Tag Archives: Transexualidade

Clipe de Val Donato emociona ao trazer homem trans como protagonista
   29 de janeiro de 2017   │     21:16  │  0

O clipe da música Faca Amolada, da cantora Val Donato, trouxe um protagonista trans, o atorJulian Santos – um dos primeiros a estrelar um clipe no Brasil. Lançado no dia 29 de janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans, com exclusividade no NLUCON, ele promete trazer a discussão das identidades trans no país. 

A obra, que faz parte da trilha sonora do longa paraibano Tudo Que Deus Criou, de André Costa, foi gravada no dia 17 de janeiro, em Campina Grande e traz imagens de um casal cis e trans, em preto e branco, em uma performance emocionante. Eles utilizam da dança para expressar os sentimentos dos personagens e rasgar as amarradas da transfobia.

Arte do clie Faca Amolada, de Val Donato

Val afirma que teve vontade de falar sobre homens trans quando leu uma notícia no Facebook de um homem trans que havia transicionado. Não é mera consciência que o personagem era Julian, o protagonista do clipe. “Isso mexeu comigo. Encontrei ele pelo Face, mas não conseguia contato. Pedi o telefone e me passaram”.

A cantora também estreia como roteirista, diretora e está no seu quarto material videográfico oficial, desafio proposto pelo diretor de fotografia: Kennel Rógis. “Em seguida, ativei o diretor de fotografia, atriz Bárbara Santos, todo mundo abraçou o trabalho e todo mundo trabalhou orgulhoso. Eu estou aqui não me cabendo de ansiosa”. Vale ressaltar que toda a equipe envolvida é da Paraíba.

A ideia do clipe, de acordo com a artista, é refletir sobre a causa trans e fazer as pessoas questionarem seus preconceitos. “Se conseguirmos que uma pessoa no mundo repense a sua visão, o objetivo foi alcançado. E quis fazer isso de forma poética, artística, tocante, que explorasse o toque, o suor e a humanidade mesmo. Para que as pessoas se identifiquem como seres humanos”.

Assista ao clipe:



E qual é a relação da Val com a transgeneridade? “Eu me entendo como mulher, me vejo como mulher, mas existe muito forte dentro de mim o lado masculino também. Desde pequena fui masculina, só me sinto bem quando olho no espelho e estou masculina, mas ao mesmo tempo não tenho vontade de ser homem ou de ser vista como um. Me toca a causa, porque ‘bati na trave’, poderia ser um homem trans”.

O clipe de Val Donato será lançado dia 29 de janeiro, às 19h (horário local) em João Pessoa em um show na sala Vladimir Carvalho da Usina Cultural Energisa. Não perca!
CAMPANHA

Justamente com o clipe, será lançada a campanha ao público com a hashtag #liberteojulian, para arrecadar a verba necessária para Julian realizar sua tão sonhada mastectomia masculinizadora. A cirurgia vai deixá-lo mais confortável com o próprio corpo, melhorar sua autoestima e driblar problemas envolvendo transfobias.

Unindo arte, amor, conscientização e solidariedade no dia da visibilidade Trans (29.01) o país poderá apreciar esta obra que tanto orgulha os envolvidos, na busca de despertar nas pessoas a vontade de entender melhor a natureza humana em sua plenitude e diversidade , sempre visando o respeito ao próximo.

Ficha Técnica:

Roteiro e Direção – Val Donato
Direção de Fotografia – Kennel Rógis
Edição e Montagem – Kennel Rógis e Val Donato
Assistente de Fotografia – Wagner Pina
Direção Coreográfica – Liu Santos
Elenco: Julian Santos, Bárbara Santos e Val Donato
Maquiagem: Inêlda de Cristo
Produção Executiva: Fabíola Rodrigues
Assistente de Produção: Michelle Lira
Making of e Still: Wagner Pina
Técnica: Pablo Giorgio
Gravura Filmes

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Como se faz uma cirurgia de mudança de sexo?
   28 de julho de 2016   │     0:18  │  0

No Brasil, é preciso ter mais de 21 anos e encarar 24 meses de acompanhamento médico até que a cirurgia seja autorizada – sem contar a fila do SUS.

Aydian Dowling é o homem trans operado que deixou a internet com água na boca ano passado quando recriou a capa da revista Rolling Stone com Adam Levine.

