Monthly Archives: maio 2021

Serial killer de homossexuais revela motivo dos crimes
   31 de maio de 2021   │     21:27  │  0

O homem acusado de ser o serial killer responsável pela morte de três homens homossexuais no Paraná e em Santa Catarina falou, em depoimento, sobre o motivo dos crimes. Ele foi preso no sábado (29), em Curitiba, após denúncia rastreada pela polícia.

A intenção de José Tiago Correia Soroka, segundo ele mesmo disse em interrogatório, era roubar os homens que ele assassinou. Contudo, ele confessou que haveria, ainda, um elemento de ódio nos crimes pelo fato de as vítimas serem homossexuais.

Segundo a delegada Camila Cecconelo, que chefia a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, ele confessou o assassinato das três vítimas e também a tentativa de homicídio contra uma quarta pessoa. Além disso, deu detalhes dos crimes.

Apesar da confissão, as investigações devem continuar para verificar a existência de outras vítimas do criminoso.

* Com informações do RICMais

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Em nome da honra, gay é decapitado por irmão e primos no Irã
   13 de maio de 2021   │     18:39  │  0

História devastadora e de revirar o estômago! O iraniano Alireza Fazeli Monfared, de apenas 20 anos, foi brutalmente assassinado pelo próprio irmão e primos, num “crime de honra” – algo que infelizmente ainda existe e é legítimo em vários países ao redor do mundo, após a vítima supostamente “desonrar” ou “envergonhar” sua família.

No caso de Alireza, o “motivo” foi porque o exército local o rejeitou após descobrir que o rapaz era homossexual. No Irã, as relações entre pessoas do mesmo sexo são passíveis de prisão, punição corporal ou até mesmo execução. De acordo com a ativista e jornalista iraniana Masih Alinejad, Monfared foi atraído para um local deserto e decapitado por seus parentes! Completamente absurdo e revoltante!

No Twitter, a profissional escreveu: “Descanse em paz, Alireza. Essa bela alma de 20 anos de idade iraniana foi brutalmente morta por seu irmão e primo, por ser gay, como parte de um ‘crime de honra’. A comunidade LGBTQ do Irã está brutalizada com o regime do país e com a intolerância de certas famílias. Alireza foi morto após ser decapitado pela própria família. Depois de decapitá-lo, a família jogou o corpo deste pobre homem debaixo de uma árvore na cidade de Ahwaz”.

Segundo a jornalista, Alireza estava prestes a fugir do Irã para se juntar ao namorado Aghil Abyat, que é um refugiado na Turquia e o esperava. Após o assassinato, os responsáveis teriam ligado para a mãe da vítima, informando sobre a localização do corpo. Em uma entrevista à rede LGBTQIA+ iraniana 6rang, o parceiro do rapaz declarou que a sogra teve de ser “hospitalizada” devido ao choque com a notícia.

No início deste ano, um relatório da ONU divulgado pelo portal Pink News, destacou que o Irã tem utilizado tortura por choque elétrico em crianças LGBTQIA+s, dentre outras violações dos direitos humanos. “Por meio de suas leis homofóbicas, propaganda anti-gay e sentenças leves para ‘crimes de honra’, a República Islâmica do Irã é responsável por facilitar o assassinato de incontáveis ​​membros da comunidade LGBTQ no Irã. Esta comunidade deseja ser ouvida pelo mundo. O mundo precisa ouvir o choro da comunidade LGBTQ do Irã”, completou Masih Alinejad.

O caso repercutiu ao redor do globo. Algumas celebridades têm se manifestado nas redes sociais, lamentando a terrível morte de Alireza. “Meu coração está partido após ouvir a história de Alireza Fazeli Monfared. Descanse no poder”, escreveu Demi Lovato, no Instagram. “Estou enojada e com o coração partido de saber que Alireza foi assassinado”, desabafou Patricia Arquette.

“Meu coração está partido por Alireza – decapitado no Irã por seu próprio irmão, por ser gay. Ele estava tentando pedir asilo na Turquia com seu namorado. Apenas 20 anos de idade. Imaginem como seria a vida dele, se ele tivesse escapado?”, entristeceu-se Jackie Cox, participante da 12ª temporada de “RuPaul’s Drag Race”. Confira as publicações.

