Arrancaram todos os dentes dele, afirma família de jovem gay encontrado morto em SP
   18 de janeiro de 2014   │     20:52  │  2

Kaique Augusto dos Santos, de 17 anos

A irmã do adolescente gay encontrado morto sob o Viaduto Nove de Julho, no Centro de São Paulo, afirmou que o corpo de Kaique Augusto dos Santos, de 17 anos, estava sem todos os dentes.

Para Tainá Uzor e a família, o jovem foi vítima de homofobia. A polícia diz, porém, que Kaique caiu do viaduto, no sábado (11), e morreu na hora.

“Arrancaram todos os dentes  e espancaram muito a cabeça dele. Ele foi vítima de homofobia. Nós acreditamos nisso. Não tem prova, mas a gente acredita que foi isso”, disse a irmã.

Na noite de sexta-feira (10), o adolescente estava com amigos em uma festa em uma boate no Largo do Arouche, no Centro. Um dos colegas disse que Kaique saiu do local dizendo que ia procurar os documentos, que havia perdido. Horas depois, ele foi encontrado morto.

Os parentes da vítima ficaram dois dias procurando o rapaz em hospitais e no Instituto Médico Legal (IML). Por estar sem documentos, o corpo ficou até terça-feira (14) no IML como indigente. A família diz que Kaique estava bastante machucado.

O caso foi registrado inicialmente como suicídio. Policiais do 3° Distrito Policial, nos Campos Elíseos, porém, vão investigar se o jovem foi assassinado. O laudo da perícia, que deve ficar pronto em 30 dias, deve apontar a causa da morte.

A mãe de Kaique, Isabel Batista, disse esperar encontrar os responsáveis pela morte do filho. “Eu quero justiça. E não vou parar, vou até o fim. Assim como eu localizei o corpo dele, vou localizar os assassinos”, afirmou.

Contradição

Um amigo da vitima afirma que horas antes de Kaique sumir, tiveram que fugir correndo de um grupo de skinheads, e durante a perseguição acabou seguindo destino diferente e acredita que a vitima pode ter sido alcançada, mesmo assim a  polícia diz que o jovem caiu do viaduto onde provavelmente deve ter se jogado. Por estar sem documentos, seucorpo ficou até terça-feira (14) no Instituto Médico-Legal como indigente.

O jovem foi enterrado sem velório por causa doestado de seu cadáver. “Eu vi o corpo do tórax para cima. Ele estava destruído. A perna estava com um machucado bem grande“, disse Mara de Moraes, mãe de Kaique.

Amigos combinam pela internet uma cerimônia simbólica, a ser realizada neste sábado (18), no Largo do Arouche. “Pelo simples fato de ele ser gay, acho que foi crime homofóbico”, disse Felipe Gomes, amigo do jovem.

Policiais do 3º Distrito Policial, nos Campos Elíseos, irão investigar se o jovem foi assassinado. Laudo da perícia, que deve ficar pronto em 30 dias, vai apontar a causa da morte.

COMENTÁRIOS
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  1. Maria imaculada silva

    Todos que fizeram isso ,como se deixa a entender pelo relato da irmã,são uns desgraçados,merecem cadeia!!!!

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  2. Maria imaculada silva

    Ainda tem um detalhe,será que só foi o caso dele ser gay,ou o fato de também ser negro !!Mas esperar o que dessa justiça!!

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