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Qual é o significado da palavra gay ?
   26 de outubro de 2023   │     11:27  │  0

O termo inglês foi incorporado em outras línguas, sendo usada com muita frequência no Brasil e em Portugal. Embora, algumas vezes, gay seja usado como denominador comum entre homens e mulheres homossexuais e bissexuais, tal uso tem sido constantemente rejeitado por implicar na invisibilidade ante a lesbianidade e a bissexualidade. Da mesma forma, o senso comum, algumas vezes, atribui a palavra a pessoas travestis ou transexuais, atribuição esta resultante do desconhecimento da distinção entre sexualidade e gênero.

Conquanto a cultura contemporânea em geral tenha herdado o termo diretamente do inglês (gay, “alegre, jovial”), o vernáculo inglês colheu-o do francês arcaico (gai, ‘que inspira alegria‘) e este obteve-o do latim tardio (gaiu, com semelhante significado).

Assim, a etimologia remonta o termo atual a três transições cultural-linguísticas: do latim tardio ao francês; do francês (arcaico) ao inglês; do inglês às demais culturas atuais.

A palavra originariamente não tinha conotação sexual necessária. Era usada para designar uma pessoa espontânea, alegre, entusiástica, feliz, e, nesse sentido, pode ser encontrada em diversas literaturas americanas, sobretudo as anteriores à década de 1920.

No entanto, o significado preliminar da palavra gay mudou drasticamente nos Estados Unidos, vindo a assumir o significado primordial atual para definir pessoas que sentem atração sexual por pessoas do mesmo gênero, que, com a difusão da cultura estadunidense, tem sido amplamente utilizado.

O termo gay, já marcado pela conotação sexual, ao ser difundido pelos países lusófonos, era utilizado principalmente de forma pejorativa contra homens gays a partir do século XX.       Contudo, a utilização da palavra pelos próprios homossexuais, a se referirem a si mesmos, fez com que a conotação negativa fosse amenizada. Em outras palavras, os homossexuais apropriaram-se da palavra, na busca de retirar-lhe, assim, a carga insultuosa.

Existem muitos sinônimos desta palavra no idioma português. No entanto, o uso dessas palavras é desaconselhado por serem consideradas de uso chulo e/ou de fundo preconceituoso.

 

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Erika Hilton protocola PL para equiparar “cura gay” a tortura.
   21 de outubro de 2023   │     13:29  │  0

“Não vamos aceitar que pessoas LGBTQIA+ continuem tendo a vida destruída para que fundamentalistas continuem, impunemente, tentando adequá-las aos seus preconceitos”, escreveu a deputada. – (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)A proposta prevê que a terapia que promete “curar” a homossexualidade passe a ser considerado crime inafiançável, com pena de reclusão de dois a oito anos.

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) apresentou um projeto de lei para que a terapia de “conversão sexual”, a chamada “cura gay”, seja equiparada ao crime de tortura. Se aprovada, a prática será considerada um crime inafiançável, com pena de reclusão de dois a oito anos.

O projeto foi protocolado dias após a influenciadora bolsonarista Karol Eller tirar a própria vida após participar de um “retiro de conversão de homossexualidade”, promotivo por uma igreja evangélica de Rio Verde (GO).

“Pessoas LGBTQIA+ não estão doentes. E um suposto profissional da saúde mental ou liderança religiosa que diz ser capaz de mudar a orientação sexual de alguém na verdade só é capaz de realizar um espancamento psicológico até que a vítima negue à si mesma”, disse a deputada sobre o projeto.

A parlamentar classifica o projeto como uma resposta à prática. “Não vamos aceitar que pessoas LGBTQIA+ continuem tendo a vida destruída para que fundamentalistas continuem, impunemente, tentando adequá-las aos seus preconceitos”, completa.

O Conselho Federal de Psicologia já proíbe, desde 1999, que profissionais da área apliquem terapias para tentar impor a heterossexualidade em membros da comunidade LGBTQIA+. No entanto, a prática continua sendo feita no Brasil, muitas vezes por pessoas e instituições ligadas à igrejas.

