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A Paixão de Cristo na Paixão dos LGBT+
   15 de abril de 2022   │     10:54  │  0

Na sua crucifixão, Jesus se torna solidário com todos os crucificados da história, com
todos os que sofrem brutal e injustamente, incluindo os LGBT.

Por: Luís Corrêa Lima*

A hostilidade contra LGBTs, com inúmeras formas de discriminação, mesmo quando

não leva à morte, traz frequentemente tristeza profunda ou depressão.

O padre Júlio Lancellotti trabalha corajosamente na cidade de São Paulo com população
de rua. Ele relata a situação dramática que encontra:
Na missão pastoral tenho conversado com vários LGBT que estão pelas ruas
da cidade, alguns doentes, feridos, abandonados. Muitos relatam histórias
de violência, abuso, assédio, torturas e crueldades. Alguns contam como
foram expulsos das igrejas e comunidades cristãs, rejeitados pelas famílias
em nome da moral. Testemunhei lágrimas, feridas, sangue e fome.
Impossível não reconhecer neles a presença do Senhor Crucificado! [1]
Esta sensibilidade espiritual é profundamente cristã, pois o Filho eterno de Deus, ao se
tornar humano, é solidário com toda humanidade, especialmente os pobres e os que
sofrem. É o próprio Jesus que diz: “tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste
de beber […] pois todas as vezes que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos,
foi a mim que o fizestes” (Mt 25, 31-46). Ele se identifica com famintos, sedentos,
estrangeiros, nus, enfermos e encarcerados. Na sua crucifixão, Jesus se torna solidário
com todos os crucificados da história, com todos os que sofrem brutal e injustamente,
incluindo os LGBT. Mas a Sua paixão é desqualificada pelos seus adversários que
sordidamente dizem: “Salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!” (Mt
27,40).

A violência contra LGBT tornou-se mais evidente por causa de sua visibilidade no mundo
atual. No passado, para se defender da intolerância e da hostilidade, muitos deles viviam
no anonimato ou à margem da sociedade. Vários gays e lésbicas se escondiam no
casamento tradicional, constituído pela união heterossexual, para não manifestarem sua
condição. Travestis e transexuais não tinham acesso aos procedimentos de
transexualização hoje disponíveis. Em alguns lugares formavam guetos, que eram
espaços de convivência bastante reservados como forma de proteção dos indivíduos.
Atualmente, a situação é bem diferente. Muitos deles fazem grandes paradas, estão
presentes em filmes, programas de televisão, olimpíadas, empresas, escolas e outras
instituições; buscam reconhecimento, exigem ser respeitados e reivindicam os mesmos
direitos e deveres dos demais cidadãos. Esta população está em toda parte. Quem não faz
parte dela, tem parentes próximos ou distantes que fazem, velada ou manifestamente, bem
como vizinhos ou colegas de trabalho.
A aversão aos LGBT produz diversas formas de violência física e verbal. Há pais de
família que já disseram: “Prefiro um filho morto a um filho gay!”. Há avós que já
disseram: “Prefiro vinte netas putas a uma neta sapatão!”. Não são raros travestis, gays
e lésbicas expulsos de casa por seus pais. Entre os palavrões mais ofensivos em português,
constam a referência à condição homossexual (veado!) e ao sexo anal, comum no
homoerotismo masculino. Ou seja, é xingamento. Muitas vezes, quando se diz: “fulano
não é homem”, entende-se que é gay; ou “fulana não é mulher”, que é lésbica. Ou seja,
ser homem ou mulher supostamente exclui a pessoa homossexual. Esta aversão se enraíza
profundamente na cultura. No Brasil são muito frequentes os homicídios, sobretudo de
travestis. Não raramente, estes homicídios são cometidos com requintes de crueldade. Há
também suicídios de muitos adolescentes que se descobrem LGBT, e mesmo de adultos.
Eles chegam a esta atitude extrema por sentirem a hostilidade da própria família, da escola
e da sociedade. Calcula-se que o índice de suicídio nesta população é cinco vezes maior
que no restante. Toda esta hostilidade com inúmeras formas de discriminação, mesmo
quando não leva à morte, traz frequentemente tristeza profunda ou depressão.
Curiosamente, esta realidade está ausente em muitos documentos da Igreja Católica. Ao
se falar de pobres, excluídos e pessoas que sofrem, menciona-se frequentemente:
migrantes, vítimas da violência, refugiados, vítimas de sequestro e tráfico de pessoas,
desaparecidos, portadores de HIV, vítimas de enfermidades endêmicas, tóxico-
dependentes, idosos, meninos e meninas vítimas da prostituição, pornografia, violência
ou trabalho infantil; mulheres maltratadas, vítimas de exclusão e exploração sexual,
pessoas com deficiência, grandes grupos de desempregados, excluídos pelo
analfabetismo tecnológico, moradores de rua em grandes cidades, indígenas, afro-
americanos, agricultores sem-terra e mineiros [2]. Infelizmente, falar de LGBT ainda é
incômodo em muitos ambientes. Não raramente, o sofrimento desta população é ignorado
ou silenciado.
Para representar a violência sofrida por eles e elas, a travesti e atriz Viviany Beleboni
encenou uma crucifixão em uma parada em São Paulo. Depois disto, ela mesma foi
agredida violentamente duas vezes como forma de retaliação. Levou chutes, sofreu cortes
no corpo, teve hematomas e dentes quebrados. Sobre a segunda agressão, feita por cinco
homens, ela relata algo revelador sobre a motivação dos agressores:

