Category Archives: Ponto de vista

10 sinais de que seu marido é gay
   25 de novembro de 2022   │     19:29  │  0

Há todo tipo de coisa escrita no Google a esse respeito, algumas são verdade e outras são apenas preconceito.

OUTRA BOBAGEM DE QUEM NÃO ENTENDE NADA DE VIDEOGAME OU DE PSICOLOGIA. PODE SER MESMO QUE A MAIORIA DOS GAYS ESCOLHA A TEMPESTADE PARA JOGAR, MAS ISSO NÃO QUER DIZER QUE TODO HOMEM QUE ESCOLHE A TEMPESTADE SEJA GAY. O QUE EU SEI É QUE MESMO AS PERSONAGENS FEMININAS DOS VIDEOGAMES NÃO FORAM NECESSARIAMENTE FEITAS PARA QUE MULHERES JOGUEM, JÁ QUE A QUANTIDADE DE MULHERES GAMERS AINDA É PEQUENA. EM JOGOS DE LUTA MAIS AINDA. SE O CARA ESCOLHE A TEMPESTADE, MUITAS VEZES PODE SER POR CAUSA DO PODER QUE AQUELA PERSONAGEM TEM NO JOGO. ASSIM COMO MUITAS MENINAS QUE GOSTAM DE JOGAR VIDEOGAME USAM PERSONAGENS MASCULINOS PELO MESMO MOTIVO E NÃO NECESSARIAMENTE PORQUE SÃO LÉSBICAS.

8 – Elogios
Ouça como ele elogia você. Ele diz que você está bonita ou que sua jaqueta combina com seu jeans skinny e que você deveria completar o look com botas diamante e um esmalte rosa? Gays é que têm um conhecimento de moda excessivamente apurado. Desconfie…

É… ACHO QUE NÃO TEM MUITO O QUE FALAR DESSA…

9 – Seu perfil nas redes sociais
O MySpace dele é cheio de homens que ele não conhece? Ele tem um perfil secreto online? Redes sociais são frequentemente os lugares onde gays no armário ficam soltinhos e autênticos. Então eles podem oferecer um monte de pistas sobre quem ele realmente é. É mais revelador ainda se os “amigos” dele tiverem fotos muito sexy.

ESSA TAMBÉM É INFALÍVEL. REDES SOCIAIS DIZEM MUITO SOBRE UMA PESSOA.

10 – Ele odeia gays…
Se ele mostrar um ódio fora do comum contra gays… Esta é uma clássica reação de quem quer evitar que as pessoas desconfie de sua sexualidade. Os maiores homofóbicos são homossexuais enrustidos. No entanto, há homens que realmente não suportam gays, o que também é sinal de problema.

ESSA É A MAIS CLÁSSICA DE TODAS. QUEM SE INCOMODA DEMAIS É PORQUE QUER NEGAR A SI MESMO. MAS COMO O TEXTO DIZ, NEM TODO HOMOFÓBICO É GAY. ALGUNS SÃO APENAS IGNORANTES MESMO

Agora, pra fechar. Já pensou em vez de perguntar pro Google perguntar pra ele mesmo? Nunca com uma intenção revanchista, de usar isso contra ele porque ele estava te magoando de propósito. Não é o caso. Nem tudo gira em torno de você. Ele pode estar passando por um dos momentos mais difíceis de sua vida (assim como você, claro) e deve estar precisando mais de amor e compreensão que outra coisa. Não, não você não tem que aceitar conviver com isso, mas você tem que tentar entendê-lo e conduzir o caminho para que as coisas saiam da forma menos dolorosa possível para ambos. E se existe amor, fica mais fácil.

E não venha dizer que você foi enganada. Se você está desconfiada, é porque ele deu motivos, especialmente na cama. Como diz uma amigo: “Se um cara não parece gay, ele pode até ser, mas se ele parece, ele é.”

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Você é homofóbico? Talvez você seja um gay enrustido !
   7 de novembro de 2022   │     12:31  │  0

A homofobia poderia ser o resultado da repressão de certas pessoas a seus próprios desejos.