Na segunda-feira (16/10), Erika e outros deputados do PSol entraram com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo a investigação da igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, pela suposta prática de terapias de “cura gay”.

A igreja evangélica é apontada como responsável pelo retiro “Maanaim”, que oferece serviços para “converter” jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade. A influenciadora Karol Eller teria frequentado o local uma semana antes de tirar a própria vida, em 12 de outubro.

De acordo com representação enviada ao MPF pelos parlamentares, “a conduta criminosa de tratamento de cura gay pelos Representados deve ser imediatamente coibida, assim como investigadas as vítimas já submetidas à tamanha violência, para que vidas sejam preservadas”.

 

 

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A velhice entre iguais: vínculos rompidos, famílias do coração e solidão
   3 de outubro de 2023   │     0:00  │  0

Homossexuais muitas vezes têm relações cortadas em definitivo com pais, irmãos e outros parentes. Amigos podem ajudar a enfrentar as fragilidades impostas pela terceira idade.

Falta, para uma parcela dos homossexuais, um suporte fundamental na velhice – o da família. Muitos romperam em definitivo com pais, irmãos e outros parentes ainda na juventude ou mantiveram relações estremecidas vida afora. No momento de maior fragilidade e necessidade, a solidão originada a partir dos laços de sangue fica clara. É comum que gays e lésbicas construam vínculos alternativos, as chamadas famílias do coração, que se mostram fundamentais com o passar dos anos. Um amigo pode fazer companhia, levar ao médico, acudir com presteza em uma situação de emergência.

Na década de 1980, quando a epidemia de HIV/aids chegou ao Brasil, muitos necessitaram dessa rede de suporte – e tantos outros não resistiram ao contágio, deixando uma lacuna para amigos que deles também dependiam. Uma queixa ainda comum é quanto aos serviços de saúde, públicos ou privados, onde gays e lésbicas idosos não se sentem bem vistos e se constrangem em consultas.

O antropólogo Carlos Eduardo Hennning salienta a relevância da existência de instituições tolerantes com a diversidade sexual na velhice. Idosos homossexuais internados em residenciais geriátricos são forçados, em geral, a abdicar da sexualidade, reprimindo-se para serem aceitos, especialmente em locais ligados a entidades religiosas.

A situação para os heterossexuais não é muito diferente. O pesquisador menciona um caso, ocorrido no Rio Grande do Sul, de um senhor e de uma senhora que se casaram em um asilo e nem assim puderam compartilhar o mesmo quarto.

— Hoje, a velhice ainda é pensada como um momento assexuado. Qualquer velho ou velha é concebido como não tendo uma vida sexual — pontua Henning.

A solidão na velhice se dá para o homem moderno. Os heterossexuais estão todos solitários. Me pergunto: quem, hoje, está tendo a experiência de viver vínculos duradouros, de longa data?

MURILO PEIXOTO DA MOTA

Sociólogo da UFRJ

O professor cita estudos que afirmam que as lésbicas frequentemente têm relações afetivo-sexuais estáveis mais longas do que as dos gays. Muitas vezes, elas trazem para a relação homossexual os filhos de um relacionamento hétero anterior ou têm filhos com a parceira. Assim, Henning explica que a velhice das lésbicas tende a ser menos problemática, frágil e instável do que a dos homens homossexuais.

Murilo Peixoto da Mota, da UFRJ, acredita que a solidão é generalizada na terceira idade, independentemente da orientação sexual.

— A solidão na velhice se dá para o homem moderno. Os heterossexuais estão todos solitários. Me pergunto: quem, hoje, está tendo a experiência de viver vínculos duradouros, de longa data? — provoca Mota. — A velhice está sendo abandonada neste país porque a sociedade valoriza a autonomia e a independência.

Quanto ao futuro, o pesquisador é mais otimista. Para Mota, as novas gerações estão sendo moldadas sob ideias diferentes, o que se refletirá na velhice de décadas adiante. Classificações devem perder a força em um mundo plural, especialmente no que se refere à sexualidade, área em que é difícil colocar etiquetas para definir comportamentos e preferências.

