Movimento gay se articula para contrapor bancada evangélica
   29 de março de 2014   │     0:00  │  2

Comunidade LGBT reúne adeptos à causa de diferentes partidos para possível “bancada gay”. Integrante da bancada evangélica de Curitiba teme “guerra santa”

Um movimento que reúne adeptos ou simpatizantes da causa LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) pretende eleger ou apoiar diversos candidatos nas eleições deste ano para fazer formar bancadas que façam frente ao crescimento da ala evangélica no Congresso em legislativos estaduais e municipais. O grupo está em fase de formação e conta com 15 nomes, de sete estados e sete partidos, a maioria de centro ou esquerda: PPS, PSB, PV, PSOL, PCdoB, PTB e Solidariedade.

No Paraná, o movimento definiu que vai apoiar duas possíveis candidaturas à Câmara dos Deputados (Toni Reis [PCdoB] e Rubens Bueno [PPS]) e uma à Assembleia Legislativa (Luiz Modesto [PCdoB]). O grupo, batizado de “União Nacional Pluripartidária”, ainda não tem nomes designados para lançar ou apoiar em candidaturas a Senado, governos estaduais e Presidência da República.

O militante Toni Reis (PCdoB), liderança conhecida da causa gay, diz que a oportunidade de colocar o assunto em debate no período eleitoral foi a razão inicial para a mobilização do grupo. “Temos uma Câmara [Federal] que é muito machista, homofóbica e racista. Nós temos de rebater [as posições evangélicas], temos que colocar isso em discussão no horário político, nos debates, para a gente conversar com a sociedade.”

Reis classifica as posições das organizações evangélicas na política como conservadoras e diz que não costuma haver confronto de ideias quando há uso de argumentos religiosos. “Precisamos de respeito à dignidade humana. Os ‘direitos humanos’ todos defendem, mas, agora, querem impor como os humanos devem ser. É importante que tenhamos parlamentares que possam defender essas pautas [relacionadas a direitos humanos], que muitas vezes são defendidas por aliados que não sentem na pele a discriminação.”

O que Toni Reis aponta como temas polêmicos são os que tiveram grande repercussão nos últimos anos no Congresso, como as discussões sobre união homoafetiva, liberação do aborto e legalização da maconha.

Ele defende um diálogo mais aberto entre políticos com convicções contrárias. “No parlamento, você precisa dialogar com todos os parlamentares. Isso inclui [Marco] Feliciano, [Jair] Bolsonaro e [Eduardo] Cunha. É preciso sentar e ver se a gente consegue encontrar um ponto de convergência. No parlamento em Curitiba, por exemplo, já visitei vários parlamentares com posições contrárias. Sempre podemos achar um denominador comum”.

Líder evangélica do Paraná teme “guerra santa”

Pré-candidata a deputada estadual e líder da bancada evangélica da Câmara de Curitiba, a vereadora Noêmia Rocha (PMDB) entende que a mobilização da comunidade LGBT para as eleições pode gerar uma “guerra santa”. “Essa proposta da LGBT para fazer uma bancada para ir contra os evangélicos, contra a comunidade religiosa, pode virar uma guerra de valores religiosos, uma guerra santa. A proposta religiosa é a proposta do País, que é um país cristão. O estado é laico, mas não dá para negar que o país é cristão, é uma questão cultural”.

Pré-candidata à Assembleia Legislativa, Rocha entende que, caso apresente propostas que visem prejudicar o movimento religioso, a organização LGBT fará uma afronta à democracia. “Foge totalmente do contexto da democracia do País, porque essa proposta do movimento gay é muito ruim da maneira como parece estar sendo conduzida, com a intenção de contrapor, como se dissesse: ‘Nós queremos ser mais do que os evangélicos’. Todos têm direito de expressão, desde que no sentido democrático”, defende a vereadora.

COMENTÁRIOS
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  1. silva

    voces tem que parar com essas ideias imbecil por causa destes pensamento vai haver sim, uma guerra nós os eteros,vamos entrar tambem nesta briga e quem for podre que se quebre ,voce querem passar por cima de tudo vai se dar mal.

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  2. silva

    voces tem que parar com essas ideias imbecil por causa destes pensamento vai haver sim, uma guerra nós os eteros,vamos entrar tambem nesta briga e quem for podre que se quebre ,voce querem passar por cima de tudo vai se dar mal.

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