Relatório da SEDH de 2011 aponta os jovens como as principais vítimas de homofobia no Brasil
   22 de janeiro de 2013   │     0:00  │  0

Os/as jovens são as principais vítimas de homofobia no Brasil. No Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil: o ano de 2011, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) destaca que 47,1% das vítimas de homofobia no Brasil têm entre 15 e 29 anos de idade. No critério raça/cor, a população negra e parda também aparece no topo da lista das vítimas: 51,1% das vítimas são negras e 44,5% brancas

Enquanto não sai o de 2012, esteja por dentro do ultimo relatório divulgado pela SEDH.Após apresentar os dados, o relatório aponta uma série de recomendações a respeito do assunto, dentre as quais se destacam a criminalização da homofobia nos mesmos termos em que o racismo foi criminalizado, além da obrigatoriedade de notificação das violências homofóbicas à SDH; espaço para informação sobre identidade de gênero e orientação sexual no Ligue 180.O relatório apresenta ainda outras sugestões como realização de atividades de empoderamento de jovens LGBTs para que denunciem as violências sofridas em casa e divulgação anual de dados de homofobia no Brasil.

Segundo os dados oficiais, o ano de 2011 registrou 6.809 denúncias de violações aos direitos humanos da população LGBT. Ao todo, foram 1.713 vítimas e 2.275 suspeitos. Os números mostram que uma mesma pessoa sofre várias violências e por mais de um/a agressor/a. Os dados referem-se a violências contra Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) denunciadas ao Poder Público (Disque Direitos Humanos, Central de Atendimento à Mulher, Ouvidora do Sistema Único de Saúde (SUS), e órgãos LGBT da SDH).

 

Desejo de destruição
“Os dados revelam uma média de 3,97 violações sofridas por cada uma das vítimas, o que parece indicar como a homofobia se faz presente no desejo de destruição (física, moral ou psicológica) não apenas da pessoa específica das vítimas, mas também do que elas representam – ou seja, da existência de pessoas LGBT em geral”, avalia o documento.

A quantidade de vítimas e de violações apresentadas no documento refere-se somente às denunciadas ao Poder Público no ano passado, sem considerar a subnotificação. As violações também são várias: vão desde agressões físicas a ameaças, humilhações, discriminações, negligências, abusos sexuais, negação de direitos, entre outras.

“Entendemos que o maior número de jovens vítimas da violência homofóbica pode estar associada ao fato de esses jovens negarem-se às restrições impostas pelos guetos LGBT. Aqueles espaços restritos a população LGBT já não atendem aos anseios dos jovens LGBT, eles já ocupam as ruas de diversas capitais brasileiras e não têm receio de demonstrar afeto publicamente. Nesse sentido, essa população deve ser a prioridade de uma política que queira fazer frente a violência homofóbica”, destaca ainda o relatório.

O documento ainda revela que a maioria dos casos de violência homofóbica é praticada por pessoas conhecidas da vítima (61,9%), como familiares e vizinhos, e a maior parte das violências (42%) ocorre dentro de casa: 21,1% dos casos, dentro da casa da própria vítima, 7,5% na casa do/a suspeito/a. Violências ocorridas nas ruas somam 30,8%.

Acesse aqui a íntegra do relatório

ACESSE AQUI TAMBÉM O ALBÚM VÍTIMAS DA HOMOFÓBIA – Cenas forte

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