— Nossa sociedade tem necessidade de nomeações. Os héteros hoje sentem necessidade da experiência da diversidade sem se autonomear como homossexuais. Os jovens estão se experimentando sem se autoclassificar. A ideia de que ser gay não está necessariamente ligado à homossexualidade. Tem pessoas alegres, com estilo de vida gay, mas que não são homossexuais. Há muitos bissexuais que não se sentem gays. Aos poucos, essas classificações e identidades vão se quebrando — avalia o sociólogo. — Ainda bem que a sociedade contemporânea está percebendo que a heterossexualidade está desmoronando diante da diversidade.

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Qual é a melhor idade para se assumir?
   25 de setembro de 2023   │     0:00  │  0

Qual é a melhor idade para se assumir? Muitas pessoas se assumem no ensino médio ou na faculdade. Embora a maioria das pessoas comece a se identificar como LGBTQ+ ainda no ensino fundamental, por volta dos 11 aos 14 anos, muitas delas só se assumem para valer por volta dos 18 ou mesmo dos 20 anos.

Quando é a “hora certa” de assumir sua sexualidade ou identidade de gênero? Por mais que exista uma média de idade em que a maioria das pessoas se assume, na verdade essa experiência é completamente pessoal — e o tempo de uma é diferente do de outra. Se é seu caso, cabe a você decidir a quemquando e como quer contar.[1] Todos sabemos que a experiência é gratificante e assustadora ao mesmo tempo. Mas saiba que você não está só! Leia o passo a passo deste artigo para entender por que as pessoas se assumem, por que outras optam por esperar e o que costuma acontecer após a revelação. No fim das contas, só não se esqueça do quanto você é amado e do seu direito de viver sua verdade!

De todos os relacionamentos que alguém tem na vida, as conexões familiares talvez sejam as mais intensas.

Família é sinônimo de porto seguro. De colo de mãe, de proteção de pai, de cama quentinha. É a certeza de ter para onde correr caso tudo dê errado, afinal onde encontrar confiança maior que nos braços de pessoas que você conhece de toda uma vida?

É exatamente por isso que se assumir homossexual para aqueles que mais amamos é tão difícil.

Afinal, no momento em que você conta para sua família que é gay, você se torna, de repente, uma pessoa estranha.

Imagine, então, o medo de introduzir algo inesperado e, de uma hora para a outra, perder esse apoio e respeito tão importantes?

Pois é! Que atire a primeira pedra o adolescente ou adulto gay que não tenha passado horas de sofrimento ensaiando como falar da sua sexualidade para os pais.

São horas mergulhado sozinho em uma depressão, em muitas neuras e receios, principalmente se todos na casa são muito religiosos ou conservadores.

Não é fácil mesmo. Não se aprende na escola, nem nos livros. E, quem dera, existisse um manual de instruções para abrir portas de armário…

Mas é necessário. Ou, no mínimo, altamente recomendado.

Eu costumo dizer que a vida gay é cheia de primeiras vezes, e que você precisa estar preparado para enfrentar cada uma delas.

Antes rejeitado pela família, que rejeitado por si mesmo.

Tem gente que simplesmente não tem essa conversa com os pais porque acha que ser gay não é da conta deles. Eu discordo completamente.

Se você não quer falar que é gay para os seus parentes mais próximos, tudo bem. Essa escolha é única e exclusivamente sua.

Mas, por favor, seja honesto consigo mesmo e diga “eu escolhi não falar para os meus pais porque não quero encarar a reação deles”. E não “eles não têm que saber porque não têm nada a ver com isso”.

Percebe a diferença?

No fim das contas, o ato de falar demonstra a vontade e comprometimento em querer estar junto.

Ser gay não precisa ser um segredo!

Existe uma grande diferença entre privacidade e segredo.

É claro que certas coisas não precisam e nem devem ser contadas para os seus pais. Sua intimidade fica só pra você. Certo?

Agora, esconder a sua homossexualidade é como esconder parte do que você é.

Mas há exceções…

Contudo, infelizmente, há alguns casos em que é melhor deixar a porta do armário fechada por um tempo.