Aydian Dowling é o homem trans operado que deixou a internet com água na boca ano passado quando recriou a capa da revista Rolling Stone com Adam Levine.

A cirurgia para mudar a forma física de pessoas que já se consideram do sexo oposto é uma intervenção que tem aumentado de frequência, apesar de ainda ser um tipo de cirurgia não muito popular. Infelizmente todos os estigmas que envolvem esse tipo de procedimento acabam fazendo com que ele se torne um processo bastante delicado e cercado por inverdades.

Transexual é um indivíduo que se identifica psicologicamente e socialmente com o sexo oposto. Ele tem todos as características físicas do sexo constante da sua certidão de nascimento, porém se sente como pertencente ao sexo oposto. Em síntese, o transexual masculino, é uma mulher vivendo em um corpo de homem e o feminino uma mulher em um corpo masculino. Segundo pesquisas o transexual é portador de desvio psicológico permanente de identidade sexual, com rejeição do fenótipo e tendência a auto-mutilação ou auto-extermínio. Veja em seguida todo o processo da mudança de sexo.

HOMEM PARA MULHER
Como se fosse Lego, desmonta-se o pênis original e usam-se as mesmas peças para construir um novo.
1. Intervenção
Com anestesia geral, o paciente recebe uma incisão que contorna todo o saco escrotal e o pênis – cuidando para não atingir o aparelho urinário, que será adaptado para que o paciente possa urinar sentado. No final, o corte vai se transformar em uma vagina com profundidade de 12 a 15 cm.
2. Vazio
Os testículos são retirados, para evitar a produção de hormônios masculinos. O tecido cavernoso do pênis também sai, restando apenas a glande, presa por um fiapo de tecido nervoso, antes responsável pela ereção.
3. Cavidade
A pele do pênis cobre o canal vaginal, dando sensibilidade à região, e a glande vira uma espécie de clitóris. Assim, a nova mulher pode até chegar ao orgasmo. Prepúcio e escroto formam os lábios vaginais. Para que o buraco não feche, é preciso usar com frequência um alargadora – ou praticar muito sexo com penetração. “Vinte minutos diários é o mais aconselhável”, diz Preecha Tiewtranon, tailandês considerado o papa da troca de sexo.

MULHER PARA HOMEM
Bem mais raro que o processo anterior, este se baseia no aumento do clitóris por causa de hormônios masculinos.
1. Testosterona
A paciente tem de tomar diariamente 200 mg de testosterona. Os resultados são: fim da menstruação, voz mais grave, mais massa muscular, às vezes calvície, mais pelos e o desenvolvimento do clitóris – que tem a mesma origem embrionária do pênis (só que um cresce e o outro não).
2. Crescimento
Quando o clitóris alcança 6 cm, o órgão é “despregado” do púbis para que possa ter autonomia de movimento. A uretra é aumentada com tecido extraído da antiga vagina. “O paciente sai daqui urinando em pé”, diz a responsável pelo ambulatório de transexuais do Hospital das Clínicas de São Paulo, Elaine Costa.
3. Psicologia
Os testículos são formados com o tecido dos grandes lábios vaginais, que passarão a envolver duas próteses esféricas de silicone. Fica bem parecido. Quanto ao neopênis, o resultado é mais psicológico: além de minúsculo, quase não serve para penetração.

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Mulheres transexuais já se candidatam ao experimento de transplante de útero
   20 de março de 2016   │     13:25  │  3

“Eu espero que isso se torne uma realidade e eu absolutamente estou disposta a passar pela experiência”, declarou Chatisty Bowick.

Chatisty Bowick Os avanços da técnica inovadora de transplante de útero da clínica Clevelande, nos EUA, continuam sendo aperfeiçoados. E, de acordo com o site internacional Stat, indica cada vez mais que mulheres transexuais também poderão engravidar no futuro. Há até mesmo candidatas ao experimento.

Chatisty Bowick (foto), de 30 anos, é uma delas. “Eu espero que isso se torne uma realidade e eu absolutamente estou disposta a passar pela experiência”, declarou ela, que revelou ser mulher transexual aos 19 anos e que tem o sonho de ser mãe desde criança.

