Evento marcará e celebrará dia nacional da Visibilidade Trans em Alagoas
   28 de janeiro de 2015   │     0:00  │  0

TRANSAmanhã, dia 29 de janeiro de 2015, a Secretária de Estado da Educação SEE/AL realizará o IV Encontro da Visibilidade Trans na Educação que ocorrerá no Centro de Formação – CENFOR- Localizada no CEPA.

O objetivo da ação é manter o diálogo com gestores da CEE, instituições parceiras e com movimento social organizado para estudo e aprofundamento das identidades Trans no Espaço Escolar.

O encontro ocorrerá das 09 ás 12h e no segundo horário após o almoço haverá uma reunião da SEE e o segmento LGBT para organizações conjuntas.

O dia da Visibilidade Trans, comemorado em 29 de janeiro, para mim militante LGBT e blogueiro é poder agradecer a todas as Travestis, primeiramente que deram a cara e lutaram nesta história. Pois foram as Travestis as precursoras deste movimento no Brasil. Mas não poderia, também esquecer das transexuais, que se deram a coragem de se expor criando este movimento no Brasil ,como: Maite Schneider e Barbara Grener e demais meninas que no decorre e suas necessidades apagaram o seu passado depois da cirurgia,mas fizeram história acontecer e se realizar com seus sonhos de ativistas que eram.

Mas voltando para as Travestis , gostaria de relembrar in memoria alguns nomes que foram as rainhas do movimento, como a Deusa: Brenda Lee(SP),Charla Novi(RJ),Janaína Dutra(Fortaleza),Hanna Zuzart(RJ),Claudia Wonder (SP),Chacrete (RJ) ,Marcela Prado (Curitiba) , Michele Marry(Salvador) entre tantas que já partiram deixando lembranças.  

Na prostituição tiveram seus esplendores na época da ditadura Madame Santã(RJ),Sandra Dragão (ES),Tomba Homem (MG) entre outras.

No teatro que continua brilhando e viveu a ditadura Jane Di Castro , Ronald Monteiro “Rogéria” ,(in memoria Thelma Lipe), e demais divas que sobrevivem até hoje, e não esquecendo da nossa cantora Angela Leclery e a transexual Maite Schneider.

Não temos como esquecer a saudosa atriz Mulher Sandra Brea, a primeira mulher a assumir a sua sorologia e abraçar a luta das Travestis no Brasil e levar toda ousadia para a TV Brasileira se espelhando na travestilidade nos anos 70 e 80.

De todos esses nomes citados acima, ovaciono e congratulo a nossa querida e eterna Dama de Ferro, Janaína Dutra. Dutra foi a mulher trans mais guerreira que conheci neste movimento Janaína Dutra, nascida Jaime César Dutra Sampaio, natural de Canindé/CE,  em 1961, se mudou para fortaleza em 8 de fevereiro de 2004, foi uma ativista social e reconhecida líder travesti do Movimento Homossexual Brasileiro.

Formada em direito no estado do Ceará, Janaína Dutra foi a primeira trans-mulher portadora de carteira profissional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde ela aparecia caracterizada como mulher apesar de seu nome de nascimento ser masculino.

Janaína Dutra exerceu trabalho pioneiro junto ao Ministério da Saúde na elaboração da primeira campanha de prevenção das DST/AIDS destinada especificamente às travestis. Ela também cumpriu cargos de liderança como membro da presidência da Associação das Travestis do Ceará (Atrac) e da Articulação Nacional das Travestis (Antra). Além disso foi co-fundadora (1989), assessora jurídica, e vice-presidente (nos mandatos 1995, 1997, 1999 e 2001) do Grupo de Apoio Asa Branca (GRAB), entidade fundadora do movimento LGBT no Ceara.

O filme Janaína Dutra – uma Dama de Ferro (2010) do produtor e roteirista internacional Wagner de Almeida celebra a remarcável e intrépida vida da ativista. Como advogada, Janaína freqüentemente demonstrava estar ciente de que ser transexual, lésbica, gay ou bissexual não é ilegal no Brasil desde 1830, apesar da histórica e atual transfobia, lésbofobia e homofobia disseminada por todo o país. Janaína Dutra morreu vítima de câncer pulmonar aos 43 anos de idade.

Com este breve relato do movimento trans no Brasil, o blog Diversidade parabeniza todas (os) trans  por este dia.

Feliz Dia Nacional da Visibilidade Trans.

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