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Masturbação feminina. Porque o prazer da mulher ainda é um tabu ?
   31 de dezembro de 2014   │     0:00  │  0

Só 66% das garotas de 18-19 anos já experimentou se tocar, de acordo com o Data Folha. Mas 72% dos homens consideram masturbação um ato saudável. Num momento em que tanto se fala em igualdade sexual, “HappyPlayTime” pode cumprir a nobre tarefa de equilibrar essas estatísticas.

Em pleno século XXI, falar sobre masturbação feminina ainda é um assunto polêmico e cheio de tabus. Mas, ao contrário do que muitos pensam, a masturbação faz parte do processo de desenvolvimento sexual de garotos e garotas e do descobrimento do próprio corpo como fonte de prazer. Como o assunto não costuma ser abordado por todas as famílias, sobretudo quando se trata de meninas, ainda há muitas dúvidas sobre o tema.

A masturbação, o ato de tocar o corpo em busca de prazer, começa na puberdade, tanto em meninas quanto em meninos. Não tem como dizer com que idade precisa que as garotas ou os garotos começam a se masturbar, esse ato está relacionado à puberdade, ou seja, ao desenvolvimento do corpo.

“Porque o prazer da mulher ainda é um tabu” Existem duas questões que podem explicar: a primeira é biológica e a segunda é cultural. O prazer do homem está relacionado à reprodução. Ele precisa ejacular para se reproduzir. Já a mulher, não precisa disso. Ela pode fazer sexo sem sentir prazer e conseguirá reproduzir. Mas, claro, isso não é tão importante quanto às questões culturais. Por exemplo: os pais veem o menino masturbando e acham bonito, já se é a filha que está se masturbando acham um horror. Isso porque a mãe também foi educada assim e também não acha normal.

Em um mundo com aplicativos de todos os tipos, a Apple não aprovou a publicação de um voltado pra educação sexual. A designer Tina Gong desenvolveu o app “HappyPlayTime” com objetivo de ensinar as mulheres a se masturbar e contribuir para que esse tabu social seja enfraquecido.

Hoje em dia o prazer feminino tornou-se um direito igualmente garantido, diferente da época dos nossos avós, por exemplo. Como o app tem mais um caráter educativo que sexual, Tina, uma internalta comentou na pagina da Apple : “Eu estava otimista, pois nosso aplicativo foi criado com uma missão e com a melhor das intenções”, disse.

Ou seja, as mulheres, em geral, por mais liberdade que tenham conquistado, ainda continuam reprimidas!.

Mitos e verdades sobre masturbação feminina

Isso vai mudar?
Sim! Isso já está mudando! Cada vez mais, séries de tevê, novelas, filmes, documentários e até a própria escola vem tratando do assunto, de forma educativa! “Temos muito trabalho ainda em termos de educação, mas de educar não só as mulheres, mas também os homens a respeito disso”, afirma a psicóloga.

“Eu nego até o fim: não me masturbo!”
O tabu é tão grande que as próprias adolescente não admitem que se masturbam porque o ato é ainda é visto como algo sujo. “Mas isso depende muito da educação que a garota recebeu”.

As dúvidas mais frequentes sobre masturbação:

Garotas virgens podem se masturbar?
SIM! “A garota pode se tocar e ter prazer pela estimulação do clitóris, caso contrário, se introduzir o dedo na vagina, poderá romper o hímen”.

É correto se masturbar introduzindo objetos na vagina?
NÃO! Isso pode machucar a vagina e até provocar algumas infecções, ao invés de dar prazer! Para isso, existem alguns objetos específicos em sex shop, que também devem ser usados com cuidado, e, claro se você não for mais virgem!

É saudável se masturbar?
SIM! É saudável, pois é uma forma de conhecer o corpo e até garantir qualidade para a vida sexual depois. Se a garota sabe se dar prazer, saberá como guiar o prazer.

Dica: se você ainda tem dúvidas sobre o assunto, mas não tem coragem de falar com a sua mãe, procure um outro adulto que seja mais aberto e que você possa confiar. É sempre bom se informar antes de tomar atitudes precipitadas, ok?

Cearense poderá ser a primeira reitora travesti do Brasil
   30 de dezembro de 2014   │     12:16  │  0

Depois da primeira reitora negra, Nilma Lino dos Santos, atualmente Ministra de Políticas de Igualdade Racial, a Unilab (Universidade Federal da Lusofonia Afro-brasileira) pode ter a primeira reitora travesti do país.

Luma Nogueira de Andrade, cearense, doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará-UFC, mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela UECE, primeira no gênero no Brasil a receber o título de doutora. Mulher, travesti e futura reitora da Unilab no Ceará

Luma Nogueira de Andrade, cearense, doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará-UFC, mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela UECE, primeira no gênero no Brasil a receber o título de doutora. Mulher, travesti e futura reitora da Unilab no Ceará

Luma Nogueira de Andrade, cearense, doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará-UFC, mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela UECE e primeira travesti brasileira a receber o título de doutora, poderá ser a nova reitora.

