebook/Reprodução)

Segundo o co-autor da pesquisa, Francis Annor, é importante inicialmente entender os desafios que os adolescentes em conflito com a sexualidade passam, para ter sucesso no aumento da luta contra o suicídio. Acima de tudo, é necessário compreender que o suicídio pode ser evitado.

 

Se você está passando por esta situação ou conhece alguém que esteja, entre em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida). A organização realiza apoio emocional gratuito para todas as pessoas que desejam conversar por telefone, e-mail ou chat.

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Universidade Alagoana realiza mutirão de retificação de nome de travestis e transexuais

Nota

O Centro Universitário Tiradentes de Alagoas – UNIT, estará realizando um mutirão de retificação de nome para pessoas transgêneras/travestis e transexuais.

 

A ação ocorrerá nos seguintes dias: Amanhã, 20 de abril, das 14 às 17 horas, ( recebimento da documentação descrita abaixo, e no dia 5 de maio (triagem), no Núcleo de Práticas  Jurídicas, do Centro Universitário Tiradentes – UNIT na Cruz das Almas.

 

As e os interessadas (os) deverão levar as seguintes documentações descritas abaixo.

Carteira de Identidade e CPF (obrigatório) / cópia de comprovante de residência (conta de água, luz ou telefone) (obrigatório) / certidão de Nascimento ou Casamento (obrigatório) / cópia da Certidão de Nascimento ou Casamento dos pais do requerente (obrigatório) / cópia da Certidão de Nascimento dos filhos (se houver) / título de eleitor, com a mudança de nome (se houver) / documentos em que é reconhecido(a) socialmente pelo nome social (ex: matrícula de instituição de ensino, documentos profissionais, prints de perfil nas redes sociais…) (se possuir) / relatório/Parecer/Laudo psicológico ou psiquiátrico (se possuir) / certidões negativas (Polícia Civil, Polícia Federal, Justiça Estadual Cível, Justiça Estadual Criminal, Justiça Federal Cível e Criminal, Justiça Eleitoral, Justiça Militar da União, Justiça Militar Estadual e SPC/Serasa) (obrigatório) / fotos (rosto, corpo inteiro, com amigos/família/trabalho) / exames referentes à transição de gênero (receitas de hormônio, resultados de exames, declaração de atendimento do Ambulatório de Saúde para pessoas Transexuais e Travestis) (se possuir)/ relatório individual expondo que Declara o gênero (obrigatório).

 

Maiores informações sobre a ação poderão ser obtidas através do contato: 82 3311- 3138