Em situações de abuso sexual ou violência, manter o segredo é mais que preservar a privacidade: é se auto proteger.

Se os seus pais expressam opiniões incrivelmente homofóbicas, se fazem comentários negativos com frequência sobre ser gay ou até mesmo comentários violentos, pense bastante se deve ou não contar a eles.

Da mesma forma, se você é adolescente, se depende financeiramente dos pais e acredita que será rejeitado e expulso de casa após a revelação, é mais prudente manter a homossexualidade em sigilo e buscar a independência o quanto antes.

Com o tempo, talvez, você tenha que se afastar dessa família de comportamento abusivo e encontrar uma maneira mais segura de ser quem é.

Entenda que às vezes resolver diferenças familiares significa limitar o contato. E não se sinta mal por isso: tomar essa decisão é nada mais que autopreservação.

Agora, se esse não é o seu caso, deixe as diferenças existirem. Diga a sua verdade. E, principalmente, seja a sua verdade.

Você verá que essa atitude sincera te tornará um homem muito mais completo.

Primeiro de tudo, você precisa estar muito seguro e ter uma autoimagem bem positiva da sua própria homossexualidade.

É fundamental que você se sinta bem com o fato de ser gay antes de contar para a sua família. Se você não estiver confiante, poderão vir perguntas que te deixarão com ainda mais dúvidas.

E a verdade é que não há uma receita pré-definida, muito menos exemplos a serem copiados. Cada caso é único e cada pessoa sabe dos limites e dos pensamentos dos seus familiares.

Escolher bem a primeira pessoa para contar pode ser chave para te ajudar em todo o processo. Um irmão, a mãe ou uma tia que sempre te entendeu melhor que todo o resto da família fazem a diferença na hora do pontapé inicial. Confiança (e algum planejamento) é o grande segredo aqui.

Se você sente que é o seu tempo para assumir para seus pais, faça. E aceite a condição que, a partir de então, é o tempo deles que deverá ser respeitado.

Contudo, você precisa entender que, mesmo para os pais mais mente aberta, essa notícia não deixa de ser um choque. Afinal de contas, ela pode representar o fim de muitos sonhos.

Talvez os seus pais sonhassem com você casando na igreja com uma esposa maravilhosa e tendo filhos também maravilhosos. E, muito embora tudo isso ainda seja possível, eles precisarão de algum tempo para aceitar que a esposa será esposo e o filho será adotado.

De certa forma, você acaba de mudar a vida deles para sempre.

Por isso, tenha o máximo de compaixão que puder, mostrando que entende os seus sentimentos, mas sendo firme e dizendo que esses sonhos eram deles, não seus.

Note que, em alguns pais, poderá surgir o sentimento de culpa.

São bem comuns perguntas do tipo: “A culpa é minha?” ou “O que aconteceu para você ficar desse jeito?”, como se houvesse acontecido alguma “falha” na educação.

Pais solteiros tendem a se culpar mais do que os outros, acreditando não terem sido um modelo de relações heterossexuais positivo para o filho.

Seja como for, evite deixá-los associar a “culpa” a alguma coisa ou a alguém. Tranquilize-os, dizendo que não há nada que eles poderiam ter feito para influenciar a sua sexualidade.

Há, também, famílias que preferem ignorar o fato, escondendo o problema embaixo do tapete. Isso porque aceitar um filho gay pode significar ter que encarar que talvez não estejam sendo tão compreensíveis e prestativos como deveriam.

Às vezes, o pai ou a mãe (geralmente o pai) pode levar mais tempo para aceitar o notícia do que o outro. Prepare-se para esse cenário, também.

Atente, também, para o momento. Nada de largar a bomba no meio do jogo de futebol do time do seu pai ou no intervalo da novela preferida da sua mãe.

É fundamental que o ambiente familiar esteja emocionalmente estável e que eles não estejam estressados, distraídos ou ocupados.

Não consegue falar? Então, escreva!

A HORA CERTA PRA DIZER EU SOU G...-[IC]Quando é o momento certo de se assumir para a família? Como iniciar a conversa? E se o

 

Isso mesmo. Mande um email, uma carta, uma mensagem, um Whatsapp. Mas faça!

