A adoção por casais gays, direito reconhecido em decisão inédita anteontem pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), tira da criança a possibilidade de crescer em um ambiente familiar formado por pai e mãe, afirma o padre Luiz Antônio Bento, assessor da comissão para vida e família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Nem sempre o que é legal é moral e ético, afirma ele. “Cremos que a questão da adoção por casais homossexuais fere o direito da criança de crescer nessa referência familiar.” Para padre Bento, as crianças têm o direito de conviver com as figuras masculina e feminina no papel de pais.
Há bilhões de pessoas que discordam disso; heterossexuais ou não, aceitam outras referências. Porque Deus, ao contrário do que os donos da verdade aqui na Terra podem pensar, talvez tenha feito um mundo não uniforme, policromático, para dar a todos a oportunidade de, na convivência com o diferente, poder pensar, analisar, evoluir.
Evolução, entretanto, é opção de cada um, seja qual for sua crença.
As suas crianças, caso permita sua consciência, quando a única opção delas for o amparo por duas pessoas do mesmo sexo, deixe-as então ao abandono, nas ruas, ou, com alguma sorte, num orfanato. As crianças do mundo, que tal deixar que a sociedade acorde (como seria bom se isso acontecesse!) e decida o que é melhor para elas? Que os homens e mulheres de boa vontade as acolham, protejam, amparem, independentemente do que façam na cama, longe das crianças. (Heterossexuais também fazem sexo longe das crianças, não?)
É mais fácil deixá-las abandonadas, ou em abrigos, orfanatos, sem dúvida. Vamos lá visitá-las de vez em quando, fazemos uma pequena doação de vez em quando, rezamos uma missa de vez em quando, e tudo fica bem… Para deixá-las à própria sorte, que até hoje não lhes sorriu. Para que continuem nessas instituições — algumas vezes ao amparo de doentes abusadores –, não é preciso fazer muito… Aliás, não é preciso fazer nada… (desde que houvesse abrigos para todos, naturalmente).
Já para um casal homossexualconseguir a adoção, padre, precisará antes provar sua capacidade de criar, educar. Precisará demonstrar — ainda que por avaliação até certo ponto subjetiva do juízo competente — ter integridade moral, conduta ética. Essas coisas que andam faltando a tanta gente e a tantas instituições “honradas” deste triste país.
Não, não pense em nós, monsenhor. Gays, homossexuais, desviados, imorais, ou como queira se referir a essa parcela da humanidade que as igrejas em geral tanto desprezam. Segundo suas crenças, a nós já está reservado um lugar no Inferno, eterno. Por seu entendimento, não temos mesmo nenhum direito, muito menos à adoção. Sentimento e prática das verdadeiras paternidade e maternidade, para gente que pensa como o senhor — ou como a instituição que representa e da qual é o porta-voz — devem ser possíveis somente aos seres que têm preferência pelo sexo oposto. [Tudo, para muitos de vocês, se resume a sexo! Quanta “grandeza” de alma!].
Pensar em direitos iguais para todos, sem discriminá-los segundo a forma como fazem sexo entre quatro paredes, longe das crianças, seria pedir demais, reconheço.
Então, pense apenas no bem dos pequeninos e indefesos, gerados por pais heterossexuais que os abandonaram, que não têm direito a optar se querem ou não um lar, ainda que com dois pais, ou duas mães. Pense só neles. Sinta-os com o coração, e não a nós com o fígado. Tente, de modo tão isento quanto lhe for possível, imaginar o que Jesus faria, qual seria a orientação dEle, se pudesse aqui estar pessoalmente, em carne e osso, para se manifestar, já que, apesar de todos os ensinamentos que deixou, apesar dEle estar sempre presente, ainda nos é tão difícil aplicá-los à realidade. (mesmo para aqueles que se julgam, ou se dizem, tão conhecedores da Palavra).
E, se querem mesmo evitar que homossexuais adotem crianças, sugiro que seu líder comece já uma campanha (pode ser silenciosa) para que os heterossexuais e católicos — de todo o mundo –as adotem. Antes de todos. Assim, seriam amparadas por lares heterossexuais e católicos. Seria uma bela maneira, inclusive, de desviar a atenção e redimirem-se concretamente por tantos erros, de séculos e de tempos mais recentes. Concretamente, e não apenas com pedidos de desculpas.
[Quem sabe fossem até imitados pelas concorrentes?]
Seguindo o raciocínio implícito em sua referência ao exemplo familiar, seriam quase todas heterossexuais e católicas. Seguido o “bom exemplo”, em breve não haveria mais crianças para os “outros”. Daqui há cinquenta anos o mundo seria algo mais próximo do Paraíso que do Inferno atual . Seria, mas, como sabemos, ninguém quer fazer nada de verdade. É apenas mais uma oportunidade para atacar e tentar denegrir aqueles que ousam ser diferentes. Porque não puderam ser iguais à maioria, mesmo tendo sido, padre, todos nós, criados por famílias com pai e mãe heterossexuais. E, como os meus, católicos. Não faltariam pessoas (católicos e heterossexuais, claro) dispostas a atender ao apelo, não é mesmo? E quando não houver mais crianças abandonadas, padre, essa preocupação manifestada em sua (ou da instituição que representa, não importa) declaração deixará de ter sentido. Será desnecessária. Que Deus tenha compaixão do homem! E que proteja sobretudo nossas crianças (sim, padre, nossas; as crianças são do mundo, pertencem à humanidade, são nossa continuação) de nossos preconceitos, atos e omissões.
