Qual é a melhor idade para se assumir?
   25 de setembro de 2023   │     0:00  │  0

Qual é a melhor idade para se assumir? Muitas pessoas se assumem no ensino médio ou na faculdade. Embora a maioria das pessoas comece a se identificar como LGBTQ+ ainda no ensino fundamental, por volta dos 11 aos 14 anos, muitas delas só se assumem para valer por volta dos 18 ou mesmo dos 20 anos.

Quando é a “hora certa” de assumir sua sexualidade ou identidade de gênero? Por mais que exista uma média de idade em que a maioria das pessoas se assume, na verdade essa experiência é completamente pessoal — e o tempo de uma é diferente do de outra. Se é seu caso, cabe a você decidir a quemquando e como quer contar.[1] Todos sabemos que a experiência é gratificante e assustadora ao mesmo tempo. Mas saiba que você não está só! Leia o passo a passo deste artigo para entender por que as pessoas se assumem, por que outras optam por esperar e o que costuma acontecer após a revelação. No fim das contas, só não se esqueça do quanto você é amado e do seu direito de viver sua verdade!

De todos os relacionamentos que alguém tem na vida, as conexões familiares talvez sejam as mais intensas.

Família é sinônimo de porto seguro. De colo de mãe, de proteção de pai, de cama quentinha. É a certeza de ter para onde correr caso tudo dê errado, afinal onde encontrar confiança maior que nos braços de pessoas que você conhece de toda uma vida?

É exatamente por isso que se assumir homossexual para aqueles que mais amamos é tão difícil.

Afinal, no momento em que você conta para sua família que é gay, você se torna, de repente, uma pessoa estranha.

Imagine, então, o medo de introduzir algo inesperado e, de uma hora para a outra, perder esse apoio e respeito tão importantes?

Pois é! Que atire a primeira pedra o adolescente ou adulto gay que não tenha passado horas de sofrimento ensaiando como falar da sua sexualidade para os pais.

São horas mergulhado sozinho em uma depressão, em muitas neuras e receios, principalmente se todos na casa são muito religiosos ou conservadores.

Não é fácil mesmo. Não se aprende na escola, nem nos livros. E, quem dera, existisse um manual de instruções para abrir portas de armário…

Mas é necessário. Ou, no mínimo, altamente recomendado.

Eu costumo dizer que a vida gay é cheia de primeiras vezes, e que você precisa estar preparado para enfrentar cada uma delas.

Antes rejeitado pela família, que rejeitado por si mesmo.

Tem gente que simplesmente não tem essa conversa com os pais porque acha que ser gay não é da conta deles. Eu discordo completamente.

Se você não quer falar que é gay para os seus parentes mais próximos, tudo bem. Essa escolha é única e exclusivamente sua.

Mas, por favor, seja honesto consigo mesmo e diga “eu escolhi não falar para os meus pais porque não quero encarar a reação deles”. E não “eles não têm que saber porque não têm nada a ver com isso”.

Percebe a diferença?

No fim das contas, o ato de falar demonstra a vontade e comprometimento em querer estar junto.

Ser gay não precisa ser um segredo!

Existe uma grande diferença entre privacidade e segredo.

É claro que certas coisas não precisam e nem devem ser contadas para os seus pais. Sua intimidade fica só pra você. Certo?

Agora, esconder a sua homossexualidade é como esconder parte do que você é.

Mas há exceções…

Contudo, infelizmente, há alguns casos em que é melhor deixar a porta do armário fechada por um tempo.

Em situações de abuso sexual ou violência, manter o segredo é mais que preservar a privacidade: é se auto proteger.

Se os seus pais expressam opiniões incrivelmente homofóbicas, se fazem comentários negativos com frequência sobre ser gay ou até mesmo comentários violentos, pense bastante se deve ou não contar a eles.

Da mesma forma, se você é adolescente, se depende financeiramente dos pais e acredita que será rejeitado e expulso de casa após a revelação, é mais prudente manter a homossexualidade em sigilo e buscar a independência o quanto antes.

