Tag Archives: Criminalização da Homofobia

Jovem é estuprado e tem o corpo marcado a faca com ofensas homofóbicas
   7 de junho de 2021   │     21:24  │  0

Na última segunda-feira (31), um jovem gay de 22 anos foi vítima de um crime brutal em Florianópolis, Santa Catarina. O rapaz teria sido violentado com objetos cortantes e sofrido um estupro coletivo por outros três homens. Segundo informações da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso), a vítima ficou extremamente ferida e foi encaminhada em estado grave para um hospital.

Apesar de ter ocorrido no início da semana, o caso só ganhou repercussão nessa sexta-feira (4), após ser tema de uma reportagem do “Cidade Alerta SC”. Segundo o telejornal, o jovem em questão ainda teve ofensas homofóbicas tatuadas a faca em seu corpo pelos criminosos. Horrorizante! A 5ª Delegacia de Polícia da Capital mantém as investigações em sigilo, em proteção da vítima, e trata a ocorrência como um crime de ódio e intolerância.

O episódio bárbaro também passou a ganhar destaque nas redes sociais, visto que ocorreu em pleno mês do orgulho LGBTQIA+. A presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB Santa Catarina, Margareth Hernandes, se manifestou e lamentou o caso em seu perfil no Instagram, aproveitando para registrar também queixas ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e outros governantes em seu texto.

“Mais um dia de violência no país que mais mata homo e transexuais no mundo. Essa violência que cresce assustadoramente com o incentivo de algumas igrejas, do presidente da República, de alguns prefeitos, governadores e parlamentares. Discursos de ódio são aplaudidos e, por conta desses aplausos, pessoas morrem de forma cruel, porque seus algozes se encontram legitimados por um governo genocida e homofóbico. Até quando? Minha solidariedade aos familiares e especialmente à mãe da vítima! Na torcida para que ele se salve e se recupere o mais rápido possível”, escreveu.

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Serial killer de homossexuais revela motivo dos crimes
   31 de maio de 2021   │     21:27  │  0

O homem acusado de ser o serial killer responsável pela morte de três homens homossexuais no Paraná e em Santa Catarina falou, em depoimento, sobre o motivo dos crimes. Ele foi preso no sábado (29), em Curitiba, após denúncia rastreada pela polícia.

A intenção de José Tiago Correia Soroka, segundo ele mesmo disse em interrogatório, era roubar os homens que ele assassinou. Contudo, ele confessou que haveria, ainda, um elemento de ódio nos crimes pelo fato de as vítimas serem homossexuais.

Segundo a delegada Camila Cecconelo, que chefia a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, ele confessou o assassinato das três vítimas e também a tentativa de homicídio contra uma quarta pessoa. Além disso, deu detalhes dos crimes.

Apesar da confissão, as investigações devem continuar para verificar a existência de outras vítimas do criminoso.

* Com informações do RICMais

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STF julgará na próxima quarta-feira ação que criminaliza a homofobia no Brasil
   11 de fevereiro de 2019   │     14:30  │  0

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar quarta-feira (13) uma ação protocolada pelo PPS para criminalizar a homofobia, que é caracterizada pelo preconceito contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais). O processo tramita na Corte desde 2013 e será relatado pelo ministro Celso de Mello.

Na sessão, os ministros devem definir se o Supremo pode criar regras temporárias para punir agressores do público LGBT, devido à demora da aprovação da matéria no Congresso Nacional. Pelo atual ordenamento jurídico, a tipificação de crimes cabe ao Poder Legislativo, responsável pela criação das leis.

O crime de homofobia não está tipificado na legislação penal brasileira. Nos casos envolvendo agressões contra homossexuais, a conduta é tratada como lesão corporal, tentativa de homicídio ou ofensa moral.

No entendimento do partido, a minoria LGBT deve ser incluída no conceito de “raça social” e os agressores punidos na forma do crime de racismo.

“O heterossexismo social constitui uma ideologia racista e, portanto, a homofobia e a transfobia constituem-se ideologias/condutas tipicamente racistas por serem decorrências do racismo heterossexista”, argumenta o partido.

Levantamento recente, divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), mostrou que em 2017 foi registrado o maior número de mortes relacionadas à homofobia desde que o monitoramento anual começou a ser feito pela entidade, há 38 anos. Naquele ano, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos por homofobia.

 

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Matem seus filhos ou nós o mataremos, avisa governo da Chechênia a pais de LGBTs
   2 de maio de 2017   │     23:54  │  0

Mais sobreviventes dos campos de concentração, onde as pessoas LGBT são torturadas, humilhadas, interrogadas e mortas, estão falando sobre as atrocidades que estão acontecendo na Chechênia.

Enquanto as autoridades chechenas continuam negando os gastos, está mais que comprovado que a vida de uma pessoa LGBT na região controlada pela Rússia corre perigo. Embora isso aconteça há muito tempo, a situação piorou, atigindo número sem precedentes de homossexuais e bissexuais homens sendo presos e assassinados.