O The New York Times publicou em 2012 um artigo com essa manchete provocadora que ligava a homofobia à homossexualidade. O texto expunha o resultado de várias pesquisas. Evidentemente, nem todos os homofóbicos são homossexuais. Você pode ter antipatia ou ódio contra pessoas diferentes de você por diversas razões: educação, crenças de qualquer tipo ou medo. Contudo, essa aversão também pode ser produzida pela repressão de certas pessoas de seus próprios desejos, como diria Freud. É exatamente o que aconteceu com personalidades de certa notoriedade pública. Nos Estados Unidos, vários líderes evangélicos e políticos que classificavam a homossexualidade como pecado ou que defendiam sua classificação como crime se tornaram famosos. Com o passar do tempo se descobriu que aqueles que defendiam essas teses haviam tido experiências com pessoas do mesmo sexo.

Várias pesquisas mostram a correlação entre homofobia e homossexualidade. Uma delas foi publicada em 2012, depois da análise do comportamento de 748 jovens norte-americanos e alemães. No estudo, pediram-lhes que expressassem sua tendência sexual em uma escala de zero a 10, de homossexual a heterossexual. Em seguida, realizaram um exercício de “associação semântica” que consistia em categorizar imagens relacionadas à homossexualidade ou à heterossexualidade, enquanto o computador media o tempo de reação. Os pesquisadores incluíram a palavra eu de modo subliminar. Aparecia apenas 35 milissegundos para que a mente consciente não a notasse. De acordo com a associação semântica, se alguém acredita que é homossexual e antes apareceu a palavra eu, faz uma conexão mais rápida, medida pelo computador.

Os resultados concluíram que mais de 20% dos participantes que se declararam completamente heterossexuais apresentaram alguma discrepância em suas respostas. E o mais surpreendente: essas pessoas estavam mais inclinadas a promulgar políticas contra os homossexuais ou a impor punições mais severas ao grupo por crimes menores. Quando os pesquisadores aprofundaram na educação que os participantes haviam recebido, encontraram um elo comum: aqueles cujas respostas foram mais discrepantes durante o exercício tinham crescido em ambientes muito controladores, com pais muito beligerantes contra a homossexualidade.

Em 1996, já tinha sido realizada uma pesquisa que media a excitação de 64 homens por meio da espessura de seu pênis enquanto assistiam a vídeos de sexo entre heterossexuais e entre homossexuais. Aqueles considerados homofóbicos negaram que gostassem de vídeos entre pessoas do mesmo sexo. No entanto, seus pênis diziam outra coisa: estavam excitados.

As pesquisas anteriores ainda são controversas, tanto pelos métodos selecionados e os porcentuais sugeridos como pela não repetição dos resultados. É o que afirma um artigo publicado em 2013 que não encontrou correlação entre a aversão e as tendências homossexuais, e que foi igualmente refutado.

Parece óbvio insistir em que nem todos os homofóbicos são homossexuais, mas é possível que em alguns casos haja alguma relação, como se deduz de várias investigações científicas ou, pelo menos, de algumas declarações de pessoas que reconheceram o vínculo. Vale a pena ser mais sincero consigo mesmo e, como sugere Richard Ryan, um dos pesquisadores da Universidade de Rochester, despertar a compaixão pelos próprios intransigentes. Talvez eles tenham vivido em ambientes muito controladores e estejam lutando contra uma parte de si mesmos.

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Lideranças LGBT+ articulam candidatura de Toni Reis para o Senado
   18 de dezembro de 2021   │     12:34  │  0

Ativista está em diálogo com quatro partidos

Uma frente pluripartidária de lideranças LGBT+ articula a construção da candidatura de Toni Reis, diretor executivo do Grupo Dignidade, de Curitiba, como candidato ao Senado Federal nas próximas eleições. Na última semana, Toni esteve em São Paulo negociando com quatro partidos do campo progressista. Ainda não está certo qual será a sigla escolhida, mas sua assessoria adianta que nos próximos dias ele deve se reunir com o senador Fabiano Contarato, da Rede.