Com o tempo, talvez, você tenha que se afastar dessa família de comportamento abusivo e encontrar uma maneira mais segura de ser quem é.

Entenda que às vezes resolver diferenças familiares significa limitar o contato. E não se sinta mal por isso: tomar essa decisão é nada mais que autopreservação.

Agora, se esse não é o seu caso, deixe as diferenças existirem. Diga a sua verdade. E, principalmente, seja a sua verdade.

Você verá que essa atitude sincera te tornará um homem muito mais completo.

Primeiro de tudo, você precisa estar muito seguro e ter uma autoimagem bem positiva da sua própria homossexualidade.

É fundamental que você se sinta bem com o fato de ser gay antes de contar para a sua família. Se você não estiver confiante, poderão vir perguntas que te deixarão com ainda mais dúvidas.

E a verdade é que não há uma receita pré-definida, muito menos exemplos a serem copiados. Cada caso é único e cada pessoa sabe dos limites e dos pensamentos dos seus familiares.

Escolher bem a primeira pessoa para contar pode ser chave para te ajudar em todo o processo. Um irmão, a mãe ou uma tia que sempre te entendeu melhor que todo o resto da família fazem a diferença na hora do pontapé inicial. Confiança (e algum planejamento) é o grande segredo aqui.

Se você sente que é o seu tempo para assumir para seus pais, faça. E aceite a condição que, a partir de então, é o tempo deles que deverá ser respeitado.

Contudo, você precisa entender que, mesmo para os pais mais mente aberta, essa notícia não deixa de ser um choque. Afinal de contas, ela pode representar o fim de muitos sonhos.

Talvez os seus pais sonhassem com você casando na igreja com uma esposa maravilhosa e tendo filhos também maravilhosos. E, muito embora tudo isso ainda seja possível, eles precisarão de algum tempo para aceitar que a esposa será esposo e o filho será adotado.

De certa forma, você acaba de mudar a vida deles para sempre.

Por isso, tenha o máximo de compaixão que puder, mostrando que entende os seus sentimentos, mas sendo firme e dizendo que esses sonhos eram deles, não seus.

Note que, em alguns pais, poderá surgir o sentimento de culpa.

São bem comuns perguntas do tipo: “A culpa é minha?” ou “O que aconteceu para você ficar desse jeito?”, como se houvesse acontecido alguma “falha” na educação.

Pais solteiros tendem a se culpar mais do que os outros, acreditando não terem sido um modelo de relações heterossexuais positivo para o filho.

Seja como for, evite deixá-los associar a “culpa” a alguma coisa ou a alguém. Tranquilize-os, dizendo que não há nada que eles poderiam ter feito para influenciar a sua sexualidade.

Há, também, famílias que preferem ignorar o fato, escondendo o problema embaixo do tapete. Isso porque aceitar um filho gay pode significar ter que encarar que talvez não estejam sendo tão compreensíveis e prestativos como deveriam.

Às vezes, o pai ou a mãe (geralmente o pai) pode levar mais tempo para aceitar o notícia do que o outro. Prepare-se para esse cenário, também.

Atente, também, para o momento. Nada de largar a bomba no meio do jogo de futebol do time do seu pai ou no intervalo da novela preferida da sua mãe.

É fundamental que o ambiente familiar esteja emocionalmente estável e que eles não estejam estressados, distraídos ou ocupados.

Não consegue falar? Então, escreva!

A HORA CERTA PRA DIZER EU SOU G...-[IC]Quando é o momento certo de se assumir para a família? Como iniciar a conversa? E se o

 

Isso mesmo. Mande um email, uma carta, uma mensagem, um Whatsapp. Mas faça!

Melhor, óbvio, seria ter essa conversa de forma presencial, mas, se você notar que está demorando muito tempo travado, sem conseguir abrir a boca e botar tudo pra fora, tome partido da escrita.

Não precisa ser nada muito longo; basta dizer que está assumindo a sua sexualidade e que gostaria de contar com o apoio deles.