De acordo com o governo britânico, o presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, planeja eliminar a comunidade LGBTQ no início do Ramadã, a menos de um mês de distância.

Como já foi noticiado aqui no Viajay, os sobreviventes descrevem torturas, incluindo choques elétricos e espancamentos, e compartilham que quando são trazidos de volta para casa, suas famílias são informadas de que devem matá-los, como um ato de honra.

Um sobrevivente dessas prisões relatou que algumas pessoas são convidadas para os locais da prisão e instruídas para matar seus parentes, ou então as autoridades dizem que eles mesmo irão fazê-lo.

“Eles dizem aos pais para matar seu filho”, disse o homem, cuja identidade foi protegida por questões de segurança. “Eles dizem, ‘Ou você faz ou nós vamos fazer.’ As autoridades dizem aos parentes para “limpar sua honra com sangue”.

“Eles torturaram um homem por duas semanas”, continuou o sobrevivente. “Então convocaram seus pais e seus irmãos para que viesse visita-lo e disseram: ‘Seu filho é homossexual’ a família então retrucou: ‘É a nossa família, então nós faremos’. A família o levou para a floresta, mataram e enterraram ele lá mesmo, sem sequer lhe dar um funeral.”

“Nós sempre fomos perseguidos, mas nunca foi assim. Agora eles prendem todo mundo, matam pessoas, fazem o que quiserem pois sabem que não serão repreendidos por nada já que a ordem de ‘limpar a nação’ dos gays veio de cima.”

 

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“É viado vamos matar ” gritavam agressores, afirma travesti
   27 de dezembro de 2016   │     12:37  │  0

Os dois suspeitos de espancar até a morte o vendedor ambulante na estação Dom Pedro, do metrô de São Paulo, devem se entregar hoje. Eles se chamam Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Nascimento Martins. Delegado conta que eles beberam muito durante o natal e que um deles estava aborrecido, pois havia brigado com a mulher.

A travesti Raíssa, que aparece fugindo nas imagens do circuito de segurança da estação Pedro II do Metrô, disse que os dois homens que espancaram até a morte o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas diziam “vamos matar e viado” enquanto a perseguiam. Ruas tentou defender a travesti e foi agredido. A polícia pediu a prisão preventiva dos dois suspeitos identificados como Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Nascimento Martins, que são primos, segundo o Jornal Nacional.

A estação Pedro II do Metrô fica no Centro de São Paulo, junto ao bairro do Brás. As cenas gravadas pelas câmeras de segurança começam com a perseguição a uma travesti, que passa por baixo da catraca, corre, seguida por rapazes com camiseta preta e bermuda branca.

Ela conseguiu escapar. Em seguida, quem aparece fugindo dos agressores é o vendedor ambulante. Ele cai e é espancado com socos e pontapés. Luiz Carlos Ruas morreu no hospital. Ele trabalhava há mais de 20 anos na saída de uma passarela para pedestres do lado de fora da estação.

Antes da agressão, um morador de rua, que também é homossexual, disse ter sido agredido pela dupla. “Não teve nada, ele já veio me socando”, disse o carroceiro José Vieira Filho.”É triste, triste de verdade. eu só tenho isso como um grande preconceito, grande raiva ao próximo, não tem outra explicação.”

O velório do ambulante será nesta terça-feira (27) no cemitério Vale da Paz, em Diadema. O sepultamento está marcado para 16h30.

O caso aconteceu na noite deste domingo (25). Fotos tiradas dentro da estação mostram o momento em que dois homens atacam o ambulante. Após a agressão, os homens ainda voltaram até a vítima, desacordada, e um dos suspeitos deu mais um soco na cabeça.

O delegado Oswaldo Nico Gonçalves disse à Globonews que os dois homens são primos, moram perto um do outro e beberam muito no dia de Natal. O delegado contou que um deles disse que estava muito aborrecido porque teve problemas com a mulher. No mesmo dia, um dos homens teria socado a porta da vizinha na vila em que os dois moram.

A vítima ainda tentou correr até a bilheteria do Metrô, mas foi atingido por vários golpes e caiu. A Polícia Civil informou que está investigando o caso por meio de um inquérito policial.

“A polícia apura possível envolvimento de um grupo de intolerância na autoria do crime”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

A esposa Maria Aparecida Cavalcante, conta que conversou com o marido 20 minutos antes das agressões. Chamada por Ivani para socorrer Luis Carlos, ela afirma que encontrou o vendedor caído e machucado. “Quando eu cheguei ele já estava no chão, todo deformado”.

Luiz Carlos foi socorrido por funcionários do metrô, mas não resistiu e morreu no hospital Municipal Vergueiro. O caso foi registrado no 78º Distrito Policial como homicídio qualificado, mas será encaminhado ao 5ºDP.

Em nota, o metrô confirmou o ataque e afirmou que os primeiros socorros foram prestados pelos agentes de segurança. “O Metrô colabora com a Autoridade Policial para o esclarecimento do crime”.

Foto: TV Globo/Reprodução

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