“O ano que vem será importante para o nosso país na defesa da constituição e do estado de direito”, comenta o ativista. “Estamos em conversações com quatro partidos diferentes. Já recebi convite para sair ao Senado Federal, o que muito me anima.”

Toni Reis, que foi um dos fundadores do Grupo Dignidade em 1992, ressalta que tem experiência política e capacidade de diálogo. “Eu vejo que o nosso país precisa de pessoas que realmente se disponham – e eu me coloco à disposição”, diz.

“É o momento certo. Quero defender a comunidade paranaense na educação, que é o meu tema de estudo, na questão dos direitos humanos, na saúde e na cidadania”, finaliza.

Fonte: Plural Curitiba

Por : Jess Carvalho – Jornalista, feminista e bissexual. Mestranda em Jornalismo pela UEPG.

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O dia que o camarote ‘só tinha viado’ e os héteros surtaram no Carnaval de Salvador
   11 de fevereiro de 2018   │     16:40  │  0

Por:  Jorge Gauthier – Jornalista, adora Beyoncé e não abre mão de uma boa fechação!

-‘Aff! Só tem viado aqui hoje. Se eu soubesse não teria vindo’, bradava a moça loira de 1,6m com seu salto agulha e brincos de pedraria.

– ‘Que raça desgraçada desses viados até num camarote eles estão em bando’, reclamava o boy cafuçu tatuado abraçado na sua namorada.

– ‘Bora, desgraça! Sai logo desse banheiro’, gritava o engomadinho top na porta do banheiro .

– ‘ Não tenho nada com a sexualidade de vocês mas tem que nos respeitar’, exclamava o segurança homofóbico disfarçado de bastião da moral e dos bons costumes.

Adoraria que as frases e personagens acima fossem ficcionais ou delírios de um pesadelo carnavalesco. Não são. Essas e muitas outras – além de gestos, atos e ações – puderam ser vivenciadas ontem (10) no Camarote Skol Beats no Carnaval de Salvador.

A noite ,que teve shows de Claudia Leitte e Ju Moraes, atraiu um número expressivo de homens gays, mulheres lésbicas e pessoas trans para o espaço. Não houve nenhuma convocação em massa para que isso acontecesse, mas a afinidade do público LGBT com as atrações certamente provocou esse efeito. Resultado: o espaço estava completamente lotado de gays. E os heteros viraram minoria pelo menos nesse lugar e nesta noite. Aí que começaram os problemas.

A minoria hetero ficou acuada pelos cantos. Era estranho ver aquilo. Afinal, aquele espaço de escanteamento normalmente fica a cargo de nós, LGBTs. Desavisados – talvez – muitos se assustaram com a massiva presença de gays no camarote. Até aí tudo bem ter um estranhamento. O problema é que os atos dessa minoria pesaram nos ouvidos e sentimentos de quem estava por lá.

O que dizer da moça que, enquanto eu tirava uma foto com meu marido, falava na nossa direção que queria um homem e que achava um absurdo ter tanto gay no camarote? Eu até fui lá e expliquei PACIENTEMENTE : ‘-Moça, corrija sua frase. Nós somos homens. Uma coisa é o gênero outra é a orientação sexual’.

“Ah, meu filho eu quero um homem de verdade. Quero um namorado”, respondeu a jovem senhorita sendo acompanhada por dois seguranças do camarote que acenavam com a cabeça em sinal de concordância. O que dizer para uma pessoa que acha que um gay não é homem de verdade e que nós não poderíamos está ali? Desejar sorte para que ela encontre um namorado e que ela pare de ser preconceituosa.

Mas ela – infelizmente – não foi a única. A opressão hetero no camarote era impressionante. Os olhares de julgamento eram constantes e não foi raro ouvir a frase ‘ que desperdício dois homens tão bonitos se beijando’.