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Gil diz que igreja mórmon abordará identidade de gênero após sua participação no BBB21
   9 de maio de 2021   │     14:20  │  0

Como programação especial do último sábado, a Globo exibiu o “Dia 101” do BBB21, onde os ex-participantes da edição voltaram à casa para uma breve fraternização e comentar sobre os principais pareceres da temporada. Em conversa com a atriz Carla Diaz, o economista Gilberto, ex-mórmon, disse que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias se impressionou com seus depoimentos durante o reality sobre o quanto havia sofrido com sua orientação sexual enquanto era missionário. “Agora, na igreja mórmon, eles querem que todos estudem sobre identidade de gênero para ser missionário”, disse Gil do Vigor. Carla Diaz comemorou: “Você tem noção do seu papel aqui dentro? O papel que você teve aqui, como ser humano, é muito surreal, é impressionante. É de uma representatividade linda e necessária”. GIl no tempo em que era missionário na a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – Reprodução AGORA EU ENTENDI Posteriormente, o apresentador Tiago Leifert comentou que, por causa de Gil, pôde entender um pouco mais sobre a importância da representatividade de Pabllo Vittar para a comunidade LGBTQIA+. “Eu aprendi muito nessa temporada, por exemplo, eu sempre gostei muito das músicas da Pabllo Vittar. Achava as músicas legais, mas eu não entendia o porquê do alvoroço. Por que é tão importante? E aprendi com o Gil. Agora eu entendi. Porque ver a Pabllo Vittar fazendo sucesso, sendo aceita da forma é, cantando do jeito que canta, com o falsete que canta, fazendo o que faz… sendo outra pessoa no Instagram e se apresentando de outro jeito, extremamente poderosa… eu falei ‘agora entendi’. Porque tem um monte de gente que quer fazer isso e não consegue, apanha na rua exatamente por isso. Então, na hora que se vê a Pabllo na televisão bombando, aí você fala: ‘Poxa, eu também posso’”, disse Leifert.

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Em áudio, pai ameaça matar filho gay: “Muda ou eu te mato”.
   7 de maio de 2021   │     11:26  │  0

A conversa foi gravada por vizinhos, que denunciaram suposta agressão do homem ao menino, de 14 anos. Caso ocorreu em Goiás

Um homem é suspeito de bater no filho, de 14 anos, por ele ser homossexual, em Jataí, no sudoeste de Goiás. Em áudios, gravados por vizinhos, é possível ouvir o pai ameaçando o menino de morte: “Se você não mudar, eu te mato”.

Ele foi levado a uma delegacia após o adolescente denunciar a situação, por meio de uma carta, a vizinhos. Na gravação, é possível ouvir o menino apanhando enquanto o homem o ameaça.

Ouça o audio:

“Eu estou cansado de te falar. Eu já não falei para você mudar? Você tem que mudar, você sabe por quê? Porque se você não mudar, eu te mato, eu te arrebento”, diz o homem na gravação.

“Raiva”

“Ele disse que não se importa, que aceita e já tinha conversado com o adolescente, mas o pegou acessando vídeos pornográficos pelo celular e não controlou a raiva”, disse a delegada responsável pelo caso, Paula Daniela Ruza.

De acordo com a investigadora, policiais foram até o local após denúncia anônima na última quarta-feira (5/5) e confirmaram que o menino tinha escoriações pelo corpo.

 A mãe falou à Policia Civil que estava ciente das agressões porque o menino “tem tendência à homossexualidade”. Além dos pais e do menino, duas irmãs mais novas do adolescente estavam na casa no momento da briga.

Investigação

O homem, que não tinha passagens pela polícia, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal e foi liberado. A delegada diz que o próximo passo da investigação é ouvir os vizinhos e analisar o conteúdo da carta, que não foi divulgado.

Segundo a investigadora, após a investigação, ele poderá responder por lesão corporal, ameaça e violência doméstica. Questionada se o ato se enquadra como conduta homofóbica, que é igualada ao crime de racismo no Código Penal Brasileiro, Paula afirma que ainda é cedo para confirmar.

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Viado, bicha e sapatão ! Qual é a origem dessas palavras ?
   3 de maio de 2021   │     9:28  │  0

Seja qual for o motivo, ser chamado por estranhos de “viado” ou “bicha” (no caso de gays) e de “sapatão” (no caso de lésbicas) soa ofensivo. Porém, entre LGBTs, esses termos são usados como gírias ou brincadeiras, sem nenhum intuito de agredir ou constranger.

O que ninguém sabe ao certo é quando ou como essas expressões surgiram. Fato é que existem várias teorias para explicá-las –e até mesmo os especialistas em linguística divergem entre si. “Com relação a esses três termos, é importante dizer que fixar no tempo e no espaço sua origem é algo bastante complicado. Por esse motivo o mais adequado é falar de ‘possíveis origens'”, explica Stela Danna, doutoranda em linguística pela USP e pesquisadora do Centro de Documentação em Historiografia Linguística (CEDOCH-DL/USP).

