Alex André Moraes Solteiro, de 34, foi preso na noite de terça-feira por policiais da 34ª DP (Bangu), na porta do Instituto Médico-Legal (IML), quando iria liberar o corpo do seu filho. A Justiça decretou mandado de prisão temporária de 30 dias por homicídio qualificado contra o suspeito, que foi transferido ontem para o Complexo de Gericinó, também na Zona Oeste do Rio.
Após ser pego no IML, o “monstro” prestou depoimento na delegacia. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse que costumava bater no filho, Alex Medeiros Moraes. O preso disse também aos policiais que espancava o menino para “ensiná-lo a virar homem”, porque, segundo o pai, o garoto gostava de dança do ventre, tinha o hábito de vestir as roupas das irmãs e gostava de lavar louça. Eu batia nele, porque tinha medo dele se tornar homossexual. “Disse o assassino”.
“Ele afirmou que o garoto era muito levado e desobediente. O crime foi cruel e cometido de forma covarde”, disse o delegado Rui Barboza, titular da 34ª DP.
De acordo com agentes, Alex revelou que aplicou a surra que levou a criança à morte, na segunda-feira, porque o filho não quis cortar o cabelo antes de ir para o colégio. O acusado disse ainda que a vítima o xingava com frequência. O menino veio do Rio Grande do Norte, onde mora com a sua mãe, para viver com o pai na Favela Vila Kennedy, em Bangu.
O menino deu entrada na UPA da comunidade, na noite de segunda-feira, com sinais de agressão. Policiais foram acionados e, quando chegaram à unidade, a criança já estava morta. Laudo apontou que a causa do óbito foi hemorragia interna, devido a quantidade de pancadas por todo o corpo, inclusive na cabeça. Com isto o laudo do IML afirma que o menino apanhou ate a morte.