Elas merecem um mundo melhor do que este que encontramos. Cremos. P.S. Claro, todos têm direito à manifestação livre das idéias. Assim como Vossa Senhoria o fez, faço aqui. Com uma diferença. Este texto, poucos lerão. O seu, publicado na grande imprensa, milhares leram. Nossa diferença, padre, é que aquilo que penso influencia quase ninguém, enquanto essas suas palavras podem dificultar o bem a muitos, ou fazer muito mal. Dependendo do ponto de vista, claro. Tudo uma questão de consciência. Cada um tem a sua. Felizmente!
Avanço
Maria Tereza Alves Albuquerque, de um mês de vida, foi registrada no Recife, como filha dos empresários Mailton Alves Albuquerque, 35 anos, e Wilson Alves Albuquerque, 40 anos. Maria Tereza foi gerada por meio de fertilização in vitro – Mailton é o pai biológico e o óvulo foi de uma doadora anônima – e gestada no útero de uma prima dele que assinou uma escritura pública abdicando de qualquer direito sobre a criança.
O juiz da Primeira Vara de Família do Recife, Clicério Bezerra e Silva, autorizou o registro da criança com base nos princípios da Constituição Federal: igualdade, dignidade da pessoa humana, não discriminação por raça, sexo ou cor, e livre planejamento familiar. Clicério foi o mesmo juiz que em agosto do ano passado transformou a união estável entre os dois em casamento civil.
Juntos há 15 anos, Maílton e Wilson estão realizados e empolgados com a concretização do sonho de ter uma família. Os pré-embriões fecundados por Wilson – os dois cederam espermatozoides para serem fecundados – foram congelados e deverão ser gerados no próximo ano. “Queremos dar um irmão para Maria Tereza”, afirmou Maílton.
Mito
A lógica parece simples. Pais e mães gays só poderão ter filhos gays, afinal, eles vão crescer em um ambiente em que o padrão é o relacionamento homossexual, certo? Não necessariamente. (Se fosse assim, seria difícil, por exemplo, explicar como filhos gays podem nascer de casais héteros.) Um estudo da Universidade Cambridge comparou filhos de mães lésbicas com filhos de mães héteros e não encontrou nenhuma diferença significativa entre os dois grupos quanto à identificação como gays. Mas isso não quer dizer que não existam algumas diferenças. As famílias homoparentais vivem num ambiente mais aberto à diversidade – e, por consequência, muito mais tolerante caso algum filho queira sair do armário ou ter experiências homossexuais. “Se você cresce com dois pais do mesmo sexo e vê amor e carinho entre eles, você não vê nada de estranho nisso”, conta Arlene Lev, professora da Universidade de Albany. Mas a influência para por aí. O National Longitudinal Lesbian Family Study é uma pesquisa que analisou 84 famílias com duas mães e as comparou a um grupo semelhante de héteros. Ainda entre as meninas de famílias gays, 15,4% já experimentaram sexo com outras garotas, contra 5% das outras. Já entre meninos, houve uma tendência contrária: 5,6% nos adolescentes criados por mães lésbicas tiveram experiências sexuais com parceiros do mesmo sexo – mas menos do que os que cresceram em famílias de héteros, que chegaram a 6,6%. Ou seja, não dá para afirmar que a orientação sexual dos pais tenha o poder de definir a dos filhos.
O Brasil precisa evoluir como outros países
A rede de lojas americana JC Penney criou uma polêmica maravilhosa nos últimos dias. Na campanha do Dia dos Pais (que nos Estados Unidos acontece no terceiro domingo de junho, isto é, no próximo dia 17) eles trazem fotos de filhos sendo felizes ao lado dos pais e fazendo coisas que fazemos com nossos pais durante a infância. Tipo, sei lá, pescar. Mas a polêmica foi que a campanha traz também uma família composta de duas crianças e dois pais. Gays.
A frase é a seguinte “Primeiros amigos: O que faz papai ser tão maneiro? Ele é técnico de natação, construtor de barracas, melhor amigo, conserta bicicleta e dá abraços – tudo num só. Ou dois” (“First Pals: What makes Dad so cool? He’s the swim coach, tent maker, best friend, bike fixer and hug giver–all rolled into one. Or two.”). E o mais legal é que é uma família de verdade. Todd Koch e Cooper Smith são mesmo pais de Claire e Mason.