Seja simples.

Apenas diga:

-Eu sou gay.

Quanto mais você esperar para falar essas três palavrinhas mágicas, mais nervoso ficará.

Conte de forma rápida, calma e objetiva. Mostre que você se aceita e espera que eles façam o mesmo.

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E se a reação deles não for a esperada?

Se sua família se recusa, mesmo depois de muitas tentativas e paciência sua, a te aceitar e te amar como gay, não abra mão da sua realização e felicidade pessoal para agradá-los.

Quem está errado não é você, são eles.

Você é perfeito, é lindo, é maravilhoso exatamente assim. São eles quem devem mudar, não você.

E, se alguém não puder lidar com o simples fato de sua sexualidade ser diferente, então essa pessoa não merece sua atenção.

Cortar o cordão umbilical ou livrar-se da barra da saia materna no início pode parecer assustador, mas, em alguns casos, é o primeiro passo para um caminho muito mais autêntico e feliz.

Siga o seu coração. Viva tudo o que você tem vontade de viver. Quando eles (família) estiverem preparados para participar dessa parte da sua vida, te procurarão.

Ser feliz é ser livre!

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Ninguém! Eu disse NINGUÉM merece viver na escuridão. Muito menos na escuridão de si mesmo.

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Assumir-se gay significa fazer as pazes com quem você é e ter orgulho suficiente para compartilhar essa pessoa com o mundo.

No fim, você se dará conta de que sair do armário não é uma questão de opção. É uma questão de sobrevivência. Você corre o risco de ficar sem ar lá dentro.

Pense nisso!

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Chuca, como é conhecida a lavagem retal. Certa ou errada a pratica antes do sexo anal ?
   23 de setembro de 2023   │     12:00  │  0

A chuca, como é conhecida a lavagem retal antes do sexo anal, apesar de não ser obrigatória, não causa dano ao intestino ou ao ânus, se for realizada conforme orientações corretas.

Não compartilhar os equipamentos de limpeza é uma das principais recomendações para a lavagem anal.

A higiene é uma das principais preocupações quando o assunto é sexo anal. Para evitar situações constrangedoras, muitas pessoas adotam métodos de higienização dessa região, como é o caso da famosa “chuca”.

Conhecida também como enema, a chuca é uma técnica de limpeza que consiste na introdução de uma pequena quantidade de água dentro do reto e do ânus, com o objetivo de impedir a saída de fezes durante a relação sexual. Em algumas situações, a chuca também pode ser adotada antes de alguns procedimentos proctológicos.

Geralmente as pessoas fazem isso pelo medo de se sujarem ou de sujarem o parceiro durante o ato sexual, o que pode gerar constrangimento ou algum desconforto.

Apesar de popular, a chuca é vista com ressalva em diversos aspectos e sua prática deve ser realizada a partir de alguns cuidados a fim de evitar possíveis riscos à saúde.

Como fazer a chuca de forma segura?

Para fazer a chuca de maneira segura, a primeira orientação é não compartilhar os equipamentos. O ideal é que a pessoa tenha a própria ducha exclusiva e mantenha-a sempre higienizada antes e após a lavagem, se o material não for descartável.

Além disso, não é necessário usar muita água no processo. Para fazer a chuca, 150ml de água em temperatura ambiente já são suficientes para limpar e fazer a evacuação das fezes presentes no reto.  O excesso pode acelerar o trânsito intestinal — liberando mais fezes de outras partes do intestino.

O canal anal mede em torno de 3cm e o reto em torno de 14cm, totalizando 17cm, e é geralmente onde a penetração acontece. Portanto, pensando na média de tamanho dos pênis, não há necessidade de se lavar uma extensão maior que isso.

Equipamentos indicados para fazer a chuca

Entre os materiais, os mais indicados são as duchas higiênicas, que podem ser tanto descartáveis como reutilizáveis. A partir da bomba de sucção, o equipamento consegue realizar a lavagem de forma segura e em um fluxo de água capaz de ser controlado.

