Monthly Archives: novembro 2015

III Conferência LGBT da Região Metropolitana de Alagoas ocorrerá neste próximo sábado

Participem

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A secretaria de Estado da mulher e dos Direitos Humanos  -SEMUDH, em parceria  com o Conselho Estadual de Direitos e da Promoção a Cidadania da População LGBT de Alagoas, estará realizando no próximo sábado, 28/11, a partir das 08:h da manhã a III CONFERÊNCIA  METROPOLITANA  DE POLÍTICAS PÚBLICAS  E DIREITOS HUMANOS DA POPULAÇÃO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS,TRAVESTIS, E TRANSSEXUAIS- LGBT DO ESTADO DE ALAGOAS.

O evento ocorrerá no Auditório da FACULDADE PITÁGORAS, situada na AV: Menino Marcelo, 3800, Shopping Pátio Maceió – Cidade Universitária, Maceió – AL.

A ação é aberta e qualquer pessoa da sociedade civil ou representante de entidades “conselhos, sindicatos, ligas, articulações ” entre outros poderão participar.

Maceió ,  28 de NOVEMBRO de 2015

Chama o bombeiro! Novo bar do Chilli Pepper terá inauguração bafônica em SP
   17 de novembro de 2015   │     0:26  │  0

Além do show da cantora transexual Diana Piqueno e da drag ícone da noite gay paulistana Kaká di Polly, estará também presente o garoto propaganda do Chilli, Bruno Camargo, ele que é o bombeiro mais conhecido do país.

Além do show da cantora transexual Diana Piqueno e da presença da drag ícone da noite gay paulistana Kaká di Polly, estará também presente o garoto propaganda do Chilli, Bruno Camargo, ele que é o bombeiro mais conhecido do país

O empresário Douglas Drumond resolveu dar uma repaginada no bar do seu empreendimento Chilli Pepper Single Hotel. Rebatizado de Piroca´s Bar (nome bem sugestivo), o espaço agora terá um balcão maior e a cor cobre vai predominar. A inauguração oficial acontecerá no dia 24 de novembro, próxima terça, as 19h, com um coquetel badalado.

Serão 3 horas de champanhe grátis e atrações especiais como o show da cantora transexual Diana Piqueno e uma aparição da drag ícone da noite gay paulistana Kaká di Polly. O garoto propaganda do Chilli, o bombeiro do programa Eliana, do SBT, Bruno Camargo, será barman e vai servir os convidados.

Inaguração do Pirocas Bar – Chilli Pepper Single Hotel
Data: 24 de novembro
Horário: 19h
Largo do Arouche, 610, Santa Cecília – São Paulo/SP

Fonte: Assessoria de Comunicação – Chilli Pepper Single Hotel

 

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Homens que são mulheres
   15 de novembro de 2015   │     21:46  │  0

Artigo

Por: Drauzio Varella – Médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, formado pela Universidade de São Paulo, na qual foi aprovado em 2° lugar, conhecido por popularizar a medicina em seu país, através de programas de rádio e TV

A saúde pública não pode continuar dando as costas para essa minoria de homens.

De todas as discriminações sociais, a mais pérfida é a dirigida contra as travestis.
Se fosse possível juntar os preconceitos manifestados contra negros, índios, pobres, homossexuais, garotas de programa, mendigos, gordos, anões, judeus, muçulmanos, orientais e outras minorias que a imaginação mais tacanha fosse capaz de repudiar, a somatória não resvalaria os pés do desprezo virulento que a sociedade manifesta pelas travestis.

Quem são esses (as) jovens travestidos (as) de mulheres fatais, que expõem o corpo com ousadia nas esquinas da noite e na beira das estradas?

Apesar da diversidade que os distingue, todos têm em comum a origem: são filhas das camadas mais pobres da população.

A homossexualidade é tão velha quanto a humanidade, sempre existiu uma minoria de homens e mulheres homossexuais em qualquer classe social; caracteristicamente, no entanto, travestis só aparecem mais nas famílias humildes.

Na infância, foram meninos com jeito afeminado que, se tivessem nascido entre gente culta e com posses, poderiam ser profissionais liberais, artistas plásticos, empresários, costureiros, atores de sucesso. Mas, como tiveram o infortúnio de vir ao mundo no meio da pobreza e da ignorância, experimentaram toda a sorte de abusos: foram xingados nas ruas, ridicularizados na escola, violentados pelos mais velhos, ouviram cochichos e zombarias por onde passaram, apanharam de pais e irmãos envergonhados.

Em ambiente tão hostil poucos conseguem concluir os estudos elementares. Na adolescência, com a autoestima rebaixada, despreparadas intelectualmente, saem atrás de trabalho. Quem dá emprego para homossexual pobre?

Se para os mais ricos com diploma universitário não é fácil, imagine para elas. O máximo que conseguem é lugar de cozinheiro em botequim, varredor de salão de beleza na periferia ou atividade semelhante sem carteira assinada.

Vivendo nessa condição, o menino aprende com os parceiros de sina que bastará hormônio feminino, maquiagem para esconder a barba, uma saia mínima com bustiê, sapato alto e um bom ponto na avenida para ganhar numa noite mais do que o salário do mês.

Uma vez na rua, todo travesti é considerada marginal perigoso, sem nenhuma chance de provar o contrário. Pode ser presa a qualquer momento, agredida ou assassinada por algum psicopata, que nenhum transeunte moverá um dedo em sua defesa. “Alguma ele deve ter feito para merecer”, pensam todos.