“Antes mesmo de ser madura o suficiente para entender esse conceito, eu queria ser mãe. Eu não sabia como isso iria acontecer, mas era o que eu mais queria. A gravidez é uma experiência muito bonita ”, disse.

A técnica consiste em transplantar o útero de uma doadora e deixa-lo sem as ligações com os ovários. Os cirurgiões da Cleveland já fizeram um procedimento de transplante de útero em uma mulher cis e esperam realizar outras seis cirurgias como parte do ensaio clínico.

Sobre as cirurgias realizadas em mulheres transexuais, a médica Karine Chung da University of Southem California Keck School of Medicine, declarou que será possível futuramente. O prazo é entre 10 anos ou menos. Ela adiantou que o corpo precisará passar por preparações.

A CIRURGIA

Primeiro, a mulher transexual precisaria passar pela redesignação sexual e também criar um espaço para o útero. Isso exigiria, por exemplo, alargar a entrada pélvica, que é substancialmente mais estreita em corpos considerados masculinos. O paciente precisaria esperar cerca de um ano para se submeter então ao transplante de útero, que chega a levar 9h.

Será necessário anexar uma ramificação de grande artéria ao útero para que supra a ausência de veias e artérias uterinas para nutrir o ventre. A hormonização também sofrerá algumas alterações orientadas pelo médico – bem como mulheres cis na menopausa – para que haja suporte para as mudanças da gestação.

O útero implantado não teria ligações com as trompas do Falópio e, por esse motivo, a fertilização seria in vitro, com posterior implante do embrião em quem recebeu o órgão. Os médicos dizem que a mulher transexual pode atuar mais que uma “barriga de aluguel”, mas também participar geneticamente da gestação. Para isso, ela precisaria armazenar o seu esperma antes da transição.

Depois, terá que tomar muitos medicamentos para que o organismo não rejeite o órgão. A clínica ressalta que o útero poderá ser utilizado em uma gravidez ou duas no máximo, tendo que ser retirado logo após o parto. Apesar de nada disso ter sido testado com sucesso anteriormente, a expectativa é positiva. “As anatomias feminina e masculina não são tão diferentes”, diz Chung. “Em breve vamos descobrir como fazer tudo isso”.

TER UM FILHO

A psicóloga Deborah Simmons diz que a questão da gestação por uma mulher trans não a surpreende. “Se você é uma mulher trans, esta é uma das possibilidades de completar um sonho. Olhando como mulher, sentindo-se como mulher e também ser capaz de ter um filho como uma mulher. A oportunidade para isso está soprando a mente das pessoas, é um bom caminho”.

Apesar de se candidatar. Chatisty declara que ter um filho não vai contribuir para ser uma mulher mais completa. “Há mulheres biológicas que não podem ter filhos e elas não são menos mulheres por causa disso”, pondera.

Angelica Ross, presidente-executiva da TransTech Sociais, declarou que a iniciativa pode não funcionar para mulheres trans. “Muitas mulheres transexuais enfrentam discriminação no passado e, por isso, não têm os recursos financeiros para pagar pelas várias cirurgias. A maioria das pessoas trans mal são capazes de cuidarem de si mesmas, muito menos de uma criança”.

Ela afirma, contudo, que a ideia de poder engravidar após a redesignação sexual é excitante. “Adoro viver em um lugar onde alguém como eu pode ter a chance de ter filhos”.

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Transexualidade Masculina “homens que fazem da sua história, uma gande história”
   24 de maio de 2012   │     0:58  │  4

Milhões de pessoas fizeram transição de sexo mulher a homem (FTM), e já vivem plenamente e com sucesso como homens, outros muitos já estão no processo de tais transições.

 Estes números ultrapassam muito a mais o que geralmente se pensa, fora da atenção pública, estes homens lutam contra muitos problemas físicos, médicos, familiares, sociais, legais, e de emprego enquanto transicionam e arrumam suas novas vidas.

 Depois de resolver as dificuldades tópicas de uma transexualidade de gênero, a maioria deles vivem de modo furtivo e deixam o passado para trás, para alguns a vida passada é tão frustrante ao lembrar de sua figura antiga em um corpo feminino, que excluem de suas vidas ate fotos de sua vida vivida anteriormente e escondem seu passado, para evitar preconceito social e para prosseguir com a nova vida.