Nesse contexto, a ducha de chuveiro não deve ser utilizada para realizar a limpeza interna, uma vez que não é possível controlar a pressão e a quantidade de água.

Nunca utilize garrafa pet ou objetos pontiagudos como substitutos das duchas. Segundo a ginecologista e obstetra Aline Ambrósio, o uso de materiais rígidos e inadequados pode lesar o revestimento interno do intestino, levando a sangramentos e infecções.

Existe frequência ideal para fazer a chuca?

Não existe uma regra, mas se a chuca for feita antes de todo ato e a prática de sexo anal for constante, a lavagem pode trazer alguns problemas à saúde.  A frequência da chuca pode retirar o muco que protege o intestino, causando o ressecamento das fezes. Com o tempo, a tendência é ficar cada vez mais dependente da lavagem para evacuar.

Nesses casos, uma dica interessante é conhecer o próprio corpo e os hábitos intestinais. Enquanto algumas pessoas vão ao banheiro duas vezes por dia, outras costumam evacuar a cada três dias, por exemplo. Conhecendo essas particularidades do corpo, é possível se programar antes da relação.

Fazer a chuca é realmente necessário?

A prática da chuca não é obrigatória ou necessária antes da relação sexual, sendo algo pessoal de cada um. Estar atento aos próprios hábitos intestinais, como já mencionado, é uma forma interessante de diminuir ou dispensar a lavagem anal.

Normalmente as fezes ficam concentradas no cólon sigmoide e, quando chegam no reto, a pessoa sentirá vontade de defecar. Após a evacuação, ela não precisaria realizar uma lavagem, uma vez que o reto estará tecnicamente vazio. É possível utilizar uma ducha de chuveiro para fazer somente a lavagem externa do muco restante.

Uma dieta rica em fibras, muita água e exercícios são os maiores aliados em quem quer praticar sexo anal, pois evacuando diariamente você passa a ter um controle maior da quantidade de fezes acumuladas e pode evacuar quando pretende ter uma relação.

Quais os riscos da chuca para a saúde?

O principal risco da chuca para a saúde envolve o compartilhamento dos equipamentos utilizados durante a limpeza, o que pode provocar contaminação.

Compartilhar duchas pode transmitir HPV, gonorreia, clamídia e até verminoses. Portanto, lembre-se de ter seu equipamento individual e exclusivo. Se houver sangramento, teoricamente pode haver transmissão de HIV e hepatites também.

Além disso, a realização inadequada pode atrapalhar o funcionamento do intestino e da flora intestinal. Com os materiais errados, é possível lesar a mucosa do reto e provocar sangramentos e infecções. Por isso, garrafas pet e outros objetos não devem ser utilizados para esse fim.

Contraindicações da chuca

A chuca é uma técnica que deve ser evitada por pessoas que apresentam algum problema intestinal, como doenças crônicas, inflamatórias ou divertículos nessa região do intestino. A prática pode causar uma piora no quadro e guiar para outros problemas, como hemorroidas, doenças anorretais e fissuras anais.

No surgimento de qualquer sintoma que indique lesões na região, como sangramento e coceira, é importante buscar auxílio de um especialista, que poderá averiguar o problema e indicar a melhor forma de abordagem.  Por tanto, “respeite os limites do seu corpo. Dor não é legal, se machucar não é legal. Com consciência, você terá prazer e muita saúde”.

 

 

 

 

 

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Homens solteiros, homoafetivos e trans buscam a fertilização in vitro
   11 de setembro de 2023   │     14:25  │  0

Quando se fala em reprodução assistida, vontade de ter filhos, a sociedade sempre pensa primeiro nas mulheres. São elas que, em 90 e muitos porcento dos casos, buscam as primeiras informações sobre a medicina reprodutiva, procuram as clínicas de reprodução assistida e decidem pela gravidez.