Veado ou desviado da “normalidade”

Em se tratando de “viado”, esse termo aparece no dicionário como uma forma antiga de chamar um tecido de lã, com riscas ou veios. “Já a alternância da grafia ‘viado’ ou ‘veado’ para designar homens homossexuais indica duas possíveis origens. Há quem insista em usar ‘viado’, por acreditar que o termo teria vindo das palavras ‘desviado’ ou ‘transviado’, ou seja, pessoas que teriam se ‘desviado de uma normalidade’, ideia preconceituosa e bastante difundida durante a ditadura militar. No entanto, o mais provável é que ‘viado’ tenha vindo da palavra ‘veado’, usada para designar um animal mamífero, veloz, delicado e tímido”, comenta Stela.

A pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) também aponta como principal referência de veado o personagem Bambi, lançado por Walt Disney em 1942. “Além de ter características ainda vistas como sinais de fragilidade e muitas vezes associadas ao feminino, os veados, durante o período de reprodução e sem poderem contar com uma fêmea, acabam depositando o esperma em outros veados. Todos esses aspectos teriam contribuído para que se associasse o termo aos homens homossexuais”, acrescenta Stela.

De fêmea do veado à prostituta

Já o termo “bicha”, de acordo com Stela e James Green, historiador especializado em estudos latino-americanos e ativista dos direitos LGBT, remontaria à corça, fêmea do veado, que em francês é chamada de “biche”. “Esse termo começou a ser usado no Brasil no início do século 20”, explica Stela.

“Parece plausível que os homens que frequentavam a subcultura estivessem simplesmente fazendo um trocadilho com a palavra ‘viado’, ao que adotaram um toque de sofisticação com o uso do termo francês. Além disso, ‘biche’ era também usado na França como um termo afetuoso para uma jovem mulher”, observa Green em seu livro “Além do Carnaval: A Homossexualidade Masculina no Brasil do Século 20”. Segundo Green, bicha também era empregado no passado como sinônimo de prostituta e seria possível que prostitutos efeminados costumassem se referir, em tom de brincadeira, a seus amigos e colegas como ‘bichas’.

“É importante perceber que, assim como ‘viado’, a palavra bicha também está ligada ao feminino. Esses termos acabaram sendo entendidos como sinônimos de passividade e fragilidade, ideias que caracterizavam as mulheres em um mundo dominado pelos homens”, diz Stela, lembrando que a partir da década de 60, pessoas machistas e conservadoras se apropriaram do termo para usá-lo contra homossexuais, atribuindo-lhe uma carga pejorativa.

No caso de “sapatão”, as possíveis origens divergem de época e contexto, mas, em comum, remontam a atitudes de transgressão e resistência. “A primeira delas remete aos poemas sobre amores lésbicos do poeta Gregório de Matos (1636 – 1696), em que aparece a figura de uma mulher chamada Luiza Sapata. A segunda hipótese parece estar relacionada aos calçados masculinos, pois na década de 1970, com uma nova retomada do movimento feminista, algumas mulheres teriam passado a usar esses ‘sapatões’, em vez dos modelos femininos. Os calçados masculinos eram maiores, menos delicados e mais confortáveis. Essas mulheres então acabaram sendo identificadas como ‘sapatão'”, diz Stela.

Quem tem opinião semelhante à de Stela sobre a origem baseada nos “sapatões masculinos” é o etimologista Reinaldo Pimenta, que no livro “A Casa da Mãe Joana 2: Mais Curiosidades nas Origens das Palavras, Frases e Marcas” diz que a expressão “surgiu na década de 1970, quando as mulheres com orientação sexual alternativa (lésbicas) tinham predileção por usar esse tipo de calçado, mais caracteristicamente masculino”.

Já nos livros “A Vida Íntima das Palavras” e “De Onde Vêm as Palavras”, outro etimologista, Deonísio da Silva, lembra que “em décadas passadas, conhecida música de programa de auditório dizia: ‘Maria sapatão, sapatão, sapatão. De dia é Maria, de noite é João'”. Porém, segundo a pesquisadora Stela, a marchinha de carnaval “Maria Sapatão”, escrita por João Roberto Kelly e cantada pelo apresentador Chacrinha, nos anos 1980, não lançou o termo associado a lésbicas, mas teve o papel significativo de popularizá-lo por todo o Brasil.

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