Vale aqui ressaltar e louvar a iniciativa da Skol em produzir e dialogar a diversidade nos seus produtos e ações (com já falamos diversas vezes aqui no Me Salte) . Contudo, o pior momento que presenciei veio justamente de funcionários contratados pelo espaço.

Por volta das 3h um grupo com cerca de 10 seguranças – vestidos de camisa polo amarela sem identificação de qual empresa pertenciam – entrou em um dos banheiros do camarote. Começaram a bater nas portas gritando palavras do tipo: ‘se eu pegar dois viados aí tendo eu quebro’ / ‘vocês acham que a gente tá aqui de palhaçada nessa desgraça’/ ‘Bora abre essa desgraça ai’ / ‘Não tem dinheiro pra pagar motel, desgraça’/ ‘Mete a porrada nessas desgraças’”.
Eles esmurravam as portas dos banheiros para tentar achar alguma cabine onde tivessem dois homens. Acharam uma cabine. Ai aumentaram os insultos, ameaças e as agressões verbais. ‘Se eu te pegar de novo você vai se arrasar’, gritava um dos seguranças.

Um dos ‘’’trabalhadores’’’’ que estava mais exaltado disse a frase que deixou claro o real motivo daquela ‘operação banheirão’: ‘Ninguém tem nada a ver com a sexualidade de vocês não. Agora vocês têm que respeitar a gente também e as pessoas que estão com vocês”.

Ao ser questionado por um folião do camarote – que filmou toda a cena – sobre o que os jovens teriam feito para desrespeitar eles o segurança começou a fazer ameaças. “Se acontecer alguma coisa comigo você me paga”, ameaçou o segurança disfarçado de bastião da moral e dos bons costumes.

Ali ficou claro que o problema não eram os atos que eventualmente pudessem está sendo praticados dentro da cabine pelos homens e sim o que isso atingia a heterossexualidade daquelas pessoas que ali estavam. Não acredito que a direção da Skol compactue com esse tipo de ato, mas fica aqui a sinalização pois isso macula a boa imagem do evento. Tivemos acesso ao vídeo, mas em função da segurança dos foliões que foram ameaçados não vamos divulgar.

Na orda de preconceito ‘sobrou’ até para Claudia Leitte. “Não sabia que Claudia era sapatão. Só pode ser pra ter tanto fã viado”, afirmava veementemente o hetero top para seu grupo de amigos. Detalhe: enquanto isso do alto da área vip o marido de Claudia olhava sua esposa – vestida de deusa – fazer seu show.

Os homens gays – que eram maioria – recebiam os maiores insultos dessa minoria hetero presente. Mas, as mulheres lésbicas também foram vítimas. Em uma cena que presenciei duas meninas se beijavam quando um homem com sotaque espanhol se aproximou delas querendo beijá-las. As meninas resistiram. Disseram não várias vezes, mas ele insistiu. Ele só parou de assediá-las quando um folião se aproximou e ofereceu ajuda as meninas. Quando foi questionar pra ele o motivo do assédio ele larga a frase no seu sotaque arrastado ‘ não tinha entendido que elas tinham dito não’. Desculpa esfarrapada. Fica a dica: Não é porque tem duas mulheres se beijando que elas precisam satisfazer seus desejos, senhor turista! Quer fetiche vai ver vídeo pornô!

Estranhamente essa cenas me fizeram, pela primeira vez, me sentir mais oprimido num espaço com mais gays do que heteros. A voz do preconceito ecoa de forma amplificada. Uma única voz pode afetar e ferir. O melhor de tudo isso é que, apesar disso tudo que eu relatei, os viados deram show no camarote.

A cada gesto preconceituoso ou frase atravessada os grupinhos puxavam o canto de ‘ai que delícia, que delícia ser viado’, trechos de vídeo que viralizou na internet. A cada vez que uma desavisada dizia que queria um homem de verdade e que ali só tinha viado rolavam beijos (às vezes triplos) e por aí vai. Nossa presença incomoda ? Pelo
visto sim. Mas ser viado é incomodar mesmo, lutar e resistir mesmo no meio da folia do Carnaval!

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