É fato que em grande parte dos casos clínicos atendidos a participação do homem no processo de fertilização de um casal heterossexual ainda é pequena, do ponto de vista do suporte emocional à mulher. Os homens demonstram pouca curiosidade sobre o processo em si.

Quando aceitam fazer o tratamento, a mulher geralmente já apresentou as informações detalhadas de cada etapa do processo, fez toda a pesquisa, a clínica já está escolhida. Mas, nesta véspera de Dia dos Pais, acredito ser oportuno falar sobre esse tema, que vem ganhando contornos diferentes nas novas formações de núcleos familiares da atualidade.

Nos últimos tempos, muitos homens têm deixado o machismo e a vergonha de lado em busca de informações sobre os tipos de procedimentos da fertilização in vitro (FIV) e há um aumento real, em torno de 20%, na procura de casais homoafetivos pelos procedimentos para realizarem o sonho de ter filhos.

Essa mudança ocorre no mundo todo e indica para nós, médicos, um avanço também das sociedades quando o assunto é bem-estar, busca pela construção familiar e pela felicidade dos indivíduos.

Para os homens solteiros, casais homoafetivos masculinos e transgêneros que querem se tornar pais, a alternativa mais viável é via barriga solidária – cientificamente chamada de gestação de substituição, doação temporária do útero ou cessão temporária do útero.

Nesses casos, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece que as doadoras temporárias de útero devem pertencer à família de um dos parceiros, com parentesco de até quarto grau: mães, irmãs, filhas, tias, sobrinhas, primas e avós podem contribuir para a realização do sonho da pessoa ou do casal. No caso de não haver ninguém na família em condição de engravidar, é possível fazer um requerimento ao CRM para que uma terceira pessoa empreste o útero.

Para obter o óvulo, o homem solteiro e o casal homoafetivo masculino deverão  encontrar uma doadora anônima através de  na grande maioria dos casos,  banco de ovulos. No caso do casal, eles precisarão resolver qual dos dois pais fornecerá o sêmen para a fecundação, definir os detalhes da doação dos óvulos e encontrar uma mulher para ceder temporariamente o útero. No caso do transgênero, ele deverá buscar um sêmen de doador anônimo(banco de semen) ou conhecido para fazer a fecundação.

Os homens solteiros, homoafetivos e trans não devem desistir do sonho da paternidade antes de conhecer as possibilidades que a medicina reprodutiva oferece. São tratamentos seguros, individuais e que respeitam as escolhas de cada um. Para encarar um processo de fertilização, eles, assim como as mulheres, precisam passar por exames de saúde para checar se têm algum problema com a fertilidade.

Um dos mais básicos é o espermograma, que permite ao (à) médico(a) avaliar os parâmetros seminais do homem. São necessárias duas amostras com intervalo entre 30 e 60 dias. Os principais critérios observados e avaliados através do exame são o volume de sêmen; número de espermatozoides; a concentração  e a movimentação (motilidade) e a forma (morfologia) dos espermatozoides; e também se há algum tipo de inflamação. Podem ser solicitados também o exame de doppler dos testículos e a dosagem dos hormônios: FSH, LH, TSH, T4 livre, prolactina, SDHEA, DHEA, SHBG, testosterona total e livre.

A muitos olhos, essas situações parecem hipotéticas, mas na realidade têm ocorrido com cada vez mais frequência nas clínicas de reprodução assistida. A pluralidade das formações familiares deve ser respeitada, afinal, nossa Constituição prevê o direito à família, seja ela em qual base de formação se der.

Por: Marcos Sampaio – Médico ginecologista, especialista em reprodução assistida e diretor-fundador da Clínica Origen BH 

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Todo homem pode sentir prazer anal ?
   9 de setembro de 2023   │     13:41  │  0

NA MEDIDA EM QUE VAMOS EXPERIMENTANDO AS SENSAÇÕES, ELAS VÃO SE TORNANDO MENOS DESCONFORTÁVEIS.

Preciso entender melhor essa história de os homens gostarem de ser tocados no ânus durante o sexo. Eles podem ser considerados homossexuais? 

