Depois de ser “clamado” como “o primeiro presidente gay” pela revista Newsweek por apoiar os direitos (inclusive ao casamento) dos homossexuais, o líder americano Barack Obama investe agora na defesa da população menos aceita da sigla LGBT: os transgêneros.
Obama foi o primeiro presidente a utilizar a palavra “transgênero” em um discurso, ao proibir a discriminação contra funcionários públicos transexuais. O primeiro grande ato dele a favor dessa parcela da população, no entanto, veio ainda durante seu primeiro mandato, ao assinar uma legislação contra crimes de ódio que se tornou a primeira proteção de direitos civis federais para as pessoas transexuais na história dos Estados Unidos.
Medidas silenciosas como a atualização de passaportes, a obtenção de seguro saúde, o acesso aos programas esportivos e normatizando o acesso deles aos banheiros públicos, entre outras medidas, voltadas para os transgêneros, também tem sido tomadas durante sua administração. “Ele tem sido o melhor presidente para os direitos dos transexuais, e nenhum outro chega perto dele”, destacou a diretora-executiva do Centro Nacional de Igualdade Transexual, Mara Keisling. Ela pontuou que ele foi o único líder americano a convidar crianças transexuais para o famoso evento de Páscoa da Casa Branca.
As medidas de Obama têm enfrentado pouca resistência dos grupos conservadores porque a maior parte das determinações são do Executivo e das agências federais e não passam pelo congresso americano, onde os grupos contrários a equiparação de direitos atuam de forma mais contundente.
Além da batalha pela asseguração do direito e da cidadania dos transexuais, Obama também se mobiliza abertamente em favor do casamento gay e pelo o fim da proibição de militares abertamente homossexuais nas Forças Armadas.
Enquanto isso, no Brasil, os poderes Executivo — chefiado pela presidente Dilma Rousseff (PT) — e o Legislativo continuam omissos quanto aos direitos LGBT e aos casos de violência sofrida por essa comunidade. Os avanços obtidos no país, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, foram obtidos, em sua maioria, graças a decisões e entendimentos do Judiciário.
Fonte: Jornal Opção