Hora de acordar
A verdade é. ” Enquanto a igreja luta pela moral e os bons costumes e impor direitos só para a família tradicional, a mesma se perde no fim da meada de um mundo cercado pela violência e a vulnerabilidade social, a cada dia mais jovens engravidam mais cedo, pais não tem a responsabilidade de educar e cuidar de seus filhos, crianças são jogadas em orfanatos como se fossem lixo”.
Espero que em breve a sociedade acorde das garras deste imperialismo imposto pela igreja católica, e hoje cada vez mais sustentado por outras religiões, que na verdade só defendem seus interesses própio.
BOM DEUS fez adão e eva e não eva e evinha e nem adão a adãozinho.ou seja femEa e macho .e ponto isso é precomceito meu?.Bom e onde fica meu direito de livre expressão????UM ERRO NÃO JUSTIFICA OUTRO,E A REFERENCIA DA CRIANÇA DE UMA MÃE OU DE UM PAI ONDE FICA!!!!ALIÁS OS HOMOSDSEXUAIS VIERAM D UMA FEMEA E DE UM MACHO?CERTO E AIIIIIIIIIII!!!
Maria,
Pela sua indgnação você precisa de um terapeuta, precisa analisar mais cuidadosamente a sua sexualidade, com certeza tem uma frustação muito grande e/ou uma vontade oculta de experiementar o que julga ser errado.
Mas na sua ingnorância fala uma coisa certa: “BOM DEUS”.
Deus é bondade e amor, não raiva e ódio.
Outra dica: volte pra escola e aprenda a escrever direito.
BOM DEUS fez adão e eva e não eva e evinha e nem adão a adãozinho.ou seja femEa e macho .e ponto isso é precomceito meu?.Bom e onde fica meu direito de livre expressão????UM ERRO NÃO JUSTIFICA OUTRO,E A REFERENCIA DA CRIANÇA DE UMA MÃE OU DE UM PAI ONDE FICA!!!!ALIÁS OS HOMOSDSEXUAIS VIERAM D UMA FEMEA E DE UM MACHO?CERTO E AIIIIIIIIIII!!!
Maria,
Pela sua indgnação você precisa de um terapeuta, precisa analisar mais cuidadosamente a sua sexualidade, com certeza tem uma frustação muito grande e/ou uma vontade oculta de experiementar o que julga ser errado.
Mas na sua ingnorância fala uma coisa certa: “BOM DEUS”.
Deus é bondade e amor, não raiva e ódio.
Outra dica: volte pra escola e aprenda a escrever direito.
Nildo,
Parabens pelas suas palavras e coragem, fico feliz pela classe gay estar tendo um porta voz que parece ser culto e sensato.
Sou pai e gay, adotei tendo junto com uma amiga. Meu filho mora comigo desde que tinha um dia de vida. Já é um adolescente que sabe a verdade sobre sua historia e a de seus pais e aceita muito bem. Sou apaixonado pelo meu filho que é razão da minha vida e sinto também o quanto ele me ama. Passo a ele tudo que meus pais (heteros) me passaram: ética, respeito as pêssoas, fé e temência a Deus, educação, responsabilidade e não tenho duvidas estou fazendo um ótimo trabalho. Algumas pessoas ingnorantes esquecem que Jesus veio a esse mundo semear a paz, o amor e a tolerância, essas pêssoas deturpam as palavras Divinas em nome de uma falsa moral. Onde existe amor, existe Jesus. Em qualquer adoção existe muito amor.
Nildo,
Parabens pelas suas palavras e coragem, fico feliz pela classe gay estar tendo um porta voz que parece ser culto e sensato.
Sou pai e gay, adotei tendo junto com uma amiga. Meu filho mora comigo desde que tinha um dia de vida. Já é um adolescente que sabe a verdade sobre sua historia e a de seus pais e aceita muito bem. Sou apaixonado pelo meu filho que é razão da minha vida e sinto também o quanto ele me ama. Passo a ele tudo que meus pais (heteros) me passaram: ética, respeito as pêssoas, fé e temência a Deus, educação, responsabilidade e não tenho duvidas estou fazendo um ótimo trabalho. Algumas pessoas ingnorantes esquecem que Jesus veio a esse mundo semear a paz, o amor e a tolerância, essas pêssoas deturpam as palavras Divinas em nome de uma falsa moral. Onde existe amor, existe Jesus. Em qualquer adoção existe muito amor.
Que falta do que escrever essa mulher postar uma asneira dessas, direitos humanos todo mundo tem, livre expressão também, mas abrir a boca pra falar besteira é melhor ficar calada, comprar uma cartilha e aprender a escrever melhor…
Que Deus tenha pena desta pobre alma mau amada, e alivie o sentimento de ódio dentro dela… Amem!
Que falta do que escrever essa mulher postar uma asneira dessas, direitos humanos todo mundo tem, livre expressão também, mas abrir a boca pra falar besteira é melhor ficar calada, comprar uma cartilha e aprender a escrever melhor…
Que Deus tenha pena desta pobre alma mau amada, e alivie o sentimento de ódio dentro dela… Amem!