A todo momento falavam que eu era um demônio, que essa raça tinha que
morrer. Recitavam passagens da Bíblia ou que diziam alguma coisa
relacionada à Bíblia. Falavam em Romanos e coisas como “não te deitarás
com um homem, como se fosse mulher” e muitas palavras que não entendia,
como se fosse em outro idioma. Eles diziam também “traveco vira homem”,
“praga da humanidade”. Ofensas e Chutes. Quero esquecer [3].
Lamentavelmente, estes agressores fanáticos utilizam a Palavra de Deus, tirando-a do
contexto em que foi escrita, para justificar a demonização do outro e a agressão brutal.
Tornam-na uma palavra de morte, um instrumento diabólico. Dela extraem “balas
bíblicas” disparadas impiedosamente contra homossexuais e transgêneros.
A hostilidade a LGBT não é gratuita. Há importantes indicações de que o preconceito
contra esta população seja um temor inconsciente do coração humano que se recusa a
reconciliar-se com a própria verdade. O medo do perigo de contágio, fanatismos,
rigorismos e repugnâncias em relação eles e elas revelam uma necessidade de ocultar a
verdade sobre a própria existência, ou sobre impulsos interiores. Na base dos
preconceitos, há frequentemente o medo de perder a própria segurança diante do que é
diferente, estranho e desconhecido, catalogando-o por isso mesmo como perigoso e
inferior. Quanto maiores o fanatismo e a repugnância, provavelmente existe também uma
maior necessidade de ocultar a própria existência, ou uma plena recusa a reconciliar-se
com a própria verdade.
Júlio Lancellotti reconheceu a paixão de Cristo na população de rua LGBT. Viviany
Beleboni a representou e a sofreu. Recentemente, Marielle Franco foi assassinada. Ela
era bissexual e defendia os direitos humanos de diversas populações. A paixão de Cristo,
consequência de Sua vida e luta em favor do anúncio do Reino de Deus, não deve ser
jamais desqualificada. O Seu corpo é dado e o Seu sangue é derramado pela salvação da
humanidade. Não nos esqueçamos dos crucificados da história com os quais o Cristo é
solidário, nem deixemos que os desqualifiquem e esqueçam. Cultivar a memória deles e
delas é trilhar o caminho que conduz à ressurreição.
[1] LANCELLOTTI, J. Postagem, 9/6/2015.
[2] CELAM. Documento de Aparecida, 2007, n. 402.
[3] QUERINO, Lucas. “Viviany Beleboni é espancada novamente por cinco homens:
‘Demônio’”. 12 jul. 2016.
*Luís Corrêa Lima é padre jesuíta e professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio.
Trabalha com temas de modernidade, história da Igreja, diversidade sexual e de gênero.

 

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Gay morto em nome de Alá, e os horrores dos versos do Alcorão
   16 de março de 2015   │     0:00  │  3

Na crença desses extremistas, os homossexuais devem morrer em situações como essa: atirado de grandes prédios para que morra diante de toda a população.

Homossexual atirado do alto de um prédio.      Na crença desses extremistas, os homossexuais devem morrer em situações como essa: atirado de grandes prédios para que morra diante de toda a população.