Levada para a delegacia irá parar numa cadeia masculina. Como conseguem sobreviver de sainha e bustiê em celas com 20 ou 30 homens, numa situação em que o mais empedernido machão corre perigo, é para mim um dos mistérios da vida no cárcere, talvez o maior deles.
A condição de saúde das travestis é precária. Não existe um serviço de saúde com endocrinologistas para orientá-las a respeito dos hormônios femininos que tomam por conta própria.

Muitas injetam silicone na face, nas nádegas, nas coxas, mas sem dinheiro para adquirir o de uso médico, fazem-no com silicone industrial comprado em casa de materiais de construção, injetado por pessoas despreparadas, sem qualquer cuidado de higiene. Com o tempo, esse silicone impróprio escorre entre as fibras musculares dando origem a inflamações dolorosas, desfigurantes, difíceis de debelar.

Ainda as portadoras do vírus da Aids encontram algum apoio e assistência médica nos centros especializados, locais em que os funcionários estão mais preparados para aceitar a diversidade sexual. Nos hospitais gerais, entretanto, poucas conseguem passar da portaria, barradas pelo preconceito generalizado, praga que não poupa médicos, enfermeiras e pessoal administrativo.
Os hospitais públicos deveriam ser obrigados a criar pelo menos um posto de atendimento especializado nos problemas médicos mais comuns entre as travestis. Um local em que pudessem ser acolhidas com respeito, para receber orientações sobre uso e complicações de hormônios femininos e silicone industrial, prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis e práticas de sexo seguro.

A saúde pública não pode continuar dando as costas para essa minoria de homens, só porque eles decidiram adotar a identidade feminina, direito de qualquer um. Quem somos nós para condená-los?

Que autoritarismo preconceituoso é esse que lhes nega acesso à assistência médica, direito mínimo garantido pela Constituição até para o criminoso mais sanguinário?

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Juiz de direito Mário Soares Caymmi Gomes se casa com médico na Bahia
   14 de novembro de 2015   │     22:43  │  0

“O nosso casamento é um ato político, além de amoroso”, afirma juiz.‏

juiz Mário Soares Caymmi Gomes e o médico Alexandre de Moura Lima

juiz Mário Soares Caymmi Gomes e o médico Alexandre de Moura Lima

A união entre pessoas do mesmo sexo é fato consumado no Brasil desde 5 de maio de 2011, quando o Supremo Tribunal Federal aprovou o reconhecimento da união estável, seguido da obrigatoriedade de celebração de casamentos homoafetivos em todos os cartórios do País, por força da Resolução n. 175, do Conselho Nacional de Justiça, publicada em 16 de maio de 2013. Porém, um evento na Bahia se reveste de caráter de novidade: o casamento entre o juiz de direito Mário Soares Caymmi Gomes e o médico Alexandre de Moura Lima. A cerimônia aconteceu hoje (sábado, 14), no Hotel Deville Prime, em Itapuã, na Capital baiana.

A notícia é singular por se tratar do primeiro casamento homoafetivo de um magistrado na Bahia. A festa teve a Índia como inspiração, e a lua-de-mel será em Krabi, na Tailândia, e também nas Maldivas. Juntos há 12 anos, eles tem planos de adoção de filhos, aspecto que influenciou diretamente na decisão pelo casamento. O casal pretende entrar no cadastro de adoção, pois veem nela uma oportunidade para dar mais solidez à família.
Gomes é juiz há 19 anos e é titular da 8ª Vara de Fazenda Pública de Salvador desde 2010. Ele relata que, ao longo da sua carreira na magistratura, não foi vítima de perseguição ou represália por ser gay, mas não descarta haver comentários depreciativos de forma velada entre colegas de trabalho. Já os amigos apoiam a decisão pelo casamento e mostram-se feliz. “Não posso dizer que alguém manifestou algum descontentamento com isso”, afirma.
A relação com a família dos noivos é considerada muito tranquila, sobretudo porque ambos moram juntos há cerca de seis anos. O fato de serem pessoas independentes e poderem se sustentar por conta própria é tido como um privilégio. “Não temos que nos submeter ao crivo do preconceito familiar”, alega Gomes.
Sobre os possíveis impactos e desdobramentos da decisão do casal, Gomes é categórico: “O nosso casamento é um ato político, além de amoroso”. E prossegue em sua análise: “não há, que eu saiba, um juiz gay em nosso Estado que se assuma como tal além de mim, apesar de existirem boatos. Acho que o nosso casamento é um símbolo de que existe diversidade sexual em todos os níveis da sociedade e que isso, além de natural, deve ser objeto de respeito e tolerância”.
Questionado sobre as decisões do STF e do CNJ que garantiram o casamento homoafetivo, o magistrado assevera não ser possível qualquer retrocesso, mesmo em tempos de obscuros e anacrônicos projetos de lei como o Estatuto da Família, em curso no Congresso Nacional, que nega a existência de famílias homoparentais. “Fico um pouco triste pelo fato dessa decisão ter sido tomada não pelos nossos representantes eleitos e, sim, pelos tribunais, que têm demonstrado uma visão mais moderna e afirmativa a respeito da diversidade de gênero, enquanto que o Poder Legislativo se quer parece reconhecer a laicidade do Estado e ainda transita na medievalidade de querer regulamentar e tarifar o sentimento alheio. Mas não há como voltar. Temos que resistir e insistir: não somos diferentes, mas iguais e merecemos respeito”, conclui.

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