Amiga, nosso corpo é cheio de zonas erógenas, regiões onde o toque pode causar prazer e excitação. O ânus é uma delas.Sentir prazer na região anal não significa que a pessoa seja homossexual, pois a forma como se transa não define a homossexualidade, mas, sim, o desejo. Assim, a homossexualidade é definida pela atração e pelo prazer em relacionar-se com indivíduos do mesmo sexo. A prática de sexo anal, não.

Alguns homossexuais não gostam de ser penetrados e preferem a prática oral à anal. Sexo anal é uma opção e não uma condição da homossexualidade. Se o homem sente prazer na região anal, e essas carícias vêm de uma mulher, ele é heterossexual.

Preconceito

Apenas o fato de um homem gostar de carícias anais não é suficiente para definir sua homossexualidade. Alguns, inclusive, sentem medo e aversão em ser tocados na região anal. Isso passa muito pelos preconceitos que cada pessoa leva consigo. As mulheres também sentem o mesmo.

Qualquer parte do nosso corpo pode se tornar uma região erógena, basta que seja estimulada devidamente. O ânus é uma delas. Sentir prazer na região anal é um privilégio que pode ser dado a qualquer um, seja ele homo ou heterossexual, seja homem ou mulher.

No sexo, na medida em que vamos experimentando as sensações, elas vão se tornando menos desconfortáveis e passam a ser mais agradáveis, até chegarem a ser prazerosas e excitantes.

Fazer sexo com prazer e com a pessoa escolhida é maravilhoso. Se permita fazer práticas saudáveis, desde que não causem dor nem sofrimento a nenhum dos parceiros. Tudo o que for feito de forma segura e com prazer está liberadoentre o casal.

 

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A dor da beleza, maioria das vitimas do uso de silicone industrial são mulheres CIS e transexuais
   21 de agosto de 2023   │     0:00  │  0

A transformação do corpo como forma de afirmação da sexualidade das travestis na grande maioria das vezes é o seu maior pesadelo.

O uso do silicone líquido industrial como material para modificação estética no contorno corporal é uma prática realizada de forma clandestina há cerca de 60 anos.          Atualmente, a maioria dos relatos provém de países da Ásia e América do Sul e as vítimas são principalmente mulheres e transexuais. Devido ao grande número de casos com complicações, o uso do silicone industrial para fins estéticos nunca foi aprovado. Entretanto, continua a ser aplicado isoladamente ou associado a outros produtos, determinando graves complicações locais e sistêmicas.

A injeção clandestina de silicone líquido industrial para modificação do contorno corporal tornou-se popular há cerca de 70 anos, quando o silicone de grau industrial foi desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial para fins militares.

Desde a publicação de Andrews et al., em 19894, mostrando pela primeira vez as complicações locais e sistêmicas do silicone líquido em humanos, esse tipo de material teve seu uso contraindicado pela Food and Drug Administration (FDA) e pela antiga Divisão de Medicamentos (DIMED) no Brasil.

Atualmente, a maioria das vítimas são mulheres e transexuais provenientes de países da Ásia e América do Sul. Por falta de recursos para a realização de cirurgias plásticas, acabam recorrendo a profissionais não habilitados.

Apesar das proibições, o uso do silicone industrial para fins estéticos continua sendo feito isoladamente ou em associação com outros produtos, levando a complicações graves e potencialmente fatais.

Muitos são os relatos de  casos de paciente transexuais femininas, que apresentam injeções do uso do silicone líquido industrial em glúteos e na face anterolateral das coxas. Tal procedimento geralmente é realizado em ambientes domiciliar, por profissional não habilitados.

Maioria dos casos, após 5 dias iniciam quadro de sinais florísticos e epidermólise no local das infiltrações, sendo submetida a um desbragamento superficial.