Melhor, óbvio, seria ter essa conversa de forma presencial, mas, se você notar que está demorando muito tempo travado, sem conseguir abrir a boca e botar tudo pra fora, tome partido da escrita.

Não precisa ser nada muito longo; basta dizer que está assumindo a sua sexualidade e que gostaria de contar com o apoio deles.

Seja simples.

Apenas diga:

-Eu sou gay.

Quanto mais você esperar para falar essas três palavrinhas mágicas, mais nervoso ficará.

Conte de forma rápida, calma e objetiva. Mostre que você se aceita e espera que eles façam o mesmo.

A HORA CERTA PRA DIZER EU SOU G...-[IC]Quando é o momento certo de se assumir para a família? Como iniciar a conversa? E se o

E se a reação deles não for a esperada?

Se sua família se recusa, mesmo depois de muitas tentativas e paciência sua, a te aceitar e te amar como gay, não abra mão da sua realização e felicidade pessoal para agradá-los.

Quem está errado não é você, são eles.

Você é perfeito, é lindo, é maravilhoso exatamente assim. São eles quem devem mudar, não você.

E, se alguém não puder lidar com o simples fato de sua sexualidade ser diferente, então essa pessoa não merece sua atenção.

Cortar o cordão umbilical ou livrar-se da barra da saia materna no início pode parecer assustador, mas, em alguns casos, é o primeiro passo para um caminho muito mais autêntico e feliz.

Siga o seu coração. Viva tudo o que você tem vontade de viver. Quando eles (família) estiverem preparados para participar dessa parte da sua vida, te procurarão.

Ser feliz é ser livre!

A HORA CERTA PRA DIZER EU SOU G...-[IC]Quando é o momento certo de se assumir para a família? Como iniciar a conversa? E se o

Ninguém! Eu disse NINGUÉM merece viver na escuridão. Muito menos na escuridão de si mesmo.

A HORA CERTA PRA DIZER EU SOU G...-[IC]Quando é o momento certo de se assumir para a família? Como iniciar a conversa? E se o

Assumir-se gay significa fazer as pazes com quem você é e ter orgulho suficiente para compartilhar essa pessoa com o mundo.

No fim, você se dará conta de que sair do armário não é uma questão de opção. É uma questão de sobrevivência. Você corre o risco de ficar sem ar lá dentro.

Pense nisso!

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Chuca, como é conhecida a lavagem retal. Certa ou errada a pratica antes do sexo anal ?
   23 de setembro de 2023   │     12:00  │  0

A chuca, como é conhecida a lavagem retal antes do sexo anal, apesar de não ser obrigatória, não causa dano ao intestino ou ao ânus, se for realizada conforme orientações corretas.

Não compartilhar os equipamentos de limpeza é uma das principais recomendações para a lavagem anal.

A higiene é uma das principais preocupações quando o assunto é sexo anal. Para evitar situações constrangedoras, muitas pessoas adotam métodos de higienização dessa região, como é o caso da famosa “chuca”.

Conhecida também como enema, a chuca é uma técnica de limpeza que consiste na introdução de uma pequena quantidade de água dentro do reto e do ânus, com o objetivo de impedir a saída de fezes durante a relação sexual. Em algumas situações, a chuca também pode ser adotada antes de alguns procedimentos proctológicos.

Geralmente as pessoas fazem isso pelo medo de se sujarem ou de sujarem o parceiro durante o ato sexual, o que pode gerar constrangimento ou algum desconforto.

Apesar de popular, a chuca é vista com ressalva em diversos aspectos e sua prática deve ser realizada a partir de alguns cuidados a fim de evitar possíveis riscos à saúde.

Como fazer a chuca de forma segura?

Para fazer a chuca de maneira segura, a primeira orientação é não compartilhar os equipamentos. O ideal é que a pessoa tenha a própria ducha exclusiva e mantenha-a sempre higienizada antes e após a lavagem, se o material não for descartável.

