Entidade alagoana trabalha na prevenção contra o suicídio
   19 de dezembro de 2013   │     16:10  │  0

É IMPORTANTE RESSALTAR QUE NAS ÉPOCAS DE DATAS IMPORTANTES (COMO NATAL, REVEILLON E SEMANA SANTA) OS CASOS DE COMPORTAMENTO SUICIDA AUMENTAM MUITO.
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Falar em suicídio ainda é um tabu em nossa sociedade. Há muito tempo ele tem sido considerado uma questão de saúde pública. A cada 40 segundos uma pessoa tira sua própria vida no mundo. O Brasil está entre os 10 países com maior índice, tendo a faixa etária entre 15 e 35 anos como a 3ª maior causa de morte e na faixa etária entre 15 e 44 anos é a 6ª maior causa de incapacitação. Quando nos referimos as tentativas de suicídio os índices podem chegar a 10 vezes mais os dados de óbitos. Pessoas próximas como familiares e amigos são os que mais sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas.

 

Já é comprovado que geralmente as pessoas que chegam ao suicídio antes demonstraram algum sinal. Quando nos referimos ao comportamento suicida, ele envolve diversas etapas como a ideação, o pensamento, o gesto, a ameaça e a tentativa, sem falar também que temos o comportamento suicida indireto, na qual o indivíduo tem atitudes autodestrutivas indiretamente.

 

Na cidade de Maceió, desde janeiro até outubro de 2013 o Hospital Geral do Estado (HGE) registrou aproximadamente 400 casos de tentativas de suicídio e no Instituto Médico Legal (IML) desde janeiro deste ano já foram registrados 61 casos de suicídio.

 

Com base nesses dados, a psicóloga e presidente do Centro de Amor a Vida (CAVIDA) Wilzacler Rosa coordenou uma pesquisa juntamente com alguns alunos do Curso de Serviço Social da UFAL, na cidade de Maceió-AL , com o objetivo de investigar o risco de suicídio entre pessoas consideradas da comunidade LGBT. Foram entrevistados 1600 participantes, entre agosto e novembro de 2013, sendo 59% do sexo masculino e 41% do sexo feminino, com faixa etária entre 12 e 60 anos, considerados 72% Homossexuais e 28% Bissexuais.

 

A pesquisa revelou que 58% dos entrevistados conhecem alguém que já tentou tirar a vida, 49% tem alguém na família que já verbalizou não querer mais viver, 53% Já pensou em não viver mais, 49% já verbalizou não querer mais viver, 78% afirmaram ter a sensação de querer “sumir”, 49% já desejou não viver mais, 15% afirmou ter coragem de tirar a própria vida e 10% acha que hoje em dia não teria coragem de tirar a vida mais já teve ou já tentou. Quanto a escolaridade dos entrevistados 2% tem o nível fundamental incompleto, 3% o nível fundamental completo, 13% o nível médio incompleto, 31% o nível médio completo, 37% o nível superior incompleto e 12% o nível superior completo.

 

Segundo os entrevistados o que poderia levar alguém ao suicídio em primeiro lugar seria a falta de apoio espiritual, seguido pelos sentimentos gerados por indiferença e o preconceito. As dificuldades no relacionamento pessoal ou familiar, a depressão, a falta de amor próprio, a perda do sentido de viver, a dificuldade financeira, o desequilíbrio mental e a dificuldade para resolução de problemas também foram apontados como fatores motivacionais do suicídio.

 

Na preocupação com esta realidade, o Centro de Amor a Vida (CAVIDA), iniciará um trabalho de divulgação do seu trabalho, já que a maioria dos entrevistados (83%) não conhecem o CAVIDA. O Centro de Amor a Vida (CAVIDA) é uma associação sem fins lucrativos, que recebeu o título de Utilidade Pública no dia 15 de outubro de 2013, tenta se manter através de doações e que tem o objetivo de prevenir o suicídio. Foi inaugurado no dia 02 de abril de 2012 e atualmente conta com uma equipe de 20 voluntários que ajudam no oferecimento de atendimentos psicossociais, oficinas terapêuticas, grupos de apoio, palestras e cursos, funcionando na Rua Castro Alves nº171A, no bairro do Poço, no horário de segunda a sexta de 8:00 as 12:00 e de 14:00 as 18:00.

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