Alunos são suspensos por causa de beijo gay em escola
   9 de abril de 2015   │     11:01  │  0

Punição gerou protestos de colegas e entidades em São José do Rio Preto. Eles foram convidados a mudar de escola, atitude que causou revolta.
Expulsão causou revolta entre alunos da escola e amigos dos estudantes

Expulsão causou revolta entre alunos da escola e amigos dos estudantes

Uma história polêmica: dois adolescentes foram suspensos de uma escola estadual no interior de São Paulo. Os rapazes – de 16 e 17 anos – foram vistos se beijando dentro do colégio. A punição gerou protestos de colegas e entidades em São José do Rio Preto.

Os dois alunos vistos se beijando no banheiro cumprem suspensão de três dias. Eles também foram convidados a mudar de escola, atitude que revoltou outros estudantes. Com cartazes e microfone, um grupo se reuniu na frente do colégio em defesa dos colegas. “Eles foram expostos e humilhados”.

Para eles, a decisão da escola foi homofóbica. “Se fosse um casal hétero seria sido totalmente diferente”, afirmou a estudante Isabelle Damas.

A manifestação contou com apoio de estudantes de várias idades, entidades e organizações de Rio Preto. Eles querem que a diretoria repense a suspensão dos dois alunos.

O caso chamou a atenção de movimentos que lutam por direitos iguais. “A escola é um lugar de educação, não para opressão”, afirma uma manifestante.

“Nós temos legislação tanto do estado quanto do município que proíbe e pune qualquer tipo de discriminação relacionado à homofobia”, afirma o diretor de ONG pelos Direitos Humanos, Júlio Cesar Caetano.

Uma professora de outro colégio da rede estadual não concorda com a decisão. “Eu acho que a escola tem sim que se preocupar com a orientação sexual e a diversidade de gênero, mas uma contribuição para que isso seja feito como debate e não de opressão”, ressalta Lenina Vernucci da Silva.

Vinícius Almeida Rodrigues é advogado e pai de uma aluna. A filha participou da manifestação com o apoio dele. “É uma história de preconceito, sim. Porque se já existem outros casais se beijando, tendo atitudes de carinho dentro da escola, o casal homossexual tem o mesmo direito”, completa.

A dirigente regional de ensino disse que não é permitido namorar na escola, mas que vai rever o caso dos dois adolescentes. “Está nas normas de convivência feita pelos próprios alunos: namoro não é para escola. Não é o lugar adequado. Se a gente considerar que o beijo foi de namorados, mais incisivo, então não está permitido”, afirmou Maria Sílvia Nakaoski.

Os estudantes não deram entrevista. Um deles vai ser transferido, a pedido dos pais. O caso do outro está sendo analisado pela direção da escola.

A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais – ABGLT, Solicitou através de oficio providências ao Governador do Estado de São Paulo Sr. Geraldo Alkmin, ao Secretário de Educação do Estado de São Paulo, Professor Herman Jacobus Cornelis Voorwald e ao Professor Paulo Gabriel Nassif, Secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Ministério da Educação, sobre a   a expulsão dos estudante da Escola Estadual Monsenhor Gonçalves em São José do Rio Preto.

Esta mais que claro para todos, que a postura da direção do colégio trata se de uma conduta de represália e conservadora, frisou Carlos Magno , Presidente da ABGLT .

Fonte: G1

Foto: Internet 

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