Especialista em Gestão, Luma representa bem o perfil da universidade. A Unilab foi criada para a integração Brasil-África, um espaço de diversidade, multiculturalismo e inclusão. Sua presença, no Interior do Ceará e na Bahia representa imenso avanço na construção de um ensino superior vanguardista e humanitário.

Luma é conhecida como uma das maiores intelectuais nos estudos de Gênero e Sexualidade no país. Pesquisadora do Núcleo de Políticas de Gênero da Unilab e personalidade ativa nos movimento sociais. Reúne o perfil democrático e horizontal, oriundo das lutas em movimentos sociais, o rigor de uma intelectual e acadêmica e o perfil de gestora.

A comunidade acadêmica, docente e discente da Unilab é quase unânime ao afirmar ” Queremos Luma lá”. Depois de ter a primeira reitora negra, é a ordem lógica que a Unilab mantenha-se como vanguarda. A decisão caberá a Cid Gomes, novo Ministro da Educação.

Luma recebeu apoio virtual essa semana, direta e indiretamente, de centenas de milhares de intelectuais e ativistas, como a filósofa Marie Hélene Bourcier, da Université du Lille na França, de Miriam Pilar Grossi, filósofa feminista brasileira, de Felipe Bruno Fernandos, intelectual, professor da UFBA e pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos das Mulheres-NEIM, naquela universidade, da antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, colunista da Carta Capital e professora de antropologia em Oxford- Reino Unido, além de Renan Quinalha, da Comissão Nacional da Verdade.

Luma não indicou seu próprio nome, foi aclamada pelos alunos e funcionários, que percebem a necessidade da construção de uma reitoria aberta ao diálogo, com propostas claras de estruturação da Universidade, e que, acima de tudo, seja defensora dos Direitos Humanos.

No dia 5 de Janeiro, os alunos da Unilab farão um ato simbólico de aclamação, esperando que o novo Ministro da Educação, Cid Gomes (atual governador do Ceará) atenda a estas reivindicações. É preciso que a Unilab continue a constituir-se como uma universidade de vanguarda.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Unilab/CE

ARTGAY cobra de Dilma 13 promessas feita para a comunidade Gay
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Para Léo Mendes, coordenador da entidade, " A ARTGAY não é chapa branca

Para Léo Mendes, coordenador da entidade, ” A ARTGAY não é chapa branca

A Articulação Brasileira de Gays – ARTGAY  não participará da posse oficial da Presidenta Dilma e vai cobrar da o cumprimento dos 13 compromissos feitos com a comunidade Gay . A Rede nacional de homossexuais masculinos não participará da posse oficial da Presidenta Dilma, por entender que movimento social precisa ser independente  e autônomo . Para Léo Mendes, coordenador da entidade, ” A ARTGAY não é chapa branca. Os ativistas da nossa rede entendem que devemos apoiar o Governo, mas protestar quando tiver algo errado e cobrar sempre os compromissos assumidos. Apoiamos Dilma porque ela se comprometeu com nossas demandas, mas agora é hora de avançar . “

Conheça a baixo as 13 promessas feita ao movimento LGBT

1- Criminalizar a homofobia com o objetivo de combater todas as formas de violência praticadas contra a população LGBT.

2- Defender o Estado Laico, reafirmando a defesa dos Direitos Humanos como eixo estruturante das políticas públicas.

3- Garantir o Plano Nacional LGBT para a promoção dos direitos do LGBT.

4- Estabelecer comitês técnicos no governo para tratar às políticas públicas LGBT.

5- Fortalecer e expandir o Sistema Nacional LGBT.

6- Reconhecimento da identidade de gênero, orientação sexual e nome social nos programas federais e criação de canais de denúncia do governo federal.

7- Ampliar as políticas públicas e programas governamentais.

8- Ampliar as políticas de formação inicial e continuada em todos os segmentos do governo, priorizando a educação, com a finalidade de promover o respeito às diversidades.

9- Investir em políticas de segurança pública com foco na prevenção e enfrentamento à violência homofóbica.

10- Fortalecer e reconhecer os espaços de interlocução com os movimentos sociais, fortalecendo o Conselho Nacional de Participação Social.

11- Expandir as políticas públicas de saúde integral da população LGBT.

12- Ampliar a participação da população LGBT nos programas de qualificação profissional, geração de emprego e renda, economia, solidária e cooperativismo, visando à autonomia e cidadania plena desta população.

13- Realizar diagnóstico da situação LGBT no mercado de trabalho.