Ponto de vista e analise político

Por: Nildo Correia – Blogueiro 

Mais uma atrocidade cometida pelos extremistas do Estado Islâmico contra a população LGBT da Síria. Os terroristas divulgaram imagens de um jovem gay que foi jogado de um prédio no dia 26 de fevereiro. A “punição” é comum no califado que tem um senso de justiça bastante condenável e abominável para aqueles que não seguem na reta as rendias desses criminosos sanguinolentos.

Vendado, o jovem foi atirado do último andar de um prédio após ser julgado pela corte do Estado Islâmico em virtude de sua homossexualidade. Ele foi acusado de cometer “atos de sodomia”. Pessoas reunidas no local ainda aplaudiam e apedrejavam o corpo do homem após sua queda. Também foi divulgada a imagem de um homem tendo a mão decepada pelos terroristas, que segundo informações recebeu esta sentença por ser acusado de ter cometido furto.

Na crença desses extremistas, os homossexuais devem morrer em situações como essa: atirado de grandes prédios para que morra diante de toda a população. E foi isso que aconteceu com este jovem de 20 anos depois de ser acusado de ser homossexual. O site Raqqa foi quem divulgou as imagens chocantes do homem sendo lançado do alto do prédio.

Segundo os terroristas, o jovem poderia ser punido assim como muitos foram em “Sodoma e Gomorra” — passagem da Bíblia e do Alcorão. Essa não é a primeira vez que o grupo executa alguém desta forma. No Iraque, em janeiro, dois rapazes também foram atirados do alto de um prédio por serem homossexuais.

Após os acontecimentos de 11 de setembro, a questão da violência e religião, mais uma vez, entram em intensas discussões e debates. É nossa convicção que, apesar de vários fatores políticos, pontos sócio-econômicos e culturais têm contribuído significativamente para o aumento da violência e do terrorismo no Islã (Islam) contemporâneo fundamentalista, e não podemos ignorar a dimensão religiosa da violência que voltará ao coração e à origem do Estado Islamico entre outros povos, que através de uma visão satânica camuflada em dogmas arcaicos bíblicos pregam o ódio e o genocídio de povos pelo mundo inteiro.

Uma simples leitura de tais passagens do Alcorão deixa claro como é fácil sentir ódio, inimizade contra os Judeus, Cristãos, gays, mulheres que praticam o adultério, cristãos, não-Muçulmanos entre outros.  Por isto não se pode ignorar o peso e o impacto das passagens deste livro tão sangrento, que de forma tão suja e abominável e alienável  faz com que devotos que obedecem a vontade de Deus, cheguem a matar em nome dele.

Amor é um sentimento de carinho e demonstrações de afeto que se desenvolve entre seres que possuem a capacidade de o demonstrar. O amor motiva a necessidade de proteção e pode se manifestar de diferentes formas: amor materno ou paterno, amor entre irmãos (fraterno), amor físico, amor platônico, amor à vida, amor pela Natureza, amor pelos animais, amor altruísta, amor-próprio, etc.

O amor físico ou Eros representa o amor entre casais, sentimento que envolve uma forte ligação afetiva e, em geral, uma ligação de natureza sexual.  É normalmente simbolizado através do desenho de um coração e o cupido é a figura mitológica que personifica o amor.

O amor provoca entusiasmo por algo e interesse em fazer o bem, por exemplo, amor à natureza ou amor aos animais. O amor a Deus demonstra uma ligação de caráter religioso, um sentimento de devoção e adoração. O amor de Deus é conhecido como amor Ágape, que é incondicional, único e impossível de ser descrito com exatidão. O amor a Deus é um mandamento em muitas religiões, não só as cristãs. Desta forma, podemos entender que “Deus, Alá, El, Eloah, Elohim, El Shaddai, Adonai, Yhwh, Yahweh, Jeová, Jeová-Jiré, Jeová-Rafa, Jeová-Nissi, Jeová-Makadesh, Jeová-Shalon, Jeová-Eloim, Jeová-Tsidikenu, Jeová-Rohi, Jeová-Shammah, Jeová-Sabaoth, El Eliom, El Roi, El-Olam, El-Gibor”, independente em que ou em quem você creia acima, saiba que a força superior não prega o alienismo, genocídio e nem a exclusão  de seu próximo. O criador é mais que uma força de energia positiva, ele se resume em uma simples palavra “Amor”.