O polidimetilsiloxano (silicone) é um composto formado pela conjugação do silício com oxigênio e metano. Na sua fabricação é inerentemente contaminado com impurezas, metais pesados e polímeros voláteis. Além disso, ao endurecer acaba liberando ácido acético, que pode ser responsável pelo dano tecidual inicial após a injeção. Essa combinação de fatores contribui para as graves complicações frequentemente observadas.

Além do seu uso isolado, o silicone também é intencionalmente associado a outros agentes com a finalidade de aumentar a inflamação e a fibroplasia nos locais de injeção, evitando a sua migração pela ação gravitacional. A fórmula de Sakurai é um exemplo conhecido da sua associação com azeite. Outros agentes esclerosastes utilizados são óleo de cróton, veneno de cobra e óleo de amendoim.

O termo siliconoma foi criado por Winer et al., em 19642, para descrever a reação de corpo estranho semelhante às já descritas após a injeção de óleo e parafina. Estas substâncias promovem um tipo equivalente de reação tecidual anatomopatológica, chamada de lipogranulomatose esclerosante.

Numa tentativa de eliminação, através da atividade fagocitária de macrófagos tissulares e de células sanguíneas circulantes, o silicone pode ser transportado por via linfática para órgãos à distância, levando a quadros de embolia. Além disso, a sua própria injeção intravascular pode resultar também em embolia imediata.

Neste contexto, em decorrência da natureza ilegal da prática, existem poucos relatos de reações agudas. Esses pacientes relutam em procurar atendimento médico, exceto em circunstâncias de risco de vida. As manifestações sistêmicas mais graves incluem comprometimento pulmonar, neurológico, cardíaco, hepático, gastrointestinal e sepses.

Do ponto de vista local, as complicações variam desde alterações da cor e consistência da pele até um processo inflamatório intenso com nódulos, ulcerações, necrose, abscessos e fístulas. São observadas também retrações e deformidades cicatriciais. O período de latência para o aparecimento dessas sequelas é variável, podendo chegar a até 30 anos. Portanto, a identificação e a punição dos responsáveis é frequentemente difícil.

Segunda a literatura, a eliminação completa dos depósitos de silicone é inviável, já que o silicone na forma líquida se difunde pelos tecidos profundos, formando ilhas de fibrose entre tecidos saudáveis. Dessa forma, a sua erradicação culminaria em ressecções muito ampliadas levando a sequelas ainda mais graves.

O desbridamento dos tecidos desvitalizados e a irrigação precoces podem minimizar o dano causado pela reação inicial de endurecimento do silicone e diluir os contaminantes. Além da intervenção cirúrgica, o uso de curativos antimicrobianos, antibióticos endovenosos e esteroides sistêmicos também é recomendado.

A enxertia de pele alógena, como curativo biológico, é uma opção até que o leito das feridas esteja devidamente preparado para receber os autoenxertos ou outra cobertura definitiva. Retalhos locais ou regionais devem ser usados para reconstruir áreas com exposição de estruturas profundas.

Apesar dos relatos de terapias adjuvantes como oxigênio hiperbárico, o uso de corticosteroides intralesionais e imunomoduladores tópicos, ainda não existem estudos suficientes validando a sua eficácia. Já a lipoaspiração não parece ser eficaz na remoção de tecidos impregnados com óleo fibrosado. A intensa fibrose local, por si só dificulta a aspiração com cânulas, bem como aumenta o risco de lesões de estruturas adjacentes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de silicone líquido de grau industrial em procedimentos estéticos, sendo sua aplicação considerada crime contra a saúde pública previsto no Código Penal. Para finalidades estéticas, o polidimetilsiloxano (silicone) é matéria-prima para inúmeros tipos de próteses e implantes, devendo ser manipulados por pessoas habilitadas e em ambiente hospitalar.

O uso exclusivo do produto médico que contém óleo de silicone autorizado pela Anvisa é para o tratamento de doenças da retina com a finalidade de promover tamponamento intraocular. Portanto, além de restrito ao médico especialista em oftalmologia, é vedada a sua utilização para preenchimentos faciais ou no tratamento do contorno corporal15.

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