Estado Islâmico atira homossexual de cima de prédio e o apedreja ate a morte
   29 de dezembro de 2014   │     12:12  │  0

O grupo Estado Islâmico (EI) postou na terça-feira 09/12 fotografias mostrando jihadistas jogando de cima de um imóvel um homem acusado de ser homossexual e que, em seguida, é apedrejado até a morte.

 Uma das fotos mostra um homem sendo empurrado para o vazio de cima do telhado de um edifício de dois andares em uma localidade não especificada. Outra mostra o mesmo homem caído ao chão e sendo apedrejado ate a morte.

No final de novembro, o EI apedrejou dois rapazes acusados de homossexualidade na província de Deir Ezzor, no leste da Síria.

A construção do papel do homossexual a partir da relação de poder entre os gêneros
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Para se entender melhor a construção de papéis atrelados ao homossexual foi necessário buscar compreender as relações de poder entre os gêneros masculinos e femininos.

A contrução do gênero é algo que se inicia antes mesmo do nascimento de uma pessoa, quando, por exemplo, lhe é dado um nome e são criadas expectativas em relação ao seu comportamento. Assim, criação da idéia de gênero, que possibilita a diferenciação entre masculino e feminino pode ser um elemento importante na diferenciação de tratamento entre os sexos.

Algumas autoras feministas como a historiadora Joan Scott (apud FONSECA, 1996) consideram o gênero como “forma primária de dar significado às relações de poder”, revelando – se como elemento constitutivo das relações sociais. Sua posição diante da construção de gênero dialoga com a de Heilborn (apud FONSECA, 1996) que considera que a categoria de gênero aponta para uma forma simbólica de hierarquizar e ordenar o universo em termos de um princípio de valor.

Os valores atribuídos ao gênero podem não ser atribuídos ao sexo do indivíduo. No decorrer da história existem fatos que apontam as relações sociais de pessoas que, independentes da orientação sexual, se identificavam com o gênero oposto ao que a maioria das pessoas de sua anatomia. Grémaux (1995) afirma que, desde a metade do séc XIX até o início do séc XX, algumas mulheres eram consideradas masculinizadas na comunidade dos Bálcãs por se vestirem e realizarem trabalhos atribuídos aos homens. Essas mulheres eram reconhecidas publicamente como homens. Entretanto, muitas delas não possuíam relações amorosas com mulheres.

O modelo binário imposto pela construção dos gêneros acaba limitando as possibilidades que qualquer pessoa teria de expressar sua sexualidade e se relacionar com outras pessoas. Assim, a homossexualidade parece ser uma barreira na construção de papéis que se enquadram nesse modelo binário: ou se é homem ou mulher. Na homossexualidade, apesar de uma possível desconstrução de um papel característico de um gênero heterossexista, que impossibilitaria a sua relação com outra pessoa do mesmo sexo e a reconstrução de um novo papel, o gênero a qual pertence vai estar subjacente a essas questões, limitando suas possibilidades de ser, principalmente, homossexual.

Ainda hoje, o passivo sexual, seja homem ou mulher ainda é vítima de estigma social. Segundo Misse (1981) o passivo sexual apresenta-se em situação de desvantagem e inferioridade em relação ao ativo sexual, já que a mulher e o homem passivos são estigmatizados com atributos “negativos”, como pessoa que não reage, quieto, “viado”, fraco, covarde e outros. Já os atributos do ativo sexual se relacionam com pessoas que possuem iniciativas, dominador, viril, corajoso, forte e outros. Assim a identificação do “viado” é o que possui complacências passivas com outro homem. O que penetra não é considerado necessariamente homossexual já que não “trai” tanto o seu papel sexual original, sua “condição natural”. (MISSE, 1981). Assim, podemos perceber que o estigma de passivo sexual se confunde com o próprio estigma de homossexual.

Misse (1981) relata ainda que o estereótipo de passivo sexual é construído sobre a associação entre a função bissexual feminina (que o autor denominou de ‘receptor do pênis’) com um conjunto de atributos desacreditadores e outros. Entretanto, o autor relata que ‘estigma’ se relaciona mais como um papel existente do que como atributos desacreditadores.

Como citado nos parágrafos anteriores, principalmente no que tange o passivo sexual, na instituição homossexualidade existe uma série de estereótipos e crenças que são aparentemente rígidas, inflexíveis e naturalizadas. A partir dessa visão, podemos dizer que isso ocorre como se todos homossexuais devessem ter muitos papéis em comum, não sendo a relação com um outro homem ou com uma outra mulher suficiente para designar sua homossexualidade. O que determina ser ou não homossexual vai além da relação física, muito além da relação sexual. Pode-se deixar uma questão para refletir. O que é ser homossexual? É praticar relações homoeróticas ou se auto-afirmar homossexual, e assumir essa identidade?

Papéis sociais de gênero relacionam-se com o conjunto de comportamentos associados à masculinidade e feminilidade. Desta maneira, a idéia da homossexualidade refere-se não apenas a uma condição, mas sim á um papel social.