Nota de repúdio aos atos de atentado violento ao pudor e intolerância religiosa durante a JMJ
   29 de julho de 2013   │     13:33  │  2

Nota

Somos totalmente contra a intolerância vinda ou vivida de qualquer parte que seja.

O Grupo Gay de Alagoas – GGAL, entidade não governamental, sem fins lucrativo e suprapartidário, atua há duas décadas, e é uma das entidades mais antiga e existente do país e da América Latina.

Mesmo com todas as dificuldades que se encontra para fazer movimento social no Brasil, fez e faz historia neste país, através de conquistas de direitos voltados há população LGBT no estado de Alagoas. Entidades como a mesma somou e soma muito na luta do movimento gay nacional, através da realizações de congressos, simpósios, palestras, seminários e representatividades nacional, a exemplo da discussão do PPA, em 2003, onde fizemos parte da coordenação.

Sempre trabalhando em prol dos direitos iguais, e na busca por respeito e avanços nesta longa caminhada, declara e torna publico o seu total repudio a postura seguida por alguns militantes LGBT e feministas, durante á ultima Marcha das vadias, realizada no estado do Rio de Janeiro.

Ações, como as vividas e presenciadas no ultimo final de semana, não contribui com nada, na luta pelo respeito e inclusão da população LGBT no Brasil e no mundo, na verdade só atrapalha esta luta já tão ardia e perseguida, pela bancada fundamentalista, que acabam usando ações equivocadas como esta, para trapacear e por a população contra a nossa luta, que na verdade é por respeito e dignidade, e não por banalidade. Da mesma forma em instituições LGBT serias como o GGAL, ONG´s feministas, que lutam em prol de direitos das mulheres, acredito que os organizadores dos manifestos, não comungam com o banalismo, por parte de alguns participantes. Pois louvável e estratégico foi a coragem das mulheres saírem durante a estadia do Papa no Brasil, pois era um momento de visibilidade, já que toda imprensa mundia estava focada no momento, assim podendo levar com grande foco as suas reivindicações.

Acreditamos que a igreja ainda peca e muito, quando se opõe contra á homossexualidade e os direitos da mulher, infelizmente essa oposição ainda fere e mata muitos jovens gays e mulheres, devido a contravenções bíblica, ou mal interpretações da mesma, mas repudiamos ações de total falta de respeito e intolerância religiosa, pois da mesma forma que não queremos ver religiosos em atos, rasgando e queimando a bandeira da diversidade, em protesto contra a liberdade de expressão, jamais comungaremos com tais atrocidades, pena, triste e lamentável o ocorrido, pois só destruiu o trabalho de gente seria, que ali estava, para gritar por direitos.

Mas respeito e menos intolerância de ambas as partes entre os iguais.

Atenciosamente,

Nildo Correia

Presidente do Grupo Gay de Alagoas

GGAL

COMENTÁRIOS
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  1. André Ferreira

    Bravíssimo, Nildo!

    Intolerância não é nada bom, nunca!

    Foi chocante ver as cenas de quebra dos ícones católicos, desrespeito.

    Não é assim que se luta contra a homofobia.

    Reply
  2. André Ferreira

    Bravíssimo, Nildo!

    Intolerância não é nada bom, nunca!

    Foi chocante ver as cenas de quebra dos ícones católicos, desrespeito.

    Não é assim que se luta contra a homofobia.

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