O Grupo Gay de Alagoas – GGAL, entidade fundadora do movimento LGBTQIA+, vem por meio desta nota repudiar veementemente as ameaças proferidas contra a pastora batista e teóloga Odja Barros, que realizou o primeiro casamento entre duas mulheres, celebrado por uma autoridade religiosa em Alagoas.
Ao mesmo tempo nos solidarizarmos com a pastora e familiares, que diretamente ou indiretamente sofrem, pelas ameaças proferidas por algum criminoso covarde, que através de sua rede social ou um fake, ameaçou a pastora de atirar por várias vezes em sua cabeça.
Ainda e especialmente na sociedade atual, com a velocidade de notícias disseminadas pelas redes sociais, tem-se a compreensão da dimensão do gesto público, sendo certamente uma decisão difícil e corajosa de uma figura pública ir contra dogmas que até hoje só serviram para proliferar o ódio entre pessoas.
Numa sociedade ainda permeada pela chagada do preconceito, faz-se imprescindível que entidades defensoras dos direitos humanos tenham à mesma postura do do GGAL, de denunciar e defender à liberdade de expressão religiosa da pastora.
Mesmo a luta do movimento LGBTQIA+ ser por direitos civis, aqueles conquistados e garantidos através de decretos, portarias, resoluções e em especial os em leis, não podemos deixar de ovacionar a pastora e teóloga Odja Barros, de abrir as portas de sua igreja para acolher as minorias.
Aqui ressalto mais uma vez que cobraremos incansavelmente uma celeridade e rigor por parte do
delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas – Carlos Alberto Rocha Fernandes Reis, que o mais rápido possível esse criminoso seja preso, ao mesmo tempo também cobraremos da justiça, que o direito fundamental de liberdade de expressão religiosa não seja tirado por criminosos como esse.
Maceió 15 de dezembro de 2021.
Nildo Correia
Presidente do Grupo Gay de Alagoas