A seguir estão apenas alguns dos versos do Alcorão que podem e têm sido usados ​​na história do Islã em apoio à violência em nome de Deus e as glórias do martírio em uma guerra santa.

2:190-193 “Combatei, pela causa de Deus, aqueles que vos combatem… Matai-os onde quer se os encontreis… combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus…”

2:216 “Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial; todavia, Deus sabe todo o bem que fizerdes, Deus dele tomará consciência”.

2:244 “Combatei pela causa de Deus e sabei que Ele é Oniouvinte, Sapientíssimo”.

3:157-158 “Mas, se morrerdes ou fordes assassinados pela causa de Deus, sabei que a Sua indulgência e a Sua clemência são preferíveis a tudo quando possam acumular. E sabei que, tanto se morrerdes, como ser fordes assassinados, sereis congregados ante Deus”.

3:169 “E não creiais que aqueles que sucumbiram pela causa de Deus estejam mortos; ao contrário, vivem, agraciados, ao lado do seu Senhor”.

3:195 “… quanto àqueles que… sofreram pela Minha causa, combateram e foram mortos, absorvê-los-ei dos seus pecados e os introduzirei em jardins, abaixo dos quais corres os rios, como recompensa de Deus”.

4:101 “… os incrédulos; em verdade, eles são vossos inimigos declarados”.

4:74,76 “Que combatam pela causa de Deus aqueles dispostos a sacrificar a vida terrena pela futura, porque a quem combater pela causa de Deus, quer sucumba, quer vença, concederemos magnífica recompensa. Os fiéis combatem pela causa de Deus; os incrédulos, ao contrário, combatem pela do sedutor. Combatei, pois, os aliados de Satanás, porque a angústia de Satanás é débil”.

4:89 “Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham migrado pela causa de Deus. Porém, se se rebelarem, capturai-os então, matai-os, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente nem por socorredor”.

4:95 “Os fiéis, que, sem razão fundada, permanecem em suas casas, jamais se equiparam àqueles que sacrificam os seus bens e suas vidas pela causa de Deus; Ele concede maior dignidade àqueles que sacrificam os seus bens e suas vidas do que aos que permanecem (em suas casas)”.

5:36 “O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos, ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo”.

5:54 “Ó fiéis, não tomeis por confidentes os judeus nem os cristãos; que sejam confidentes entre si. Porém, quem dentre vós os tomar por confidentes, certamente será um deles; e Deus não encaminha os iníquos”.

8:12-17 “E de quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois, aos fiéis! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai-lhes os dedos! Isso, porque contrariaram Deus e o Seu Mensageiro; saiba, quem contrariar Deus e o Seu Mensageiro, que Deus é Severíssimo no castigo… Ó fiéis, quando enfrentardes (em batalha) os incrédulos, não lhes volteis as costas. Aquele que, nesse dia, lhes voltar as costas – a menos que seja por estratégia… Vós que não os aniquilastes, (ó muçulmanos)! Foi Deus quem os aniquilou”.

8:59-60 “E não pensem os incrédulos que poderão obter coisas melhores (do que os fiéis). Jamais o conseguirão. Mobilizai tudo quando dispuserdes, em armas e cavalaria, para intimidar, com isso, o inimigo de Deus e vosso, e se intimidarem ainda outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece”.

8:65 “Ó Profeta, estimula os fiéis ao combate. Se entre vós houvesse vinte perseverantes, venceriam duzentos, e se houvessem cem, venceriam mil do incrédulos, porque estes são insensatos”.

9:5 “… matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam…”.

9:14 “Combatei-os! Deus os castigará, por intermédio das vossas mãos”.

9:29 “Combatei aqueles que não crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que, submissos, paguem o Jizya [imposto para poder morar entre os Muçulmanos]”.

47:4 “E quando vos enfrentardes com os incrédulos, (em batalha), golpeai-lhes os pescoços, até que os tenhais dominado, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros… E se Deus quisesse, Ele mesmo ter-Se-ia livrado deles; porém, (facultou-vos a guerra) para que vos provásseis mutuamente. Quanto àqueles que foram mortos pela causa de Deus, Ele jamais desmerecerá as suas obras”.

61:4 “Em verdade, Deus aprecia aqueles que combatem, em fileiras, por Sua causa, como se fossem uma sólida muralha”.

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