 Os sucessos pessoais destes homens asseguram que se assimilam e se misturam bem dentro da sociedade, com resultado que o quase impossível que alguém perceba que tivessem um passado transexual.

 Recentemente a invisibilidade da transexualidade FTM vem sendo diminuindo, em parte porque um número destes homens criaram sites na internet com o objetivo de contar suas histórias e ajudar aos demais.

 Tais adolescentes (e os pais e seres queridos deles) necessitam aprender que já é possível uma transição de gênero FTM sucedida, pode ser difícil para eles visualizar as possibilidades atuais, assim se os pais puderem aprender a perceber o filho transexual, como um rapaz com um problema físico em vez de uma moça com um problema mental, o futuro de tal filho será especialmente esperançoso, com o apoio e o amor dos pais, um jovem transexual pode realmente alcançar seus sonhos e chegar a experimentar uma vida plena como um homem.

 O caso mais conhecido no Brasil é o do escritor João W. Nery, o primeiro trans-homem operado no Brasil em 1977, psicólogo, sexólogo, professor, escritor, pai de família e um dos grandes nomes da explicação da transexualidade masculina em todo o mundo.

 Publicou o livro Erro de Pessoa em 1984, A Editora Leya lançou em Outubro de 2011 o livro “Viagem Solitária” onde conta desde sua infância reprimida, a adolescência solitária, as dificuldades amorosas, a perda de seu diploma de psicologia – que deixou de ter validade com a mudança de sexo – e as dificuldades jurídicas quanto ao seu novo nome, os quatro casamentos e seu maior orgulho “a paternidade”.

 Em breve entrevista exclusiva ao Blog Diversidade com este grande homem.

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Transexualidade Masculina “homens que fazem da sua história, uma gande história”
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Milhões de pessoas fizeram transição de sexo mulher a homem (FTM), e já vivem plenamente e com sucesso como homens, outros muitos já estão no processo de tais transições.

 Estes números ultrapassam muito a mais o que geralmente se pensa, fora da atenção pública, estes homens lutam contra muitos problemas físicos, médicos, familiares, sociais, legais, e de emprego enquanto transicionam e arrumam suas novas vidas.

 Depois de resolver as dificuldades tópicas de uma transexualidade de gênero, a maioria deles vivem de modo furtivo e deixam o passado para trás, para alguns a vida passada é tão frustrante ao lembrar de sua figura antiga em um corpo feminino, que excluem de suas vidas ate fotos de sua vida vivida anteriormente e escondem seu passado, para evitar preconceito social e para prosseguir com a nova vida.

 Os sucessos pessoais destes homens asseguram que se assimilam e se misturam bem dentro da sociedade, com resultado que o quase impossível que alguém perceba que tivessem um passado transexual.

 Recentemente a invisibilidade da transexualidade FTM vem sendo diminuindo, em parte porque um número destes homens criaram sites na internet com o objetivo de contar suas histórias e ajudar aos demais.

 Tais adolescentes (e os pais e seres queridos deles) necessitam aprender que já é possível uma transição de gênero FTM sucedida, pode ser difícil para eles visualizar as possibilidades atuais, assim se os pais puderem aprender a perceber o filho transexual, como um rapaz com um problema físico em vez de uma moça com um problema mental, o futuro de tal filho será especialmente esperançoso, com o apoio e o amor dos pais, um jovem transexual pode realmente alcançar seus sonhos e chegar a experimentar uma vida plena como um homem.

 O caso mais conhecido no Brasil é o do escritor João W. Nery, o primeiro trans-homem operado no Brasil em 1977, psicólogo, sexólogo, professor, escritor, pai de família e um dos grandes nomes da explicação da transexualidade masculina em todo o mundo.

 Publicou o livro Erro de Pessoa em 1984, A Editora Leya lançou em Outubro de 2011 o livro “Viagem Solitária” onde conta desde sua infância reprimida, a adolescência solitária, as dificuldades amorosas, a perda de seu diploma de psicologia – que deixou de ter validade com a mudança de sexo – e as dificuldades jurídicas quanto ao seu novo nome, os quatro casamentos e seu maior orgulho “a paternidade”.

 Em breve entrevista exclusiva ao Blog Diversidade com este grande homem.

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