Nota de solidariedade a Mãe Vera, e repúdio ao atentado a Casa de Resistência Abassá de Angola

Em razão do atentado criminoso na madrugada do dia 13 de maio, a Casa de Resistência Abassá de Angola,coordenada pela Yalorixa Veronildes Rodrigues , conhecida como Mãe Vera, o Grupo Gay de Alagoas – GGAL, entidade fundadora do movimento LGBTI+ no Estado de Alagoas, vem a público se solidarizasse com a mesma, e todos os seus filhos de santo.
É chocante, repugnante e vergonhoso que em pleno século XXI, pessoas motivadas por sentimento misto de maldade, preconceito, intolerância, histeria e irresponsabilidade, venham praticar tal ação. É lamentável que praticas de auritolerância como esta venha a acontecer, mas mas que os intolerantes tenham ao certo uma coisa, só fortalece a bandeira de luta contra a aversão, pós instituições como o Grupo Gay de Alagoas e outras instituições não calaram-se ao meio de barbarias como esta, e estarão com a Casa de Resistência Abassá de Angola, cobrando medidas emergências de apuração e punição desses criminosos.
Vivemos tempos difíceis, onde pessoas intolerantes veem a religião e a cultura como uma fonte de divisão em lugar de um caminho para a inclusão e a paz.      Estarrecidos, vemos o crescimento da intolerância religiosa em todos os cantos do Planeta, representando certamente, um dos problemas mais delicados em nosso mundo onde o fanatismo religioso, impregna a alma de milhões de pessoas, e as conduz a realizarem ações más contra as outras, e produzir verdadeiras guerras em nome, supostamente, de uma religião, como se fosse possível estabelecer, com isso, qual religião “estaria com a razão” ou qual religião teria “propriedade” sobre “o” verdadeiro sagrado.       A questão é tormentosa e envolve o ser humano em sua mais pura essência, na medida em que são colocadas em jogo sua consciência e crença.
Repudiamos as ações criminosas e tendenciosas de determinadas pessoas ou grupos da sociedade, em tentar associar as religiões pagãs ou seus seguidores à apologia do mal, do maligno, do horrendo, do intolerável, marginal e odioso como tem sido comumente sugerido.
Esta estratégia não somente visa à incitação ao ódio e ao preconceito contra a comunidade de religiões afro, mas também ofusca a veracidade acerca de nossa fé, que é o amor, a paz, a transcendência e o bom convívio para com todos os seres do Planeta.
Não poderíamos deixar de tornar público também o nosso repúdio a quem adentra no mérito da fé alheia para “qualificar desqualificando” um indivíduo ou grupo de indivíduos mediante a veiculação da sua religião na tentativa de associá-la a uma suposta conduta socialmente reprovável, pois isso sugere ofensa a toda uma comunidade religiosa e revela o traço execrável de intolerância e fomento ao ódio, numa tentativa vil de suplantar a falta de conteúdo. Esta e qualquer outra manifestação que configure intolerância religiosa será veementemente combatida pela sociedade.
Por fim, registramos que o Grupo Gay de Alagoas sente-se extremamente ofendido, abalado por esta ação contra Mãe Vera e seus filhos de santo, e que iremos contribuir na cobrança do cumprimento da lei, para que a punição desses bárbaros venham servir de exemplo, para que outros atentados a fé alheia não venha se repetir.
Maceió, 14 de maio de 2019.
Nildo Correia
Presidente do Grupo Gay de Alagoas

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