Além disso, não é necessário usar muita água no processo. Para fazer a chuca, 150ml de água em temperatura ambiente já são suficientes para limpar e fazer a evacuação das fezes presentes no reto.  O excesso pode acelerar o trânsito intestinal — liberando mais fezes de outras partes do intestino.

O canal anal mede em torno de 3cm e o reto em torno de 14cm, totalizando 17cm, e é geralmente onde a penetração acontece. Portanto, pensando na média de tamanho dos pênis, não há necessidade de se lavar uma extensão maior que isso.

Equipamentos indicados para fazer a chuca

Entre os materiais, os mais indicados são as duchas higiênicas, que podem ser tanto descartáveis como reutilizáveis. A partir da bomba de sucção, o equipamento consegue realizar a lavagem de forma segura e em um fluxo de água capaz de ser controlado.

Nesse contexto, a ducha de chuveiro não deve ser utilizada para realizar a limpeza interna, uma vez que não é possível controlar a pressão e a quantidade de água.

Nunca utilize garrafa pet ou objetos pontiagudos como substitutos das duchas. Segundo a ginecologista e obstetra Aline Ambrósio, o uso de materiais rígidos e inadequados pode lesar o revestimento interno do intestino, levando a sangramentos e infecções.

Existe frequência ideal para fazer a chuca?

Não existe uma regra, mas se a chuca for feita antes de todo ato e a prática de sexo anal for constante, a lavagem pode trazer alguns problemas à saúde.  A frequência da chuca pode retirar o muco que protege o intestino, causando o ressecamento das fezes. Com o tempo, a tendência é ficar cada vez mais dependente da lavagem para evacuar.

Nesses casos, uma dica interessante é conhecer o próprio corpo e os hábitos intestinais. Enquanto algumas pessoas vão ao banheiro duas vezes por dia, outras costumam evacuar a cada três dias, por exemplo. Conhecendo essas particularidades do corpo, é possível se programar antes da relação.

Fazer a chuca é realmente necessário?

A prática da chuca não é obrigatória ou necessária antes da relação sexual, sendo algo pessoal de cada um. Estar atento aos próprios hábitos intestinais, como já mencionado, é uma forma interessante de diminuir ou dispensar a lavagem anal.

Normalmente as fezes ficam concentradas no cólon sigmoide e, quando chegam no reto, a pessoa sentirá vontade de defecar. Após a evacuação, ela não precisaria realizar uma lavagem, uma vez que o reto estará tecnicamente vazio. É possível utilizar uma ducha de chuveiro para fazer somente a lavagem externa do muco restante.

Uma dieta rica em fibras, muita água e exercícios são os maiores aliados em quem quer praticar sexo anal, pois evacuando diariamente você passa a ter um controle maior da quantidade de fezes acumuladas e pode evacuar quando pretende ter uma relação.

Quais os riscos da chuca para a saúde?

O principal risco da chuca para a saúde envolve o compartilhamento dos equipamentos utilizados durante a limpeza, o que pode provocar contaminação.

Compartilhar duchas pode transmitir HPV, gonorreia, clamídia e até verminoses. Portanto, lembre-se de ter seu equipamento individual e exclusivo. Se houver sangramento, teoricamente pode haver transmissão de HIV e hepatites também.

Além disso, a realização inadequada pode atrapalhar o funcionamento do intestino e da flora intestinal. Com os materiais errados, é possível lesar a mucosa do reto e provocar sangramentos e infecções. Por isso, garrafas pet e outros objetos não devem ser utilizados para esse fim.

Contraindicações da chuca

A chuca é uma técnica que deve ser evitada por pessoas que apresentam algum problema intestinal, como doenças crônicas, inflamatórias ou divertículos nessa região do intestino. A prática pode causar uma piora no quadro e guiar para outros problemas, como hemorroidas, doenças anorretais e fissuras anais.

No surgimento de qualquer sintoma que indique lesões na região, como sangramento e coceira, é importante buscar auxílio de um especialista, que poderá averiguar o problema e indicar a melhor forma de abordagem.  Por tanto, “respeite os limites do seu corpo. Dor não é legal, se machucar não é legal. Com consciência, você terá prazer e muita saúde”.

 

 

 

 

 

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